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SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 1 🌹 SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] Aula NCS - Tutoria Tipo Aula Período 1 Status Done Palavras desconhecidas Lacônica: concisa, curta, sucinta, precisa, lacedemônia, resumida, sintetizada, sintética. Translucência nucal: é a aparência ultrassonográfica de uma quantidade de fluido sob a pele atrás do pescoço fetal no primeiro trimestre de gravidez. Problemas Gestação geriátrica; Quadro infeccioso inespecífico; Aumento da TN; Dores abdominais intensas; Descaso médico; Demora no atendimento. SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 2 Hipóteses Anomalia genética; Gestação de alto risco; TN alterada indica alteração genética; A presença do osso nasal descarta a síndrome cromossomica; O comportamento desumanizado do médico aumenta o estresse da mãe e atrasa o diagnóstico. Gestação de alto risco e quais as causas toda gravidez é de risco “se não houver nenhuma situação conhecida previamente como predisponente para o aumento de ameaças à saúde – como hipertensão, diabetes, obesidade e doenças maternas prévias –, em princípio, a gravidez é considerada como de risco habitual” Gestação de alto risco “quando existem condições preexistentes ou incitadas pela gestação (ou parto) que elevem as chances de complicações ou do desenvolvimento de doenças em relação ao considerado habitual” aconselhado acompanhamento especializado e multidisciplinar, com o intuito de minimizar os riscos e proporcionar maior segurança ao binômio materno fetal. Sintomas da gravidez de risco Sintomas comuns: náuseas e vômitos mais prevalentes no início da gravidez; dores lombares mais comuns em gestações avançadas e sintomas do trato digestivo, como constipação intestinal, azia ou queimação. Sinais de alerta e possibilidade de risco: dor e dificuldade ao urinar; inchaço no corpo que não melhora com repouso e acomete as mãos e elevação da pressão arterial; saída do líquido amniótico, principalmente em gestações SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 3 a face; sangramento vaginal volumoso, principalmente acompanhado de dor e enrijecimento abdominal intenso; contrações uterinas dolorosas e frequentes antes do período final da gravidez; prematuras; medidas de colo uterino que mostram encurtamento; crises convulsivas, principalmente sem antecedentes prévios de epilepsia; febre materna; Causas da gravidez de risco Não necessariamente surgem no início da gravidez e mesmo a mulher saudável deve tomar os cuidados necessários para evitar complicações. Gestantes abaixo dos 17 anos e acima dos 35 anos; Portadoras de doenças cardíacas como hipertensão; Disfunções da tireoide; Doenças pulmonares; Infecções, dentre elas as sexualmente transmissíveis, urinária; Toxoplasmose; Problemas de coagulação que levam à formação de trombos; Gestação gemelar ou múltipla; Diagnóstico de malformação congênita fetal; Alterações cromossômicas; Complicações na gravidez anterior. Redução e dilatação do colo uterino durante a gestação (insuficiência istmo-cervical); Rotura prematura de membranas ovulares precoce (RPM); Trabalho de parto prematuro; Pré-eclampsia (hipertensão gestacional); Diabetes, incluindo a diabetes gestacional; Baixa imunidade da gestante; Consumo de álcool, cigarro e drogas antes e durante a gestação; Peso acima ou abaixo do esperado durante o período gestacional; Mulheres que tiveram 5 ou gestações anteriores; Fatores que levam a uma gestação de alto risco Fatores que geram predisposição SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 4 Dieta de baixo valor nutricional; Automedicação que trazem riscos ao feto e à mãe; Exposição a agentes infecciosos, produtos químicos e radiação; Peixes e frutos do mar com alto teor de mercúrio; Estresse e outros transtornos mentais. Síndrome genética, cromossômica, congênita e hereditária Genética ou gênica: Mutações gênicas são alterações que ocorrem na sequência de bases da molécula de DNA constituinte dos genes, que sofrem uma mudança em sua estrutura. As mutações gênicas são mais pontuais, ou seja, afetam apenas o nucleotídeo e levam a pequenas alterações na sequência ou no número de nucleotídeos. As mutações gênicas podem ocorrer por adição, perda ou substituição de um ou poucos nucleotídeos