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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP FARMACIA HEMATOLOGIA CLÍNICA ROSEMAR PEREIRA SCHUISTAK R.A: 2127327 FOZ DO IGUACU – PR 2023 AULA PRÁTICA DE HEMATOLOGIA CLÍNICA CONFECÇÃO DE ESFREGAÇO SANGUÍNEO, IDENTIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES MORFOLOGICAS EM HEMÁCIAS, CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS. A hematologia clínica é uma disciplina da medicina que se concentra no estudo dos componentes do sangue e das doenças relacionadas a esses componentes. O sangue desempenha um papel crucial no corpo, transportando oxigênio, nutrientes e produtos de resíduos, além de estar envolvido na defesa imunológica e na coagulação. A hematologia clínica abrange uma ampla gama de tópicos, desde o estudo das células sanguíneas individuais até a compreensão das doenças do sangue e do sistema linfático. A hematologia clínica é vital para o diagnóstico, tratamento e monitoramento de várias condições médicas, incluindo anemias, distúrbios de coagulação, doenças hematológicas malignas (como leucemias e linfomas) e distúrbios do sistema imunológico. Os profissionais de hematologia clínica, conhecidos como hematologistas, desempenham um papel fundamental na identificação e tratamento de doenças que afetam os componentes sanguíneos. A hematologia clínica é uma disciplina essencial no diagnóstico, tratamento e monitoramento de uma ampla variedade de doenças hematológicas. Ela desempenha um papel crucial na compreensão das funções e interações complexas dos componentes sanguíneos, auxiliando os profissionais de saúde na prestação de cuidados precisos e eficazes aos pacientes. AULA PRÁTICA 01 CONFECÇÃO DE ESFREGAÇO SANGUÍNEO A confecção de um esfregaço sanguíneo é uma técnica laboratorial utilizada para observar células sanguíneas em microscópio. O procedimento é frequentemente realizado para avaliar a morfologia das células e identificar possíveis anomalias. Os esfregaços sanguíneos são amplamente utilizados em diagnósticos médicos, pesquisas e estudos hematológicos. Aqui estão os passos básicos para a confecção de um esfregaço sanguíneo: Materiais necessários: 1. Lâmina de microscópio limpa e livre de resíduos. 2. Amostra de sangue fresco (geralmente obtida por punção venosa) em um tubo de coleta a vácuo ou com anticoagulante. 3. Espátula ou haste de madeira. 4. Papel absorvente ou lenços de papel. 5. Corantes hematológicos, como o corante de Wright ou Giemsa. Passos: 1. Preparação da Lâmina: - Limpe cuidadosamente a lâmina de microscópio para remover quaisquer resíduos ou gorduras. Certifique-se de que a lâmina esteja completamente seca. 2. Obtenção da Amostra: - Com uma agulha e seringa esterilizadas, obtenha uma pequena quantidade de sangue da amostra. Se for uma amostra venosa, a coleta é feita a partir de uma veia, geralmente na região do antebraço. 3. Aplicação na Lâmina: - Coloque uma pequena gota de sangue fresco perto de uma extremidade da lâmina. - Usando uma haste de madeira ou uma espátula, espalhe cuidadosamente a gota de sangue para criar uma camada fina e uniforme de células na lâmina. Isso requer um movimento rápido e suave para evitar que as células se rompam. 4. Secagem do Esfregaço: - Deixe o esfregaço secar completamente ao ar. Isso é importante para evitar distorções nas células durante a fixação. 5. Fixação e Coloração: - Após a secagem, fixe o esfregaço mergulhando-o em um corante hematológico (como Wright ou Giemsa) por um determinado período de tempo, conforme indicado nas instruções do corante. - Em seguida, enxágue a lâmina com água destilada para remover o excesso de corante e deixe-a secar novamente. 6. Observação Microscópica: - Agora você pode observar o esfregaço sob um microscópio óptico. Use diferentes objetivas para examinar diferentes detalhes das células sanguíneas, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Lembre-se de que a confecção de um esfregaço sanguíneo requer prática para obter resultados de alta qualidade. Além disso, a interpretação das células sanguíneas observadas requer conhecimento em hematologia. Portanto, esta é uma técnica frequentemente realizada por profissionais de laboratório treinados e médicos especializados. RESULTADOS E DISCUSSOES Após alguns minutos de observação das lâminas do esfregaço sanguíneo (lâminas que já estavam prontas no laboratório, uma vez que algo de errado aconteceu na fixação das lâminas dos alunos) através do microscópio óptico, foi possível identificar a presença de todos os elementos figurados do sangue. A equipe discutiu os dados coletados e percebeu que as células mais frequentes foram os glóbulos vermelhos (hemácias ou