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aula 2 Gestão de Serviços e Operações Portuárias e Aeroportuárias


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GESTÃO DE SERVIÇOS E
OPERAÇÕES PORTUÁRIAS E
AEROPORTUÁRIAS
AULA 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. João Marcos Andrade
CONVERSA INICIAL
Esta disciplina que estamos estudando norteará nossas conclusões a respeito das temáticas
envolvidas nas questões e definições de estruturas portuárias, as quais estão diariamente presentes
nas atividades dos profissionais da área do comércio internacional, trader, representante
internacional, despachante aduaneiro, agente de cargas, dentre outras, pois as dependências das
demandas dos serviços presentes nas estruturas portuárias ocorrem em quaisquer funções dos
negócios internacionais, direta ou indiretamente.
CONTEXTUALIZANDO
Enquanto os profissionais da área médica, por exemplo, precisam aprender as regras funcionais e
as particularidades das áreas de saúde, desde as características ambientais, estruturais, técnicas
operacionais etc., nós, da área das negociações internacionais, precisamos conhecer ao máximo as
áreas operacionais por onde as cargas internacionais nas quais atuamos passam e são
operacionalizadas.
Essas etapas operacionais, sejam pelo poder público, por meio dos órgãos fiscalizadores, ou por
nossos representantes legais e parceiros contratados para manusear tais cargas, ou ainda
profissionais atuantes em portos, de forma que qualquer um de nós, atuando em área portuária,
dependemos totalmente do conhecimento mais amplo possível em todas as questões definidoras
dessas estruturas, que é exatamente o conteúdo deste material.
TEMA 1 – CONCEITO DE AUTORIDADE PORTUÁRIA
O que de fato é considerado como autoridade portuária? Esta é uma questão muito ampla no
Brasil, considerando que a abrangência dessa definição alcança inclusive as questões de
administração portuária.
De acordo com Gabriel Soares de Lima, no portal Jusbrasil (2015), “Autoridade Portuária é um
Poder Público Federal, oriundo do texto constitucional (art. 21, XII, alínea f, CRFB/ 1988 ) que
implica necessariamente em poder de polícia que, evidentemente, uma empresa administradora
legalmente não teria”. Dessa forma, compreendemos que a autoridade portuária emana de um certo
poder, sendo este o Poder Público, pois as áreas portuárias são pertencentes à União (Governo
Federal), de acordo com a Constituição Federal em seu art. 21, Inciso XII, alíneas “d” e “f”.
Assim sendo, é possível entender então que as explorações portuárias são possíveis somente
devido à concessão vinda do Poder Público, por isso há a necessidade de compreendermos que a
autoridade portuária é um poder, uma concessão federal, pois está diretamente ligada a uma
atividade econômica, que é a exploração da área portuária com fins lucrativos a partir da atuação
operacional da empresa exploradora do porto.
Os exemplos são os mais de 176 portos existentes atualmente no Brasil, mediante a confirmação
da cessão federal para que tais praças pudessem operacionalizar suas atividades de atracação e
operação de navios, barcos, cruzeiros, dentre outras possibilidades de faturamento, tais como
serviços de armazenagem de cargas internacionais.
É importante considerarmos os conceitos acerca dos portos para que seja possível obtermos
melhores compreensões a respeito do que vem a ser a autoridade portuária, que é o tema a ser
explorado logo após observarmos esses conceitos iniciais.
Veja, a seguir, as principais definições para os portos no Brasil, de acordo com o Portal da
Infraestrutura do Governo Federal.
1.1 PORTO ORGANIZADO
Porto organizado:  bem público construído e aparelhado para atender às necessidades de
navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação e armazenagem de
mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob jurisdição de autoridade
portuária;
Portos marítimos:  são aqueles aptos a receber linhas de navegação oceânicas, tanto em
navegação de longo curso (internacionais) quanto em navegação de cabotagem (domésticas),
[1]
independentemente da sua localização geográfica;
Portos fluviais: são aqueles que recebem linhas de navegação oriundas e destinadas a outros
portos dentro da mesma região hidrográfica, ou com comunicação por águas interiores;
Portos lacustres:  são aqueles que recebem embarcações de linhas dentro de lagos, em
reservatórios restritos, sem comunicação com outras bacias.