da fita de DNA durante sua duplicação. ADIÇÃO OU PERDA: Quando a mutação gênica ocorre por adição ou perda de bases ela modifica o código genético e define uma nova sequência de bases. Como consequência, esta nova sequência poderá modificar o tipo de aminoácido presente na cadeia proteica, alterando a função da proteína ou inativando a expressão fenotípica. Exemplo: quando há deleção (perda) de segmentos do gene, alguns tipos de câncer podem se manifestar. Como resultado, as células começam a crescer e se dividir de modo não controlado, dando origem ao tumor. SUBSTITUIÇÃO: A mutação gênica por substituição acontece pela troca de uma base nitrogenada purina (adenina e guanina) por outra purina ou uma pirimidina (citosina e timina) por outra pirimidina. Exemplo: molécula defeituosa de hemoglobina, causando a anemia falciforme. Exemplos: Síndrome de Hutchinson-Gilford (Progeria): doença letal que se manifesta em crianças com idade entre 5 e 6 anos, fazendo com que aos 8 ou 9 anos elas já tenham a aparência de uma pessoa idosa. Ou seja, as causas exatas da Doença de Alzheimer: essa doença pode ter várias causas. Uma delas está relacionada à mutação em certo gene do cromossomo 21, o que leva a degeneração do sistema nervoso central. Adrenoleucodistrofia: doença causada por uma mutação em um gene do SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 5 progeria não são bem conhecidas, mas envolvem mutações gênicas. cromossomo X. Essa mutação incapacita o organismo de metabolizar certos tipos de lipídios (óleos), determinando uma doença neurológica degenerativa que pode levar o indivíduo à morte. Cromossômica Caracterizadas pela variação do número ou da estrutura dos cromossomos de um indivíduo ESTRUTURAIS: são mudanças que afetam a morfologia do cromossomo. As principais alterações são classificadas em 4 grupos: SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 6 Deleção: alteração cromossômica estrutural em que há a perda do material genético. Nesses casos, ocorre a quebra de uma porção do cromossomo, que não é mais incorporada a ele. Esse cromossomo, portanto, não apresenta todos os genes, o que afeta de forma considerável o indivíduo. Duplicação: A duplicação é uma alteração cromossômica estrutural em que há uma repetição do material genético. Essa alteração ocorre, normalmente, após uma deleção. O fragmento que foi perdido liga-se à cromátide irmã, formando uma porção extra (duplicada). Inversão: há a separação de uma parte do cromossomo e a posterior união dessa porção, mas de forma invertida. Nesse caso, nada se perde, porém, a ordem dos genes é alterada. A inversão pode ser classificada em dois tipos: Inversão pericêntrica: a região invertida no cromossomo envolve o centrômero; Inversão paracêntrica: o centrômero não é envolvido. Translocação: A translocação é uma alteração cromossômica estrutural em que ocorre a incorporação de uma porção cromossômica a um cromossomo não homólogo. Podemos classificar essa alteração cromossômica em: Translocação recíproca: ocorre quando há troca entre os dois cromossomos envolvidos; Translocação não recíproca: ocorre quando um cromossomo transfere um fragmento, mas não recebe outro de volta; Translocação Robertsoniana: acontece entre cromossomos acrocêntricos (onde se observa um braço muito maior que o outro em razão da proximidade do centrômero SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 7 com a extremidade de um dos braços). Nesse caso, um cromossomo perde seu braço longo, e outro, seu braço curto. Após ocorrer a troca, dá-se origem a um cromossomo formado por braços longos e a outro formado por braços curtos. NUMÉRICA Quando o número de cromossomos é alterado. Quando se trata deste tipo de anomalia, provavelmentea base seja a não disjunção cromossômica que pode ocorrer tanto na mitose como na meiose, no pai ou na mãe. Podem ocorrer também algumas mudanças importantes no número de cromossomos. Essas mudanças são conhecidas como aneuploidia (Um indivíduo aneuplóide é um indivíduo que possui um determinado número de cromossomos que não é múltiplo de 23) e poliploidia (um indivíduo poliplóide possui um número múltiplo exato de 23). Síndrome de down: aneuplodia Síndrome de edwards Congênita distúrbios do desenvolvimento presentes no nascimento são a principal causa de mortalidade neonatal (desfecho fetal) podem ser: estruturais, funcionais, metabólicas, comportamentais, hereditárias Dividias em: Malformação: São anormalidades morfológicas de órgão ou partes do corpo que ocorrem por um desenvolvimento anormal - retardado, interrompido ou alterado - estruturas incompletamente formadas, não devidamente separadas ou não formadas (agenesia). Este defeito é comumente presente nas oito semanas iniciais de gestação (período da organogênese) e pode ter como etiologia fatores genéticos e/ou multifatoriais. SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 8 Deformação: Distorções nas estruturas fetais já formadas, secundárias à ação de forças mecânicas extrínsecas (constricção uterina sobre o bebê no canal de parto) ou intrínsecas (edema fetal). Acomete mais cartilagens, ossos e articulações e, quando removidas as forças de estresse, as estruturas adquirem sua configuração normal. Como causas podemos citar: pelve pequena, útero bicorno e apresentação fetal anormal. Disrupção ou perturbação: É um defeito morfológico de um órgão, parte dele ou de uma região maior do corpo resultante de perturbação ou interferência de estruturas previamente normais.tem como principais causas os fatores ambientais gerando comprometimentos através de compressão, isquemia, hemorragia ou adesão de estruturas. alterações na forma, divisão de estruturas ou ainda perda de seguimentos. Como exemplo temos as fendas faciais por bandas amnióticas. Displasia: Desorganização da estrutura normal das células do tecido, gerando a mistura anormal de tecidos - aspecto tumoral. Exemplo: hemangioma. Os defeitos maiores são muito mais comuns em embriões jovens (10%‐15%), mas a maioria deles é abortada espontaneamente durante as primeiras seis semanas. Exemplos: Anemia falciforme - gene da globina beta em homozigose (SS) uma anormalidade da hemoglobina (a proteína transportadora de oxigênio encontrada em glóbulos vermelhos), em forma de foice (meia-lua). Distrofia miotônica - autossômico dominante m.A miotonia é o atraso na capacidade de relaxar os músculos após sua contração. Outros sintomas importantes são fraqueza e degeneração dos músculos dos braços e das pernas (especialmente das mãos) e dos músculos da face. SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 9 Distrofia muscular de Duchene - gene da distrofina. O gene no caso de ambas essas características é recessivo e transportado pelo cromossomo X. degeneração muscular progressiva e fraqueza, conhecida como distrofia. Doença de Huntington - heredodegenerativa (herdada geneticamente e progressiva) do sistema nervoso central, cujos sintomas são causados pela perda marcante de células em uma parte do cérebro os gânglios da base. afeta as capacidades: Motoras, Cognitivas (pensamento, julgamento, memória) e Psiquiátricas (humor, equilíbrio emocional, dentre outras) Fenilcetonúria - Teste do pezinho. alteração na função de uma enzima específica para processar o aminoácido fenilalanina. Qualquer alimento que contenha fenilalanina não pode ser metabolizado corretamente e ela se acumula no organismo, causando problemas no cérebro e em outros órgãos. Fibrose cística - Um gene defeituoso e a proteína produzida por ele fazem com que o corpo produza muco de 30 a 60 vezes mais espesso que o usual. O muco espesso leva ao acúmulo de bactéria e germes nas vias respiratórias, podendo causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia e bronquite, trazendo danos aos pulmões. Esse muco também pode bloquear o trato digestório e o pâncreas, o que impede que enzimas digestivas cheguem ao intestino. SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 10 Hemofilia A - deficiência de coagulação sanguínea. Pessoas com Hemofilia tipo A são deficientes de fator VIII (oito). Já as pessoas com hemofilia do tipo B são deficientes de fator IX (nove). Os sangramentos são iguais nos dois tipos. Hereditária São transmitidas. Podem ser herdadas de um ou ambos os pais e passadas para os descendentes. Assim, nem todas as doenças genéticas são hereditárias, porém todas as doenças hereditárias são genéticas e podem se manifestar desde o nascimento, ou não. Como condições hereditárias que, mais uma vez, aumentam a chance de desenvolver câncer, estão as síndromes: Li-Fraumeni (caracterizada por múltiplos casos de tumores primários de