Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Paulo Márcio da Silveira Universidade Federal de Itajubá Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Capítulo IV Proteção de transformadores Sistemas de Proteção de Transformadores • Localização e função • Tensão, conexão e projetos POTÊNCIA PROTEÇÃO S < 2500 KVA fusíveis 2500 < S < 5000 KVA relés de sobrecorrente 5000 < S < 10000 KVA relés de sobrecorrente em conexão residual. S > 10 MVA relé diferencial percentual com restrição harmônica, relés auxiliares (pressão, temperatura, etc.) alarme refrig. comutador sinalização 26 71 63G 63P 86 67N 49 27 59 152 252 150 151 150 151 N 250 251 250 251 N 87 138 kV 13,8 kV 220 V 352 Fusível 3 1 3 1 3 1 Y Y Proteção Para Transformadores de Grande Porte 52 Disjuntor 50 Sobrecorrente Instantâneo 51 Sobrecorrente Temporizado 49 Sobrecarga ou Imagem Térmica (1,3 x IN) 26 Termômetro termostato (55oC, 65oC - proteção própria) 71 Nível de Óleo (proteção própria) 63G Buchhols de Volume de Gás (proteção própria) 63P Buchhols de Fluxo de Óleo (proteção própria) 87 Diferencial 67N Direcional de Terra ou Terra Testrita (ou 87N - diferencial de terra) 27 Subtensão 59 Srobetensão 86 Relé de Bloqueio (ou chave de bloqueio) Outros não indicados 46 Sobrecorrente de Seqüência Negativa 81O/U Sobre ou Subfreqüência 50BF Relé de Falha de Disjuntor (Breaker Failure) Principais Funções Utilizadas • Trafo de Distribuição (BT - MT) - P ≤ 500 KVA a) Relés primários ANSI : 49 - 51 - 50 b) Indicadores ANSI : 71 - 26 - 49 - (63) c) Fusíveis • Trafo de Força I (MT - AT) 500 KVA < Pot ≤ 5000 KVA a) Relés secundários ANSI : 50 - 51 - (87) b) Indicadores ANSI : 26 - 49 - 71 -63 (63P) • Trafo de Força II - ( AT - EAT) 5 MVA < Pot ≤ 30 MVA a) Relés secundários ANSI : (49) - 50 - 51 - 87 b) Indicadores ANSI : 26 - 49 - 71 - 63 - 63P • Trafo de Força III Pot > 30 MVA Relés secundários e indicadores segundo vários esquemas especiais. 71 – 26 - 49 Proteções intrínsecas Proteções intrínsecas Relé 63 e 63P Proteções intrínsecas Relé 63 atuado Faltas no enrolamento • É controlada em magnitude pela fonte; pela impedância do neutro; pela reatância de dispersão do transformador e pela tensão de falta que pode diferenciar da tensão do sistema conforme a posição da falta no enrolamento. Enrolamento conectado em estrela com o ponto neutro a terrado através de uma impedância Enrolamento conectado em estrela com ponto neutro solidamente aterrado. Enrolamento conectado em delta Faltas fase-fase • Uma falta entre fases dentro do transformador é relativamente rara, porém se ocorrer, dará origem a uma substancial corrente, comparável as faltas fase-terra de transformadores solidamente aterrados. Faltas entre enrolamentos de diferentes tensão Faltas entre espiras Condições externas anormais • Sobrecarga • Faltas no sistema • Sobretensões • Subfreqüência Outras faltasOutras faltas Faltas no núcleo e faltas no tanque Sobrecarga • Implica em aumento das perdas no cobre e conseqüente elevação da temperatura. Sobrecargas podem ser conduzidas por períodos limitados, dependendo da temperatura inicial e das condições de resfriamento. • A constante de tempo térmica de um transformador ONAN é da ordem de 2,5 a 5 horas. Constantes de tempo menores necessitam de resfriamentos forçados Curto-circuitos no sistema (falta passante) Capacidade de Sobrecorrente dos transformadores (ANSI/IEEE) Ponto ANSI Impedância do transformador% Corrente de Falta Múltiplo da corrente