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Cervicalgia

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Alteraçoes 
Musculoesqueléticas - 
Cervicalgia 
ANATOMIA DA REGIÃO 
CERVICAL 
• A coluna cervical é composta por 7 
vértebras, separadas entre si por discos in-
tervertebrais, que garantem suporte e 
mobilidade. 
• Os locais mais comuns que apresentam 
alterações degenerativas estão entre C4 e 
C7, por onde passam as raízes nervosas 
C5, C6 e C7 pelo forame intervertebral. 
• A coluna cervical possui uma lordose 
superficial, que pode ser diminuída (ou até 
revertida) em pacientes com alterações 
degenerativas. 
• Entre C3 e C7 há articulações não 
vertebrais, localizadas na borda 
posterolateraldo disco intervertebral e na 
porção anteromedial do forame 
intervertebral. Essas articulações podem 
sofrer hipertrofia e em associação com a 
degeneração do disco, resulta no 
estreitamento do forame, causa comum de 
radiculopatia cervical. 
 
• O músculo cervical e trapézio têm a 
função de apoiar e fornecer movimento e 
alinhamento da cabeça e pescoço, além de 
proteger a medula espinhal e os nervos 
espinhais do estresse mecânico. 
• Existem 8 nervos espinhais, cada um 
composto por uma raiz ventral e outra 
dorsal; a raiz ventral contém fibras 
eferentes dos neurônios motores no corno 
ventral da medula; já a raiz dorsal contém 
fibras aferentes sensoriais primárias das 
células no gânglio da raiz dorsal. 
• Após a junção das raízes, o nervo espinhal 
se divide em 2 ramos: ramo dorsal, que 
inerva músculos, pele e articulações do 
pescoço posterior; e o ramo ventral, que 
inerva os músculos pré-vertebrais e 
paravertebrais e forma o plexo braquial. 
 
CERVICALGIA 
• A dor cervical, também conhecida como 
cervicalgia, é uma dor característica no 
pescoço, geralmente na parte de trás do 
membro. A sensação é praticamente a 
mesma que a do torcicolo. 
• A cervicalgia pode ser sentida como dor 
ou rigidez. É possível, ainda, a depender 
da causa, que a dor cervical irradie para os 
ombros e braços. 
• É normal que adultos e idosos a sentem 
por um tempo limitado, de até 3 dias, sem 
automassagem e relaxamento, após um dia 
estressante ou depois de permanecer em 
uma postura errada por um tempo. 
• No entanto, caso perdure é um sinal mais 
emergente de que algo pode estar errado. 
Alteraçoes 
Musculoesqueléticas - 
Cervicalgia 
Algumas doenças apresentam esta dor 
como sintoma de alguma doença, por isso, 
é importante ir a um especialista e realizar 
o diagnóstico de forma adequada. 
Epidemiologia 
• Há uma grande dificuldade em obter dados fiéis 
para a estimativa da real prevalência das 
cervicalgias, visto que se trata de um grupo de 
doenças com aspectos clínicos multifatoriais, 
envolvendo desde fatores de risco individuais, 
como características físicas e psicossociais, até 
fatores relacionados com a ergonomia e 
atividades laborativas(2,3). 
• A cervicalgia é menos freqüente que a 
lombalgia. Sua prevalência atual na população 
geral é estimada em 29% nos homens e 40% nas 
mulheres, embora estes índices possam ser ainda 
maiores quando avaliamos populações 
selecionadas de acordo com as atividades 
exercidas no trabalho(4). 
• Nas cervicalgias pós-traumáticas, como nos 
acidentes automobilísticos com impacto 
posterior, a condição conhecida como síndrome 
do chicote (whiplash), apresenta uma incidência 
que varia de 18% a 60%(5). A incidência das 
hérnias discais da coluna cervical é de difícil 
estimativa. Um estudo realizado em Rochester, 
Minnesota, mostrou uma incidência anual de 5,5 
por 100.000 habitantes(6). O nível discal mais 
afetado foi C5-C6, seguido por C6-C7. 