O professor dr. Leonardo Mercher (2020), em sua introdução aos temas voltados para as
definições das estruturas portuárias, muito bem define que:
Porto é um espaço construído destinado a atracação de embarcações (canoas, lanchas, barcas,
navios, cruzeiros etc.) para carga e descarga de bens e mercadorias, bem como para a circulação de
pessoas e atividades comerciais de serviços privados, como embarcações esportivas e particulares
de lazer. Protegidos das correntes e cheias dos rios, bem como das marés e ondas dos mares, os
portos são construídos em locais estratégicos, tanto levando em consideração os recursos e
comportamento da natureza, como nas rotas comerciais e humanas do mundo. Dessa forma, o
primeiro ponto estrutural e da organização de um porto é a sua localização.
Assim, é possível perceber que o Brasil é um dos países com as maiores e melhores condições
universais para estruturação portuária. O professor Leonardo Mercher (2020) ainda contribui com o
seguinte conteúdo:
A localização deve estar conectada a rios, lagos e mares com fácil acesso de rotas das embarcações,
bem como próxima de estradas e ferrovias que possam facilitar o escoamento. É muito comum o
surgimento de cidades no entorno de portos ou até mesmo a criação de portos em grandes
cidades com destino a ampliar o escoamento de produção, turismo e outras dinâmicas
socioeconômicas. Sua construção física deverá levar em consideração tanto as características
naturais locais como as normas estabelecidas do local (legislação municipal, estadual, federal,
ambiental, etc.).
Ainda sendo necessário complementarmos a definição para autoridade portuária, emprestamos
novamente as concepções ideológicas e de pesquisas de Gabriel Soares de Lima no portal Jusbrasil
(2015):
As autoridades portuárias são normalmente geridas por conselhos ou comissões, que são
comumente nomeados pelo Chefe do Executivo, muitas vezes a partir de diferentes jurisdições. No
Canadá, o Ministro dos Transportes seleciona o diretor-presidente do conselho de autoridade
portuária local, já o resto do conselho é nomeado mediante recomendação dos operadores
portuários e usuários do porto.
1.2 ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO PORTUÁRIA VERSUS AUTORIDADE
PORTUÁRIA
A exemplo do que ocorre com as demais autarquias de governo, as quais concedem a
determinados setores da economia a possibilidade de atuar na exploração de uma atividade, por
exemplo, uma mineradora que adquire a concessão para extração de minério de uma determinada
reserva, essa concessão é fruto de uma decisão do poder público que, respaldado em uma licitação
pública ou outra forma de cessão do terreno de domínio da União, permite que determinada
companhia possa exercitar seu direito de exploração.
Assim também ocorre com a questão da autoridade portuária, ou seja, a União, através do
Governo Federal, detém a prerrogativa de aplicar sanções ou qualquer determinação em termos de
poder sobre a área portuária, pois é ela, a União, a autoridade portuária, possuindo poderes a ela
concedidos pela Constituição Federal, como já observamos anteriormente.
Já a administração e gestão portuária é a prática gerencial, administrativa do espaço do porto,
bem como de todas as atividades realizadas e definidas pela empresa ou pelas empresas que estejam
atuando na gestão de determinado porto.
Também sob a ótica da pesquisa de Gabriel Soares de Lima no portal Jusbrasil (2015), temos a
seguinte contribuição para concluirmos a definição, ou seja, o tópico conceitual relativo a autoridade
portuária:
Nesse diapasão, torna-se claro que a administradora  portuária, conquanto empresa pública ou
sociedade de economia mista, exerce atividade mista e ímpar noordenamento jurídico, pois atua,
em determinado momento com atos de gestão e em outros, por meio de seu dirigente máximo e
dos agentes da Guarda Portuária como Autoridade Pública Federal por delegação da União Federal
e imposição legislativa da Lei dos Portos (Lei 12.815/2013), pois a jurisprudência é pacífica acerca
do poder de polícia da Guarda Portuária que, evidentemente, não é oriundo da paraestatal (com
natureza jurídica privada) mas, e tão somente, do poder público denominado Autoridade Portuária.
