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Direto tributário 
Ramificação do direito público (logo possui todas as obrigações e prerrogativas de direito público).
Trata-se de um ramo autônomo do direito (não plenamente autônomo) pois possui princípios específicos próprios.
É considerado autônomo apenas do ponto de vista didático, relacionando-se com os demais ramos dada a unicidade do direito.
RECEITAS PUBLICAS
	Receitas originárias (são aquelas auferidas com base na exploração do patrimônio do Estado, por meio de aluguéis ou mesmo por empresas estatais, EP e SEM).
 As receitas originárias estão sujeitas ao regime do direito privado , porque o Estado não se reveste de seu poder de império para coagir as pessoas a pagarem. O vínculo obrigacional surge com um contrato, que é feito por livre e espontânea vontade da outra parte, que geralmente é um particular. Decorre de um contrato.
OBS: As receitas originárias se tornaram exceção, pois a nossa CF restringiu a atuação do Estado como agente econômico, conforme o seu art 173:
	Art. 173. Ressalvados os casos prev. nesta CF, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
 Além dessa hipótese, o poder público tb pode explorar atividade econômica, quando esta estiver sujeita ao regime de monopólio, por expressa det. Do Art. 177, da CF.
	Receitas derivadas :originam do patrimônio do particular estão sujeitas ao regime jurídico de direito público, ou seja o Estado se utiliza de seu poder de império para coercitivamente exigir tais receitas. Decorre de lei.
 Logo têm origem no patrimônio do particular e entram nos cofres públicos por meio de coação ao indivíduo.
Além dos tributos , temos ainda as multas e as reparações de guerra, que se enquadram no conceito de receitas derivadas.
Conceito de Tributo
É toda Prestação pecuniária compulsória ,em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir(...)
OBS1) È aceito as unidades fiscais para indexação ( UFIR-RJ ) , por ser facilmente convertido em moeda.
LC trouxe inovação ao prever como forma de extinção do crédito tributário a dação em pagamento em bens imóveis, desde que estabelecidas na forma e condições da LEI ( ou seja, caso o ente tributante U, E, DF ou M queire aceitar bens imóveis como forma de pagamento de tributos deve estabelecer em lei própria isso.
Leandro Paulsen ensina que a necessidade de que o tributo seja instituído em lei é requisito de validade, e a compulsoriedade da obrigação tributária é requisito de existência. Com efeito, se um tributo for instituído por um decreto, não deixará de ser um tributo, mas será inválido, por não obedecer ao princípio da legalidade. Por outro lado, uma obrigação que não seja compulsória pode, de imediato, ser descartada do conceito de tributo, pois este é um
requisito de existência.
Natureza jurídica dos tributos
	Art 4 A natureza jurídica específica do tributo ,ou seja o enquadramento do tributo em: impostos, taxas ou contribuição de melhoria, é determinada pelo FG da respectiva OT, sendo irrelevantes para qualificá-la:
	a denominação ( nome) e demais características formais adotadas pela lei;
	a destinação legal do produto da sua arrecadação
logo, para identificar uma espécie tributária , devemos levar unicamente em consideração o FG que deu origem à obrigação tributária. Nesse sentido, temos que observar, caso a caso, qual é o FG descrito na lei que instituiu o tributo. Se o fato se referir a uma manifestação de riqueza do contribuinte, será um imposto. Tal manifestação dar-se-á por meio de renda, propriedade ou consumo.
O grande problema é que os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais são tributos finalísticos, ou seja, a destinação do produto de sua arrecadação é um critério relevante para diferenciá-los dos demais tributos. Com isso , a única interpretação que pode ser tomada agora é a de que o Art. 4 do CTN foi PARCIALMENTE NÃO RECEPCIONADO PELA CF/88, pois não é aplicável aos empréstimos compulsórios e às contribuições especiais.
Outro ponto a ser destacado é o art. 145, § 2º da CF/88 e a interpretação dele decorrente. O texto afirma que as taxas não podem ter base de cálculo própria de imposto. O que isso quer dizer? Quer dizer que a base de cálculo pode ser um elemento para diferenciar tributos também.
No caso dos impostos, quem realiza o fato que enseja a cobrança de tributos é o contribuinte, por outro lado , no que se refere às taxas e contribuições de melhoria, quem realiza o FG que enseja a cobrança é o próprio Estado.
	O CTN só previa 3 espécies tributárias ( corrente tripartida): 
	Tributos são impostos,
	 taxas e 
	contribuições de melhoria.”
Segundo o STF, esse disposto elencado tanto na CF quanto no CTN , se trata apenas dos tributos cuja competência é comum a todos os entes federados.
	Com o surgimento da CF 88, o entendimento predominante é o de que existem não apenas 3, mas 5 espécies tributárias, dando origem à corrente penatipartida, pois a própria CF inseriu novas espécies tributárias.
Segundo a suprema corte , os arts. 148 e 149 aludem a duas outras modalidades tributárias, cuja competência é, via de regra, da União: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
Todavia, com o advento da CF88, os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais assumiram o status de espécies tributárias. Algumas dessas exações, todavia, têm fato gerador idêntico ao dos impostos, o que torna inaplicável a citada regra do CTN.
Comentário: O fato de essas duas espécies tributárias (empréstimo compulsório e contribuições especiais) poderem ter fato gerador idêntico ao dos impostos torna o art. 4°, II, praticamente sem utilidade, já que, segundo a própria CF, o destino da arrecadação passa a ter certa importância na definição da natureza jurídica desses tributos. O candidato deve prestar atenção se a questão está levando em consideração a literalidade do CTN (neste caso, os dois incisos devem ser tidos como corretos) ou o entendimento doutrinário e jurisprudencial (nesta hipótese, o art. 4° deve ser considerado como não recepcionado pela CF). 