início precoce) Peutz-Jegher (múltiplos pólipos hamatomatosos aparecem no estômago, intestino delgado e colo) Cowden (surgem múltiplas lesões em pele, mamas e cérebro) câncer anemia falciforme (condição que provoca alteração anatômica nos glóbulos vermelhos) fibrose cística (afeta pulmões e sistema digestivo) hipercolesterolemia familiar (doença cardiovascular agressiva e prematura) osteogênese imperfeita (prejudica a formação correta dos ossos) hemofilia (compromete a formação de coágulos sanguíneos) daltonismo (dificuldade em diferenciar certas cores). Referências KLUG, William S. et al. Conceitos de genética. Artmed Editora, 2009. DE GALIZA NETO, Gentil Claudino; DA SILVA PITOMBEIRA, Maria. Aspectos moleculares da anemia falciforme. 2003. Cadernos da Escola de Saúde Síndromes Cromossômicas: uma revisão Chromosomal Syndromes: a review Jhulie Caroline Mirandola de Souza 1 [Internet]. 2010. Disponível em: https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/cadernossaude/article/view/2296 Instituto Oncoguia [Internet]. Doenças congênitas, genéticas e hereditárias: sabe a diferença entre elas? - Instituto Oncoguia. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/mobile/conteudo/doencas-congenitas-geneticas-e- hereditarias-sabe-a-diferenca-entre-elas/14824/7/ https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/cadernossaude/article/view/2296/ http://www.oncoguia.org.br/mobile/conteudo/doencas-congenitas-geneticas-e-hereditarias-sabe-a-diferenca-entre-elas/14824/7/ SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 11 MOORE KL, PERSAUD TVN, TORCHIA MG. Embriologia Clínica. 7ª ed. Elsevier. USA, 2003. Diagnóstico clínico e laboratorial das cromossomopatias no período fetal • Ultrassonografia fetal: A ultra sonografia pode detectar anomalias físicas, como atraso no crescimento, malformações congênitas e anomalias da placenta, que podem ser sugestivas de uma cromossomopatia. • Biópsia de vilo corial: A biópsia de vilo corial é outro procedimento invasivo em que uma amostra de tecido da placenta é coletada para análise. O tecido da placenta contém células fetais que podem ser usadas para fazer testes genéticos semelhantes aos da amniocentese. Ultrassom morfológico: A medida da espessura da translucência nucal (TN), associada a avaliação de outras características fenotípicas fetais e maternas, permite a detecção de aproximadamente 95% das anormalidades cromossômicas permite calcular o risco de trissomias, pode contribuir para a detecção de malformações cardíacas, displasias esqueléticas e síndromes genéticas. As características fenotípicas fetais estudadas no exame morfológico incluem, além da TN: o aspecto dos ossos nasais, os padrões de fluxo no ducto venoso e na valva tricúspide. A idade gestacional considerada ótima para a medida da TN é a compreendida entre 11 semanas e 13 semanas e seis dias. O comprimento cabeça-nádega (CCN) mínimo é de 45 mm e o máximo, de 84 mm. SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 12 • Amniocentese: A amniocentese é um procedimento invasivo no qual uma amostra de líquido amniótico é coletada para análise.O líquido amniótico contém células fetais que podem ser usadas para fazer testes genéticos, como análise do cariótipo fetal, que pode detectar anormalidades cromossômicas. Testes não invasivos baseados em sangue materno: Esses testes são baseados na análise do DNA fetal presente no sangue da mãe. Eles podem ser usados para detectar anormalidades cromossômicas fetais, incluindo a síndrome de Down, com uma alta taxa de precisão. O osso nasal de um feto pode ser visualizado por meio da ultrassonografia entre 11 semanas e 13+6 semanas de gestação. Vários estudos têm demonstrado uma alta associação entre a ausência do osso nasal entre 11–13+6 semanas e a trissomia do cromossomo 21, assim como com outras anomalias cromossômicas. NIPT (teste pré-natal não invasivo): faz o diagnóstico da Sindrome de Down e de outras síndromes pode ser realizado na 8ª semana de gestação retira-se sangue da gestante, é feita a comparação das cópias dos cromossomos estudados entre o feto, a mãe e o pai. objetivo: conseguir células do DNA fetal para o diagnóstico de anomalias cromossômicas, a partir de nove semanas de gestação, sem causar danos ao feto. SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 13 