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@med.vet.descomplica 8 É uma enterite viral que acometem principalmente os cães. É umas das diarreias infecciosas mais comuns em cães, principalmente com menos de meses. É causada pelo parvovirus (CPV) canino. São vírus não envelopados, ou seja, conseguem viver por longos períodos no ambiente, podendo chegar a ficar até 6 meses. Existem varias cepas do parvovirus, sendo que o CPV-2 é a mais fatal, na maioria dos casos. O CPV-2 é originado de mutações aos cães. Existem varias variantes para o CPV-2 como o CPV-2ª, CPV-2b e assim por diante. As espécies mais acometidas são os canídeos em geral como os cães domésticos, cachorros- do- mato, coiotes, lobo, entre outros. As cepas CPV-2ª e b podem infectar felinos também. Em alguns casos, os animais infectados com CPV podem não aparecer sinais clínicos ou bem fracos, na maioria das vezes tem a presença de anticorpos maternos residuais. Quando se tem sinais clínicos, é mais grave em cães filhotes com crescimento rápido que tem helmintos intestinais. Em animais suscetíveis, é mais comum de ter a doença grave e vir a óbito. É um vírus muito contagioso, sendo que o principal meio de transmissão é por meio da ingestão de fezes contaminadas, insetos, roedores e fômites. O tempo de incubação é de 7 a 14 dias. Cães de médio a grande porte sem raça definida quando pegam são mais suscetíveis a ter a doença severa. Quando tem a inclusão de novos animais na casa ou em canis, é de suma importância que esses animais fiquem em isolamento. A contaminação é principalmente por contaminação com fezes e dissemina-se muito rápido. 1- Replicação: A replicação se inicia no tecido linfoide da orofaringe, em linfonodos ou no timo, sendo disseminadas para as criptas intestinais do IG por meio de viremia. Depois da viremia o CPV vai para o epitélio de revestimento gastrointestinal da língua e das mucosas bucal, no intestino delgado e no tecido linfoide como o timo, linfonodos e medula óssea. Podem ser encontrados no pulmão, no baço, nos rins e no miocárdio. As células epiteliais das criptas amadurem no intestino delgado e depois migram para as vilosidades. Depois disso as vilosidades adquirem capacidade de absorção de nutrientes. O CPV infecta o epitélio germinativo das criptas e acaba destruindo as mesmas, causando colapso. Assim a renovação das criptas fica comprometida e as vilosidades ficam mais curtas. Nas infecções graves o mais comum é ter neutropenia e linfopenia. @med.vet.descomplica 9 O vírus é eliminado nas fezes com no máximo 10 dias. 1- Enterite causada pelo parvovirus: → Pode progredir rapidamente; → Vômitos graves seguidos de diarreia amarelada com estrias de sangue. → Anorexia e desidratação. 2- Miocardite causada pelo CPV-2: → Aqueles que possuem miocardite causada pelo CPV na maioria dos casos morrem após episódios de dispneia ou ânsia de vômito. → Pode não apresentar sinais cardíacos. Cão com diarreia sanguinolenta grave. Intestino delgado com enterite. Coração com estrias pálidas. As lesões são mais aparentes no duodeno distal e o jejuno. Parede intestinal espessa com alteração de cor e com fibrina. Dentro do lúmen tem desnudação da mucosa intestina com material escuro e aquoso, podendo ser sangnolento. Necrose do epitélio das criptas no intestino delgado. Hemorragias difusas. Vilosidades encurtadas; Necrose e depilação do tecido linfoide; Edema pulmonar; Exame histológico pode ser definitivo; Teste d anticorpo pra encontrar antígenos. PCR; A miocardite é reconhecida por macroscopia com estrias pálidas no miocárdio. Reestabelecimento do equilíbrio hidrelétrico, até que seja curado o vômito e a diarreia; Prevenção contra infecções bacterianas secundárias; Pode ser usado antimicrobianos, modificadores de motilidade e antieméticos; Os antieméticos utilizados são para reduzir a perda de líquidos e diminuir o desconforto do paciente; Quando se trata de aumentar a motilidade intestinal, medicamentos não são recomendados; Se logo no inicio da infecção o animal foi tratado com interferon felino, pode se ter uma redução da doença clínica e mortalidade. → Limpeza do ambiente; → Isolamento dos animais acometidos; → Vacinação; → 1ª dose: 6 a 8 semanas de vida; → 2ª e 3ª dose: reforço após 4 semanas; → 4ª dose: 6 meses de idade; → Revacinação anual. @med.vet.descomplica 13 Referências: GREENE. Doenças Infecciosas em Cães e Gatos. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
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