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Portifólio de estágio reprodução e clínica de equinos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO 
INSTITUTO CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 JENNIFER HOFFMANN DE MORAIS 
MAÍSA CECÍLIA DA SILVA REIS
 
 
 
 
 
 
 
 
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 CAMPO NOVO DO PARECIS - MT
2023
JENNIFER HOFFMANN DE MORAIS 
MAÍSA CECÍLIA DA SILVA REIS
 
 
 
 
 
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CAMPO NOVO DO PARECIS
2023 
Portifólio apresentado aos médicos veterinários Nélio Luiz
Camargo de Andrade e Thiago Alexandre de Arruda
Junior, responsáveis pelo setor veterinário do Haras pai e
filho 77, com o intuíto de relatar a rotina vivida durante os
20 dias de estágio.
 
 
Glosário de termos técnicos
Aprumo: é o posicionamento correto dos membros do cavalo, proporcionando sustentação e equilíbrio perfeitos,
seja em estação ou em movimento.
Autohemoterapia (AHT): é um tratamento complementar que consiste na aplicação de sangue autólogo por via
intramuscular ou subcutânea com o objetivo de estimular o sistema monofagocitário do animal.
Éguas matrizes: éguas destinadas apenas para a doação do material genético na inseminação artificial.
Cobertura: termo utilizado para se referir ao ato de inseminar a égua doadora e a receptora.
Tendinite: inflamação de um tendão causada por uso excessivo ou repetitivo. Provoca dor, inchaço e dificuldade
de movimento. O tratamento inclui repouso, aplicação de gelo, medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia.
Laminite: condição inflamatória dos cascos dos equinos, que causa dor intensa e alterações nos cascos. Pode ser
desencadeada por problemas metabólicos, obesidade, ingestão excessiva de grãos ou trauma nos cascos. Os
sintomas incluem claudicação, aumento da temperatura nos cascos e alterações na aparência dos cascos. O
tratamento envolve manejo da dieta e do peso, controle da dor e suporte podológico.
Cárdia: é uma estrutura localizada entre o esôfago e o estômago. Sua função principal é atuar como uma
válvula que controla o fluxo de alimentos e líquidos, permitindo a passagem do bolo alimentar do esôfago para
o estômago durante a deglutição e evitando o refluxo. 
Palpação: Exame manual realizado para avaliar órgãos internos, como o útero, durante a reprodução equina.
Inseminação artificial: Técnica de reprodução em que o sêmen é colhido e introduzido no útero da égua para
fertilização.
Ultrassonografia: Uso de ondas sonoras de alta frequência para visualizar estruturas internas, como os órgãos
reprodutivos, durante exames de rotina e monitoramento da gestação.
Doppler: Exame que utiliza ultrassom para avaliar o fluxo sanguíneo em estruturas vasculares, como o cordão
umbilical durante a gestação.
Palpação retal: Exame realizado inserindo a mão no reto do animal para avaliar o trato reprodutivo,
especialmente em éguas gestantes.
Anestro: Período em que a égua não apresenta ciclos estrais.
Ciclo estral: Sequência de fases hormonais que ocorrem no sistema reprodutivo da égua, incluindo o estro (fase
de cio) e o diestro (fase de não cio).
Casqueamento: Procedimento de cuidado dos cascos, que envolve o corte e a modelagem correta das estruturas
do casco.
Desmame: Processo de separação gradual do potro de sua mãe para que ele se torne independente.
Timpanismo: Acúmulo excessivo de gás no trato gastrointestinal de um cavalo, resultando em distensão
abdominal e desconforto.
Anestesia geral: Administração de agentes anestésicos para induzir inconsciência e insensibilidade à dor durante
procedimentos cirúrgicos ou invasivos.
Torção de cólon: Rotação anormal do cólon, que pode resultar em obstrução e complicações graves no sistema
digestivo.
Endometrite: Inflamação do revestimento interno do útero da égua, geralmente causada por infecções
bacterianas.
Fisioterapia equina: Uso de técnicas terapêuticas, como exercícios, massagens e modalidades físicas, para
reabilitação e melhora do desempenho dos cavalos.
Síndrome cólica: Termo abrangente para descrever uma variedade de sintomas de desconforto abdominal em
equinos, que podem ser causados por diferentes condições, como obstruções intestinais ou distúrbios
gastrointestinais.
AIE (Anemia Infecciosa Equina): Doença viral contagiosa que afeta os equinos, transmitida principalmente por
insetos vetores.
Casqueamento corretivo: Técnica de cuidado dos cascos que visa corrigir problemas estruturais ou de
crescimento, como desvios ou desequilíbrios.
Astenia: Fraqueza muscular ou falta de energia em um cavalo, que pode ser causada por diferentes fatores,
como deficiências nutricionais ou problemas de saúde subjacentes.
Quilotórax: Acúmulo de líquido linfático no espaço pleural, entre os pulmões e a parede torácica, que pode
causar dificuldade respiratória em equinos.
Cauda de andorinha: Desvio anormal da cauda em formato de "V" invertido, geralmente resultado de problemas
de conformação ou lesões.
Raspagem de dentes: Procedimento realizado para remover irregularidades e crescimento excessivo dos dentes
dos equinos, a fim de manter uma mastigação adequada e prevenir problemas dentários.
Fração ejaculada: Parte do sêmen colhido de um garanhão durante a coleta para fins de inseminação artificial.
Acompanhamento do ciclo estral: Monitoramento das fases do ciclo reprodutivo de uma égua para determinar o
momento adequado para a cobertura ou inseminação artificial.
Ano hípico: é um período de contagem utilizado em competições e eventos relacionados a cavalos. Geralmente
começa em 1º de agosto e termina em 31 de julho do ano seguinte. É usado para determinar a elegibilidade e
pontuação em diversas modalidades e competições e varia de acordo com o calendário equestre específico de
cada país. É importante acompanhar o ano hípico para verificar rankings, classificações e critérios de
qualificação em cada modalidade.
Mormo: é uma doença infecciosa zoonótica que afeta equídeos . É causada pela bactéria Burkholderia mallei e
apresenta sintomas como tosse, corrimento nasal e nódulos nas mucosas. O controle da doença envolve a
detecção precoce, o isolamento dos animais infectados e medidas de biossegurança. A notificação da doença é
obrigatória em alguns países devido ao seu potencial de disseminação.
Glosário de medicamentos
RUBRALAN 5000: Medicamento indicado no tratamento de anemias e carências das
vitaminas B1 e B12, também pode ser utilizado após hemorragias e cirurgias, no
tratamento das nevralgias, algias em geral, de miopatias, paraplegias e fadigas
musculares. Também é um estimulante leucocitário e usado para desequilíbrios
hepáticos, manutenção do tônus neuromuscular e para um bom desempenho físico e
orgânico (normalmente em animais de competição)
TANIDIL: é usado para o tratamento e prevenção de miíase causadas pelas larvas da
mosca Cochliomyia hominivorax, também protege escoriações, feridas de castração e
descorna, feridas cirúrgicas e de decúbito, umbigo dos recém-nascidos contra os insetos
e suas larvas e também são ectoparasiticidas excelentes. Tem uma coloração vede e é
vendido em pó. 
STRELIN: potente análogo sintético do GnRH (hormônio liberador de
gonadotrofinas), indicado para a indução e sincronização da ovulação em éguas.
PRADOVILLATE: Produto antisséptico e cicatrizante indicado no tratamento de
frieiras, rachaduras, processos ulcerativos e inflamatórios superficiais, podridão dos
cascos, ferimento das extremidades e região plantar dos animais.
 