• A maioria dos estudos indica a necessidade 
urgente de orientação e de programas de 
reeducação postural, com finalidade de 
diminuição dos custos gerados pelas síndromes 
dolorosas cervicais 
Etiologia 
• As desordens mecânicas são as causas mais 
comuns de cervicalgias. A dor cervical mecânica 
pode ser definida como dor secundária a 
utilização excessiva de uma estrutura anatômica 
normal (em geral, a musculatura paravertebral) 
ou como dor secundária a dano ou deformidade 
em uma estrutura anatômica (hérnia discal) 
• São caracteristicamente exacerbadas por certas 
atividades e aliviadas por outras. Os fatores de 
melhora e de piora obtidos na anamnese são úteis 
na localização da região acometida, como, por 
exemplo, a flexão cervical levando a um 
agravamento dos sintomas relacionados com a 
doença discal degenerativa e levando a uma 
melhora nas síndromes facetárias. Na maioria 
das vezes têm curso autolimitado, com a grande 
maioria dos pacientes apresentando resolução 
completa dos sintomas. 
• DISTENSÃO CERVICAL Pode ser definida 
como dor cervical não-irradiada, associada a 
sobrecargas mecânicas ou posturas anormais 
prolongadas da coluna. Caracteriza-se por dor 
em região cervical posterior e em área do 
músculo trapézio, com restrições a 
movimentação ativa e passiva, além de áreas 
dolorosas à palpação(15). A incidência real desta 
condição é de difícil determinação, sendo 
extremamente comum, e apresentando-se com 
um espectro doloroso variável. As condições 
ocupacionais devem ser consideradas no 
desencadeamento e recidiva desta patologia 
• O torcicolo é decorrente de uma contratura 
severa da musculatura do pescoço. A cabeça 
assume uma atitude em flexão lateral, com o 
queixo rodado para o lado oposto da dor. O 
torcicolo pode ser congênito ou adquirido. Na 
forma congênita, está associado a anormalidades 
anatômicas e neurológicas, incluindo a síndrome 
de KlippelFeil (Figura 5), subluxação atlanto-
axial, ausência ou atrofia congênita de músculos 
cervicais, malformação de Arnold-Chiari e 
siringomielia 
• A forma adquirida pode ocorrer secundária a 
traumas, dano muscular repetitivo, fratura ou 
sub-luxação atlanto-axial; nos quadros 
infecciosos das vias aéreas superiores, adenites 
Alteraçoes 
Musculoesqueléticas - 
Cervicalgia 
cervicais e osteomielites; pós-infecciosos 
(difteria, gripe), anormalidades vasculares com 
compressão, doenças neurológicas e síndromes 
radiculares (hérnia discal) 
• HÉRNIAS DISCAIS CERVICAIS Um disco 
herniado pode ser definido como uma protrusão 
do núcleo pulposo através de soluções de 
continuidade das fibras do ânulo fibroso. A 
maioria das hérnias ocorrem em situação 
pósterolateral, com uma maior incidência na 
quarta década de vida, quando o núcleo pulposo 
ainda é gelatinoso. As hérnias mais freqüentes 
estão localizadas em C6- C7 e C5-C6. Hérnias 
C7-T1 e C3-C4 são raras. Ao contrário das 
hérnias lombares, o disco herniado cervical pode 
causar mielopatia(18). Nem toda hérnia discal é 
sintomática. A presença e magnitude dos 
sintomas depende da capacidade de reserva do 
canal medular, do grau de inflamação peri-
radicular, do tamanho da hérnia, bem como da 
presença de doenças concomitantes, como p.ex. 
espondiloartrose 
 
 
Causas Musculoesqueleticas 
• Tensão muscular: apresenta-se com dor e/ou 
rigidez no movimento; pode não ter um fator 
precipitante claro, mas muitas vezes está 
relacionada à postura e posição do sono; ao 
exame físico, apresenta desconforto à palpação 
dos músculos do pescoço e trapézio. Pode 
persistir até 6 semanas e seu diagnóstico é 
clínico, sendo a imagem desnecessária. 
• Espondilose vertebral: corresponde a alterações 
degenerativas da coluna, com aparecimento de 
osteófitos (“bico de papagaio”) ao longo dos 
corpos vertebrais, que podem comprimir ou não 
estruturas nervosas (ou seja, podem levar à 
radiculopatia); porém, normalmente as alterações 
degenerativas são achadas em pacientes 
assintomáticos. 