Testes de rastreamento: Esses testes incluem a triagem por meio de ultrassonografia e testes de sangue materno que avaliam o risco de cromossomopatias no feto. Eles não fornecem um diagnóstico definitivo, mas podem ser usados para identificar gestações de alto risco que precisam de testes diagnósticos mais precisos. Possíveis quadros infecciosos na gravidez Infecções virais: O vírus da herpes simples (HSV) é um exemplo de uma infecção viral que pode afetar as mulheres grávidas. A infecção por HSV pode ser passada ao feto durante o parto, o que pode trazer sérios problemas de saúde. Outros exemplos de infecções virais que podem afetar as mulheres grávidas são os vírus da rubéola, o vírus da hepatite B e o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Infecções bacterianas: A infecção do trato urinário é uma das infecções bacterianas que mais ocorrem em mulheres grávidas. A bactéria Streptococos agalactiae (também conhecida como Estreptococo do grupo B) é outra infecção bacteriana comum durante a gravidez e pode ser transmitida ao feto durante o parto. Outras infecções bacterianas que podem acometer mulheres grávidas incluem a sífilis, a clamídia e a gonorreia. Infecções fúngicas: A candidíase vaginal é uma infecção fúngica comum que pode acometer mulheres grávidas. A infecção por candidíase pode ser tratada com medicamentos antifúngicos. Outra infecção fúngica que pode acometer mulheres grávidas é a aspergilose invasiva, que é uma infecção pulmonar grave que pode ser fatal. Infecções por protozoários: A toxoplasmose é uma infecção por protozoários que pode ser contraída pela ingestão de alimentos contaminados ou através do contato com gatos que carregam essa doença. A infecção por toxoplasmose pode ser passada ao feto durante a gravidez e pode causar danos neurológicos e oculares graves. O que é teratogênese e quais as classificações de todos os agentes teratogênicos? = SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 14 Teratogênese refere-se ao processo pelo qual agentes externos causam malformações congênitas ou anormalidades no desenvolvimento embrionário ou fetal. Os agentes causadores dessas anormalidades são chamados de teratógenos. Eles podem ser substâncias químicas, físicas ou biológicas e podem agir direta ou indiretamente no embrião ou feto. Embora não seja possível fornecer informações específicas do livro do Moore, as classificações gerais dos agentes teratogênicos são: Agentes químicos: Talidomida: A talidomida é um medicamento que foi utilizado no passado como sedativo e antiemético durante a gravidez. Infelizmente, causou anormalidades graves nos membros, como focomelia, em milhares de recém-nascidos. O uso da talidomida na gravidez é estritamente contraindicado atualmente. Retinoides: Retinoides, como isotretinoína (usada no tratamento da acne) e etretinato (usado para tratar psoríase), são derivados da vitamina A e estão associados a um alto risco de malformações congênitas. Essas malformações incluem defeitos craniofaciais, cardíacos e do sistema nervoso central. O uso desses medicamentos durante a gravidez é contraindicado. Álcool: A exposição ao álcool durante a gravidez pode levar à síndrome alcoólica fetal (SAF), caracterizada por retardo mental, dismorfia facial, déficits de crescimento SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 15 e anormalidades comportamentais. Não há quantidade segura de álcool durante a gravidez. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA): Esses medicamentos, usados no tratamento da hipertensão, podem causar anormalidades renais, ósseas e do sistema nervoso central no feto quando utilizados durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez. Agentes físicos: a. Radiação ionizante: A exposição à radiação ionizante durante a gravidez, como raios X e radioterapia, pode causar anormalidades no desenvolvimento fetal, particularmente quando a exposição ocorre durante o primeiro trimestre. A radiação ionizante pode levar a microcefalia, retardo mental e aumento do risco de câncer infantil. b. Hipertermia: A exposição a temperaturas elevadas durante a gravidez, seja devido a febre, infecção ou uso de saunas e banheiras de hidromassagem, pode aumentar o risco de defeitos do tubo neural, como espinha bífida e anencefalia. Agentes infecciosos: Rubéola: A infecção