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Ginecologia – Amanda Longo Louzada 1 CÂNCER DE COLO DE ÚTERO LESÕES PRECURSORAS CERVICAIS: Células Escamosas: ASC-US\ ASC-H LIE-BG LIEAG-\ CA in situ Células Glandulares: AGC Adenocarcinoma in situ HISTOLOGIA DO COLO UTERINO: A vagina e a ectocérvice possuem um epitélio escamoso As alterações mais comuns são nesse epitélio, por estar mais exposto A endocérvice possui o epitélio coluna simples Junção Escamocolunar (JEC): é essencial, pois é o local onde mais encontra lesão Ela vai mudando sua localização ao longo da vida Com isso vai aparecendo uma área de metaplasia escamosa, que consiste no fato de que o epitélio escamoso avançou sobre o glandular, isso vai ocorrendo com a idade Essas metaplasias podem gerar cistos de naboth, que possuem aspecto perolado e é um processo fisiológico FATORES DE RISCO: Infecção pelo HPV Coitarca precoce Múltiplos parceiros sexuais Infecções sexualmente transmissíveis Anticoncepcional combinado oral: as vezes a paciente por usar o anticoncepcional não usa o método de barreira Tabagismo Baixa imunidade Multiparidade Desnutrição Má higiene genital Baixo nível socioeconômico Radiação ionizante HPV: Mais oncogênicos: 16 e 18 Condilomas Genitais: 6 e 11 PREVENÇÃO PRIMÁRIA: Uso de preservativo VACINAÇÃO: São constituídas de partículas semelhantes ao vírus (VLP) Vacina Bivalente: cobre o HPV 16 e 18 3 doses no esquema de 0, 1 e 6 meses Vacina Quadrivalente: HPV 6, 11, 16 e 18 3 doses no esquema de 0, 2 e 6 meses Atualização em 2016, para 2 dose com 0 – 6 meses, para meninas e meninos entre 9 – 14 anos Pode ser buscado em instituições privada até 45 anos, mesmo que já tenha iniciado a vida sexual Imunossuprimidos: esquema de 3 doses (0 – 2 – 6 meses), para meninos e meninas de 9 a 45 anos Transplante de órgãos sólidos, transplante de medula óssea, pacientes oncológicos e com HIV Precisa ter prescrição médica PREVENÇÃO SECUNDÁRIA – DIAGNÓSTICO: 1º - ANAMNESE + EXAME FÍSICO + CITOLOGIA: LIE\Iniciais: assintomático – sinusorragia Avançados: dor, corrimento fétido ou SUA Exame especular + toques vaginais\retal Colpocitologia: com coleta dupla Periodicidade: Inicialmente é anual e após 2 exames negativos, pode ser feito a cada 3 anos Dos 25 – 64 anos, após a sexarca Situações Especiais: Em gestante deve fazer normalmente Paciente com HIV, pode coletar assim que iniciar a vida sexual. No primeiro ano coleta de 6 em 6 meses, e após anualmente. Caso o CD4 seja menor que 200 deve coletar semestralmente Caso a paciente não tenha iniciado a vida sexual não tem necessidade de fazer a coleta Ginecologia – Amanda Longo Louzada 2 CÂNCER DE COLO DE ÚTERO Coleta: A ectocérvice é coletada com chanfradura maior da espátula de Ayres, roda 360º e faz o esfregaço na lâmina A endocérvice é coletada com a escovinha, rodando 360º Como Conduzir: LIE-BG (SIL): controle citológico com 6 meses (se 25 anos ou mais) ou com 3 anos (se menor de 25 anos). Se repetir e vier pior ou igual deve enviar para colposcopia ASC-US: controle citológico com 6 meses se for maior de 30 anos, com 12 meses se tiver entre 25 – 29 anos ou com 3 anos se tiver menos de 25 anos. Se repetir e vier pior ou igual deve enviar para colposcopia ASC-H: colposcopia AGC (AGUS): colposcopia e avaliação do canal LIE-AG (HSIL): colposcopia AOI: colposcopia Paciente HIV com LIE-BG ou ASC-US: tem que fazer colposcopia Sugere CA: colposcopia + biópsia 2º - COLPOSCOPIA: Para confirmação diagnóstica Ácido Acético: Coagula proteínas em áreas com mais mitose Teste de Schiller (Lugol): possui trofismo pelo glicogênio Se tem pouco glicogênio não cora 3º - BIÓPSIA DIRIGIDA (BD) + ESTUDO HISTOPATOLÓGICO: Estudos Histopatológico: Neoplasias intraepteliais cervicais (NIC) Câncer de colo uterino Achado sugestivos de CA invasor: vasos atípicos + superfície irregular + erosão\ulceração Colposcopia insatisfatória: JEC não visível Avalia o canal através do escovado endocervical, curetagem endocervical ou histeroscopia (CITO com AGC) CÂNCER DE COLO DE ÚTERO: Tipos histológicos: Carcinoma escamoso: mais comum, relacionado ao HPV 16 Adenocarcinoma: relacionado ao HPV 18 Vias de Disseminação: Contiguidade: mais comum, vagina e corpo uterino, são os mais comuns Linfática: Grupo Primário: paracervicais, parametriais, obturadores e ilíacos Grupos Secundário: ilíacos comuns (paraaórticos e inguinais) Hematogênica: mais raro, fígado, pulmão e ossos ESTADIAMENTO: NIC: Excisão do tipo 1: Doença ectocervical Doença que não se estende mais de 1 cm no canal ZT do tipo 1 Excisão do tipo 2: ultrapassar a JEC Exérere entre 1,5 – 2 cm ZT do tipo 2 Ginecologia – Amanda Longo Louzada 3 CÂNCER DE COLO DE ÚTERO Excisão do tipo 3 ou Conização: maior profundidade de excisão Maiorias das NIC até 1 cm do canal Exérese entre 2 – 2,5 cm de canal ZT do tipo 3 CA DE COLO UTERINO: É clínico-radiológico Estádio 0: carcinoma in situ Estádio I: restrito ao colo IA 1: lesão menor que 3 mm IA 2: 3 mm – 5 mm IB 1: 5 mm – 2 cm IB 2: 2 cm – 4 cm IB 3: maior ou igual a 4 cm Estádio II: IIA: parte superior da vagina II A1: menor que 4 cm II A2: maior ou igual a 4 cm IIB: invade o paramétrio Estádio III: IIIA: terço inferior da vagina IIIB: acomete toda a parede pélvica, gerando hidronefrose IIIC: IIIC 1: linfonodo pélvico IIIC 2: linfofo para-aórtico Estádio IV: IVA: bexiga e reto IVB: metástase a distância TRATAMENTO: NIC: NIC I: acompanha a lesão, se for por 2 anos a lesão desaparecer faz crioterapia ou cauterização NIC II ou III: deve fazer exérese Excisão do tipo 3 Indicações de Conização: Suspeita de invasão Sem limites da lesão JEC não visível CÂNCER DE COLO UTERIN O: 0: excisão tipo 3 é diagnóstica IA1: Padrão: histerectomia tipo 1 Paciente com desejo de gestar: excisão tipo 3 IA2: histerectomia tipo 2 (Piver II) + linfadenectomia pélvica IB 1 e 2: histerectomia tipo Wertheim-Meigs IB3 e IIA1: histerectomia tipo Wertheim-Meigs + quimioradioterapia Maior ou igual a IIA 2: quimioradioterapia
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