• Lesões cervicais: ocorrem mais frequentemente 
após colisões de veículos, apresentam dor e/ou 
rigidez no movimento do pescoço após lesão 
abrupta do tipo extensão-flexão; pode estar 
associada a outros sintomas como cefaleia, dor 
no ombro, tonturas, parestesias e fadiga; ao 
exame físico, apresenta diminuição da amplitudede movimento associada ao espasmo do pescoço; 
seu diagnóstico é clínico e a maior parte 
apresenta dor persistente e de baixa intensidade, 
não necessitando de imagens. 
• Discopatia degenerativa: proeminência do disco 
intervertebral, podendo comprimir o canal 
medular, mas está presente em muitos indivíduos 
assintomáticos; apresenta dor e/ou rigidez no 
movimento e é exacerbada por posições 
contínuas como dirigir, ler e sentar; sintomas 
radiculares podem estar presentes; apresenta dor 
e redução de amplitude ao movimento; o 
diagnóstico é clínico, mas pode ter suporte da 
RM mostrando hipo-hidratação do disco e fissura 
do ângulo fibroso, por exemplo. 
• Síndrome de dor miofascial: quadro muscular 
peculiar, com dor profunda associada à 
queimação, geralmente localizada (um lado do 
pescoço); apresenta sensibilidade à pressão e 
podem haver cordões de tensão (espessamentos 
musculares), com pontos gatilhos (trigger 
points). 
Radiculopatia/ mielopatia 
• Radiculopatia: consiste na disfunção da raiz do 
nervo espinhal, na maioria das vezes (70-90%) 
causadas por alterações degenerativas da coluna, 
como a estenose do forame cervical e hérnia de 
Alteraçoes 
Musculoesqueléticas - 
Cervicalgia 
disco; apresenta dor, dormência e/ou 
formigamento com uma distribuição dermatomal 
e/ou fraqueza no membro superior ou inferior (se 
cervical ou lombar, respectivamente); consiste 
em uma dor irradiada – quando no membro 
inferior, chamada de dor “ciática”; ao exame 
físico, encontra-se sensibilidade alterada, 
reflexos motores diminuídos e/ou força reduzida 
no membro; a ressonância magnética da coluna 
vertebral (ou mielograma pela TC) demonstra a 
compressão da raiz nervosa, porém o diagnóstico 
pode ser feito clinicamente. 
• Mielopatia espondilótica: disfunção medular 
causada por alterações degenerativas que 
estreitam o canal espinhal, mas pode ter origem 
um massas tumorais ou abscessos; os pacientes 
podem apresentar fraqueza nos membros 
inferiores, dificuldades na marcha ou 
coordenação e disfunção intestinal ou da bexiga; 
ao exame físico, podem estar presentes sinais 
neurológicos forais em membros superior e/ou 
inferior; o diagnóstico deve ser confirmado com 
a ressonância magnética evidenciando 
estreitamento do canal medular cervical e 
anormalidade do sinal. 
Causas não espinhais 
• Doença arterial coronariana: precordialgia com 
irradiação no pescoço, com piora aos esforços; 
apresenta exame físico do pescoço sem 
alterações. 
• Infecção (osteomielite, abscesso faríngeo, 
meningite): devem ser suspeitados se o paciente 
apresentar clínica de infecção, associada a 
alterações laboratoriais como leucocitose e 
elevação dos marcadores inflamatórios; nesses 
casos, se meningite for considerada uma 
suspeita, realizar a punção lombar para estudo do 
LCR; apresenta-se com associação de febre e 
outros sinais que variam conforme a natureza da 
infecção. 
• Malignidade (doença metastática da coluna 
cervical): perda ponderal, história prévia de 
câncer; ao exame físico, sensibilidade localizada 
à palpação da coluna. 
• Cefaleia tensional: cefaleia associada à dor 
cervical, sem outros sintomas neurológicos; ao 
exame, apresenta sensibilidade à palpação do 
couro cabeludo e/ ou pescoço. 
• Polimialgia reumática: dor e rigidez matinal nos 
ombros, quadril, pescoço e tronco; ao exame, 
diminuição da amplitude de movimentos, com 
força muscular normal. 