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS ( “ contribuições”)
 Características: 
Podem ter FG idênticos aos dos Imposto
Arrecadação vinculada o produto de sua arrecadação deve ser carreado para financiar atividades de interesse público.
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
A regra do Art. 4 do CTN somente se aplica para as 3 espécies ( impostos, taxas e contribuições de melhoria). 
C om Advento da CF 88 os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais assumiram o status de espécies tributárias. Tais tributos são de arrecadação vinculada ( tributos finalísticos ) o destino da arrecadação é um critério relevante para definir que tributo estamos tratando. Portanto , nesses casos, somente análise do FG, é insuficiente para determinar a natureza jurídica das contribuições especiais.
	Além disso, as contribuições especiais podem ter FG idênticos ao dos impostos, o que torna a regra do art. 4 praticamente sem utilidade.
	Nem todas as contribuições especiais podem ser denominadas contribuições parafiscais.
Regra: compete a União instituir as contribuições sociais, CIDE, e C.coorporativas ( de interesse das categorias profissionais ou econômicas)
 Exceção 1) pelos Estados-membros e DF : instituição de tais contribuições para custeio do Regime. Previdenciários de seus servidores, cuja alíquota não será menor do que a contribuição dos servidores de cargos efetivos da União. ( mas pode ser igual ou superior à da União) 
OBS: A expressão regimeprevidenciário de seus servidores, a ensejar a instituição de contribuição pelos Estados-membros, não abrange a prestação de serviços médicos, hospitalares, odontológicos e farmacêuticos.
Exceção 2) pelos Municípios e DF: Contribuição para o custeio de iluminação pública.( essa contribuição foi permitida com a EC 39/2002 e a competência para instituí-la é dos municípios e DF)
OBS: Competência concorrente da U e E no caso da contribuição previdenciária , mas a competência da COSIP é privativa dos MUNICIPIOS. Logo a União não possui competência para instituí-la.
	Tipos de contribuição especial 
	Competência para instituir
	Contribuições sociais
	União ( exceção : contribuição previdenciária- C RESSALVA DE QUE NÃO PODE SER INFERIOR ÀQUELA DA U
	CIDE
	Somente U
	CICPE
	Somente U
	COSIP
	M e DF
CONTRIBUIÇOES SOCIAIS E CIDES deverão ter as seguintes caracterísiticas:
	não incidirão sobre as Receitas decorrentes de exportação 
	incidirão também sobra a importação de produtos estrangeiros ou serviços
	poderão ter alíquotas ad valorem( % sobre um valor a ser tributado) ou específica ( tomam por base unidade medida adotada, ex: 1,0 de tributo a cada maço de cigarro)
	As contribuiçõe sociais e as CIDES poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados, fás natural e seus dreivados e álcool combustível
Segundo o STF Contribuições sociais são subdivididas em :
	contribuições para seguridade social
	contribuições sociais gerais 
	outras contribuições sociais
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR
Cabe à LC REGULAR as limitações constitucionais ao poder de tributar.
Legalidade tributária
 Tributo, por ser uma prestação pecuniária compulsória ( portanto, uma obrigação), deve ser constituído ou aumentado por lei ou instrumento normativo com força de lei. Incluindo-se as multas, pois se tratam de obrigação principal.
LEI ( inclui lei ordinária , MP e LC e lei delegada)
Não há exceção quanto à instituição/extinção de tributos se dar por meio de LEI.
Há 6 exceções expressas quanto à majoração/ redução de tributos na CF
Inicialmente a CF previu 4 exceções ao princípio da legalidade, no tocante a alteração de alíquotas dentro dos limites legais, quais sejam: II – IE – IPI – IOF ( nesses casos a alteração não se dá por LEI, mas por atos infra legais.
2 outras surgiram com a EC 33/2001 tratando sobre a tributação de combustíveis:
CIDE- combustíveis (não se trata de majoração ): alíquota da contribuição poderá ser reduzida e restabelecida por ato do poder executivo ( Decreto ), logo não se trata de majoração, pois uma vez ultrapassado a margem de alteração , esta deve seguir a legalidade.
ICMS- combustíveis ( monofásico ): Se aplica tão somente aos combustíveis e lubrificantes definidos em LC. Nesse caso a fixação de alíquotas estará SEMPRE excetuada da legalidade, mesmo que haja aumento superior ao que foi inicialmente previsto
Observe que o texto constitucional trata apenas de combustíveis e lubrificantes, não se referindo à energia elétrica. No entanto, determina também que estes combustíveis e lubrificantes deverão ser definidos em lei complementar federal.
É neste ponto que surge um detalhe importante: a Lei Complementar 87/96, ao definir quais seriam os combustíveis e lubrificantes, estabeleceu que seriam aqueles líquidos e gasosos derivados de petróleo mas incluiu também a energia elétrica, conforme seu art. 2º, § 1º, III:
Lei Complementar 87/96
Art. 2°, § 1º O imposto incide também:
III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente. 
Desta forma, o legislador federal ultrapassou a competência atribuída pelo referido art. Art. 155, § 2º, XII, h da Constituição Federal, incluindo no ICMS monofásico a energia elétrica.
Sendo assim, como não houve até hoje qualquer questionamento com relação ao texto da Lei Complementar 87/96, na prática a energia elétrica está sim incluída no ICMS monofásico.
Exceções à legalidade concedidas pelo CTN
Atualização do valor monetário da BC ( não se trata de aumento ), pois o aumento sim deve seguir a legalidade = EX: IPTU realizado por Decreto
Devendo ainda os entes federados observar o índice oficial de correção monetária para atualizar a BC dos tributos, pois correção acima de tal índice revela-se como aumento de tributo e consequentemente só pode ser alterado por lei
Súmula STJ 160 – É defeso ( proibido) ao município, atualizar o IPTU, mediante, decreto, em percentual, SUPERIOR ao índice oficial de correção monetária.
 