ainda eritrócitos). Além disso, foi perceptível a grande quantidade de um dos tipos de leucócitos granulócitos, os neutrófilos. Os basófilos, ao contrário, foram os mais difíceis de serem encontrados, pois representam apenas cerca de 1% do total de leucócitos existentes no sangue. A partir desta prática experimental foi possível perceber a importância da técnica de esfregaço sanguíneo, de coloração e fixação para a observação detalhada dos componentes do sangue. Deve ser seguida dentro do padrão pré-estabelecido, preparando a lâmina com bastante precisão para que a qualidade da amostra seja satisfatória no momento da observação. Na visualização das lâminas prontas, observaram-se plaquetas (fragmentos citoplasmáticos de megacariócitos), hemácias (células em maior número no sangue) e leucócitos. Estes últimos são classificados em dois diferentes tipos, de acordo com a forma, dimensões do núcleo e funções específicas: granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos), e granulócitos (monócitos e linfócitos). Em relação à quantidade, os neutrófilos e linfócitos presentes no sangue foram muito mais que os monócitos e os eosinófilos. Os basófilos são os mais raros, uma vez que sua concentração no sangue é relacionada com os processos alérgicos. Esta prática foi de extrema importância para o conhecimento dos alunos, pois foi possível visualizar os diversos componentes (elementos figurados) do sangue. AULA PRÁTICA 02 IDENTICAÇÃO DE ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS EM HEMÁCIAS. As alterações morfológicas em hemácias (glóbulos vermelhos) são observadas quando essas células sanguíneas apresentam formas, tamanhos ou características anormais. Essas alterações podem ser indicativas de uma variedade de condições médicas. O hemograma é um tipo de exame de sangue realizado para medir a saúde geral do paciente, sendo uma das solicitações mais comuns realizadas pelos médicos nos exames de rotina. Isso porque ele avalia a saúde de um modo geral, calculando a quantidade e forma dos três tipos de células básicas presentes no sangue. Através da análise dos leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas, o hemograma fornece ao médico informações importantes sobre as células do sangue, sendo muito útil para auxiliar o diagnóstico ou acompanhar a evolução de diversas doenças. 1. Hemácias As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos, são as células sanguíneas responsáveis pelo transporte de oxigênio. Níveis elevados de hemácias indicam policitemia, o que pode prejudicar as demais células e deixar o sangue espesso. Se o hemograma detectar uma diminuição das hemácias, pode ser sinal de anemia ou hemorragia. 2. Leucócitos Os leucócitos ou glóbulos brancos são as células de defesa do corpo. A contagem dos glóbulos brancos serve para detectar infecções ou inflamações, avaliar a necessidade de se fazer uma biopsia da medula óssea ou analisar a resposta do organismo a tratamentos com antibióticos, quimioterapia ou radioterapia. Quando os leucócitos estão elevados (leucocitose), pode ser sinal de infecção, leucemia, infarto do miocárdio, gangrena oumorte (necrose) de algum tecido. Se o número de glóbulos brancos estiver reduzido (leucopenia), pode indicar uma depressão da medula óssea causada por infecções virais ou tratamento do câncer, além de ingestão de mercúrio ou exposição ao benzeno. Dentre as doenças que podem causar leucopenia estão febre tifoide, influenza, sarampo, hepatite infecciosa e rubéola. 3. Plaquetas As plaquetas são as células sanguíneas responsáveis pela coagulação. A contagem do número de plaquetas serve para avaliar a capacidade de coagulação do sangue, bem como diagnosticar ou verificar as causas de um aumento ou diminuição dessas células. Assim, em suma, o hemograma pode auxiliar o diagnóstico de uma grande variedade de doenças e problemas de saúde, como: • Anemia; • Leucemia; • Alterações no sistema imunológico (doenças autoimunes) • Processos infecciosos e inflamatórios • Infarto • Reações a medicamentos; • Hemorragias • Alergias. OBJETIVO Identificação das alterações morfológicas em hemácias. A revisão manual das lâminas de amostras que apresentam alterações em um ou mais parâmetros tem como objetivo a identificação de anormalidades no tamanho, forma, coloração e presença de inclusões. MATERIAIS Esfregaço de sangue periférico de arquivo 1. Óleo de imersão 2. Gaze 3. Papel absorvente 4. 