• Fibromialgia: dor musculoesquelética difusa, 
associada à fadiga; apresenta múltiplos pontos 
sensíveis em tecidos moles, sem evidência de 
inflamação articular ou muscular. 
• Condições vasculares (dissecção de artéria 
vertebral, carótida ou aorta): sintomas de 
isquemia cerebral, como déficits motores e/ou 
sensoriais agudos. 
• Etiologias viscerais: no caso da lombalgia, 
alguns diagnósticos diferenciais devem ser 
considerados, como pancreatite, nefrolitíase, 
pielonefrite, aneurisma da aorta abdominal ou 
herpes-zóster, porém nesses casos os pacientes 
apresentam outros sintomas associados. 
Quadro Clinico 
•Espondiloise – (osteófitos) : Cicatri óssea que gera 
compressão causando dor 
•Discopatia degenerativa: Dor ou rigidez a 
movimentação, em posições continuas. Diag por RM 
•Raiculopatia: dor irradiada ( ciática),pode haver fraqueza 
muscular. Diag por Clinica e Imgem 
•Mielopatias: Quadro neurológico, fraqueza, nível 
sensitivo, disfunção esfincteriana. Diag por Clinico e 
Imagem 
•Estenose Lombar : Claudicacão ( dor ao andar), 
geralmente idosos, melhora ao pender para frente, exame 
neurológico pode ser normal. 
Alteraçoes 
Musculoesqueléticas - 
Cervicalgia 
Exame Fisico 
• A dor é o sintoma mais comum de apresentação, 
apesar de serem freqüentes queixas 
concomitantes de cefaléia do tipo tensional. 
Geralmente localiza-se na parte média e inferior 
da região cervical posterior, podendo ser 
localizada ou difusa e bilateral nos casos mais 
severos. A dor não apresenta irradiação para os 
braços, porém pode se irradiar para os ombros, e 
se exacerba com a movimentação do pescoço. 
Ocorre melhora com repouso e imobilização. O 
exame físico revela apenas uma área de dor 
localizada, geralmente paravertebral. A 
intensidade da dor é variável, e a limitação da 
mobilidade cervical se correlaciona diretamente 
com a magnitude dolorosa. Pode ocorrer 
contratura sustentada do esternocleidomastóideo 
e do trapézio 
• A avaliação radiológica pode ser completamente 
normal, ou revelar apenas uma retificação da 
curvatura fisiológica da coluna cervical 
• Após a obtenção de uma história clínica 
completa, o exame físico é a próxima etapa no 
processo diagnóstico. 
• A anamnese alerta o clínico para aqueles 
pacientes que se apresentam com emergências e 
necessitam de início precoce do tratamento, que 
incluem portadores de lesões expansivas 
causando compressões agudas progressivas da 
medula espinhal e suas raízes (hérnia de disco) 
ou infecção (meningite bacteriana) (Tabela 2). 
• Os pacientes com compressão medular podem se 
apresentar com paraplegia aguda, fraqueza de 
extremidades inferiores, distúrbios da marcha e 
incontinência urinária. 
• Tais pacientes devem ser conduzidos de maneira 
multidisciplinar, com o intuito de minimizar 
danos permanentes às estruturas neurológicas. 
• Um exame físico bem conduzido minimiza os 
custos gerados pelas condições dolorosas 
cervicais, posto que tornam muitas vezes 
desnecessários exames de imagem e estudos 
eletrodiagnósticos 
• O exame físico da coluna cervical, como nos 
demais segmentos, compreende a inspeção, 
palpação, a mobilização ativa e passiva e 
manobras especiais. 
SINAIS DE ALERTA 
• Febre/calafrios 
• Cefaléia intensa ou dores espasmódicas em salvas 
•Distúrbios mental 
•Edema visível 
•Aumento ganglionar 
•Sangramento: ouvidos, nariz ou bucal 
•Distúrbios visuais, olfativos ou do paladar 
•Parestesias ou fraqueza muscular 
•Síndrome de Homer 
•Dor axilar 
•Isquemia de membros superiores 
•Ausência de pulsos nos membros superiores 
•Claudicação do braço 
•Atrofia em membro superior 
•Sinal de Lhermitte positivo 
•Perda Ponderal 
•Historia de câncer 
•Dor cronica 
Inspeção 
• Durante a inspeção devemos observar se existem 
deformidades, alterações da curvatura cervical, 
atitudes antálgicas, anormalidades posturais, 
atrofias, alterações cutâneas e sinais de 
traumatismos. 