Fixação do prazo para recolhimento da exação tributária
Deve constar na lei todos os elementos essenciais para a criação de um tributo ( FG, alíquota, contribuintes e BC) mais precisamente será discriminado por LC
CF Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
Subsídio/isenção 
alteração de BC
concessão de Credito presumido 
Anistia/ remissão – impostos, taxas ou contribuições 
penalidades
hipóteses de extinção, suspensão e exclusão do CT
Logo concessão de benefícios fiscais ou autorização de prática de atos que gerem impactos sobre o CT ou sobre sua exigibilidade só pode ser feita por lei.
Assim a multa tributária, por gerar uma obrigação a ser adimplida pelo infrator, somente poder der estatuída em lei.
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
	Atualização do valor monetário da BC do tributo ( ex: A BC do IPTU , tendo por BC o valor venal do imóvel, pode ser atualizado por decreto de prefeito ).
OBS: OS ENTES FEDERADOR PODEM UTILIZAR-SE DE ÍNDICES LOCAIS PARA CORREÇÃO MONETÁRIA DOS SEUS TRIBUTOS.
 
STJ súmula 160 – É defeso ( proibido), ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. Trata-se de uma liberdade relativa, pois encontra-se limitada.
	Fixação do prazo para recolhimento
STF entende ser possível a fixação por decreto , uma vez não estar contemplada entre as taxativas matérias que o CTN submete à reserva de lei.
OBS: A CF prevê que as alterações são de competência do PODER EXECUTIVO, mas não estipula qual espécie de ato normativo deste Poder ou ainda qual órgão. ( ex camex pode alterar por resolução. É orgão do P executivo.)
Camex = resolução ( tributos aduaneiros)
decreto = IPI e IOF
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO ÀS ISENÇÕES HETERÔNOMAS ( regra geral) 
Isenção autônoma : quando um ente federado competente para instituir determinado tributo concede isenção sobre tal exação.
Isenção heterônoma: quando um ente federado institui isenção sobre tributo de competência de outro ente político 
( regra geral : é vedado à União instituir isenção sobre tributos de competência dos Estados, DF e Municípios, assim como tb é vedado aos Estados instituir isenções de tributos municipais)
Exceções : ( concedidas pela União , mediante LC)
ICMS sobre exportações : A CF permite que uma LC Federal exclua da incidência do ICMS as operações com mercadorias e prestação de serviços, destinados ao exterior.
Cabe observar, no entanto, que esta previsão de isenção heterônoma deixou de ter utilidade após a EC 42/3003, pois tal emenda criou a IMUNIDADE do ICMS decorrente de operações que destinem quaisquer mercadorias para o exterior e sobre os serviços prestados a destinatários no exterior.ISS sobre exportações: A segunda exceção se refere à possibilidade de a União conceder, mediante LC, isenção heterônomo sobre o ISS nas exportações de serviços para o exterior.
Conceito de tributos 
Art 162 do CTN 
O pagamento é efetuado:
I- em moeda corrente, cheque ou vale postal;
II- nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico;
OBS : é possível que seja pago em unidades fiscais usadas para indexação ( UFIR-RJ ) , conforme se extra i do CTN “ ou cujo valor nela se possa exprimir”, uma vez que é facilmente convertido em dinheiro.
A inovação trazida pela LC 104/2001 , que acrescentou a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei, como forma de extinção do crédito tributário, não derroga a questão da obrigatoriedade do pagamento se dar por dinheiro, tendo em vista que o artigo afirma que a quitação do tributo pode ser feito por algo que possa ser expresso em moeda e inegavelmente bens imóveis poder ser expressos em moeda.
OBS: STF : há ofensa ao princípio da licitação , lei de determinado ente federado estabelecer a dação em pagamento de BENS MÓVEIS, como forma de extinção do crédito tributário.
OBS: Cabe a cada ente tributante, que queira aceitar bens imóveis como forma de pagamento de tributos, estabelecer em lei própria isso.
Princípio do pecúnia non olet ( dinheiro não cheira)
Art 118 definição do FG do tributo é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos praticados pelos contribuintes, bem como das natureza do objeto a ser tributado ou dos seus efeitos.
NATUREZA JURÍDICA DOS TRIBUTOS 
A natureza jurídica especifica ( qual espécie o tributo se encontra) do tributo é determinada pelo FG da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
	a denominação e demais características formais adotadas pela lei
	a destinação legal do produto da sua arrecadação
 Art 5 os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria ( CTN adotou a corrente tripartida, quando foi criado, porém com o surgimento da CF/88, passou a considerar 2 novas espécies, dando origem à corrente pentapartida.
CTN – Art 5 os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria 
segundo o STF , no art 5 ,estão elencados apenas os tributos cuja competência é COMUM a todos os entes federados. Para a corte, as duas outras modalidades tributárias, cuja competência, é via de regra da União: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
O grande problema é que os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais são tributos finalísticos, ou seja, a destinação do produto de sua arrecadação é um critério relevante para diferenciá-los dos demais tributos.
Com isso, a única interpretação que pode ser tomada agora é a de que o art 4 do CTN foi PARCIALMENTE NÃO RECEPCIONADO pela CF88, pois não é aplicável aos empréstimos compulsórios e às contribuições especiais.
Outro ponto a ser destacado é o art 145, par 2 da CF e a interpretação dele decorrente. O texto afirma que as taxas não podem ter BASE DE CÁLCULO própria de imposto. O que isso quer dizer? Quer dizer que a BC pode ser um elemento para diferenciar tributos também.		
LOGO A COMPARAÇÃO ENTRE A BC E O FG É UMA FORMA DE DESCOBRIR A NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO.
ESPÉCIES DE TRIBUTOS
IMPOSTOS:
não vinculados, não constraprestacionais e contributivos
arrecadação não vinculada ( de regra) os recursos devem ser usados em benefício da coletividade, remunerando os chamados serviços gerais – uti universi . 
Em regra a competência é privativa de cada ente. Cada um institui o seu tributo especificado na CF, não podendo invadir a competência do outro ente, com exceção da União, que poderá instituir impostos extraordinários de guerra – IEG, até mesmo sobre FG que foram atribuídos aos demais entes. 
Ademais, a União( competência exclusiva da U) pode criar outros impostos e outras contribuições para a seguridade social não previstos na CF/88. É a chamada competência residual só permitida para a União, desde que respeitados os requisitos constitucionais.
Impostos x princípio da não afetação ( ou não vinculação ) 
De regra : expressamente vedado na CF 
Exceções :
	Repartição constitucional dos impostos
	destinação para a saúde, desenvolvimento do ensino,
	destinação para a atividade de ADM tributária.
	Prestação de garantias para: 
- operações de crédito por antecipação de receita
- A união ( garantia e contragarantia) 
- Pagamento de débitos para com esta.
TAXAS ( tributos retributivos ou contraprestacionais)
FG das TAXAS– é uma atividade que o poder público realiza para o contribuinte, ou seja, é um fato do Estado diferentemente dos impostos que são tributos não vinculados ou não contraprestacionais.
	