1.3 AUTORIDADE PORTUÁRIA – ASPECTOS LEGAIS I
O Decreto n. 10.319/2020, em seu art. 1º, apresenta a definição de autoridade portuária de
forma legal, apresentando as incumbências administrativas desta autarquia, o que permite a
compreensão clara quanto à competência da autoridade portuária na gestão administrativa e
operacional desse órgão em nosso país. Vejamos, então, na íntegra o art. 1º do Decreto 10.319/2020:
Art. 1º  - Ficam instituídas a Comissão Nacional das Autoridades Aeroportuárias - Conaero e a
Comissão Nacional das Autoridades nos Portos - Conaportos com a finalidade de propor,
coordenar e avaliar medidas de eficiência relacionadas às atividades desempenhadas pelos órgãos
e entidades públicas nos aeroportos e nos portos, respectivamente. (Brasil, 2020)
1.4 AUTORIDADE PORTUÁRIA – ASPECTOS LEGAIS II
Para concluirmos essa temática da autoridade portuária, vamos continuar a analisar os aspectos
legais sob a visão do Decreto n. 10.319/2020, agora no art. 4º, em que temos a descrição mais clara
da Conaportos –  Comissão Nacional das Autoridades nos Portos, em relação à sua composição,
conforme a divisão dos órgãos de governo a ela diretamente ligados:
Art. 4º  A Conaportos é composta por representantes dos seguintes órgãos e entidades:
I - Ministério da Infraestrutura, por meio da Secretaria-Executiva, que a presidirá;
II - Casa Civil da Presidência da República;
III - Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Polícia Federal;
IV - Ministério da Defesa, por meio do Comando da Marinha;
V - Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e pela
Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais;
VI - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da Secretaria de Defesa
Agropecuária;
VII - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa; e
VIII - Agência Nacional de Transportes Aquaviários - Antaq.
§ 1º  Cada membro da Conaportos terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e
impedimentos.
§ 2º  Os membros da Conaportos e respectivos suplentes serão indicados pelos titulares dos órgãos
e das entidades que representam e designados pela Comissão.
§ 3º  Os membros da Conaportos e respectivos suplentes terão autonomia para tomada de decisão
nas reuniões da Comissão.
§ 4º  A Conaportos poderá convidar para participar de suas reuniões, sem direito a voto, e dos
Comitês Técnicos, representantes de associações setoriais e demais órgãos e entidades públicas ou
privadas que possam contribuir para o debate das pautas.(Brasil, 2020)
Concluímos, então, a divisão dos órgãos envolvidos no tema autoridade portuária sob o ponto
de vista legal, ou seja, conforme determina a legislação pertinente.
TEMA 2 – CONCEITO E APLICABILIDADE DO ARMADOR
Para que as operações portuárias voltadas às movimentações de cargas das importações e
exportações brasileiras ocorra de forma satisfatória, faz-se necessária a atuação dos armadores, mas,
afinal, quem são esses operadores?
Os armadores são empresas proprietárias das embarcações/navios e também dos contêineres, os
quais são utilizados globalmente para transporte e movimentação das cargas nos vários portos
“mundo afora”.
A Receita Federal do Brasil (2018), como o órgão de maior interferência nas fiscalizações das
importações e exportações brasileiras, também apresenta uma definição para armador: “armador - a
pessoa física ou jurídica que, em seu nome ou sob sua responsabilidade, apresta a embarcação para
sua utilização no serviço de transporte”. Como observamos, a Receita Federal do Brasil também
envolve, em sua descrição de armador, a pessoa física, e não apenas a pessoa jurídica, como é a
maior ocorrência de definições, principalmente de literaturas da área de logística internacional.