VETAGLÓS: é uma pomada indicada para ferimentos superficiais de pele ou de
difícil cicatrização que contém agentes antimicrobianos altamente eficazes; que ajuda
na proteção das feridas e pisaduras infectadas.
PRATA: Possui ação repelente principalmente contra moscas.
IODO 10%: é frequentemente utilizado em equinos para limpar feridas e promover a
cicatrização, agindo como um antisséptico eficaz que possui propriedades bactericidas,
fungicidas e virucidas. 
Também pode ser usado para desinfetar áreas da pele antes de realizar procedimentos
cirúrgicos ou injetar medicação. 
AZIUM: anti-inflamatórioindicado como medicamento auxiliar nos acidentes por
mordedura de cobras, assim como em todas as doenças reumáticas, alérgicas,
dermatológicas e outras sabidamente sensíveis aos corticóides.
DETOMIDINA: é indicada como sedativo, adjuvante anestésico e analgésico com o
objetivo de facilitar a manipulação em exames, procedimentos diagnósticos,
tratamentos, limpeza de ouvidos ou dentes e pequenas cirurgias.
LIDOCÍNA: é indicado como anestésico local nos casos de cesarianas, castrações,
descornas, manobras clínico-cirúrgicas, cirurgias de extremidades, laparotomia
exploratória, ruminotomia e como auxiliar na redução de prolapso.
CALMINEX: é indicada para tratar de dores nas articulações e músculos causadas por
contusões, torções, estiramentos, torcicolos, cãibras, traumatismos e também no tratamento
sintomático da nevralgia.
RETATRDO ESTERÓIDE: Indicado nas inflamações causadas por infecções alergias
traumatismos e outras etiologias.
IODO POLIVINILPIRROLIDONA COM AÇUCAR: utilizado na cicatrizaçäo de pele
SORO ANTITETÃNICO LIOFILIZADO : utilizado na prevenção e tratamento do tétano.
Contém anticorpos específicos contra a toxina do tétano.
MAXICAN: é indicado em processos inflamatórios tais como patologias do aparelho
locomotor e doenças músculo-esqueléticas, como: miosites, tendinites, osteítes, artrites, artrites
reumatoides, osteoartrites, osteoartrose, sinovites, distensões miotendinosas, traumatismos,
claudicações, síndrome do navicular, laminites e auxiliar na reparação de fraturas. Afecções
oculares: uveítes, conjuntivites, pós-operatório; desordens de ordem reprodutiva como retenção
de placenta.
LUTALYSE: O medicamento é indicado em éguas para controlar, com maior eficácia, a sincronização
do cio, tratar éguas com corpo lúteo funcional sem expressar comportamento de estro.
 
VERTMAX:: Tratamento e controle das verminoses. Via oral
BUSCOFIN: Antiespasmódico, analgésico e antipirético de uso geral. Especialmente
indicado no tratamento de cólicas intestinais e renais.
PANZINOL: no tratamento de timpanismo em equinos e bovinos.
AGROSIL: utilizado em equinos para o tratamento e prevenção de infecções
respiratórias, especialmente em casos de doenças do trato respiratório superior, como
sinusite, rinite, bronquite e outras condições inflamatórias.
ALIV-V: para o controle da dor e redução da inflamação em casos de lesões
musculoesqueléticas, artrite, inflamação pós-operatória e outras condições
dolorosas em equinos. O medicamento é administrado por via oral ou injetável,
dependendo da forma específica do produto.
BANAMINE: amplamente utilizado em equinos para o controle da dor,
inflamação e febre. para o tratamento de cólicas, inflamações musculares, lesões,
artrite, febre e outras condições dolorosas.
RUMIVET: Tratamento do timpanismo do ceco dos equinos.
EQUIPALAZONE: Anti-inflamatório não-esteroidal com potente ação
terapêutica no controle de inflamações agudas do sistema músculo-esquelético
como por exemplo, artrites, bursites, contusões e estiramentos
MELOXICAM: indicado para equinos que apresentam diferentes condições
inflamatórias, e principalmente em afecções musculoesqueléticas, tais como em
casos de sinovite, diminuindo a resposta inflamatória e aliviando a dor associada.
Relatório de estágio
 
O estágio relatado ocorreu no Haras Pai e Filho 77, localizado em Campo Novo do Parecis, MT. Os
veterinários da propriedade responsáveis pela reprodução equina e bem estar animal são os Dr(s). Nélio Luiz
Camargo de Andrade e Thiago Alexandre de Arruda Junior. Em relação aos horários, não há uma estipulação
concreta de rotina além de início às 7:30. O objetivo desse estágio é acompanhar a rotina dos veterinários e
absorver todo e qualquer tipo de conhecimento na prática e na teoria, com foco na reprodução animal na
equideocultura.
 
09/6/2023
No primeiro dia, acompanhamos um potro que nasceu com uma deformidade nos carpos, denominada como
Varus. Essa alteração na angulação desses ossos ocorreu devido a uma ossificação incompleta, acompanhando
desde o nascimento. 
O tratamento adotado para corrigir essa deformidade consistiu no uso de iodo. O veterinário explicou que o
iodo é capaz de lesar o periósteo do osso carpo, provocando uma inflamação controlada. Essa inflamação
estimula o crescimento retardado do lado incorreto e permite que o osso continue a crescer corretamente do
outro lado, promovendo a regularização da angulação.
Além disso, o veterinário nos ensinou sobre a difernça entre Varus e Valgus, a qual ocorre um desvio do eixo do
membro no seu plano frontal, podendo envolver membros torácicos e pélvicos, sendo que é considerado valgus
quando o membro em sua parte distal se projeta lateralmente à origem do desvio e dessa forma desloca-se para
fora da linha de aprumo, e varus quando se projeta medialmente à origem do desvio deslocando-se para dentro
da linha de aprumo.
Após os cuidados iniciais, tivemos a tarefa de suplementar três potros utilizando 5 ml de Rubralan em cada um.
No entanto, um dos potros apresentava secreção nasal, indicando possíveis problemas respiratórios. Para
auxiliar na dilatação dos brônquios e promover a eliminação da secreção, administramos 10 ml de Pulmonil.
Além disso, acompanhamos o caso de uma égua com infecção fúngica, mais especificamente dermatofitose, que
estava evidente na região rostral, tórax e abdômen. Para auxiliar no tratamento, foi realizado um procedimento
de autohemoterapia (AHT), no qual utilizamos o sangue do próprio animal, coletado da jugular. Esse sangue,
juntamente com o suplemento Rubralan, foi aplicado na região da garupa através de uma injeção
intramuscular (IM). A autohemoterapia é um tratamento complementar que tem como objetivo estimular o
sistema monofagocitário no músculo, auxiliando no combate à infecção fúngica. Essas medidas terapêuticas
visam proporcionar o melhor cuidado e tratamento para os animais envolvidos, tanto no caso dos potros
suplementados quanto no da égua com infecção fúngica. O acompanhamento veterinário adequado e a
utilização de suplementos e tratamentos específicos são fundamentais para promover a saúde e o bem-estar dos
animais, garantindo uma recuperação eficiente e minimizando possíveis complicações
 