	Ocorre a referibilidade da atividade estatal em relação ao contribuinte, isto é, a atuação estatal que constitui o fato deve ser direcionada ao contribuinte, e não à coletividade.
Art 77 . As taxas cobradas pela U/E/DF/M , no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como FG o 
	exercício REGULAR do poder de polícia ( taxa de polícia)
A REGULARIDADE do exercício do poder de polícia é imprescindível para a cobrança da taxa de localização e fiscalização. Segundo o STF a existência do órgão administrativo não é condição suficiente para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos admitidos para se inferir o EFETIVO exercício do poder de polícia
Ademais o poder de polícia além de ser regular, deve ser depempenhado pelo orgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, trantando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
	ou a utilização , efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Taxas de polícia 
art 78 CTN “ Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, á disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.”
Poder de polícia = poder de restringir alguns direitos individuais , tendo em vista os interesses coletivos.
Taxa de alvará = fiscalização sobre obras
Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários pela CVM
Súmula STF 665 – É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela lei 7940
taxa de fiscalização de anúncios, que visa a custear a fiscalização das atividades publicitárias dentro do município. ( foi instituída em BH ) 
Base de cálculo das taxas
A base de cálculo deve ser estipulada em razão das despesas que o ente federado teve com a prestação dos serviços, caso contrário haveria enriquecimento sem causa por parte do Estado. Não é exigido uma precisão nos valores mas deve haver uma correlação entre o custo da atividade prestada ao contribuinte e o valor a ser cobrado dele.
Com base nesse raciocínio que o STF já considerou inconstitucional a Taxa de licença de localização e de funcionamento que tenha como BC o número de empregados.
As taxas não poderão ter BC própria de impostos ou FG idênticos aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas.
Súmula STF 595 É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do ITR.
Súmula vinculante 29 – É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa , de um ou mais elementos da BC própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra
Há 2 motivosque impedem a cobrança da taxa municipal de conservação de estradas de rodagem: o fato de possui BC idêntica à do ITR, o o outro fato é que essa taxa não se refere a um serviço 
PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
ISONOMIA	
há duas acepções acerca do conceito:
isonomia horizontal= A CF expressamente veda o tratamento desigual entre pessoas que estejam em situações equivalentes.
Isonomia vertical= Implicitamente a CF exige que seja dado tratamento diferenciado entre pessoas que estejam em situações desiguais.
Ex: seria inconstitucional ( por omissão) a lei do IR se não previsse as deduções de BC do imposto.
Posições do STF acerca da isonomia:
Não é legítimo que as contribuições previdenciárias devidas do servidores inativos da União sejam calculadas de forma diferentes das contribuições previdenciárias dos servidores dos Estados.
No caso, os servidores da U incidia sobre remuneração que excedesse 60% do limite máximo para os benefícios do RGPS, enquanto que para os servidores do E seria sobre a remuneração que excedesse 50% do mesmo limite. 
A ocupação profissional ou função exercida pelo contribuinte não pode ser tomada como parâmetro para diferenciação da isonomia
Isonomia = principal parâmetro de desigualdade a ser levado em consideração para atribuição de tratamento diferenciado à as pessoas, é sua CAPACIDADE CONTRIBUTIVA.
CF = previu a aplicação capacidade contributiva apenas para os impostos, mas o STF entende que nada impede sua aplicação a outras espécies tributárias.
Imposição constitucional de progressividade do IR é aplicação prática ligada aos princípios da capacidade contributiva e da isonomia.
É possível o Fisco requisitar diretamente às instituições financeiras ( sem necessidade de ordem judicial) informações protegidas por sigilo bancário. Inovação trazida pela LC 105/2001 .
Art. 6º As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente.
Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e os documentos a que se refere este artigo serão conservados em sigilo, observada a legislação tributária.
OBS: No tocante ao exame dos documentos ser considerados indispensáveis- conceito indeterminado ( ou seja o que justifica a “quebra de segilo”)pela autoridade adm. Competente, a discricionariedade da autoridade não é ampla, pois o Poder executivo federal tratou de limitar tal liberdade ao estipular, no art 3 do Decreto 3724/2001 em que o que pode ser considerado “indispensável” pela autoridade.
Requisitos:
processo administrativo instaurado ou 
procedimento fiscal em curso e
O exame dos dados sejam considerados indispensáveis pela autoridade adm. Competente
Os dados serão mantidos em sigilo.
O STF decidiu que o art. 6º da LC 105/2001 é CONSTITUCIONAL
Mas o art. 6º não representa uma "quebra de sigilo bancário" sem autorização judicial?
NÃO. O STF entendeu que esse repasse das informações dos bancos para o Fisco não pode ser chamado de "quebra de sigilo bancário". Isso porque as informações são passadas para o Fisco (ex: Receita Federal) em caráter sigiloso e permanecem de forma sigilosa na Administração Tributária. Logo, é uma tramitação sigilosa entre os bancos e o Fisco e, por não ser acessível a terceiros, não pode ser considerado violação (quebra) do sigilo.
Assim, repito, na visão do STF, o que o art. 6º da LC 105/2001 faz não é quebra de sigilo bancário, mas somente a “transferência de sigilo” dos bancos ao Fisco. Os dados, até então protegidos pelo sigilo bancário, prosseguem protegidos pelo sigilo fiscal. Pode parecer um eufemismo, no entanto, é importante ficar atento porque isso pode ser exigido nas provas de concurso.
Para o STF, o simples fato de o Fisco ter acesso aos dados bancários do contribuinte não viola a garantia do sigilo bancário. Só haverá violação se esses dados "vazarem" para pessoas estranhas ao órgão fazendário. Aí sim haveria quebra do sigilo bancário por ter sido exposta a intimidade do contribuinte para terceiros. Em casos de vazamento, a LC 105/2001 prevê punições ao responsável, que estará sujeito à pena de reclusão, de 1 a 4 anos, mais multa, além de responsabilização civil, culminando com a perda do cargo (art. 10).
Outros argumentos levantados pelos Ministros para considerarem o art. 6º constitucional:
• O sigilo bancário não é absoluto e deve ceder espaço ao princípio da moralidade nas hipóteses em que transações bancárias indiquem ilicitudes. 
• A prática prevista na LC 105/2001 é comum em vários países desenvolvidos e a declaração de inconstitucionalidade do dispositivo questionado seria um retrocesso diante dos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil para combater ilícitos como a lavagem de dinheiro e evasão de divisas e para coibir práticas de organizações criminosas.
• A identificação de patrimônio, rendimentos e atividades econômicas do contribuinte pela administração tributária dá efetividade ao princípio da capacidade contributiva, que, por sua vez, sofre riscos quando se restringem as hipóteses que autorizam seu acesso às transações bancárias dos contribuintes.
• A LC 105/2001 não viola a CF/88. Isso porque o legislador não estabeleceu requisitos objetivos para requisição de informação pela administração tributária às instituições financeiras e exigiu que, quando essas informações chegassem ao Fisco, ali mantivessem o dever de sigilo. Com efeito, o parágrafo único do art. 6º preconiza que o resultado dos exames, as informações e os documentos deverão ser conservados em sigilo, observada a legislação tributária. Assim, não há ofensa a intimidade ou qualquer outro direito fundamental, pois a LC 105/2001 não permite a "quebra de sigilo bancário", mas sim a transferência desse sigilo dos bancos ao Fisco.
• O art. 6º da LC 105/2001 é taxativo e razoável ao facultar o exame de documentos, livros e registros de instituições financeiras somente se houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente.
A decisão acima do STF foi proferida no julgamento das ADIs 2390, 2386, 2397 e 2859 e do RE 601.314 (repercussão geral).
PRINCIPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA( Princípio geral )
PRINCIPIO DA NAO SURPRESA ( Princípio tributário)
PRINCIPIO DA IRRETROATIVIDADE PRINCIPIO DA ANTERIORIDADE
IRRETRAOTIVIDADE
Vedado cobrar tributo em relação a FG ocorridos Antes da VIGÊNCIA da lei.
Os FGs se classificam em instantâneos ou periódicos; Os periódicos se subdividem em simples ou complexos( complexivos).
Os periódicos simples = único evento que se prolonga no tempo. EX: IPTU é fato único com efeitos se que mantêm indefinidamente no tempo.
Os periódicos complexivos = são compostos por diversos eventos que devem ser considerados de maneira global dentro de um determinado período de tempo.EX: IR
O grande problema da classificação dos FG periódicos é que a lei estipula exatamente o instante da completude e perfeição , o que em tese faz com que tais fatos possam ser tratados como instantâneos, sendo-lhes aplicável a legislação vigente na data em que a lei define como verificado O FG do tributo.
CSLL = obedece apenas a noventena seu fato gerador se concretiza apenas em 31 de dezembro de cada ano.
STF considera constitucional a possibilidade de majoração de carga tributária sobre lucros já auferidos pelo contribuinte no decorrer do ano , pois o STF entende que se reputa perfeito e acabado o FG somente em 31 de dezembro.
Logo o STF tem como referência, para análise da irretroatividade , o aspecto temporal da hipótese de incidência, ou seja o momento apontado pela lei como sendo aquele em que se deve considerar ocorrido o FG.
IR= se sujeitaa anterioridade do exercício financeiro.
Súmula 584 : “ Ao IR calculado sobre os rendimentos do ano base aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração”.
 