1 rolo. PROCEDIMENTO Ligamos o microscópio e acendemos a luz Giramos o potenciômetro até o ponto máximo de luz Giramos o revólver do microscópio de modo que a objetiva de menor (4x) aumento fique em posição de uso Colocamos a lâmina sobre a platina. Verificamos se corresponde á superfície que contêm a camada de célula Utilizamos o charriot, centralizamos o meio/cauda da lâmina Focalizamos as células com a objetiva de menor aumento, utilizando inicialmente o parafuso macrométrico para facilitar a focalização. Giramos o revólver, deixamos sem objetiva e adicionamos 1 gota de óleo de imersão. Giramos o revólver e mudamos para a objetiva (100x), acertamos o foco com o parafuso micrométrico. Procuramos a região na qual as células estão bem dispersas identificamos as alterações presentes. RESULTADOS E DISCUSSOES A avaliação morfológica das hemácias é uma parte essencial da análise hematológica, permitindo identificar alterações na forma, tamanho e características das células sanguíneas. Essa avaliação é frequentemente realizada através da observação de esfregaços sanguíneos corados sob um microscópio. A interpretação precisa das alterações morfológicas requer expertise em hematologia e correlação clínica. É importante entender que a avaliação das hemácias faz parte de um quadro mais amplo de análise hematológica, que inclui também a observação de outras células sanguíneas e a interpretação de exames laboratoriais, como contagem de células sanguíneas, dosagem de hemoglobina, entre outros. Em situações complexas, a consulta com um hematologista clínico é fundamental para uma avaliação precisa e diagnóstico adequado. AULA PRÁTICA 03 CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS OBJETIVO Contagem diferencial de leucócitos. A contagem diferencial de leucócitos em neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos pode ser realizada por automação ou a partir de esfregaços corados por coloração de leishman, entre outras. MATERIAIS Esfregaço de sangue periférico de arquivo - • Óleo de imersão • Gaze • Papel absorvente PROCEDIMENTO • Ligamos o microscópio • Giramos o potenciômetro até o ponto máximo de luz • Giramos o revólver de microscópio de modo que a objetiva de menor aumentou em posição de uso, • Colocamos a lâmina sobre a platina. Verificamos se corresponde a superfície que contém a camada de célula • Procuramos uma região em que as hemácias estejam dispersas e seja possível identificar os leucócitos com nitidez • Focalizamos as células com a objetiva de menor aumento, utilizamos inicialmente o parafuso macrométrico para facilitar a focalização. Ambos os olhos estavam abertos • Melhoramos o foco, usando parafuso micrométrico • Giramos o revólver e mudamos para a objetiva, acertarmos o foco o parafuso micrométrico Utilizamos o charriot, escolhermos a área Mudamos para a objetiva de (40x) com cuidado para que não atinja a lâmina ou quebre a lamínula Focalizamos as células com o ajuste fino • Giramos o revólver, deixamos sem objetiva e adicionamos 1 gota de óleo de imersão • Giramos o revólver e mudamos para objetiva (100x), acertamos o foco com o parafuso micrométrico. • Procuramos a região na qual as células estão bem dispersas • Procedemos a contagem de cem células. Anotamos cada tipo encontrado. Para evitar erros de contagem, adotamos o método em zigue-zague. Iniciamos a contagem da região do corpo do esfregaço e ir em direção á cauda. Identificamos as alterações presentes. RESULTADOS E DISCUSSÕES O exame de diferencial de leucócitos é uma ferramenta valiosa na avaliação da saúde do paciente e no diagnóstico de várias condições médicas. Os diferentes tipos de células brancas do sangue têm funções distintas no sistema imunológico, e a análise do seu perfil pode fornecer informações importantes. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. GUILAR, V. Manual de Técnicas de Laboratório em Hematologia. Espanha: Masson, 2006. 2. HOFFBRABND, A.V. Atlas colorido de Hematologia Clínica. São Paulo: Manole, 2001. 3. LORENZI, T. F. Manual de Hematologia e Propedêutica Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 4. RAPAPORT, I. S. Introdução à hematologia. Rio de Janeiro: Roca, 1990. 5. Bibliografia Complementar 6. CARVALHO, W. F. Técnicas Médicas de Hematologia e Imuno-hematologia. Belo Horizonte: Cultura Médica, s/d. 7. FAILACE, R. Hemograma. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003. 8. JANINI, P. F. Interpretação Clínica do Hemograma. 9 ed. São Paulo: Sarvier, 1995. 9. KIPPS, T.; BEUTLER, E.; LICHTMAN, M. A. Manual de Hematologia de Williams. Porto Alegre: Artmed, 2005. 10. OLIVEIRA, A. L. et al. Métodos de Laboratório Aplicados à Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 11. VALLADA, E. P. Manual de Técnicas Hematológicas. Rio de Janeiro: Atheneu, 2002. https://v3.camscanner.com/user/download AULA PRÁTICA 01 CONFECÇÃO DE ESFREGAÇO SANGUÍNEO AULA PRÁTICA 03 CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS