Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
"O DISCENTE declara-se ciente de que qualquer tipo de filmagem e/ou forma de reprodução do material de vídeo disponibilizado nas aulas remotas ou em EAD, através de exibição pública ou não, parcial ou total, independentemente da intenção de auferir lucro, o sujeitará às sanções civis e criminais cabíveis, sem prejuízo do dever de indenizar a (o) CONTRATADA (O) por todos os danos e prejuízos causados." São Luís – MA | 2021.1 UNIVERSIDADE CEUMA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CAMPUS RENASCENÇA CONCRETO ARMADO II Prof. Me. Felipe Ferreira | felipe005228@ceuma.com.br São Luís – MA | 2021.1 UNIVERSIDADE CEUMA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CAMPUS RENASCENÇA Estabilidade global, classificação de pilares e tipos de excentricidade 1.INTRODUÇÃO As estruturas de concreto armado estão sujeitas a ações laterais de correntes do vento, onde as de maiores alturas, podem desencadear instabilidade para o edifício. 4 Estabilidade Global Ação do vento em prédios altos 1.INTRODUÇÃO É necessário que se faça a análise do vento sobre a estrutura, a fim de ver se as ações são significantes. 5 Estabilidade Global Exemplo de distribuição de pressão de vento sobre o prédio 1.INTRODUÇÃO Os EFEITOS DE 𝟐ª ORDEM são maiores quando existem ações laterais, significativas atuando sobre a estruturas. Segundo a norma os EFEITOS DE 𝟐ª ORDEM são aqueles que se somam aos obtidos em uma análise de 1ª ordem (indeformada), quando a análise do equilíbrio passa a ser efetuada considerando a configuração deformada. 6 Estabilidade Global Estrutura submetida a ação vertical e à ação do vento 1.INTRODUÇÃO 7 Estabilidade Global 1.INTRODUÇÃO Os efeitos de 2ª ordem, considerando o comportamento não linear dos materiais, podem ser desprezados sempre que não representarem acréscimo superior a 𝟏𝟎% nas reações e nas solicitações relevantes na estrutura. 8 Estabilidade Global Estrutura com efeitos de segunda ordem desprezível 2.ESTRUTURAS RESISTÊNTES AO VENTO Um arranjo interessante para absorver as ações de ventos são os pórticos. 9 Estabilidade Global Modelo de pórticos planos de um edifício 2.ESTRUTURAS RESISTÊNTES AO VENTO Ao considerar os elementos que resistem as ações horizontais, a norma identifica a tais elementos que possuem grande rigidez a tais ações com subestruturas de contraventamento. 10 Estabilidade Global Elementos de contraventamento 3.CÁLCULO DA AÇÃO DO VENTO O vento tem caráter aleatório, desta feita deve-se adotar a direção cujo efeito é o mais desfavorável. A avaliação da ação do vento é feita pela 𝐍𝐁𝐑𝟔𝟏𝟐𝟑: 𝟏𝟗𝟖𝟖. Deve-se avaliar a ação do vento na estrutura como um todo. 11 Estabilidade Global Normatização da ação do vento em edifícios 3.CÁLCULO DA AÇÃO DO VENTO A norma define alguns termos que ajudam a compreender a ação do vento na estrutura. 12 Estabilidade Global Nomenclatura normativa da ação do vento 3.CÁLCULO DA AÇÃO DO VENTO O vento causa uma pressão de obstrução, que está ligada a velocidade característica 𝑉𝑘 , que é utilizada em projeto. Esta velocidade é função de várias variáveis, tais como: tipo de terreno, local da edificação etc. 𝑞𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0,613 ∙ 𝑉𝑘 𝑁/𝑚 2 ↓ 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑠𝑡𝑟𝑢çã𝑜 13 Estabilidade Global Variáveis de ação do vento sobre a estrutura 3.CÁLCULO DA AÇÃO DO VENTO A velocidade de vento característica está ligada a velocidade básica de projeto, na seguinte fórmula 𝑉𝑘 = 𝑉0 ∙ 𝑆1 ∙ 𝑆𝑠 ∙ 𝑆3 𝑆1 → Fator topográfico; 𝑆2 → Fator rugosidade; 𝑆3 → Fator estatístico 14 Estabilidade Global Isopleta de velocidade básica de vento 4.ESTABILIDADE ESTRUTURAL As deformações existentes permitem calcular os efeitos de 2ª ordem, sendo divididos em: globais, locais e localizados de 2ª ordem. Os nós da estrutura deslocam-se horizontalmente. Os esforços de correntes deste deslocamento são os efeitos globais de 2ªordem. Os efeitos locais de 2ª ordem surgem nas barras da estrutura (lance depilar), que não se mantêm retilíneos. Já as estruturas cuja região apresenta não retilineidade maior do que a do eixo do pilar como um todo (pilares-paredes), estes efeitos são os efeitos de 2ª ordem localizados. 15 Estabilidade Global 4.ESTABILIDADE ESTRUTURAL 16 Estabilidade Global Efeitos de 2ª ordem 4.ESTABILIDADE ESTRUTURAL Divide-se as estruturas em nós fixos e móveis. Nós fixos –os deslocamentos horizontais dos nós são pequenos. Os efeitos de 2ª ordem são desprezíveis (inferior a 10% dos esforços de 1ªordem). Considera-se os efeitos locais e localizados de 2ª ordem. 17 Estabilidade Global Nós fixos 4.ESTABILIDADE ESTRUTURAL Divide-se as estruturas em nós fixos e móveis. Nós móveis –os deslocamentos horizontais dos nós não são pequenos. Os efeitos de 2ª ordem são importantes (superior a 10% dos esforços de 1ª ordem). Considera-se os efeitos globais, locais e localizados de 2ªordem. 18 Estabilidade Global Nós móveis 4.ESTABILIDADE ESTRUTURAL A norma permite a dispensa da consideração dos esforços globais de 2ª ordem, ou seja, indicar se a estrutura pode ser classificada como de nós fixos. Utiliza-se o parâmetro de instabilidade 𝛼 e o coeficiente 𝛾𝑧. Para o parâmetro de instabilidade 𝜶𝟏, será considerado sendo de nós fixo, se α for menor que o valor 𝜶𝟏. 𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 ∙ 𝑁𝑘 𝐸𝑐𝑠 ∙ 𝐼𝑐 , 𝛼1 = 0,2 + 0,1 ∙ 𝑛 𝑠𝑒 𝑛 ≤ 3, 𝛼1 = 0,6 𝑠𝑒 𝑛 ≥ 4, Onde 𝑛= número de andares; 𝐻𝑡𝑜𝑡= altura da estrutura; 𝑁𝑘=somatória das força verticais; 𝐸𝑐𝑠𝐼𝑐=rigidez de todos os pilares. 19 Estabilidade Global 4.ESTABILIDADE ESTRUTURAL O coeficiente 𝜸𝒛 de avaliação da importância dos esforços de 2ª ordem é válido para estruturas reticuladas de no mínimo 4 andares. Considera-se que a estrutura é de nós fixos e o coeficiente for menor ou iguala 𝟏, 𝟏. 20 Estabilidade Global 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES Pilar é um elemento estrutural geralmente vertical e recebe ações predominantemente de compressão. Pode estar submetido à compressão composta normal ou oblíqua 𝐀𝐁𝐍𝐓 𝐍𝐁𝐑 𝟔𝟏𝟏𝟖: 𝟐𝟎𝟏𝟒, 𝐢𝐭𝐞𝐦 𝟏𝟒. 𝟒. 𝟏. 𝟐. São tratados como elementos lineares e isolados. 21 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES Para as análises do curso considerar-se-á os pilares de nós fixos e com esforços transversais desprezíveis (sem ação do vento). Deve ser considerado o ELU de instabilidade, que é atingido sempre que há elementos submetidos à flexocompressão, em que o aumento da capacidade resistente é inferior ao aumento da solicitação. 22 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES A seção transversal de pilares, qualquer que seja a sua forma, não pode apresentar dimensão menor que 𝟏𝟗 𝒄𝒎. Em casos especiais permite-se dimensões entre 19 𝑐𝑚 e 14 𝑐𝑚, desde que majore-se os esforços solicitantes. Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal menor que 𝟑𝟔𝟎 𝒄𝒎². 23 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES Os pilares são classificados quanto a POSIÇÃO EM PLANTA e ESBELTEZ. POSIÇÃO EM PLANTA Central; Lateral; Canto. ESBELTEZ Curto; Medianamente esbeltos; Esbeltos; Esbeltos; Muito esbeltos. 24 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES Quanto a posição são: central, lateral e canto. O posicionamento determinará as excentricidade e solicitações a considerar. 25 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES PILARES CENTRAIS 26 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES PILARES CENTRAIS Localizam-se no interior do edifício; São submetidos, em princípio, só a cargas concentradas verticais (compressão simples, não sofrem flexão); Não há transmissãode momentos fletores para esses pilares. 27 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES PILARES LATERAIS 28 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES PILARES LATERAIS Localizam-se nas bordas dos edifícios; As vigas neles apoiadas e perpendiculares a essa borda são interrompidas; São submetidos a flexão composta, devido a cargas concentradas verticais e momento fletor transmitidos pelasvigas; Na direção paralela à borda não há transmissão de momentos fletores para pilares. 29 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES PILARES DE CANTO 30 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES PILARES DE CANTO Localizam-se nos cantos dos edifícios; As vigas que neles chegam, em duas direções, são ali interrompidas; São submetidos a flexão composta oblíqua, com cargas concentradas verticais e momentos fletores em duas direções; Considera-se pilares “laterais” em duas direções; As ações nos pilares podem ser representadas pela fornça normal atuante e pela sua excentricidade final. 31 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES Quanto a esbeltez são: curtos, medianamente esbeltos, esbeltos e muito esbeltos. A esbeltez (λ) é um parâmetro adotado como referência para consideração dos efeitos da flambagem em pilares. A flambagem é um fenômeno de instabilidade de equilíbrio que pode provocar a ruptura de uma peça submetida à compressão, antes de se esgotar a sua capacidade resistente. 𝜆 = 𝐿𝑒𝑓 𝑖 𝐿𝑒𝑓-Comprimento efetivo do pilar; 𝑖-Raio de giração da seção; 𝑖 = 𝐼 𝐴 32 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES EFEITOS DE 2ª ORDEM A ABNT NBR 6118: 2014 define 4 métodos através dos quais os efeitos locais de 2ª ordem podem ser avaliados: A. Pilar-padrão com curvatura (1/r) aproximada; B. Pilar-padrão com rigidez k aproximada; C. Pilar-padrão acoplado a diagrama N,M,1/r; D. Método geral. 33 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES Para classificação faz necessário conhecer o índice de esbeltez. Este índice é a relação entre o comprimento efetivo e o raio de giração da peça. Os pilares devem ter índice de esbeltez menor ou igual a 200. Pilares com carga normal menor que 𝟎, 𝟏. 𝒇𝒄𝒅. 