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
A progressividade ocorre quando a incidência tributária é mais gravosa sobre aqueles que possuem maior capacidade contributiva.
Impostos Pessoais x Reais
SÚMULA 656 STF
É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel.
SÚMULA 668
É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.
Assim, sob esse aspecto o Município que não tenha criado seu plano diretor dentro das regras do Estatuto das Cidades estará impedido de criar e cobrar o IPTU Progressivo.
A capacidade contributiva pode ser mensurada não só
pela aplicação de diferentes alíquotas, mas também
pelo escalonamento da base de cálculo.
Não fere a isonomia quando a lei estimula a contratação de empregados com determinas características ( por ex idade mais elevada ) por meio de incentivos fiscais.
Não fere a isonomia a sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no que se refere à contribuição previdenciária sobre a folha de salários. ( a própria CF prevê que as contribuições a cargo do empregador poderão ter suas alíquotas ou BC diferenciadas, dependendo, entre outras características, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.
Não afronto o princípio da isonomia norma que proíbe a adoção do regime de admissão temporária para as operações de importação amparadas por arrendamento mercantil. Logo , não pode ser usado o regime de admissão temporária para as importações de leasing.
Não afronta o princípio da isonomia a vedação de importar automóveis usados, sob a alegação de a União estar atuando contra as pessoas de menor capacidade econômica.
Como vimos, via de regra, os impostos reais não podem ser
progressivos. No caso concreto, a lei estadual estava estabelecendo alíquotas
diferenciadas em função do tipo de veículo, o que não parece ser um critério
que leva em consideração a capacidade contributiva, correto?
Nesse sentido, o STF decidiu que não há tributo progressivo quando as
alíquotas são diferenciadas segundo critérios que não levam em consideração a
capacidade contributiva. Questão correta.
Princípio do não confisco
Protege a tributação com efeito confiscatório
Judiciário se vale dos princípios da razoabilidade ou proporcionalidade para avaliar se se trata de situação com efeito confiscatório.
De qualquer modo, para o STF, a caracterização do efeito confiscatório deve ser obtida, analisando a totalidade de tributos a que um contribuinte está submetido, dentro de determinado período, em relação à mesma pessoa política.
Em relação às taxas , para o STF, a análise a ser feita é entre a relação do custo do serviço prestado ao contribuinte e o que foi efetivamente cobrado dele.
Cumpre-nos ressaltar que, embora não se trate de tributo, as multas tributárias ( tanto moratórias como punitivas) seja de obrigação principal ou acessória, tb estão sujeitas ao princípio do não confisco.
Por último, fique atento ao fato de que a aplicação do princípio deve ser atenuada, quando se trata de tributos extrafiscais, uma vez que são utilizados como forma de controle, e por isso mesmo a doutrina e jurisprudência aceitam que se estipule alíquotas elevadas nesses tributos.
EX alíquota do IPI em relação aos cigarros 300%
O princípio do não confisco x tributação do patrimônio
A doutrina considera que a tributação do patrimônio pode ser analisada sob as perspectivas estática e dinâmica.
 perspectivas estática = Não é considerada quaisquer alterações no valor do bem, bem como rendimentos porventura gerados sobre o patrimônio, logo , conclui-se que ha efeito confiscatório.
Assim ocorre com o IPTU, ITR e IPVA.
Perspectiva dinâmica = O bem é capaz de gerar acréscimos patrimoniais, a exemplo de aluguéis, logo a incidência tributária sobre o patrimônio não seria confiscatória.
ESAF = considerou que a incidência tributária sobre a transmissão de propriedade ( ITBI) pode ser confiscatória, uma vez que a propriedade imobiliária não caracteriza riqueza renovável.
ESAF = ITCMD, seja sob análise estática ou dinâmica, será sempre confiscatório, uma vez que a transmissão da propriedade não configura riqueza renovável.
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
	IMUNIDADE X ISENÇÃO X NÃO INCIDÊNCIA
Não incidência: ( Ñ FG)
	o ente não faz uso da competência tributária ou não a faz de forma plena. (ex: IGF)
	o ente não possui competência tributária para determinar certas situações fáticas como hipótese de incidência.( ex: IPVA não pode incidir sobre bicicletas)
	o ente é barrado pela CF ( imunidade) 
imunidade: é uma hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada ( CF delimita a incidência )
è uma incompetência tributária.
Isenção:( ocorre o FG): é um benefício fiscal do ente político por meio de lei, é a dispensa legal do pagamento do tributo ( exclusão do CT)
	A isenção decorre do exercício da competência tributária e o FG chega a ocorrer, a OT chega a existir mas , por dispensa legal o CT é excluído.( doutrina clássica e STF)
	A doutrina mais moderna entende que, em casos de isenção, não há ocorrência do FG, d eforma que a OT não chega a existir, “ de acordo com o autor roque antônio carraza, a isenção pode ser definida como a limitação legal do âmbito de validade da norma jurídica tributária, que impede que o tributo nasça ou faz com que ele surja de modo mitigado.
Imunidade recíproca ( decorre do princípio do pacto federativo) 
Existe para proteger a AUTONOMIA FINANCEIRA dos entes federados, e consequentemente o PACTO FEDERATIVO. Logo configura cláusula pétrea seg. STF.
È vedado a U/E/DF/M instituir impostos sobre Patrimônio/renda/serviços uns dos outros.
Impostos indiretos: a imunidade recíproca somente se aplica ao imposto incidente sobre patrimônio, renda e serviços no caso de o ente figurar como contribuinte de direito. 
EX; ICMS sobre serviços de energia elétrica . O município não é contribuinte de direito , logo não goza da imunidade recíproca. O município nesse caso é contribuinte de fato.
Por outro lado, a referida imunidade pode se aplicar em operações de importação de bens, quando o ente federado for o importador. Neste caso, perceba que há a identidade do contribuinte de fato e do contribuinte de direito, não havendo transferência do ônus tributário.
Há imunidade = aplicações financeiras dos entes federados ( IR e IOF ) 
OBS : o reconhecimento da imunidade tributária às operações financeiras não impede a autoridade fiscal de examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune. Constatado o desvio de finalidade, a autoridade tem o poder-dever de constituir o CT e de tomar as demais medidas legais cabíveis.
A imunidade recíproca não pode ser invocada para contribuições previdenciárias e para as taxas , logo é plenamente possível a cobrança uma repartição federal estar sujeita a pagar taxa pela coleta de lixo. 
Imunidade tributária recíproca extensiva 
A imunidade recíproca é extensiva a outras PJ( não é exclusiva dos entes federados): Porém é uma imunidade mais restrita, pois além de os impostos se tratarem relativamente apenas ao patrimônio/renda/serviços , estes devem estar vinculados a suas finalidades essenciais ou ser decorrente delas) tal restrição não é impostas aos entes federados.
	Segundo a literalidade da CF = Às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo P Púb, no que se refere ao Pat/renda/serviços, VINCULADOS a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.”
STJ : Imunidade IPTU : presume-se que o imóvel de entidade autárquica esteja afetado a destinação compatível com seus objetivos e finalidades institucionais.E o ônus de provar que o patrimônio da autarquia não está vinculado dos seus objetivos institucionais recai sobre o ente tributante.
A imunidade recíproca não exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. A situação se refere quando uma pessoa particular( promitente comprador) assina um contrato de compra e venda, adquirindo um imóvel de um ente imune. Com a mera assinatura do contrato não se transfere o bem , mas o comprador passa a ter sobre o bem o direito real de aquisição de coisa alheia, e que, segundo a CF já é suficiente para que seja tributado normalmente
	Súmula STF 583 – Promitente-comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte do IPTU.
	Não se aplica a imunidade nos casos em que a autarquia ou fundação de direito público utiliza patrimônio/renda/serviços para exploração de atividades econômicas em concorrência com os empreendimentos privados, do contrário estaria permitindo-se a concorrência desleal, por parte das PJ de direito público.
	STF =embora não previsto expressamente pela CF o STF tem o entendimento de que tal benesse é extensível às EP e SEM prestadoras de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado.
STF: nesse sentido o STF já concedeu imunidade às seguintes EP e SEM ( prestadoras de S.P ) 
ECT 
Infraero 
Companhia de águas e esgoto de Rondônia 
companhia docas do Estado de São Paulo 
Casa da Moeda do Brasil
	EP/SEM ( exploradoras de atividade econômicas ) = aplica o art 173 par 2 da CF segundo o qual “ as EP e SEM não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado” 
	EP/SEM ( prestadora de serviços públicos de prestação obrigatória e exclusiva do Estado ) 
	são as únicas abrangidas pela imunidade recíproca e desde que pat/renda/serviços de tais entidades estejam vinculados à suas atividades essenciais ou dela decorrentes.
 