nominal Duração permitida para a falta (s) 4 25 2 5 20 3 6 16 4 > 7 ≤14 5 Curvas ANSI • Na realidade o padrão para a especificação de suportabilidade dos transformadores para faltas passantes foram mudados pela ANSI C57.12.1980. Para todos os caos o tempo máximo considerado passou a ser de 2(s). • No entanto, após tal mudança os engenheiros de proteção descobriram tratar-se do uso da curva de sobrecarga térmica (IEEE/ANSI C37.91 1972) para a proteção contra sobrecorrente e, que os novos 2(s) estavam limitando severamente a proteção de transformadores para faltas passantes. O conflito existia porque a C37.91 apresentava curvas para danos térmicos e a C57.12 era relativa a danos mecânicos. Isso conduziu a mais mudanças em 1982, cuja padronização cobre ambos os casos. Assim, esse novo padrão possui seis curvas, uma curva para cada categoria I e IV e duas curvas para cada categoria II e III. Tais categorias levam em conta as potências dos transformadores e se as faltas a que estes estão sujeitas durante a sua vida útil são ou não freqüentes, o que é na verdade uma estimação com base em experiências históricas. A Tab. XIII resume este novo padrão e as figuras 44 a 46 ilustra as curvas de suportabilidade dos transformadores. Categori a Potência nominal do trafo – kVA Monofásicos Trifásicos Curva Freqüência da falta OBS – curva extrapolada I 5-500 15-500 1 - 25 a 50I t = 1250/I2 (60 Hz) II 501-1.667 501-5.000 1 ou 1 + 2 10 70 a 100% da máxima falta possível onde I2t = K K é determinado no máx I quando t = 2(s) III 1.668-10.000 5.001-30.000 1 ou 2+3 5 50 a 100% da máxima falta possível onde I2t = K K é determinado no máx I quando t = 2(s) IV > 10.000 > 30.000 1+3 - idem III Curvas ANSI Curva para Categoria I faltas freqüentes ou não freqüentes e para categorias II e III para faltas não freqüentes Curvas ANSI Curva para Trafos Categoria II faltas freqüentes Curvas ANSI Curva para Categoria III, faltas freqüentes ou Categoria IV faltas freqüentes ou não freqüentes. Curvas ANSI Proteção Contra Sobrecorrente • Faltas externas ou correntes de carga devem ser distinguidas das faltas internas. As faltas externas que não são prontamente eliminadas, bem como as altas correntes de carga irão causar sobreaquecimento provocando a degradação da isolação, tornando-o, com o tempo, vulnerável a flashovers internos. • A proteção contra sobrecarga excessiva ou faltas externas persistentes implica no uso de relreléés de sobrecorrente temporizadoss de sobrecorrente temporizados Relés na AT ou BT – correntes de acionamento mínimo => 1,2Inom Trafos ONAF ou OFAF => mínimo 1,2Imáx Se o transformador não possui proteção no secundário, os dispositivos de proteção do primário podem ser ajustados no máximo 2,5Ifl. Se o transformador possui dispositivos de proteção no secundário, estes podem ser ajustados no máximo 2,5Ifl e os dispositivos de proteção do primário podem ser ajustados de modo que atuem para uma corrente não superior : 4Ifl para 6% ≤ ZT < 10% 6Ifl para ZT < 6% É bastante comum ajustarmos os elementos citados acima para uma corrente de acionamento entre 1,2 e 1,5 vezes a corrente a plena carga do transformador. Verificação da curva ANSI (ponto ANSI). Curvas tempo x corrente devem ‘proteger a curva térmica’ do transformador até o ponto ANSI (PA). Proteção contra sobrecorrente Proteção contra sobrecorrente Distribuição das correntes ¨ Os relés de sobrecorrente no primário devem ser ajustados de forma a deixar circular