Fonte: arquivo pessoal Fonte: arquivo pessoal
10/06/2023
No segundo dia de estágio, durante o período matutino, tivemos a oportunidade de acompanhar a palpação de
sete éguas, como parte da rotina de trabalho. A palpação é um procedimento realizado colocando a égua em
um tronco de contenção e realizando uma palpação transretal com o uso de luvas e lubrificante. Antes de
iniciar a palpação, é necessário remover o excesso de fezes do intestino grosso para obter uma imagem clara
durante o exame de ultrassom. Em seguida, o transdutor é inserido gradualmente e com cuidado no reto,
permitindo a visualização do útero e dos ovários das éguas. O objetivo é verificar a presença de estro,
identificar a vesícula embrionária, observar possíveis alterações e realizar o acompanhamento da gestação.
Durante o procedimento, uma das éguas apresentou uma vesícula embrionária indesejada em estágio inicial.
Nesse caso, o veterinário optou por induzir o aborto. Após o aborto, foi administrado GnRH (Hormônio
Liberador de Gonadotrofina) por via intravenosa. O objetivo dessa administração é estimular a produção de
FSH, LH e estrógeno, auxiliando na expulsão do conteúdo uterino e iniciando um novo ciclo reprodutivo na
égua.
Essas intervenções são realizadas com o intuito de monitorar a saúde reprodutiva das éguas e garantir um
manejo adequado para o desenvolvimento saudável dos animais. O uso de técnicas como a palpação e a
administração de hormônios visa auxiliar no controle do ciclo reprodutivo e no diagnóstico precoce de
possíveis alterações, contribuindo para a eficiência e bem-estar dos animais na equideocultura.
Tronco de conteção utilizado para
manipulção do animal de forma segura
Fonte: arquivo pessoal
Luva de palpação
Fonte: arquivo pessoal 
Ultrassom portátil
Fonte: arquivo pessoal 
Transdutorlinear
Fonte: arquivo pessoal 
Tronco de conteção utilizado para
organizar os animais em fila e ter controle 
Fonte: arquivo pessoal
Animal contido para a palpação
Fonte: arquivo pessoal
BAIA MANSA RECEPTORA
No decorrer do estágio, tivemos a oportunidade de realizar um curativo em uma égua que apresentava uma
lesão na região acima da coroa do membro pélvico, possivelmente causada por um arame farpado. Para tratar
o ferimento, seguimos um protocolo adequado de cuidados.
Inicialmente, utilizamos um algodão embebido em Pradovillate para realizar a limpeza do ferimento,
removendo sujidades e promovendo uma higienização adequada. Em seguida, aplicamos Ganadol e Terra-
cortril spray, que são medicamentos com propriedades anti-inflamatórias e antibióticas. Essa combinação
auxilia na redução da inflamação e no combate a possíveis infecções, visando acelerar o processo de
cicatrização.
Como etapa final do curativo, aplicamos uma pomada de prata na região afetada. A prata possui propriedades
antimicrobianas e pode ajudar a prevenir a colonização de bactérias e a reduzir a incidência de moscas na área
da ferida. Além disso, a prata também pode agir como um cicatrizante, favorecendo a regeneração dos tecidos.
É importante ressaltar que o cuidado com a égua lesionada é um processo contínuo e diário. Será necessário
acompanhar a evolução da ferida e realizar os curativos necessários até que haja uma melhora significativa. O
acompanhamento veterinário constante é fundamental para monitorar o progresso da cicatrização, ajustar os
medicamentos conforme necessário e garantir o bem-estar da égua durante o período de recuperação.
12/06/2023
As atividades do dia começaram cedo com alguns potros do haras. Todos apresentavam infestação por
carrapatos dentro das orelhas, na crina, cauda e região perineal. Cerca de 15 animais foram colocados no
tronco para que pudéssemos fazer o tratamento com Tanidil e a suplementação com Rubralan.
Potros em fila no tronco para controle do
tratamento
Fonte: arquivo pessoal
Dr. Nélio aplicando o Rubralan , IM, no Glúteo
médio, sendo 3ml para cada animal.
Fonte: arquivo pessoal
Carrapatos localizados na cauda e coxas
Fonte: arquivo pessoal
Carrapatos localizados na orelha com medicamento
Fonte: arquivo pessoal
No período vespertino foi realizada a palpação em éguas matrizes. Ao todo, contabilizavam 25 éguas, onde foi realizada a
palpação em 17 destas, com o objetivo primordial de encontrar fêmeas aptas para serem inseminadas. Além disso,
também é feita a avaliação do ciclo estral e a verificação de éguas prenhas para a coleta de embrião.
A primeira égua avaliada foi a EK, a qual não apresentou nenhum dos pré-requisitos necessários para a inseminação
artificial, de forma a ser liberada.
Dentre os animais palpados, apenas uma apresentou folículos maduros e ovários viáveis, apresentando 40.04cm de
tamanho, sendo esse um valor considerado bom para inseminação artificial. A égua em questão se chama Cats Little Cat,
e foi apliacado 1ml de Strelin via IM para induzir a ovulação. Será realizada a cobertura no dia seguinte com um dos
garanhões.
 
Dr. Thiago palpando a Cats Litlle Cat
Fonte: arquivo pessoal 
Folículo da Cats Little Cat medindo 40.04 cm
Fonte: arquivo pessoal 
Dr. Thiago palpando a EK
Fonte: arquivo pessoal
Fplículos ainda em crescimento da EK
Fonte: arquivo pessoal
Dr. Thiago aplicando o o Strelin na Cats Little Cat
Fonte: arquivo pessoal 
BAIA MANSA RECEPTORA
Em seguida, juntas com o Dr. Thiago, repetimos o curativo da Baía mansa. Comparamos o último curativo, há
dois dias, e pudemos notar uma grande diferença no quadro da lesão, de forma que o tecido de granulação já
reduziu em pequena escala seu tamanho. Foram utilizados os mesmos medicamentos para os cuidados na lesão. 
Jennifer aplicando Ganadol nas lesões
Fonte: arquivo pessoal
Lesão coberta por prata
 Fonte: arquivo pessoal
Após a palpação rotineira, os Dr(s). nos orientaram com os cuidados em uma égua que estava há um longo
período sem praticar exercícios físicos. Em animais atletas que se encontram nessa situação é importante que
antes de retomar com os treinos, deve ser feita uma medicação adequada visando os riscos de hipertrofia
muscular. Nesse caso, foi aplicado 10ml de Banamine, de forma IV na jugular. Após a aplicação, a paciente
pode ser solta no piquete para se exercitar.
Dr. Thiago aplicando o medicamento via IV.
Fonte: arquivo pessoal
Após o tratamento rotineiro na Baía mansa foi aplicado o Bioxan em 2 cavalos que iriam treinar naquele dia. O
polivitaminico é dado como um suplemento vitamínico que reforça a imunidade, fortalece a pelagem, tonifica os ossos e
dentes, previne doenças cardiovasculares e impulsiona considerávelmente o ganho muscular. Também auxiliam em caso
de redução de apetite, emagrecimento e anemia, agindo como um hidratante reconstituente. Ambos foram aplicados IV
na jugular com uma quantidade de 500ml em cada paciente.
Jennifer segurando o soro aplicado na
Jugular do Baio 77 Candango
Fonte: arquivo pessoal
Soro aplicado na Jugular do
Fonte: arquivo pessoal
ROSE
Logo após, fomos atender a égua chamada Rose, que chegou ao haras após participar de uma competição. Os
relatos indicavam que ela estava tossindo e apresentava um comportamento incomum, como prostração. O Dr.
Nélio realizou um exame clínico completo e nos orientou sobre o procedimento a seguir.
Inicialmente, observamos a coloração da mucosa da égua, que estava dentro dos parâmetros normais. Em
seguida, auscultamos a frequência respiratória e constatamos que estava alterada, indicando uma possível
disfunção respiratória. O Dr. Nélio realizou a palpação dos músculos em busca de pontos de dor, e houve uma
reação quando aplicou pressão no músculo braquicefálico. Essa reação nos levou a suspeitar de uma possível
infecção bacteriana nos brônquios da égua.
Para o tratamento da égua Rose, foi administrada uma ampola de Agrosil em combinação com 20 ml de Aliv V
por via intramuscular no músculo Glúteo Médio. Além disso, foi administrado 5 ml de Azium por via
intravenosa. Esses medicamentos têm a finalidade de combater a infecção bacteriana, aliviar os sintomas
respiratórios e promover a recuperação da égua. O tratamento será mantido até que a paciente apresente uma
melhora significativa em seu quadro clínico.
É fundamental ressaltar que o acompanhamento veterinário contínuo e a observação cuidadosa da égua são
essenciais durante o período de tratamento. O objetivo é garantir que a Rose receba a terapia adequada e seja
monitorada de perto para ajustar o tratamento conforme necessário. O bem-estar e a saúde dos animais são
prioridades, e a equipe veterinária está empenhada em fornecer os cuidados necessários para a recuperação
completa da égua.
Dr, Thiago aplicando o medicamento na Rose
Fonte: arquivo pessoal
 AKIRA
A égua Akira é uma atleta que na última competição apresentou claudicação nos membros torácicos, e foi
levada para o Haras para dar início a um tratamento com os médicos veterinários.
O Dr. Nélio e o Dr. Thiago realizaram o exame clínico da paciente observando o trote e o caminhar depois de
palpar os músculos braquicefálico, extensor radial do carpo, extensor comum do dedo e os tendões e
ligamentos de ambas os membros torácicos. A Akira apresendou reflexos de dor à palpação e pouca
claudicação, visto isso, o Dr. Nélio fez um alongamento nos dois membros e realizou um exame complementar
de ultrassonografia para examinar melhor as estruturas anatômicas possivelmente lesionadas. 
Na US foi possível observar lesões antigas nos tendões e nos ligamentos, confirmando o diagnóstico de
tendinite. Dessa forma, o tratamento da Akira se baseia em uma fisioterapia com massagens diárias de 5 min 
 na região palmar do metacarpo com ênfase no tendão flexor digital superficial e no ligamento suspensor do
boleto, além de caminhadas de 20 min após alongamento com acompanhamento do veterinário e aplicação de
10 ml de Banamine via IV na jugular.
Dr(s). avaliando o tendão flexor digital
superficial e o ligamentosuspensor do
boleto em US
Fonte: aquivo pessoal
Seta: microlesão antiga
Fonte: aquivo pessoal
Dr. Thiago aplicando o medicamento
 