Por exemplo, o autor Luiz Augusto Tagliacollo Silva, em sua obra Logística no Comércio Exterior
(2013), define armador como sendo: “a pessoa jurídica registrada para realização do transporte
marítimo. O armador é o possuidor das embarcações e, no transporte de caras, é responsável pelo
transporte da mesma”.
2.1 ATUAÇÃO PRÁTICA DO ARMADOR MARÍTIMO
A atuação e aplicabilidade do armador diz respeito diretamente à possibilidade de transporte
das cargas internacionais nos navios, sendo muito presente a operação dessas empresas diariamente
nas importações e exportações, por isso o motivo de compreendermos que os navios, ao
pertencerem a essas empresas internacionais denominadas armadores, são propriedades particulares.
Assim, é possível compreender que para minha empresa transportar determinada carga por um
deles, é necessário que eu mantenha contato com essas companhias para que o transporte venha ser
realizado, sendo que as contratações dos fretes marítimos internacionais tanto podem ser realizadas
diretamente junto aos armadores, como também podem ser efetivadas a partir de contatos
comerciais com outras empresas parceiras, as quais veremos ainda nesta disciplina de forma
detalhada, que são os Agentes de Cargas.
Para uma abrangência mais prática, é importante observarmos que os armadores atuam de
forma global, pois um navio pode estar em um porto da América do Sul, e um mês depois estar em
um porto do continente africano ou asiático, enfim, a utilização do navio (de posse do armador) é
constante e extremamente abrangente, sendo possível a qualquer empresa contratar um serviço de
transporte em um navio cargueiro, bastando requerer a contratação do frete internacional, sob as
condições comerciais aplicáveis naquela determinada situação.
2.2 PRINCIPAIS ARMADORES DO MUNDO
De forma bastante prática, conheçamos agora alguns dos armadores marítimos internacionais,
inclusive com citações de seus sites institucionais para auxílio e incentivo para que você, aluno, possa
acessar e conhecer um pouco mais sobre essas importantíssimas empresas atuantes no transporte
marítimo internacional.
Maersk. AP Moller – Maersk é uma empresa integrada de logística de contêineres. Conectando
e simplificando o comércio para ajudar seus clientes a crescer e prosperar. Com uma grande
equipe dedicada e operando em 130 países. Disponível em: <https://www.maersk.com/about>.
MSC – Mediterranean Shipping Company. A MSC Mediterranean Shipping Company é uma
empresa global dedicada aos setores de transporte marítimo e logística. Presente em 155
países, a MSC agiliza o comércio internacional entre as principais economias do mundo e entre
mercados emergentes em todos os continentes. Fundada em 1970 e com sede em Genebra, na
Suíça, desde 1978 a MSC é uma empresa privada dirigida pela família Aponte. Líder mundial em
transporte marítimo de containers, a MSC evoluiu de uma operação com um único navio para
uma empresa mundialmente respeitada, possuindo uma frota de 560 navios e mais 70.000
funcionários. Disponível em: <https://www.msc.com/bra/about-us>.
CMA-CGM. O Grupo CMA CGM é líder mundial em transporte e logística comprometido com a
transição energética. A empresa trabalha diariamente para reduzir os impactos ambientais das
atividades marítimas e terrestres. Disponível em: <https://www.cmacgm-group.com/en/>.
COSCO Shipping. A China Cosco Shipping Corporation Limited é uma corporação empresarial
sediada em Xangai. É a entidade resultante da fusão da China Ocean Shipping (Group)
https://www.msc.com/bra/about-us
https://www.cmacgm-group.com/en/
Company (COSCO) e da China Shipping (Group) Company (China Shipping). Disponível em: <htt
p://en.coscoshipping.com/>.2.3 OPERACIONALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DOS ARMADORES
Vimos acima alguns dos principais e maiores armadores globais, empresas extremamente
importantes para o fluxo logístico das cargas marítimas internacionais, as quais, por suas
programações de envio dos seus veículos (navios), permitem as infindáveis compras e vendas
internacionais de mercadorias, bens e equipamentos de todas as partes do mundo, sendo que tais
armadores, assim como os demais atuantes atualmente, possuem escritórios de representação ou
escritórios próprios no Brasil para negociações de fretes internacionais.