corrente de energização (inrush) (8 a 15Inom) durante 0,1 segundos. ¨ Os relés instantâneos, no primário de um transformador, não devem operar para a corrente máxima de curto nos terminais secundários, ou seja, a corrente de curto-circuito trifásica subtransitória assimétrica. Levar em conta esse fator de assimetria (fig. 73). Valores usuais são 1.5 a 1.6 para circuito de média e alta tensão e 1.25 para baixa tensão. Os relés devem ser ajustados ou escolhidos de modo a coordenarem com os dispositivos de proteção dos circuitos eu derivam da barra conectada no secundário do mesmo (relés, fusíveis, disjuntores termo- magnéticos, etc). A figura 74 ilustra um exemplo de seletividade entre vários dispositivos. ¨ Proteção contra sobrecorrente Proteção contra sobrecorrenteOs relés de sobrecorrente no primário devem ser ajustados de forma a deixar circular corrente de energização (inrush) (8 a 15Inom) durante 0,1 segundos. Os relés instantâneos, no primário de um transformador, não devem operar para a corrente máxima de curto nos terminais secundários, ou seja, a corrente de curto- circuito trifásica subtransitória assimétrica. Levar em conta esse fator de assimetria. Valores usuais são 1.5 a 1.6 para circuito de média e alta tensão e 1.25 para baixa tensão. Proteção contra sobrecorrente 1) para curto afastado do gerador 2) para curto próximo do gerador Proteção contra sobrecorrente Os relés devem ser ajustados ou escolhidos de modo a coordenarem com os dispositivos de proteção dos circuitos eu derivam da barra conectada no secundário do mesmo (relés, fusíveis, disjuntores termo-magnéticos, etc). A próxima figura ilustra um exemplo de seletividade entre vários dispositivos. Proteção contra sobrecorrente a) Relés de sobrecorrente de fase Tape : (1,5-5) . In DT : de acordo com a seletividade e ponto ANSI b) Relés de sobrecorrente de neutro Tape : (0,2 - 0,5) . In DT : de acordo com a seletividade c) Relés de sobrecorrente Instantâneos Tape : * escolher em função dos níveis de curto-circuito (máx. e min.) assimétrico. * verificar a condição de partida ( corrente de magnetização - INRUSH) Transitórios de sobretensão • São originados de chaveamento e descarga atmosféricas e são passíveis de causar faltas internas. Essas sobretensões são usualmente limitadas por dispositivos com gaps definidos pela coordenação do isolamento ou por pára-raios. Pára- raios possuem a vantagem de extinguir o fluxo de corrente AC, após a descarga do surto, evitando deste modo, uma falta fase-terra. • Sobretensões de caráter permanente, na freqüência industrial causará, além do stress no isolamento, um aumento proporcional no fluxo de trabalho (sobre- excitação). • Tal efeito irá causar o aumento das perdas no núcleo e um aumento desproporcional na corrente de magnetização. Subfreqüência • A redução na freqüência tem efeito também na densidade de fluxo similar a sobretensão. Isso faz com que o transformador possa funcionar com algum grau de sobretensão, porém não continuada. Essa operação não pode se sustentada quando a razão tensão e freqüência (valores pu) excede a unidade mesmo que para pequenos valores , p.ex. V/f = 1.1. • A base da tensão pu deve ser tomada como a mais alta tensão de projeto do transformador, caso uma subida substancial na tensão do sistema tenha sido considerada no projeto do transformador. Proteção contra Sobrefluxo (Sobre- excitação) VOLTS/HZ RelReléés de protes de proteççãoão Relé 87 – polaridade e defasamento