Fonte: aquivo pessoal
Aprendizagens extras do dia
Por que cavalo não vomita?
O cavalo não vomita por causa de uma estrutura anatomica denominada de cárdia, que é uma musculatura situada na
junção do esôfago com a porção inicial do estômago de forma oblíqua. Ela funciona como uma válvula que impede a
regurgitação do conteúdo gástrico por conta de sua força de tração. Em casos de cólica equina por conta de acúmulo de
conteúdo no intestino, pode ocorrer a regurgitação pelas narinas (nasofaringe) e em casos graves pode sair pela orofarige.
Habronemose
A habronemose, também conhecida como verme do estômago, é uma doença parasitária que afeta principalmente os
equinos. É causada pelos nematódeos do gênero Habronema e Draschia, que são vermes encontrados no trato digestivo
desses animais. Os vermes adultos vivem no estômago dos equinos, onde produzem ovos que são eliminados nas fezes. As
larvas desses vermes podem ser ingeridas por larvas de moscas que se desenvolvem em material orgânico em
decomposição, como esterco e restos de comida. Quando a mosca adulta se alimenta do material infectado, as larvas dos
parasitas podem ser transferidas para a boca ou para os olhos do cavalo. Uma vez dentro do cavalo, as larvas dos vermes
podem causar lesões na pele, mucosas e tecidos internos. As áreas afetadas podem se tornar inflamadas, formando
nódulos ou úlceras que podem ser dolorosos. Os sintomas da habronemose podem incluir coceira intensa, erupções
cutâneas, úlceras na pele, inflamação e irritação nos olhos O tratamento da habronemose geralmente envolve a
administração de vermífugos para eliminar os parasitas do trato digestivo dos equinos. Em casos mais graves, pode ser
necessário tratar as lesões e úlceras resultantes da infecção. Para prevenir a habronemose é importante manter uma boa
higiene nas instalações onde os equinos são mantidos, remover regularmente o esterco e evitar a acumulação de material
orgânico em decomposição
 AKIRA
Pela manhã, também foi realizada a fisioterapia na égua Akira. O procedimento envolveu a aplicação de
pomada no tendão flexor digital superficial e no ligamento suspensor do boleto em cada membro. A pomada
foi massageada por 5 minutos em cada região, com o intuito de promover a absorção do medicamento e
estimular a circulação sanguínea local.
Em seguida, foi administrado 10 ml de Banamine por via intravenosa para auxiliar no alívio da dor e na
redução de possíveis inflamações. Após a aplicação do medicamento, foi realizado um período de caminhada
em linha reta, com duração de 20 minutos. Essa caminhada tem como objetivo promover o movimento e o
exercício dos membros da égua, contribuindo para a recuperação muscular e o fortalecimento dos tendões e
ligamentos.
 ROSE 
No início da manhã, foram realizados os cuidados com a égua Rose. Foi administrada novamente uma ampola
de Agrosil em combinação com 20 ml de Aliv V por via intramuscular no músculo Glúteo Médio.
Após o tratamento, observou-se uma melhora significativa no quadro clínico da paciente. A égua apresentou-se
mais animada e disposta, demonstrando sinais de recuperação. Essa resposta positiva é um indicativo de que o
tratamento está surtindo efeito e ajudando a combater a possível infecção bacteriana nos brônquios.
É importante ressaltar que, mesmo com a melhora observada, é fundamental continuar monitorando a égua e
fornecer os cuidados necessários. O acompanhamento veterinário contínuo é essencial para avaliar a evolução
do quadro clínico da Rose e ajustar o tratamento conforme necessário.
 
13/06
Maísa segurando a paciente para a aplicação do mediacamento
Fonte: arquivo pessoal
Dr. Thiago aplicando o medicamento na paciente
Fonte: arquivi pessoal
Maísa realizando a caminhada com a paceiente
Fonte: arquivo pessoal
BAIA MANSA RECEPTORA
Foi feito o curativo rotineiro da paciente com Pradovillate, Terra-cortril spray, Vetaglos e Prata. A lesão se
apresentou em um estado de melhora de um dia para o outro.
Lesão apresentando tecido de granulação
menor comparado ao dia anterior
Fonte: arquivo pessoal
Maísa aqplicando o Pradivillate na paciente
Fonte: arquivo pessoal
CAVALO BAIA LEILÃO
O Dr. Thiago também realizou um curativo em um animal novo no Haras. O paciente apresenta uma pequena lesão no
membro posterior direito na região da articulação femoropaletar tibial. Foi feito uma limpeza com Pradovillate com o
intuíto de provocar o debridamento do tecido de granulação da lesão. O animal apresentava um temperamento
sanguíneo, de forma que para a contenção foi necessário paciência e calma para não estressar o paciente e assim ter
sucesso no tratamento.
Animal em estação. Pode-se oberservar a lesão
circular no membro pélvico direito
Fonte: arquivo pessoal
Dr. Thiago aplicando o medicamento no paciente e
Maísa o auxiliando na contenção
Fonte: arquivo pessoal
Preparação: O garanhão é levado a uma área adequada para a coleta, onde o manequim está localizado. O
manequim é uma estrutura que se assemelha a uma égua e é projetado para estimular o comportamento de
monta do garanhão.
Estimulação: Antes de iniciar a coleta, é necessário estimular o garanhão para que ele se torne sexualmente
excitado. Isso pode ser feito através da presença de uma égua no cio no tronco de contenção
Introdução ao manequim: Uma vez que o garanhão esteja adequadamente estimulado, ele é direcionado ao
manequim. O manequim é posicionado de forma a imitar a posição de uma égua receptiva para a monta.
Coleta do sêmen: O garanhão irá montar o manequim como faria com uma égua, realizando os movimentos
de cópula característicos. Durante esse processo, é inserido um recipiente denominado como vagina
artificial no pênis do aniamal para capturar o sêmen ejaculado.
Monitoramento: Durante a coleta, é importante que a equipe de coleta observe e registre o comportamento
do garanhão, o qual relaxa a cauda quando ejacula, além de ver a quantidade e qualidade do sêmen
ejaculado. 
Processamento e análise do sêmen: Após a coleta, o sêmen é transferido para um laboratório especializado,
onde é processado, avaliado e analisado quanto à qualidade, motilidade e concentração dos
espermatozoides.
COLETA DE SÊMEN
No período da tarde foi feito a coleta de sêmen de dois garanhões do Haras. Uma das coletas foi no garanhão
Mettalic Little Cats, que teve como finalidade a criopreservação de sêmen, e a outra foi realizada no garanhão
Cara Branca com a finalidade de inseminar a égua Cats Little Cat.
Para a técnica de coleta de sêmen utilizada nos garanhões é necessário um manequim para realizar a coleta em
monta simulada. Essa técnica é comumente utilizada para obter o sêmen sem a necessidade de uma égua
presente.
Procedimento:
Vagina artificial: deve-se utilizar água morna para lubrificar a vagina artificial
antes da monta induzida do garanhão. A água morna pode ajudar a tornar a
superfície da vagina artificial mais confortável e semelhante à temperatura corporal
de uma égua receptiva.
Fonte: arquivo pessoal
Cats no tronco de conteção para estimular o garanhão
Metallic ao comportamento de monta.
Fonte: arquivo pessoal
Metallic no manequin e Dr. Thiago manipulando a vagina
artificial no pênis do animal para a coleta do sêmen
Fonte: arquivo pessoal
Cats no tronco de conteção para estimular o garanhão Cara Branca ao
comportamento de monta. Seta: pênis exposto
Fonte: arquivo pessoal
Cara Branca no manequin e Dr.
Thiago manipulando a vagina
artificial no pênis do animal para a
coleta do sêmen
Fonte: arquivo pessoal
Motilidade: A motilidade espermática refere-se à capacidade dos espermatozoides se moverem de forma
progressiva. Geralmente, é avaliada a motilidade total, que inclui a motilidade progressiva (avançando em
linha reta) e a motilidade não progressiva (movimentos circulares ou vibratórios).
Morfologia: A morfologia espermática refere-se à forma e estrutura dos espermatozoides. Uma alta
porcentagem de espermatozoidescom morfologia normal é indicativa de uma melhor qualidade
espermática.
Concentração espermática: É a medida da quantidade de espermatozoides presentes em uma amostra.
Geralmente é expressa em milhões de espermatozoides por mililitro (milhões/mL) ou bilhões de
espermatozoides por ejaculação.
Viabilidade: A viabilidade espermática indica a proporção de espermatozoides vivos em uma amostra. Pode
ser avaliada usando corantes vitais, como o eosina-nigrosina, que coram os espermatozoides mortos,
permitindo a diferenciação entre espermatozoides vivos e não-vivos.
A lâmina deve estar limpa e livre de qualquer sujeira ou resíduo.
Com a pipeta, se coloca uma pequena quantidade de sêmen na lâmina, preferencialmente em uma área
central.
pode espalhar o sêmen suavemente na lâmina, criando uma camada fina e uniforme.
Colocar uma lamínula cuidadosamente sobre o sêmen na lâmina, tomando cuidado para evitar a formação
de bolhas de ar e pressionar suavemente para espalhar o sêmen uniformemente entre a lâmina e a lamínula,
evitando vazamentos.
Com a lâmina pronta, colocar sob o microscópio em uma ampliação adequada para a análise desejada.
AVALIAÇÃO DO SÊMEN
A avaliação do sêmen do garanhão é uma etapa importante no processo de reprodução equina. Através dessa
avaliação, é possível determinar a qualidade do sêmen coletado, incluindo características como motilidade dos
espermatozoides, morfologia, concentração espermática e viabilidade. É válido salientar que para a avaliação é
necessário o uso de um microscópio óptico.
Parâmetros a serem avaliados:
Além desses parâmetros, também podem ser avaliados outros aspectos, como pH do sêmen, volume ejaculado e
presença de anormalidades espermáticas. Os resultados da avaliação do sêmen ajudam a determinar a
viabilidade reprodutiva do garanhão e auxiliam na escolha adequada de técnicas de inseminação ou reprodução
assistida.
Preparação da lâmina:
Avaliação do sêmemn do garanhão Cara Branca
Sêmen com 80% de motilidade
Fonte: arquivo pessoal
Limpeza da região genital: Antes da inseminação, é importante garantir que a região genital da égua esteja
limpa e livre de sujeira. Isso pode ser feito por meio de lavagem suave com água e um sabão, seguida de
enxágue adequado com o rabo da égua amarrado. É essencial evitar o uso de substâncias irritantes ou
produtos de limpeza agressivos.
Preparação do equipamento e materiais: Todos os materiais necessários devem estar prontos e limpos. Isso
inclui o cateter de inseminação, seringa, luvas estéreis, lubrificante à base de água e qualquer outro
equipamento específico necessário para o procedimento.
INSEMINAÇÃO INTRAVAGINAL
 