STF: as SEM prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo capital social seja majoritamente estatal , gozam da imunidade tributária recíproca.
Ademais, para o STF seja qual for a forma de prestação do serviço público: é irrelevante para a definição da aplicabilidade da imunidade tributária recíproca a circunstância de a atividade desempenhada estar o u não sujeita a monopólio estatal.
Ressalte-se que a OAB – entidade não integrante da administração pública indireta – também foi alcançada pela imunidade recíproca, no entendimento do STF, a OAB desempenha atividade própria de Estado , motivo que faz com que ela também esteja imune. No entanto não faz com que a Caixa de assistência dos advogados, mesmo integrando a estrutura da OAB, esteja imune
	Serviços públicos delegados a particulares ( descentralização) = se o patrimônio pertencer a um ente federado, independente de estar ocupado por empresa delegatária , continua imune à tributação.Contudo caso a atividade seja exercida com intuito lucrativo, não há que se falar em imunidade.
É o caso por exemplo dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais, que, por terem intuito lucrativo e serem devidamente remunerados , não estão imunes.
Imunidade Religiosa ( cláusula pétrea- é dir individ)
A imunidade religiosa alcança todas as religiões, sem qualquer distinção.
A imunidade religiosa é incondicionada 
Somente alcança os IMPOSTOS, não sendo extensiva às contribuições sindicais
CF É vedado à U/E/DF/M instituir IMPOSTOS sobre:
 templos de qualquer culto = o entendimento do STF sobre o termo utilizado pelo legislador deve ser entendido de forma ampla, referindo-se não apenas aos templos físicos exclusivamente, mas ao patrimônio , a renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais da entidade religiosa.
Neste sentido, ainda que um imóvel pertencente a determinada entidade religiosa encontre-se alugado a terceiros, a imunidade subsiste, pois embora a atividade exercida não esteja de acordo com disposto na CF, para o STF basta que os recursos gerados estejam vinculados as finalidades essenciais de tais entidades.
Ademais, o STF, dando entendimento extensivo à imunidade religiosa, entende que os cemitérios que consubstanciam extensões destas entidades também são alcançados pela vedação constitucional em tela.
( atenção: Perceba que não são todos os cemitérios que estão abrangidos pela imunidade, mas tão somente aqueles que forem mera extensão da entidade religiosa.)
STF: a maçonaria não goza da imunidade religiosa, já que nas lojas maçônicas não se professa qualquer religião. 
Imunidade dos partidos políticos , entidades sindicais dos trabalhadores, 
instituições de educação e de assistência social
	Patrimônio/renda/serviços = vinculados a suas finalidades essenciais ( STF é flexível quanto a análise de vinculação 
	partidos políticos ( inclusive suas fundações )
	 entidades sindicais dos trabalhadores
	Inst educação Inst assist social em fins lucrativos atendidos os requisitos da lei =
Quando uma lei fixar as normas sobre o funcionamento e constituição das referidas imunidades é LO. 
Quando for uma regulação sobre as imunidades de tais entidades , refere-se a uma LC (no caso o próprio CTN faz cumpre esse papel) :
Segundo o CTN as instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos estão subordinadas a observância dos seguintes requisitos:
	Não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título.
	Aplicarem integralmente, no país, os seus recursos na manutenção de seus objetivos institucionais.
	Manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
Vale ressaltar que, da mesma forma como tem ocorrido com a imunidade religiosa, o STF te, sido bastante flexível na análise da vinculação asseverada na CF . 
	Súmula vinculante 52 – Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pleo artigo 150, VI, “c”, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.
OBS: esta súmula vinculante possui a mesma redação da súmula 724 do STF. Isso significa que já se tratava de entendimento pacífico no STF. Porém agora passa a ter efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta.
	São imunes os serviços não relacionados às finalidades essenciais das entidades , desde que a receita deles destine-se ao financiamento de tais finalidades.
	No caso concreto foi considerado imune de ISS , o serviço de estacionamento de veículos prestados por hospital em pátio interno.
Tb foi considerado imune do IPTU imóvel de propriedade de uma entidade beneficente, em cujas instalações era mantida uma livraria.
	IR - o STF já considerou imune a renda obtida pelo SESC na prestação de serviços de diversão pública, mediante a venda de ingressos de cinema ao público em geral
Imunidade em favor da produção musical brasileira 
( imunidade objetiva )
Imunidade recente trazida pela EC 75/2013 ( PEC da música )
Refere-se somente a IMPOSTOS	
Fonogramas ( registro sonoro em suporte material – Cds ou disco de vinil ) e videofonogramas ( registro de imagem e som em suporte material – DVDs ) musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais (espetáculos ou reunião social em que se lêem trechos literários ou poemas e que há apresentações musicais ) de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
OBS: As obras não precisam ser de autores brasileiros, entretanto, devem ser no mínimo interpretatadas por artistas brasileiros
A etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser não está imune.
	