por rubéola durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre, pode levar à síndrome da rubéola congênita. As anormalidades associadas incluem catarata, surdez, malformações cardíacas, retardo mental e outras complicações. A vacinação prévia à gravidez é a melhor maneira de prevenir a rubéola congênita. Citomegalovírus (CMV): A infecção por CMV durante a gravidez pode levar à síndrome do citomegalovírus congênito, caracterizada por retardo mental, deficiência auditiva, deficiência visual e outras complicações neurológicas. O CMV pode ser transmitido através do contato direto com fluidos corporais infectados, como saliva, urina e leite materno. A prevenção inclui práticas de higiene adequadas, como lavar as mãos regularmente e evitar compartilhar utensílios e copos. Toxoplasmose: A infecção por Toxoplasma gondii durante a gravidez pode causar toxoplasmose congênita. As complicações no feto incluem retardo mental, convulsões, hidrocefalia, microcefalia, calcificações cerebrais e deficiências visuais. A prevenção envolve evitar contato com gatos infectados e suas fezes, usar luvas ao manusear solo ou areia que possa estar contaminada, lavar bem frutas e vegetais, e cozinhar carne adequadamente. Sífilis: A infecção por Treponema pallidum durante a gravidez pode causar sífilis congênita. As complicações podem incluir aborto espontâneo, natimorto, prematuridade, baixo peso ao nascer e uma variedade de anormalidades congênitas, como deformidades dentárias e ósseas, cegueira, surdez e retardo mental. A sífilis SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 16 pode ser prevenida por meio de práticas sexuais seguras e tratamento adequado da infecção antes ou durante a gravidez. Deficiências nutricionais: Ácido fólico: A deficiência de ácido fólico durante a gravidez está associada a um risco aumentado de defeitos do tubo neural, como espinha bífida e anencefalia. A suplementação de ácido fólico antes e durante a gravidez pode reduzir significativamente esse risco. Iodo: A deficiência de iodo durante a gravidez pode levar a complicações no desenvolvimento neurológico do feto, como retardo mental e surdez. A suplementação de iodo é essencial em áreas onde a deficiência é prevalente. Vitamina A: A deficiência de vitamina A durante a gravidez pode aumentar o risco de malformações congênitas, como anormalidades craniofaciais e do sistema nervoso central. No entanto, a suplementação excessiva também pode ser teratogênica. Fatores genéticos: Os fatoresgenéticos podem incluir anormalidades cromossômicas herdadas ou mutações espontâneas que podem causar anormalidades no desenvolvimento embrionário e fetal. Esses fatores podem interagir com outros teratógenos para aumentar o risco de malformações congênitas. Exemplos incluem a síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21), a síndrome de Turner (monossomia do cromossomo X) e a síndrome de Edwards (trissomia do cromossomo 18). Referênica MOORE, Keith L.; PERSAUD, T. V. N.; MATHILES, Andréa Leal Affonso. Embriologia básica. 7 Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2008, 365 p. Má formação fetal e associação com teratógenos A má formação fetal, também conhecida como malformações congênitas, são anormalidades estruturais ou funcionais que são desenvolvidas durante o período gestacional, que podem afetar diversos órgãos e sistemas do corpo humano. As malformações congênitas podem ser identificadas ainda durante a gestação, no parto ou até algum tempo pós-parto. Fatores causais: Genéticos As anomalias mais comuns são: Cardiopatias congênitas, SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 17 Cromossômicos Nutricionais Agentes teratogênicos Ambientais Infecciosos Combinado de fatores Desconhecidas Malformação dos membros, Malformação do tubo neural - anencefalia - espinha bífida Anomalias cromossômicas Políticas públicas para o atendimento da gestação de risco Rede cegonha: O ministério de saúde em 1998, criou os mecanismos de apoio para a implantação dos Sistemas Estaduais à Gestante de Alto Risco. Com isso, percebe-se que as gestantes de alto risco contemplam o princípio de equidade do SUS no qual cada pessoa deve ter atendimento de acordo com a sua necessidade específica. Os princípios da Rede Cegonha são: humanização do parto e do nascimento organização dos serviços