A inseminação intravaginal é um método de inseminação artificial em éguas em que o sêmen é depositado
diretamente na vagina da égua. Antes de realizar a técnica na Cats Little Cat, alguns prâmetros devem er
seguidos:
Após seguir os parâmetros de higiene, deve ser feito a introdução da pipeta, sendo essa flexível e de plástico
macio. A pipeta é inserida suavemente na vagina, tomando cuidado para não causar desconforto ou lesões. O
sêmen é então depositado na vagina direto no útero. O sêmen é liberado lentamente para garantir que seja
distribuído uniformemente na vagina.
Drr. Thiago introduzindo o cateter na vagina da égua
Fonte: arquivo pessoal
Drr. Thiago introduzindo o cateter na vagina da égua
Fonte: arquivo pessoal
14/06
AKIRA
A fisioterapia da égua Akira continua sendo realizada seguindo as orientações do Dr. Nélio. Durante a sessão
de massagem, a égua apresentou desconforto à pressão aplicada no tendão. No entanto, durante a caminhada,
ela demonstrou estar mais tranquila e confortável.
Para aliviar o desconforto, foi administrado Banamine novamente, visando proporcionar alívio da dor e
reduzir a inflamação. A aplicação do medicamento tem como objetivo auxiliar no processo de recuperação e
bem-estar da égua durante o tratamento fisioterapêutico.
É importante observar a resposta da égua ao tratamento e continuar monitorando sua condição de perto. O
acompanhamento veterinário adequado, juntamente com a fisioterapia e os medicamentos prescritos, visa
garantir o conforto e o progresso da Akira durante seu processo de recuperação.
Jennifer realizando a fisioterapia da paciente
Fonte: arquivo pessoal
ROTINA
 Durante as palpações realizadas no dia, foi feita uma busca por folículos maduros nas éguas. Foram feitas
palpações em mais de seis éguas, sendo que em duas delas foi identificado um folículo maduro.
 Em relação à égua Invicta, foram encontrados folículos em desenvolvimento, atualmente com um tamanho de
27. Com base nas observações feitas, estima-se que esses folículos atinjam o tamanho ideal até domingo. Essa
informação é relevante para o planejamento da reprodução, uma vez que é importante inseminar a égua no
momento ideal, quando o folículo atinge o tamanho adequado para a ovulação.
 É fundamental acompanhar de perto a evolução dos folículos e realizar monitoramentos regulares por meio de
palpações transretais ou ultrassonografias. Dessa forma, é possível determinar o momento ideal para a
inseminação e maximizar as chances de sucesso no processo reprodutivo. O trabalho conjunto entre
veterinários e criadores é essencial para alcançar resultados positivos na reprodução equina.
Égua Invicta no tronco
Fonte: arquivo pessoal
Folículo dominante da Invicta
Fonte: arquivo pessoal
Dr. Thiago palpando a Invicta
Fonte: arquivo pessoal
O Dr. Nélio nos concedeu a oportunidade de treinar a palpação em três éguas. Com sua orientação, fomos
capazes de identificar o útero em todas as éguas palpadas, o que nos proporcionou informações valiosas sobre a
saúde reprodutiva desses animais.
A oportunidade de treinar com o Dr. Nélio nos permitiu adquirir conhecimentos práticos e aprimorar nossas
habilidades na área da reprodução equina. A palpação é uma técnica fundamental nesse contexto, pois permite
avaliar o estado do trato reprodutivo, detectar possíveis anomalias e monitorar o desenvolvimento dos folículos
ovarianos. É importante ressaltar que a palpação deve ser realizada por profissionais devidamente qualificados,
como o Dr. Nélio e o Dr. Thiago, a fim de garantir o conforto e o bem-estar das éguas durante o procedimento.
 
Maísa palpando égua
Fonte: arquivo pessoal
Jennifer palpando égua
Fonte: arquivo pessoal
Jennifer palpando égua
Fonte: arquivo pessoal
CATS LITTLE CAT
Durante a palpação realizada na égua que foi inseminada ontem, constatou-se que não houve ovulação. No
entanto, foi observada a presença de folículos, indicando que a égua ainda está no processo de maturação dos
ovócitos. É importante continuar monitorando de perto a evolução dos folículos e programar uma nova
inseminação quando a ovulação for detectada.
BAIA MANSA RECEPTORA
O curativo foi refeito com sucesso e ficou evidente uma notável melhora na lesão. A evolução do quadro foi 
 rápida, sendo que o tecido de granulação estava com tamanho diminuído, demonstrando uma resposta
positiva ao tratamento realizado.
Lesão que se apresentava mais grave
no membro pélvico direito
Fonte: arquivo pessoal 
Lesão que se apresentava menos grave no membro
pélvico esquerdo
Fonte: arquivo pessoal 
15/06
 Durante a alimentação das éguas paridas, foi identificado um potro com uma fratura no fêmur. Suspeita-se
que o animal tenha se enroscado na cerca, resultando em uma queda que ocasionou a quebra do osso e sua
desarticulação, com um giro de 180 graus. Infelizmente, devido à gravidade da lesão foi necessário realizar a
eutanásia do animal para evitar seu sofrimento prolongado.
 Para a eutanásia, foram administrados os seguintes medicamentos: 0.3 ml de Dormiun (detomidina), 2.5 mL
de Cetamin (quétamina) e 20 ml de Vansil (lidocaína). Essas substâncias são comumente utilizadas em
procedimentos de eutanásia veterinária para induzir uma perda rápida e humanitária da consciência, seguida
pelo colapso do sistema nervoso central, de forma que a quetamina e a detomidina são aplicadas plea via
intravascular na Jugular, e a lidocaína é aplicadana região subaracnóide, intratecal via atlanto-occipital.
 É importante salientar que o tecido de granulação também tem 
 