Alteraçoes 
Musculoesqueléticas - 
Cervicalgia 
• Assimetrias nas escápulas devem ser observadas, 
podendo indicar acometimento do músculo 
trapézio ou discrepância nos membros inferiores. 
Palpação 
• Durante a palpação devemos verificar a presença 
de pontos dolorosos, contratura da musculatura 
paravertebral, além de alterações dos linfonodos 
e possíveis massas cervicais. 
• Deve ser realizada como rotina a palpação da 
tireóide e dos pulsos carotídeos. 
• O ligamento nucal deve ser palpado nasua 
totalidade, visando à identificação de possíveis 
sítios de dor. 
• A inserção occipital do músculo trapézio 
também deve ser cuidadosamente examinada. 
Mobilidade Ativa e Passiva 
• A mobilização ativa (feita pelo paciente) e a 
passiva (realizada pelo examinador) fornece a 
capacidade funcional do segmento cervical e a 
amplitude de movimento, podendo auxiliar na 
identificação do possível segmento cervical 
acometido. 
• No eixo sagital, a flexão e a extensão perfazem 
uma amplitude de aproximadamente 70°; a 
rotação compreende cerca de 90° para cada lado 
e a lateralização 45°, estando estas medidas 
diminuídas com a idade e na vigência de 
processos inflamatórios e/ou degenerativos. 
 
 
• Durante a anamnese e o exame físico, a presença 
de dor irradiada para o ombro, escápula e braço 
denota a necessidade de avaliação neurológica 
cuidadosa, com ênfase nas alterações de reflexos, 
presença de paresias e/ou parestesias, diminuição 
de força motora, e sua distribuição 
dermatomérica 
Testes Especiais 
Teste de Compressão: Com o paciente em posição 
sentada, realiza-se a compressão progressiva da cabeça. 
Tal manobra causa o aumento na dor cervical, em razão 
do estreitamento foraminal secundário, aumento da 
pressão na raiz acometida, sobrecarga nas facetas 
articulares e maior sensibilização muscular. Deve-se 
evitar tal manobra caso haja suspeita de instabilidade 
cervical. 
Teste de Tração: Com o paciente sentado, realiza-se uma 
tração progressiva da cabeça. Tal manobra promove o 
alívio da sintomatologia dolorosa, provocado pelo 
aumento do diâmetro foraminal, diminuição da 
compressão radicular e da tensão nas estruturas de 
sustentação. 
Teste de Valsalva: Este teste proporciona o aumento da 
pressão intratecal. Se uma lesão expansiva, tal como um 
disco herniado ou tumor está presente no canal vertebral 
cervical, o paciente desenvolverá dor secundária ao 
aumento da pressão. A dor apresenta distribuição 
segmentar, na dependência da raiz acometida. 
Anormalidades nas fossas supraclaviculares como, p.ex., 
aumento de linfonodos, também podem se tornar 
proeminentes com o teste de Valsalva. A maneira mais 
simples de realização deste teste consiste em solicitar-se 
ao paciente que faça uma expiração forçada contra a 
própria mão, segurando por cerca de 5 a 10 segundos. 
Manobra de Spurling ( RADICULAR): Demonstra 
possível compressão ou irritação radicular. Consiste na 
extensão e rotação conjuntas da cabeça para o lado 
acometido fazendo uma pequena compressão, resultando 
na reprodução ou aumento da dor radicular(12). 
Sinal de Lhermitte: Sensação de parestesias ou disestesias 
nas mãos ou pernas durante a flexão cervical. Tal 
sensação é mais freqüentemente causada por uma hérnia 
de disco volumosa com compressão medular ou por 
formações osteofitárias em pacientes com canal vertebral 
estreito. Pode ser encontrado em pacientes portadores de 
AR com subluxação atlantoaxial ou subaxial. Sensações 
similares foram descritas em pacientes com esclerose 
múltipla. O sinal de Lhermitte está presente em uma 
Alteraçoes 
Musculoesqueléticas - 
Cervicalgia 
grande variedade de doenças da medula, incluindo 
neoplasias, aracnoidite e siringomielia. 