de saúde enquanto uma rede de atenção à saúde (RAS) acolhimento da gestante e do bebê, com classificação de risco em todos os pontos de atenção vinculação da gestante à maternidade; gestante não peregrina realização de exames de rotina com resultados em tempo oportuno. A Estratégia Rede Cegonha tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil no País e será implantada, gradativamente, em todo o território nacional. O início de sua implantação conta com a observação do critério epidemiológico, da taxa de mortalidade infantil, da razão da mortalidade materna e da densidade populacional. Desta forma, a Rede Cegonha conta com a parceria de estados, do Distrito Federal e de municípios para a qualificação dos seus componentes: pré-natal, parto e nascimento, SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 18 puerpério e atenção integral à saúde da criança e sistema logístico (transporte sanitário e regulação). Casa da gestante: A Casa da Gestante, Bebê e Puérpera é uma unidade de cuidado pré-hospitalar que acolhe, orienta, cuida e acompanha: Gestantes, puérperas e recém-nascidos de risco que demandam atenção diária em serviço de saúde de alta complexidade, mas não exigem vigilância constante em ambiente hospitalar Gestantes, puérperas e recém-nascidos que, pela natureza dos agravos apresentados e pela distância do local de residência não possam retornar ao domicílio no momento de pré-alta CGBP - O que deve garantir? Acolhimento, orientação, acompanhamento, hospedagem e alimentação às gestantes, puérperas e recém-nascidos em situação de risco que necessitem de acompanhamento supervisionado pela equipe de referência do estabelecimento hospitalar ao qual esteja vinculada Assistência à saúde pelo estabelecimento hospitalar durante a permanência na CGBP, de acordo com as necessidades clínicas dos usuários Cuidados na prevenção e tratamento da infecção puerperal e ações da primeira semana direcionadas às puérperas e recém nascidos Objetivos: Ampliar o acesso à assistência obstétrica e neonatal Contribuir para a redução da mortalidade materna e neonatal; Garantir a integralidade da assistência às gestantes, puérperas e recém- nascidos em situação de risco Contribuir para a racionalização na utilização de leitos de alto risco nas maternidades de referência Oferecer um ambiente mais acolhedor às gestantes, puérperas e recém- nascidos Atendimento secundário e terciário: Para a inclusão de unidades hospitalares nos Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar no Atendimento à Gestante de Alto Risco, são definidos critérios e requisitos específicos a serem cumpridos pelas unidades avaliadas de acordo com seus níveis de SP 2.5 Rosa [gravidez de risco] 19 competência para o atendimento secundário ou terciário, bem como para as Casas da Gestante. Unidades de atendimento secundário Manter todos os leitos cadastrados no SUS disponíveis para centrais de vagas ou regulação Dispor de infra-estrutura para unidade de assistência neonatal equipada, no mínimo, por incubadora dupla parede, berço aquecido e comum, fototerapia, ventilador neonatal, ambú/máscara e incubadora de transporte; Dispor de infra-estrutura física para o atendimento de emergência em obstetrícia e neonatologia por 24 horas; Dispor de serviços de diagnóstico e terapia; Garantir o acesso a serviços de atendimento terciário à gestante de alto risco, quando necessário; Contar com equipe permanente composta no mínimo por obstetra, anestesiologista, neonatologista, clínico geral, enfermeiro, nutricionista e assistente social. Unidades de atendimento terciário Apresentar índices de cesariana menor ou igual a 40%; Manter Comitê de Estudo de Mortalidade Materna implantado e atuante; Manter Comitê de Estudo de Mortalidade Neonatal implantado e atuante; Manter Comissão de Infecção Hospitalar implantada e atuante; Manter todos os leitos cadastrados no SUS disponíveis para centrais de vagas ou regulação; Manter serviço de assistência pré-natal e de planejamento familiar à gestante de alto risco; Dispor de infra-estrutura física para o atendimento à gestante de alto risco; Dispor de serviços próprios de diagnóstico e terapia por 24 horas; Garantir o acesso aos serviços de tomografia computadorizada, ecocardiografia, laboratório de dosagem hormonal e de citogenética, e anatomia patológica;