No primeiro horário da manhã, tivemos a oportunidade de auxiliar o Dr. Nélio, o Dr. Thiago e o Renato no processo de
alimentação dos potros e das éguas mães. Foi realizado o fornecimento de ração adequada para garantir a nutriçãodesses
animais. Essa etapa é fundamental para o desenvolvimento saudável dos potros e para o suporte nutricional das éguas
lactantes. Também foram alimentados os bovinos da propriedade. 
Na ração estava presente 
Equinos no cocho se alimentando
Fonte: arquivo pessoal
Bovinos da propriedade 
Fonte: arquivo pessoal
AKIRA
O tratamento rotineiro com a égua Akira continua, incluindo as sessões regulares de massagem. Durante essas
sessões, é possível observar que a égua demonstra uma maior sensibilidade no membro torácico direito em
comparação ao membro torácico esquerdo, especialmente quando o tendão é palpado. Essa sensibilidade
diferenciada pode indicar algum desconforto ou sensibilidade localizada nessa região específica. É importante
continuar monitorando essa resposta e avaliar se há necessidade de intervenções adicionais para promover o
bem-estar e a recuperação adequada da Akira.
Caminhada da paciente de 20 min
Fonte: arquivo pessoal
 Pela manhã, realizamos a palpação em uma égua e constatamos a presença de folículos ovarianos maduros.
Com base nessa observação, optamos por induzir a égua para a ovulação. No fim da tarde, foi realizada a
monta natural entre essa égua e um garanhão do criador Seu Beto. 
 Essa técnica de reprodução natural permite a transferência direta do sêmen do garanhão para a égua, visando
a fertilização e a possibilidade de gestação. Esse processo é acompanhado de perto para garantir o sucesso da
reprodução e o desenvolvimento saudável do potencial potro.
O Dr. Thiago assumiu a responsabilidade de monitorar e segurar a égua durante o processo de monta natural. É de
extrema importância que o veterinário tenha cuidado e atenção ao lidar com o animal nessa situação, uma vez que
existem riscos envolvidos tanto para a égua quanto para o próprio veterinário. Ao segurar a égua, o Dr. Thiago precisa
estar atento ao comportamento e reações do animal, garantindo sua segurança e minimizando qualquer possível estresse
ou lesão durante a monta. Além disso, é fundamental que o veterinário tenha o conhecimento necessário para realizar a
técnica corretamente, facilitando o processo e garantindo a eficácia da reprodução.
Fonte: arquivo pessoal
Jennifer com Akira
Fonte: arquivo pessoal
Restringir a alimentação: O equino deve ficar em jejum por algumas horas antes do procedimento, de
preferência, sem acesso a alimentos ou pastagens. Isso ajuda a evitar possíveis riscos de aspiração de
alimentos durante a avaliação da boca.
Contenção adequada: É fundamental garantir a contenção segura do animal durante o procedimento.
Normalmente, isso é feito com o auxílio de um tronco de contenção ou outro equipamento apropriado, que
mantém o equino imobilizado e seguro. É colocado no animal um abridor de boca pra ter uma melhor
observação.
Sedação e tranquilização: Em alguns casos, como em equinos mais agitados ou que apresentem maior
sensibilidade, pode ser necessário administrar um sedativo, como a Detomidina, para acalmar o animal e
facilitar a manipulação durante a avaliação. O medicamento utilizado para sedação varia de acordo com a
necessidade.
Lavagem e observação: Antes de avaliar a boca do animal é realizado uma lavagem na cavidade oral. Isso é
feito utilizando uma mangueira com água para enxaguar a boca e remover quaisquer resíduos de alimentos
ou detritos que possam estar presentes. Após a lavagem, o veterinário irá utilizar um espelho bucal para
realizar a observação da boca do equino. O espelho é posicionado de forma estratégica para permitir uma
visão clara das estruturas orais, como dentes, gengivas, língua e palato. Dessa forma, é possível examinar o
estado geral da boca, identificar problemas dentários, inflamações, lesões ou outras anormalidades que
possam estar presentes.
Ajuste de oclusão: Com o auxílio de uma caneta odontológica, o profissional realiza a técnica de ajuste de
oclusão, conhecida como lixação, em cada dente do equino. Esse procedimento tem como objetivo
estabilizar a mordida do animal, garantindo um encaixe adequado entre os dentes e evitando desoclusões. É
importante ressaltar que a idade ideal para realizar a lixação é por volta dos 2 anos e meio ou no início da
doma, pois nessa fase os animais criados soltos tendem a pastar mais e, consequentemente, apresentar
maior desgaste dental. Animais criados em baias, que possuem uma alimentação mais controlada, podem
requerer a lixação em idades mais precoces para prevenir problemas odontológicos.
16/06
 ODONTOLOGIA EQUINA
 Durante a manhã, tivemos a oportunidade de acompanhar o médico veterinário Fábio em sua visita ao haras,
onde ele realizou cuidados odontológicos nos equinos. Durante essa experiência, fomos instruídas sobre os
procedimentos realizados.
 Os cuidados odontológicos nos equinos são essenciais para preservar a saúde, longevidade e produtividade dos
cavalos. O veterinário explicou os objetivos desses cuidados, que incluem a preservação da dentição funcional e
o equilíbrio da mordida.
 Durante a visita, pudemos observar o veterinário realizando a avaliação da saúde bucal dos cavalos,
verificando os dentes, gengivas e outras estruturas bucais
 A odontologia equina é uma especialidade que visa preservar a funcionalidade da dentição dos cavalos,
promovendo sua saúde, longevidade e produtividade. Os dentes dos cavalos possuem uma inclinação natural de
aproximadamente 15°, e é importante manter essa inclinação adequada para garantir uma boa oclusão.
 Um dos procedimentos realizados na odontologia equina é a odontoplastia, que tem como objetivo
restabelecer o equilíbrio da mordida, corrigindo anomalias encontradas na coroa clínica, nos molares e nos
incisivos. Durante a odontoplastia, as pontas de esmalte são lixadas e outras correções são feitas para
aprimorar a anatomia bucal do cavalo.
 Essa intervenção visa melhorar a mastigação e a digestão dos alimentos, evitando problemas como dificuldade
de alimentação, desgaste irregular dos dentes e ferimentos na boca. 
 Antes de iniciar o procedimento odontológico, o veterinário administra uma dose de detomidina ao animal. A
detomidina é um medicamento utilizado para promover a sedação e tranquilidade do equino, visando garantir
um ambiente seguro e minimizar qualquer desconforto durante o processo.
FLOWER
Foi aplicado Detomidina 0,5 IV e feito ajuste de oclusão
Fonte: arquivo pessoal
PLAY WHIZ - 461KG
 
Foi aplicado Detomidina 0,4 IV, feito ajuste de oclusão e calda de
andorinha. O paciente apresentava úlceras na bochecha e na língua
Fonte: arquivo pessoal
Antes e depois da correção da calda de andorinha
Fonte: arquivo pessoal
Jennifer fazendo a retirada de tártaro do dente do First Lady Times
Fonte: arquivo pessoal
EVEREST-490KG
Foi aplicado 0,5ml e posteriormente +0,4ml de detomidina pois o animal apresentava boca com muita sujidade
e fratura no dente 209. Foi extraído parte do dente, o qual estava lesionando a língua do animal. Por conta
disso, foi aplicado uma vacina antitetânica no paciente.
Fonte: arquivo pessoal
CASTANHO LIL RED- 530KG
 
 Foi aplicado 0,6ml de detomidina e feito o ajuste de oclusão e o acentamento de
freiol. O animal apresentava um dente de leite retraído, o qual o veterinário retiroi
com boticao.
Fonte: arquivo pessoal
PAINT PALOMIINA
Foi realizido uma lavagem estomacal com sonda nasogástrica em um animal que estava sofrendo de cólica. Ela
estava deitada no pasto durante a tarde. Para o procedimento, 100 ml de Panzinol são administrados via sonda
nasogástrica. O Panzinol é um medicamento utilizado para aliviar os sintomas de cólica. Além disso, são
administrados 10 ml de Buscofin, um analgésico, para ajudar a controlar a dor.
A temperatura do animal está dentroda faixa normal, registrando 38,1 graus Celsius. É importante monitorar a
temperatura para garantir que permaneça dentro dos limites normais durante o tratamento.
 