Teste de Adson: Palpação do pulso radial durante a 
abdução, extensão e rotação externa do braço, com 
rotação homolateral do pescoço. A diminuição do pulso 
caracteriza um teste positivo, sugestivo de síndrome do 
desfiladeiro torácico. 
Diagnostico diferencial 
• Os pacientes apresentando queixas de dor 
cervical devem ser avaliados no sentido de 
descartarmos possíveis condições orgânicas 
subjacentes que podem ser responsáveis pelo seu 
quadro clínico, seja por meio de propedêutica 
clínica ou armada. São inúmeros os sinais que 
têm como origem a patologia cervical, podendo 
estes, muitas vezes, se apresentar de maneira 
inespecífica, dificultando o diagnóstico preciso e 
ampliando o espectro do diagnóstico diferencial. 
A presença de febre ou perda de peso é sugestiva 
de processo infeccioso ou tumoral. Pacientes 
apresentando dores que pioram na posição 
deitada ou durante a noite podem ser portadores 
de um processo infiltrativo medular ou 
tumoração da coluna vertebral. A presença de 
rigidez matinal prolongada fala a favor das 
espondiloartropatias soronegativas. Dor cervical 
localizada pode ocorrer de forma secundária a 
doenças sistêmicas que aumentam a remodelação 
óssea, como p.ex. a doença de Paget ou a uma 
tumoração óssea localizada (osteoblastoma). 
Pacientes com dor de origem visceral 
(coronariopatias, síndrome do desfiladeiro 
torácico, doenças esofagianas) apresentam 
sintomas que afetam outras estruturas além da 
coluna cervical e apresentam recorrência regular. 
(Tabela 5) Pacientes com dor cervical menores 
de 15 anos ou maiores de 60 anos devem ser 
avaliados de maneira mais criteriosa, sendo na 
maioria das vezes necessária a realização de 
exames de imagem e determinações laboratoriais 
(hematológico completo, provas de fase aguda, 
bioquímica óssea, etc.), pertinentes à forma de 
apresentação de cada caso(13). A classificação 
quanto ao tipo de dor cervical facilita a 
determinação da entidade patológica. (Tabela 6) 
Compressões extrínsecas em estruturas 
vasculares ou em nervos periféricos são as 
principais causas que mimetizam 
cervicobraquialgia e devem ser descartadas. 
Patologias torácicas e do ombro também devem 
fazer parte do diagnóstico diferencial. 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
Alteraçoes 
Musculoesqueléticas - 
Cervicalgia 
• Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) são 
medicamentos analgésicos simples, que, junto 
com o paracetamol, compõem o 1o degrau da 
escada de dor da Organização Mundial da Saúde. 
Fisiologia da inflamação 
• A inflamação aguda é a resposta ini- 
• cial a lesão celular e tecidual, predo- 
• minando fenômenos de aumento de 
• 
• permeabilidade vascular e migração 
• 
• de leucócitos, particularmente neu- 
• trófilos. As manifestações externas 
• 
• da inflamação, chamadas de sinais 
• cardinais, são: calor (aquecimento), 
• rubor (vermelhidão), tumor (inchaço), 
• dor e perda de função. 
• Se a reação for intensa, pode haver 
• envolvimento regional dos linfonodos 
• 
• Via lipoxigenase Via ciclo-oxigenase 
• Fosfolipídios 
• 
• Ácido 
• Araquidônico 
• 
• Leucotrienos 
• Fosfolipase A2 
• 
• Tromoboxanos 
• 
• Prostaglandina 
• 
• Prostaciclinas 
• Lipoxigenase COX 2 COX 1 
• Ação dos AINES 
• 
• VIA DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO 
• 
• e resposta sistêmica na forma de 
• neutrofilia e febre, caracterizando a 
• reação da fase aguda da inflamação. 
• Todas estas respostas são mediadas 
• por substâncias oriundas do plasma, 
• 
• das células do conjuntivo, do endo- 
• télio, dos leucócitos e plaquetas, que 
• 
• regulam a inflamação e chamadas genericamente 
de mediadores quími- 
• cos da inflamação. Dentre esses me- 
• diadores químicos tem se destaque 
• 
• as prostaglandinas que tem ação no 
• aumento da permeabilidade capilar, 
• atuam como fatores quimiotáticos, 
• 
• atraindo leucócitos em direção ao lo- 
• cal da lesão ou infecção. 
• O principal precursor das prostaglan- 
• dinas é o ácido araquidônico (AA), 
• 
• que tem origem dos fosfolipídios das 
• membranas celulares destruídas após 
• 
• lesão celular e transformados em di- 
• versos ácidos pela fosfolipase, sendo 
• 
• esse evento o início base do processo 
• inflamatório. Os produtos derivados 
• do metabolismo do AA influenciam 
• 
• uma variedade de processos bioló- 
• gicos, incluindo a inflamação e a he- 
• mostasia. Os metabólitos do AA tam- 
• bém chamados eicosanoides podem 
• 
Alteraçoes 
Musculoesqueléticas - 
Cervicalgia 
• mediar praticamente cada etapa da 
• inflamação. 
• A produção dos metabólitos do ácido 
• araquidônico pode ser feita através 
• de duas vias: via ciclo-oxigenasee via 
• lipoxigenase. 
▪Via ciclo-oxigenase: envolve 
duas isoformas (COX-1 e COX-2) 
e é responsável pela síntese das 
 
prostaglandinas (PGs), tromboxa- 
nos e prostaciclinas. As diferenças 
 
e particularidades entre as duas 
COX serão comentadas a frente, 
mas é importante destacar que a 
 
diferença na estrutura dessas en- 
zimas permitiu o surgimento de 
 
inibidores seletivos da COX-2, evi- 
tando a interferência com os pro- 
cessos fisiológicos mediados pela 
 
COX-1. 
▪Via lipoxigenase: responsável 
pela síntese final de moléculas 
como os leucotrienos, porém não 
está diretamente relacionada à 
ação dos anti-inflamatórios. 
Farmacocinetica 
• A maioria dos AINEs são administra- 
• dos oralmente, com as exceções do 
• 
• cetorolaco e do parecoxibe (adminis- 
• tração intravenosa), e do diclofena- 
• co (administração oral, intravenosa e 
• 
• retal). 
• 
• Os AINEs compõem um grupo hete- 
• rogêneo de compostos, que consiste 
• 
• de um ou mais anéis aromáticos liga- 
• dos a um grupamento ácido funcional. 
• 
• São ácidos orgânicos fracos que atu- 
• am principalmente nos tecidos infla- 
• mados e se ligam, significativamen- 
• te, à albumina plasmática. Pacientes 
• 
• com hipoalbuminemia (devido, por exemplo, a 
cirrose ou artrite reumató- 
• ide ativa) têm maiores concentrações 
• 
• da forma livre da droga, que corres- 
• ponde à sua forma ativa. 
• 
• Sua absorção é rápida (entre 1 a 4 
• 
• horas) e completa no sistema gas- 
• trointestinal, depois de administração 
• 
• oral. Não atravessam imediatamen- 
• te a barreira hematoencefálica e são 
• 
• metabolizados principalmente pelo 
Alteraçoes 
Musculoesqueléticas - 
Cervicalgia 
• 
• fígado. Os AINEs têm alta biodispo- 
• nibilidade devido a um limitado me- 
• tabolismo hepático de primeira pas- 
• sagem. A biotransformação é, em 
• 
• grande parte, hepática, com metabó- 
• litos excretados na urina. 
• Essencialmente, todos AINEs são con- 
• vertidos em metabólitos inativos pelo 
• 
• fígado e são, predominantemente, 
• 
• excretados pela urina, embora o su- 
• lindaco também possa ser metabo- 
• lizado no rim. Alguns AINEs e seus 
• 
• metabólitos têm excreção biliar. 