angular RelReléés de protes de proteççãoão Relé 87 – polaridade e defasamento angular RelReléés de protes de proteççãoão Relé 87 – polaridade e defasamento angular RelReléés de protes de proteççãoão Relé 87 – polaridade e defasamento angular Ajuste do defasamento angular (correta conexão dos TCs) Ajuste da relação de corrente (correta seleção dos TCs e/ou taps do relé ou TCs auxiliares. RelReléés de protes de proteççãoão Relé 87 => conexões Exemplo de aplicação: Um transformador trifásico com dois circuitos, com comutador de tap colocado do lado de menor tensão possui os seguintes daos nominais: 20 MVA, 12.400:69.000 V (YD1), TCs 1200-5A “RM” (Lado Y), TCs 600-5A “RM”. O relé disponível para a proteção é o HU (W): Tapes: 2,9; 3,2; 3,5; 3,8; 4,2; 4,6; 5,0; 8,7 Erro admissível (mismatch) = 15% Sensibilidade do relé 15% RelReléés de protes de proteççãoão Relé 87 => conexões Aplicações e Conexões de Relés Diferenciais em Transformadores a) Escolha dos TC’s b) Escolha dos taps do relé 20000 930 [A] 1000 5 [A] 3.12, 4 20000 167 [A] 200 5 [A] 3.69 bt BR AT AT n TC n TC I R I R = = ⇒ = − = = ⇒ = − 930 4,65 [A] 200 167 ATS I = = 4,18 [A] 40ATS I = = Aplicações e Conexões de Relés Diferenciais em Transformadores No lado de BT os TC’s estão em .Δ a corrente para o relé: O tape mais próximo de 8,05 ⇒ 8,7 Então fixando este tape ⇒ 8,7 4,65. 3 8,05 [A] BTR I = = 4,18. .8,7 4,64 [A] 8,05 4,6 [A] RAT AT BT RBT AT IT T I T = = = = Aplicações e Conexões de Relés Diferenciais em Transformadores c) Verificação do erro de ajuste A sensibilidade do relé é de 0,3 ou 0,35 x o tape Se ε% > 15% ⇒ escolher outro tape e recalcular, p. ex. % .100 15% 8,05 8,7 1,93 1,90 0,034,18 4,6% .100 .100 .100 1,90 1,9 % 1,6% 15%!!! RBT BT RAT AT I T I T S S − ε = < − − ε = = = ε = < Transformadores com três enrolamentos RelReléés de protes de proteççãoão Relé 87 => conexões Suponhamos um banco trifásico de três enrolamentos cujas potências nominais são: 60, 40 e 25 MVA para as tensões de 230/69/13.8 kV (Y- Y - Δ) respectivamente. Fazer as conexões dos TCs e ajustar um relé do tipo CA (tapes 5, 6, 6.6, 7.3, 8, 9 e 10). Transformadores com três enrolamentos RelReléés de protes de proteççãoão Relé 87 => exemplo Proteção de transformadores Sistemas de Proteção de Transformadores Principais Funções Utilizadas� Proteções intrínsecas Proteções intrínsecas Proteções intrínsecas Faltas no enrolamento Enrolamento conectado em estrela com o ponto neutro a terrado através de uma impedância� Enrolamento conectado em estrela com ponto neutro solidamente aterrado. Enrolamento conectado em delta Faltas fase-fase Faltas entre enrolamentos de diferentes tensão Faltas entre espiras Condições externas anormais Sobrecarga Curto-circuitos no sistema (falta passante) Curvas ANSI Curvas ANSI Curvas ANSI Curvas ANSI Curvas ANSI Proteção Contra Sobrecorrente Proteção contra sobrecorrente Proteção contra sobrecorrente���Distribuição das correntes Proteção contra sobrecorrente Proteção contra sobrecorrente Proteção contra sobrecorrente Proteção contra sobrecorrente Proteção contra sobrecorrente Transitórios de sobretensão Subfreqüência Proteção contra Sobrefluxo (Sobre-excitação) VOLTS/HZ Aplicações e Conexões de Relés Diferenciais em Transformadores Aplicações e Conexões de Relés Diferenciais em Transformadores Aplicações e Conexões de Relés Diferenciais em Transformadores Transformadores com três enrolamentos Transformadores com três enrolamentos
Compartilhar