Sonda nasogástrica
Fonte: arquivo pessoal
17/06
Maísa aferindo a temperatura da paciente
Fonte: arquivo pessoal
O tratamento rotineiro da égua Akira continua, com sessões regulares de massagem. Notou-se uma diminuição
na sensibilidade ao toque. Além disso, os cascos foram limpos durante o procedimento.
Maisa realizando caminhada com a Akira
Fonte: arquivo pessoal
Jennifer limapando os cascos da Akira
Fonte: arquivo pessoal
Maísa aplicando suplemento vitamínico em uma égua
Fonte: arquivo pessoal
Dr. Nélio colocando sal no cocho das éguas prenhas. O fornecimento adequado de sal é essencial para éguas prenhas.
Recomenda-se oferecer blocos de sal mineral ou suplementos específicos para atender às necessidades nutricionais durante a
gestação. É importante garantir o acesso constante a água fresca. 
Fonte : arquivo pessooal
19/06
ÉGUA 3171
No período matutino, lidamos com uma égua que apresentava a cauda enricada, indicando que estava se
coçando na região do ânus. Essa coceira pode ser um sintoma da presença de oxiúros. Foi administrado um
vertmax para tratar essa possível infestação.
Durante um exame de ultrassom com a palpação, foi possível observar a presença de uma vesícula embrionária,
aproximadamente com 45 dias de desenvolvimento. Nesse estágio, já era possível identificar o batimento
cardíaco, o cordão umbilical e o embrião em formação.
Cauda enricada
Fonte: arquivo pessoal
US evidenciando prenhez
Fonte: arquivo pessoal
Temperatura: 37.8
TPC: >2
Desidratação: >2
FR: 36
FC: 52
Motilidade: 3
Dente: sem pontas (não é proguinata)
Secreção nasal: + (transparente)
Boletos: edemasiado com claudicação 
Suspeita clínica: Babesiose
 
 
ROSILHA LEILÃO
Aniaml não se alimentou, mostrando a necessidade de um exame clínico.
Foi administrado Imizol - 5ml 
Visualização de mucosa e desidratação
Fonte: arquivo pessoal
Maísa aferindo a temperatura
Fonte: arquivo pessoal
Visualização da mucosa ocular
Fonte: arquivo pessoal
SIGUI E PÉROLA
Após a prova, as éguas Sigui e Pérola receberam uma aplicação de cloreto de potássio e cálcio diluídos em soro
fisiológico para auxiliar na hidratação e prevenir cãibras. Foi administrado 1 litro dessa solução para cada uma
das éguas.
Essa prática é comum em equinos após atividades intensas, como provas, para repor os eletrólitos perdidos
durante o exercício e garantir uma recuperação adequada. O cloreto de potássio e cálcio ajuda a manter o
equilíbrio eletrolítico do organismo, contribuindo para o funcionamento adequado dos músculos e prevenindo
cãibras musculares.
Paciente recebendo o soro
Fonte: arquivo pessoal
Palpação de matrizes (rotina)
Foi realizado a palpação de éguas matrizes como parte da rotina veterinária. É importante tomar cuidado
especial ao palpá-las se estiverem com prenhes. Durante a palpação retal, existe o risco de lesões na parede do
tecido retal da égua gestante. Foi identificado uma vesícula embrionária em uma das éguas palpadas.
Éguas no tronco de contenção
Fonte: arquivo pessoal
Avaliação do sêmem coletado no dia 13/06
Durante a avaliação do sêmen congelado do garanhão Metallic Little Cats, foi observada uma motilidade de
70%. A motilidade do sêmen se refere à capacidade dos espermatozoides de se moverem de forma ativa e
progressiva. Essa informação pode ser útil para avaliar a qualidade do sêmen congelado do garanhão e
determinar sua viabilidade para uso em técnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial ou
transferência de embriões.
Dr. Thiago fazendo a avaliação do semen 
Fonte: arquivo pessoal
Palomina do Everest
Uma das éguas apresentava uma lesão no membro torácico esquerdo após sair da baia, foram tomadas
algumas medidas para o tratamento adequado.
Inicialmente, foi administrado um antibiótico para prevenir ou tratar uma possível infecção na lesão. Além
disso, foi administrada a vacina antitetânica, que é importante para proteger o animal contra o tétano, uma
doença bacteriana grave.
A lesão também foi lavada com água durante um período de 10 minutos para remover sujidades e detritos. A
lavagem ajuda a limpar a ferida e reduzir a carga bacteriana, minimizando o risco de infecção além de diminuir
o edema localizado.
Após a lavagem, foi aplicado iodo na lesão. O iodo é um antisséptico eficaz que ajuda a prevenir o crescimento
de bactérias e promover a cicatrização.Por fim, foi utilizada a pomada Vet Aglos na lesão.
Lesão da paciente
Fonte: arquivo pessoal
Dr. Thiago aplicando o medicamento na paciente
Fonte: arquivo pessoal
Lavagem da lesão
Fonte: arquivo pessoal
20/06
Durante a manhã, foi realizado um exame clínico na égua Lakers, onde foram observados alguns achados
relevantes. A égua apresentava presença de gases, com uma temperatura corporal de 37.5°C, mucosas normais
e motilidade comprometida devido à presença de gás.
Com base nesses achados, foram tomadas algumas medidas para aliviar o desconforto da égua. Foi
administrado Banamini, uma medicação com propriedades carminativas, que ajuda a aliviar o excesso de gases
no trato gastrointestinal. A dosagem utilizada foi de 10 ml.
Além disso, foi administrado Buscofin, que é um medicamento antiespasmódico e analgésico, utilizado para
reduzir cólicas e espasmos intestinais. A dosagem aplicada foi de 10 ml.
Para auxiliar na movimentação dos gases e aliviar o desconforto, foi realizada uma caminhada de 10 minutos
com a égua.
. 
Maísa com a paciente
Fonte:arquivo pessoal
Palomina do Everest
Após a égua se machucar na noite anterior, foram tomadas algumas medidas para tratar a lesão e aliviar o edema no
membro inferior esquerdo.
 Inicialmente, foi realizada uma ducha nos planos medial, lateral e cranial do membro inferior esquerdo. Essa ducha, que
consiste em aplicar água nas áreas afetadas, ajuda a diminuir o edema e a limpar a região.
 Em seguida, foram administrados medicamentos para auxiliar no tratamento da lesão. Foi dado Banamini na dose de 8
ml, também foi administrado Agrosil na dose de 15 ml com diluente. Por fim, foi aplicado Vetaglos na lesão. 
Maísa lavando a lesão da paciente
Fonte:arquivo pessoal
Jennifer aplicando a pomada na paciente
Fonte:arquivo pessoal
Maísa aplicando medicamento na paciente
Fonte:arquivo pessoal
Zefa Bom Light
 No período noturno, a equipe atendeu uma égua com cólica e realizou um exame clínico. Durante a avaliação,
foi observada uma temperatura corporal elevada, registrando 38.1 graus Celsius, e uma motilidade
gastrointestinal ausente. Além disso, a égua apresentava um comportamento incomum, como prostração.
 Para tratar a cólica, foram adotadas medidas imediatas. Inicialmente, Banamine foi administrado via
intravenosa na veia jugular para aliviar a dor e reduzir a inflamação. Em seguida, 200 ml de Equipalazone
foram administrados intravenosamente por meio de um soro para auxiliar no controle da dor e inflamação.
Foi colocado uma sonda nasogástrica na paciente e feita a lavagem estomacal. Pode-se observar um contúdo
em grande quantidade. Foram administrados 100 ml de Panzinol via sonda nasogástrica e 100 ml de Rumivet,
também pela mesma via. Esses medicamentos podem ter sido utilizados para ajudar na normalização da
motilidade gastrointestinal e na redução dos gases.
 O tratamento prosseguiu com a administração de vários litros de soro para reverter o quadro de desidratação
e promover a hidratação adequada da égua. Além disso, caminhadas longas foram realizadas para estimular a
eliminação dos gases e melhorar o movimento gastrointestinal.
Foi notado um quadro de melhora quando a égua começou a se alimentar por conta própria e apresentou
defecação normal enquanto estava em estado de observação.
Doutores administrando o medicamento na
paciente via sonda 
Fonte: arquivo pessoal
Jennifer e Maísa contendo a paciente e realizando a lavagem
estomacal
Fonte: arquivo pessoal
Dr. Nélio realizando exame clínico
Fonte: arquivo pessoal
21/06No primeiro horário do dia, foram administrados mais soros na paciente Zefa. Levando em consideração os
soros administrados na noite anterior, a sequência de administração foi a seguinte:
Inicialmente, foi administrado 1 soro de 1 litro com 200 ml de Sedacol, para auxiliar no controle da dor e
promover o relaxamento. Em seguida, foi administrado 1 soro com 30 ml de cálcio. Além disso, foram
aplicados 17 soros brancos, cujos componentes específicos ajudam a manter o equilíbrio eletrolítico no
organismo.É importante ressaltar que um animal com cólica pode perder uma quantidade significativa de
líquido do espaço intersticial celular. Portanto, a fluidoterapia se torna essencial para repor os líquidos e
eletrólitos perdidos, restabelecendo o equilíbrio necessário para uma recuperação adequada
 Para fortalecer o sistema imunológico e auxiliar na recuperação da paciente, foi administrado 1 soro de
Bioxan contendo 20 ml de Bionil. Ainda foi realizado outro procedimento de soro com 20 ml de Bionil para
complementar essa terapia.
 É importante mencionar que durante esse processo, foi observado que a égua conseguiu defecar. Essa resposta
é bastante encorajadora, pois indica que a cólica que ela apresentou na noite anterior está sendo tratada de
forma efetiva e o sistema digestivo está funcionando corretamente.
 Dessa forma, com a administração cuidadosa desses soros e a melhora evidente da Zefa, podemos confirmar
que conseguimos proporcionar um tratamento abrangente e adequado para sua recuperação.
Maísa segurando soro branco aplicado na paciente
Fonte: arquivo pessoal
 Durante a tarde, o animal deitou-se inicialmente em decúbito lateral, seguido pelo decúbito esternal. Ao se
levantar, apresentou tremores nos membros, indicando a presença de laminite, uma condição dolorosa que
afeta as extremidades dos cascos. Nesse caso específico, a laminite pode ter sido desencadeada pelo estresse, que
é um reflexo hormonal, e é importante destacar que a paciente está prenha, o que aumenta ainda mais o estresse
e a suscetibilidade a essa condição. A laminite se desenvolveu como consequência de um quadro anterior de
cólica.
 Com o objetivo de tratar a laminite e proporcionar alívio dos sintomas, foram administradas as seguintes
medicações: 5 ml de Banamini, que possui propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, e 10 ml de fenil, que
desempenha um papel importante no controle da dor e da inflamação associadas à laminite. 
 É essencial reconhecer que a laminite em uma égua prenha e submetido a um quadro de cólica é uma
preocupação adicional, pois a condição pode ser agravada pelos níveis de estresse elevados. O estresse
hormonal pode desencadear uma série de reações fisiológicas que contribuem para a progressão da laminite.
Portanto, é fundamental abordar tanto a causa subjacente do estresse quanto o tratamento direcionado à
laminite para garantir a recuperação adequada da égua.
Animal em decubito esternl
Fonte: arquivo pessoal
Dr. Thiago examinando o rubor e
pulsação dos boletos da paciente
Fonte: arquivo pessoal
Medicamentos administrados
na paciente
Fonte: arquivo pessoal
LAKER
Durante a realização da palpação em várias éguas, uma delas, a égua Laker, apresentou um folículo dominante
com tamanho de 39.0
Dr. Thiago palpand a Laker
Fonte: arquivo pessoal
US com folículo dominante
Fonte: arquivo pessoal
É importante acompanhar o ciclo estral da égua Laker, levando em consideração a presença do folículo
dominante de 39.0. Esse acompanhamento é essencial para avaliar o momento ideal para a inseminação, caso o
útero apresente edema.
Ao monitorar o ciclo estral da égua, é possível identificar as fases do ciclo reprodutivo e determinar o momento
mais propício para a concepção. Quando o útero apresenta edema, significa que está preparado para receber o
embrião, favorecendo o sucesso da inseminação.
Portanto, é fundamental realizar um acompanhamento cuidadoso do ciclo estral da Laker, observando as
mudanças no folículo dominante e verificando a presença de edema uterino. Essas informações serão essenciais
para planejar e realizar a inseminação no momento adequado, maximizando as chances de sucesso na
reprodução
22/06
 Logo pela manhã, o ferreiro Pedro compareceu ao haras com a finalidade de cuidar dos cascos de alguns
animais. Além disso, ele realizou a colocação de uma ferradura ortopédica na égua Zefra, que está enfrentando
um quadro de laminite.
 A laminite é uma condição dolorosa que afeta as extremidades dos cascos dos animais, podendo comprometer
sua mobilidade e bem-estar. A fim de proporcionar alívio e suporte aos membros afetados, uma ferradura
ortopédica foi aplicada na égua Zefra. Essa ferradura especial é projetada para distribuir de forma adequada a
pressão nos cascos, reduzindo o impacto sobre as estruturas inflamadas e contribuindo para uma recuperação
mais rápida.
 A presença do ferreiro Pedro no haras demonstra a preocupação e o cuidado do veterinário e proprietário
com a saúde e o conforto da paciente. Sua expertise na arte da ferragem é essencial para fornecer soluções
adequadas e personalizadas, visando ao alívio da dor e à melhoria da qualidade de vida da égua Zefra,
permitindo que ela se recupere adequadamente da laminite e retome suas atividades normais.
Posição característica de Laminite
Fonte: arquivo pessoal
Pedro colocando a massinha no
casco da paciente
Fonte: arquivo pessoal
Pedro colocando o gesso
na paciente
Fonte: arquivo pessoal
Além
 
ROTINA
Além do tratamento fisioterapêutico na égua Akira, a égua baia mansa também está seguindo sua rotina de
cuidados. Ao longo do processo de tratamento, foi observado um quadro de melhora significativa no tecido
granular, com redução notável.
 O tecido granular é uma camada de tecido de granulação que se forma durante o processo de cicatrização de
feridas e lesões. A diminuição desse tecido indica que a égua está respondendo positivamente ao tratamento,
mostrando uma evolução promissora em seu processo de recuperação.
Lesão quase cicatrizada da paciente
Foonte: arquivoo pessoal
 Além disso, no haras, foi realizado um curativo em um bovino utilizando os produtos terracotril, pradovillte e
prata. Esses são recursos terapêuticos comumente utilizados em tratamentos de feridas em animais.
 Além do curativo, também foi realizada a palpação em algumas vacas.
Bovinos no curral
Fonte: arquivo pessoal
Jennifer fazendo a palpação
Fonte: arquivo pessoal
Maísa fazendo a palpação
Fonte: arquivo pessoal
23/06
Nesse dia, os potros receberam suplementação vitamínica para garantir seu desenvolvimento saudável. Além
disso, foi administrada progesterona em éguas que estão gestando potros, visando a manutenção da gestação.
Também foi realizado um controle folicular em éguas
Dr. aplicandoo Rubralan em potro
Fonte: arquivo pessoal
Dr. aplicandoo Rubralan em potro
Fonte: arquivo pessoal
CONCLUSÃO
 
 O estágio no haras 77 pai e filho foi uma experiência enriquecedora que contribuiu significativamente para
nossa formação acadêmica. Foi uma oportunidade única que nos permitiu expandir nossos conhecimentos e
abordar a reprodução equina de maneira completamente nova. Estar imersas nesse ambiente nos proporcionou
uma visão prática e aprofundada sobre os cuidados com os cavalos, os processos reprodutivos e as técnicas
utilizadas.
 Agradecemos imensamente por essa oportunidade, pois além de aprendermos sobre os aspectos teóricos da
reprodução equina, pudemos vivenciar na prática o manejo reprodutivo, acompanhar o ciclo estral das éguas,
participar de procedimentos como inseminação artificial e palpação, e compreender a importância do
monitoramento e cuidados com os equinos.
 A troca de conhecimentos com os profissionais do haras, as orientações recebidas e a possibilidade de aplicar
conceitos teóricos em situações reais foram inestimáveis para nosso crescimento profissional. Estamos
verdadeiramente gratas por essa oportunidade que certamente nos ajudou a desenvolver habilidades práticas,
aprimorar nossa tomada de decisão e nos tornar profissionaismais completss na área da reprodução equina.
 Novamente, gostaríamos de expressar nossa sincera gratidão por essa experiência transformadora e pela
contribuição valiosa que os doutores Nélio de Andrade e Thiago Alexandre, além de toda a equipe do haras
nos proporcionou em nossa jornada acadêmica.

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