	Fonogramas ( CDS/ disco de vinil) e videofonogramas ( DVDs)
	produzidos no Brasil
	Obras musicais/ literomusicais(espetáculos, reunião social) de autores brasileiros
	Obras em geral interpretadas por artistas brasileiros
	Suportes materiais /arquivos digitais
Exceto: Os suportes ou arquivos digitais na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
Outras espécies de imunidades tributárias ( dispersas na CF) 
	
	Impostos
	IPI exportação 
	ITR sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel.
	O Ouro quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, imune a QUALQUER TRIBUTO ( não é imposto) , exceto o IOF que incidirá normalmente sobre o ouro.
	ICMS não incidirá 
	1) Mercadorias ou serviços prestados a destinatário no exterior
RECEITAS decorrente de exportação = não incidirá Contribuições sociais e CIDE
	2)Petróleo destinado a outros Estados, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e 
	energia elétrica interestadual ( só é imune ao icms a energia elétrica destinada a outros Estados)
3) serviço de comunicação na modalidade radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre.
4)Nenhum imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, combustíveis e minerais do País , exceto II, IE e ICMS .
	ITBI 
	BENS/DIREITOS incorporados ao patrimônio de “PJ em realização de capital”.
s/ transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de PJ, exceto se nesses casos a atividade preponderante do adquirente for a compra/venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis, ou arrendamento mercantil
	
			energia elétrica, dentro do Estado incide ICMS normalmente.
	serviços de telecomunicações, 
	derivados de petróleo, combustíveis e 
	minerais do País 
	 Imune a todos os impostos exceto:
 só pode incidir ICMS – II – IE
 art. 155, § 3°, da CF.
Imune aos demais tributos
vide súmula STF 659
	Imunidade da energia elétrica + serviços de telecomunicação + derivados petróleo + combustíveis = minerais = nenhum IMPOSTO com exceção do II , IE e ICMS poderá incidir sobre as operações citadas. logo o ITBI não incide sobre tais operações
 Exceto : II – IE e ICMS incidem normalmente e demais tributos podem incidir normalmente , nesse sentido segue uma importante súmula do STF:
	
Súmula STF 659 – É LEGÍTIMA a cobrança de COFINS, PIS, e do FINSOCIAL sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicação, derivados de petróleo e minerais
	
	Imunidades a Taxas
são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
1) o direito de petição aos P.Púb. em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder
2) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal
3) Custas judiciais: Ação popular, salvo comprovada má-fé, é isento ( imune ) de custas judiciais, as quais são consideradas taxas pelo STF
OBS: É isento ( imune ) de custas judiciais 
4) registro civil de nascimento e a certidão de óbito – apenas para os reconhecidamente pobres, na forma da lei.
5) são gratuitas as ações de HC e HD
6) são gratuitos os atos necessários ao exercício da cidadania, desde que que na forma da lei.
7) celebração de casamento
	Casos especiais em que a CF fala em isenção sendo na verdade imunidades
	
LEGISLAÇÃO TRIBUTARIA 
Compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Todas as normas que versem sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes, integram a legislação tributária.
Ato normativos ( geral e abstratos ) = são fontes formais do direito tributário
atos normativos primários ( gênero) = CF- EC -LC -LO -L delegada- MP- decreto legislativo- e resoluções
atos normativos secundários =
	Decretos
	Normas complementares :
- atos normativos expedidos pelas autoridades administrativos, a que a lei atribua eficácia normativa, 
- decisões administrativas reiteradamente, 
- usos e costumes , 
- praxes administrativas ( com finalidade interpretativas), 
- convênios de cooperação celebrados entre os Entes Políticos.
LEI COMPLEMENTAR 
Em matéria de legislação tributária a CF reservou à lei complementar várias matérias.
A Instituição de alguns tributos só poder ser realizada por através de LC: são IGF, impostos residuais, empréstimo compulsório, contribuições sociais residuais.
A CF concedeu 3 importantes funções da LC;
Dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária
Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
Estabelecer NORMAS GERAIS em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
	definição de tributos e suas espécies ( CTN faz isso )
	em relação aos impostos discriminados ( FG, BC, contribuintes)
	obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários( todos os tributos, não apenas aos impostos).
	Adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas..
	definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte
	LC poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.
	Regulamentação de alguns tributos;
- ITCMD – em casos relacionados ao exterior
- ICMS – temas que possam gerar conflitos entre os Estados, situações peculiares, BC e contribuintes
- ISS- define os serviços tributáveis pelo ISS, fixa alíquotas mínimas e máximas, exclui sua incidência sobre as exportações de serviços e regula a forma como os Benefícios fiscais são concedidos.
Contribuições sociais: fixa limites para a concessão de isenção ou anistia de algumas contribuições sociais.
LEI ORDINARIA = São a regra para instituição/extinção, majoração/redução.
MEDIDA PROVISÓRIAS = são atos normativos temporários com força de lei, logo podem inclusive instituir tributos desde que não verse sobre matéria reservada à LC.
LEIS DELEGADAS = possui a mesma força de lei ordinária, mas faz-se necessária um delegação do Poder legislativo, por meio de uma resolução do Congresso Nacional, para que o Presidente da república possa instituí-las.
OBS: tanto as MP quantos as LD não podem versar sobre assuntos reservados à LC.
RESOLUÇÕES ( LEIS SEM SANÇÃO)
São atos normativos com força de lei, emanados pelo poder legislativo sem qualquer participação do executivo. Podem ser editadas pelo CN ou por suas casas, câmara dos deputados ou senado.
Em matéria tributária, toma relevância as resoluções do SENADO, casa de representação dos Estados-membros no CN, ao trata de vários aspectos atinentes aos impostos de competência estadual.
	RESOLUÇÕES DO SENADO 
	TRIBUTO
	ALIQUOTA
	FACU/OBRIG
	INICIATIVA
	APROVAÇÃO
	ITCMD
	MAX 
	OBRIG
	-
	-
	IPVA
	MIN
	OBRIG
	-
	-
	ICMS
	MAX OP INTERNAS
	FACULTATIVO
	