• As meias-vidas dos AINEs variam, 
• mas em geral podem ser divididas 
• 
• em “ação curta” (menos de seis ho- 
• ras, incluindo ibuprofeno, diclofenaco, 
• 
• cetoprofeno e indometacina ) e «ação 
• 
• prolongada» (mais de seis horas, in- 
• cluindo naproxeno , celecoxibe , me- 
• loxicam , nabumetona e piroxicam ). 
• 
• Os AINEs mais lipossolúveis como, 
• cetoprofeno, naproxeno e ibuprofeno, 
• penetram no sistema nervoso central 
• mais facilmente e estão associados 
• com leves alterações no humor e na 
• função cognitiva 
 
Mecanismo de ação 
• Os efeitos terapêuticos e colaterais 
• dos AINES resultam principalmente 
• 
• da inibição das enzimas COX, preju- 
• dicando, assim, a transformação final 
• 
• do ácido araquidônico em prostaglan- 
• dinas, prostaciclina e tromboxanos. 
• Há duas formas da enzima cicloxige- 
• nase, denominadas COX-1 e COX-2. 
• 
• A COX-1, dita como constitutiva, é 
• 
• produzida em resposta a um estímu- 
• lo inflamatório e constitutivamente na 
• 
• maioria dos tecidos, onde estimula 
• a produção de prostaglandinas que 
• exercem função homeostática (por 
• exemplo, equilíbrio hidroeletrolítico 
• 
• nos rins e citoproteção no trato gas- 
• trintestinal). A COX-2, em contraste, 
• 
• é induzida por estímulos inflamató- 
• rios, mas está ausente da maioria dos 
• 
• tecidos normais. Portanto, os inibido- 
• res da COX-2 foram desenvolvidos 
Alteraçoes 
Musculoesqueléticas - 
Cervicalgia 
• 
• com a expectativa de que eles ini- 
• bissem a inflamação prejudicial mas 
• 
• não bloqueassem os efeitos proteto- 
• res das prostaglandinas produzidas 
• 
• constitutivamente. 
• Entretanto, essas distinções entre os 
• papéis das duas cicloxigenases não 
• 
• são absolutas. Além disso, os inibi- 
• dores da COX-2 podem aumentar o 
• 
• risco para doença cerebrovascular e 
• 
• cardiovascular, provavelmente por- 
• que prejudicam a produção, pela cé- 
• lula endotelial, da prostaciclina PGI2, 
• 
• um inibidor de agregação plaquetária, 
• 
• mas conserva intacta a produção pe- 
• las plaquetas, mediada pela COX-1 
• 
• de TXA2, um mediador de agregação 
• 
• das plaquetas. Os glicocorticoides, 
• que são agentes anti-inflamatórios 
• potentes, atuam em parte inibindo a 
• atividade da fosfolipase A2, inibindo, 
• assim, a liberação de AA dos lipídios 
• de membrana. 
• Recentemente foi descoberta uma 
• 
• variante do gene da COX-1, des- 
• crito como COX-3. Essa parece ser 
• 
• expressa em altos níveis no sistema 
• 
• nervoso central e pode ser encon- 
• trada também no coração e na aorta. 
• 
• Essa enzima é seletivamente inibida 
• 
• por drogas analgésicas e antipiréti- 
• cas, como paracetamol e dipirona, e é 
• 
• potencialmente inibida por alguns AI- 
• NEs. Essa inibição pode representar 
• 
• um mecanismo primário central pelo 
• qual essas drogas diminuem a dor e 
• possivelmente a febre. A relevância 
• dessa isoforma ainda não está clara. 
• A aspirina e os demais AINEs inibem 
• a síntese de PG mediante a inativação 
• 
• da COX. A aspirina acetila as isoenzi- 
• mas (COX-1 e COX-2) covalentemen- 
• te, inativando-as de forma irreversível 
• 
• e não seletiva. A maioria dos AINEs 
• age de forma reversível e não seletiva 
• sobre as mesmas enzimas. Convém 
• salientar que tanto a aspirina quanto 
• os outros AINEs não bloqueiam a via 
• da lipoxigenase, não inibindo, desta 
• forma, a produção de leucotrienos. 
• Portanto, os AINEs reduzem, mas 
• 
• não eliminam completamente os si- 
• nais e sintomas inflamatórios. 
Farmacodinamica e efeitos 
colaterais

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