Qualquer um de nós ao apresentar uma demanda pela contratação de um serviço de frete
internacional, seja para importação ou para exportação, podemos contatar os armadores para
requisitarmos cotações (orçamentos) de fretes internacionais, além dos detalhes como frequência de
navios, disponibilidades de espaço em navios, enfim, operacionalização logística para movimentação
das cargas a qualquer tempo.
TEMA 3 – CONCEITO E APLICABILIDADE DO NVOCC (NON VESSEL
OPERATIONS COMMOM CARRIER)
Também é muito importante compreendermos a atuação e conceituação de outro ator de
grande relevância para as movimentações de cargas marítimas, que é o NVOCC – Non Vessel
Operations Commom Carrier, empresa também atuante como armador, mas sem necessariamente
possuir navio. Realizam as atividades de afretamento internacional marítimo de cargas, porém,
utilizando de parcerias comerciais com armadores proprietários de navios, como os que observamos
no tema acima, dentre vários outros.
A Receita Federal do Brasil, em seu portal (disponível em: <www.receita.economia.gov>), destaca
também o Agente NVOCC como sendo “o consolidador estrangeiro representado pelo agente de
carga no país”.
Na prática, o Agente NVOCC atuará mediante a representação de armadores proprietários dos
navios, prestando seus serviços a favor das empresas que dependem de fretes internacionais para
http://en.coscoshipping.com/
seus negócios de importação e exportação.
TEMA 4 – CONCEITO E APLICABILIDADE DO FREIGHT FORWARDER
A exemplo dos dois importantíssimos modelos de empresas necessárias e presentes na logística
internacional marítima, observamos também o agente de cargas internacionais, o Freight Forwarder,
empresa presente em todas as localidades do Brasil, seja direta ou indiretamente, sendo que nas
capitais e principais cidades do Brasil há escritórios dessa natureza de atividade econômica,
prestando serviço essencial para as práticas de fretes marítimos internacionais com eficiência.
Esse modelo de empresa pratica um serviço mais próximo da empresa contratante (importador
ou exportador), permitindo-lhes um acompanhamento dos fluxos de cargas de forma mais próxima,
pois, por possuir proximidade comercial mais aberta com empresas negociadoras no comércio
internacional, podem executar melhores condições de follow up (acompanhamento) de cargas desde
o ponto de retirada da carga (origem), até o ponto de destino (local definido para a entrega da carga
conforme o INCOTERM definido na operação de logística internacional.
Tagliacollo Silva (2013) define em sua Obra Logística no Comércio Exterior que a figura do Freight
Forwarder como operador logístico vem crescendo consideravelmente, e as operações cada vez mais
especializadas tendem a ser terceirizadas, exigindo profissionalismo e agilidade desse operador.
TEMA 5 – CONCEITO E APLICABILIDADE DO TRANSPORTADOR
RODOVIÁRIO
Angela Cristina Kochinski Tripoli e Rodolfo Coelho Prates, em sua obra Comércio Internacional –
Teoria e Prática (2016), citam: “quando falamos em globalização, é inevitável perceber a ampliação do
comércio internacional impulsionado pelas exportações e importações. No Processo Logístico, o
modal de transporte é elemento indispensável, pois promove a chegada da mercadoria ao após de
destino”.
O transporte de cargas é uma atividade completamente presente em 100% das atividades
econômicas, pois, de forma direta ou indireta, realiza deslocamento de cargas sob diversas condições,
formas, tempos, espaços e percursos, sendo que, ao longo de diversos projetos logísticos, todos os
agentes envolventes em um planejamento logístico têm sua importância e relevância.