𝑨𝒄, o índice de esbeltez pode ser maior que 200. Pilares com índice de esbeltez maior que 140, na análise do efeitos de 2ªordem, deve multiplicar por 𝛾𝑛1 = 1 + 0,01 ∙ (𝜆 − 140) 140 34 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES PILAR CURTO (𝝀 < 𝝀𝟏) 𝜆1 = 25 + 12,5 ∙ 𝑒1 ℎ 𝑎𝑏 , Onde 30 ≤ 𝜆1 ≤ 90 e 𝛼𝑏depende da vinculação nos extremos (item 15.8.2 da 6118: 2014) A análise dos efeitos locais de 2ª ordem pode ser dispensada. PILAR MEDIANAMENTE ESBELTO (𝝀𝟏 < 𝝀 ≤ 𝟗𝟎) Método do pilar-padrão com curva tura aproximada; Método do pilar-padrão com rigidez aproximada, inclusive para pilares retangulares submetidos à flexão composta oblíqua. 35 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES PILAR ESBELTO (𝟗𝟎 < 𝝀 ≤ 𝟏𝟒𝟎) A consideração da fluência é obrigatória; Método do pilar-padrão com curvatura real acoplado a diagramas 𝐌,𝐍, 𝟏/𝐫. PILAR MUITO ESBELTO (𝟏𝟒𝟎 < 𝝀 ≤ 𝟐𝟎𝟎) A consideração da fluência é obrigatória; Método geral é obrigatório. PILAR COM 𝝀 > 𝟐𝟎𝟎 Não pode haver pilar com 𝜆 > 200. 36 Classificação dos Pilares 5.CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES 37 Classificação dos Pilares 6. TIPOS DE EXCENTRICIDADES As excentricidades são distâncias do centro geométrico onde são aplicadas a força normal. Elas são divididas em: inicial, de forma, acidental, de segunda ordem e suplementar. 38 Tipos de excentricidade 6. TIPOS DE EXCENTRICIDADES A – EXCENTRICIDADE INICIAL (EI) O corre nos pilares lateral e de canto, por estarem submetidos a um momento fletor inicial. Ocorrem em pilar de qualquer esbeltez. 39 Tipos de excentricidade 6. TIPOS DE EXCENTRICIDADES A – EXCENTRICIDADE DE FORMA (EI) Muitas vezes não é possível que o eixo de vigas e pilares sejam coincidentes. Deste modo, as reações das vigas apresentam excentricidades em relação ao centro do pilar. Deve-se ter cuidado na adoção desta excentricidade por causa de valores exagerados. 40 Tipos de excentricidade 6. TIPOS DE EXCENTRICIDADES B – EXCENTRICIDADE DE FORMA Muitas vezes não é possível que o eixo de vigas e pilares sejam coincidentes. Deste modo, as reações das vigas apresentam excentricidades em relação ao centro do pilar. Deve-se ter cuidado na adoção desta excentricidade por causa de valores exagerados. 41 Tipos de excentricidade 6. TIPOS DE EXCENTRICIDADES C – EXCENTRICIDADE ACIDENTAL (𝑒𝑎) É aquela que pode acidentalmente acontecer. Parte-se do princípio que as edificações são geometricamente imperfeitas. Essas imperfeições devem ser explicitamente consideradas, pois tem efeitos sobrea estabilidade da construção. 42 Tipos de excentricidade 6. TIPOS DE EXCENTRICIDADES C – EXCENTRICIDADE ACIDENTAL (𝑒𝑎) As imperfeições se dividem em locais e globais. Admite-se que, nos casos usuais, a consideração apenas da falta de retilinidade ao longo do lance do pilar seja suficiente. 𝑒𝑎 = 𝜃1 ∙ 𝑙 2 𝜃1 = 1 100 ∙ 𝑙 ≥ 𝜃1,𝑚í𝑛 𝜃1𝑚𝑖𝑛 = 𝑙/300 𝜃1𝑚𝑎𝑥 = 𝑙/200 Ainda é válido que considere o momento mínimo de 1ª ordem: 𝑀1𝑑,𝑚í𝑛 = 𝑁𝑑 ∙ (0,015 + 0,03 ∙ ℎ) 43 Tipos de excentricidade 6. TIPOS DE EXCENTRICIDADES D – EXCENTRICIDADE DE SEGUNDA ORDEM (𝑒2) Devido o fenômeno da flambagem, há uma deformação, que provoca o efeito de 2ª ordem, baseada na teoria de 2ª ordem. Para reproduzir o efeito da flambagem, admite-se que a força de compressão atua com certa excentricidade de segunda ordem. VER MODELOS DE APROXIMAÇÃO 44 Tipos de excentricidade 6.TIPOS DE EXCENTRICIDADES E – EXCENTRICIDADE SUPLEMENTAR(𝑒2) É obrigatória em pilares com índice de esbeltez maior que 90. Acrescenta-se ao momento de 2ª ordem o momento Mc. 45 Tipos de excentricidade 6.TIPOS DE EXCENTRICIDADES 46 Tipos de excentricidade
Compartilhar