[2]
Dependendo da operação logística, o transportador rodoviário é, na maioria das vezes, o mais
acionado, tendo em vista sua amplitude em termos de alcance, envolvimento, e praticidade, pois
permite alcançar diversos e diferentes pontos na cadeia logística, iniciando e finalizando transportes
internacionais, ao considerarmos que uma carga, antes de adentrar um navio ou aeronave, por
exemplo, foi objeto de um transporte rodoviário, desde o local onde se encontrava para ser
transportada internacionalmente, ou seja, o transportador rodoviário é participante de praticamente
todos os transportes internacionais.      
TROCANDO IDEIAS
Após ter finalizado a leitura dos textos da presente aula, considere a possibilidade de pensar a
respeito da prática operacional dos vários setores envolvidos na gestão de serviços logísticos em
âmbito internacional. Dirija seu pensamento para cada uma das atividades práticas de trabalho
realizadas pelos agentes citados e considere a questão de quão importante é sua presença para o
sucesso nas operações de comércio internacional, inclusive sendo possível que você venha a
trabalhar em um deles após os conhecimentos adquiridos no curso.
NA PRÁTICA
Após estudar e observar os pontos vistos nesta aula, exponha no fórum de seu ambiente virtual
quais as atividades mais comuns realizadas pelos armadores internacionais nas operações logísticas
internacionais.
FINALIZANDO
Observamos neste estudo as diversas práticas operacionais necessárias para uma adequada
manifestação de trabalho logístico internacional, fator determinante para que as negociações
internacionais de importação e exportação sejam realizadas sempre de forma eficaz, considerando a
participação das autoridades na coordenação das atividades portuárias, bem como a prática
profissional de empresas especializadas nas realizações de trabalhos técnicos voltados às realizações
dos negócios internacionais.
Dentre esses pontos, realizamos um estudo voltado para a atuação permanente das empresas
que prestam serviços logísticos internacionais a nível de apoio aos importadores e exportadores, que
são os Freight Forwarder (agentes internacionais de cargas), os quais disponibilizam globalmente
serviços de apoio logístico em conjunto com os armadores marítimos internacionais, também sempre
presentes e prontos a comercializarem seus serviços de transporte de cargas em longas distâncias,
permitindo, assim, o desenvolvimento de projetos das empresas em todo o mundo, sempre contando
com as parcerias comerciais dos transportadores rodoviários, os quais alcançam distâncias mais
específicas e pontuais nas importações e nas exportações brasileiras.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto n. 10.319, de 9 de abril de 2020. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 13 abr. 2020.
CMA. Disponível em: <https://www.cma-cgm.com/>. Acesso em: 21 ago. 2020.
COSCO SHIPPING. Disponível em: <http://en.coscoshipping.com/>. Acesso em: 21 ago. 2020.
GOVERNO FEDERAL. Ministério da Infraestrutura. Disponível em:
<https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br>. Acesso em: 21 ago. 2020.
MERCHER, L. C. Rota de Estudos – Organização e Estrutura Portuária. Curitiba: Intersaberes,
2020.
MARSK. Disponível em: <https://www.maersk.com/>. Acesso em: 21 ago. 2020.
MSC. Disponível em: <https://www.msc.com/bra/>. Acesso em: 21 ago. 2020.
SILVA, L. A. T. Aduaneiras. São Paulo, 2013.
TRIPOLI, A. C. K.; PRATES, R. C. Comércio Internacional – Teoria e Prática. Curitiba: Intersaberes,
2016.
 CFFB – Constituição da República Federativa do Brasil.[1]
 INCOTERM – Termos Internacionais de Comércio – regras estabelecidas pela ICC (International
Chambre of Commerce) – Câmara Internacional de Comércio, para regulamentar as transações
internacionais de comprae venda de mercadorias, bens e equipamentos, possibilitando clareza nas
responsabilidades tanto do importador, quanto do exportador em uma operação logística.
[2]