	
	ICMS
	MIN OP INTERNAS
	FACULTATIVO
	
	
	ICMS 
	INTERESTA OU EXPORTACAO
	OBRIGATORIO
	
	
DECRETOS LEGISLATIVOS ( tb não estão sujeitos a sanção presidencial)
em matéria tributária, versa sobre 2 assuntos:
Aprovação de tratados internacionais firmados pelo Presidente .
Disciplinamento das relações jurídicas decorrentes de MP não convertida em lei.
TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
As etapas do procedimento de celebração dos tratados internacionais:
Negociação e assinatura = feita pelo P. executivo
 Aprovação ou referendo = aprovação ( homologação ) do legislativo, por meio de decreto legislativo.
Ratificação = realizada pelo chefe do executivo, mediante depósito do respectivo instrumento .
Promulgação = edição de decreto do presidente a fim de que o conteúdo do tratado internacional passe a ter a vigência interna.
Publicação= essencial para que produza efeitos internamente.
STF = os T.I só produzem efeitos internamente depois de percorrer todas as etapasacima previstas, inclusive os tratado realizados no âmbito do Mercosul.
Os tratados e convenções no direito tributário
Art 98 Os tratados e as convenções internacionais REVOGAM OU MODIFICAM a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
Na visão da doutrina , o conflito entre a lei interna e o tratado deve ser resolvido em favor da norma especial, que é o tratado: ( princípio da especialidade )
“ O conflito entre a lei interna e o tratado resolve-se, pois, a favor da norma especial ( tratado) , que excepciona a norma geral ( da lei interna), tornando-se indiferente que a norma interna seja anterior ou posterior ao tratado. Nesse sentido, diante desse conflito, resolvido em favor da norma especial, ocorreria, então, não a revogação da lei interna , mas meramente a SUSPENSÃO da eficácia da norma nacional.
Na visão do STF : já se posicionou no sentido da paridade normativa entre os T.I = LO ( possuem o mesmo status das Leis ordinárias. O STF diverge do conceito de especialidade trazido pela doutrina. Com efeito , se uma lei ordinária for editada posteriormente à internalização de um tratado internacional, e for com este incompatível, prevalece, a lei interna, deixando de ser aplicado o tratado internacional.
Na visão do STJ: Os tratados internacionais, quanto à sua natureza, podem ser classificados em tratados normativos = tratados-leis ( gerais e vontades coincidentes das partes) , ou tratados-contratos ( obrigações mútuas e vontades não coincidentes ).
O STJ entende ser aplicável a regra de que a legislação interna superveniente deverá observar aos tratados internacionais, apenas no caso dos tratados normativos, a exemplo do GATT. Ou seja a lei interna deve obedecer ao tratado ( norma especial ) apenas no caso de o tratado ser tratado normativo.
 Prevalece a norma interna com o poder de revogar os tratados,nos designados tratados-contratos, 
Prevalece o Tratado Internancional , devendo lei interna observá-lo, nos designados tratados-leis
Prevalência do TI x literalidade de interpretação para concessão de isenção ( do CTN)
Outro detalhe acerca dos tratados internacionais, é que apesar de o art 11, II, CTN afirmar que a concessão de isenção deve ser interpretada literalmente, ou seja, não pode ser estendida, o GATT ( acordo internacional) prevê o principio do tratamento nacional, que proíbe os membros da OMC de conceder tratamento mais favorável aos produtos domésticos do que de outros membros da OMC. 
Sendo assim o STF em sua SÚMULA 575 afirma: 
“à mercadoria importada de país signatário do GATT ou membro da ALALC, estende-se a isenção do imposto de circulação de mercadoria ( ICMS) concedida a similar nacional”.
Logo, prevaleceu o TI .
T.I não podem tratar de matéria reservada a LC
OBS: TI podem conceder isenção ( uma vez que o CTN afirma que o TI revogam ou modificam a leg tributaria, o STF reconhece a paridade normativa entre TI e princípio 
DOS ATOS NORMATIVOS SECUNDARIOS EM LEG TRIBUTÁRIA
DECRETOS ( PRESIDENTE) - o CTN não adota o decreto ( ato normativo secundário) como norma complementar. O decreto geral tem , entretanto, a mesma normatividade da lei, desde que não ultrapasse a alçada regulamentar de que dispõe o executivo.
O decreto é um instrumento normativo amplamente utilizado pelo Presidente da República para regulamentar leis em matéria tributária. Cite-se, por ex , o regulamento do IPI ( decreto 7212/2010), que regulamenta a cobrança, fiscalização, arrecadação e administração do IPI.
NORMAS COMPLEMENTARES – para o CTN 
a observância das 4 normas complementares gera:
 exclusão de penalidades , juros de mora e atualização da BC do tributo.
O art 100 do CTN estabelece o seguinte:
São normas complementares das leis, tratados e convenções internacionais e dos decretos:
1- atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas( atos administrativos normativos)
OBS : são as normas editadas pelos servidores da administração tributária e visam detalhar a aplicação das normas que complementam. A atividade administrativa tributária é exercida dentro do P. Executivo, poder hierarquizado. Na esfera federal tem-se a seguinte sequência: 
Presidente da república = decreto
Ministro da Fazenda = portaria ministerial
Secretário da Receita Federal = IN
Superintendente da RFB( na 4 regiao fiscal, p.ex)
Delegado da RFB em Recife
Chefe do centro de atendimento ao contribuinte.
Lembrando que os atos normativos possuem hierarquia “interna.”
2- decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa . ( uma vez que de regra estes não possuem eficácia normativa , pois não são gerais , mas aplicam-se aos casos concretos )
3 Convênios que entre si celebrem a U<E<DF<M.
4 Práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas
Nada mais são do que usos e costumes adotados, ou seja da praxe administrativa.
	O uso e costumes somente podem ter finalidade interpretativa, não podendo introduzir novas normas nem revogar aquelas já existentes.
Observância de qualquer das 4 normas complementares gera as seguintes “proteções” ao contribuinte:
 Par único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da BC do tributo.
VIGÊNCIA TEMPORAL DA LEG TRIBUTARIA
Vigência x produção de efeitos
Na fase final do processo de elaboração de uma lei, ocorre a promulgação e publicação , teremos uma lei que é presumidamente válida, isto é, presume-se que a lei tenha sido elaborada seguindo-se os aspectos formais e materiais.
Com a publicação da lei, é necessário saber o momento em que ela passará a ter vigência, sendo este, via de regra, o momento em que a lei começa a impor suas regras aos destinatários.
Vigência = aptidão de uma norma para qualificar fatos, desencadeando seus efeitos de direito.
A vigência pode ser imediata , nos casos de leis de pequena repercussão , caso em que coincidirá com a data de sua publicação, não havendo que se falar em vacatio legis.
Na omissão do prazo de vigência, passará a vigorar a partir do 45 dias.
A LC 95/98 ( que estabelece regras sobre a elaboração de leis):
Art 8 A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “ entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão.
Nesse contexto, estabelece o art 1 da LINDB :
A lei começa a VIGORAR em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada.
 
 Vacatio legis
 Lei promulgada entra em
 e publicada VIGOR
 
 Regra para vigorar 
A lei indicará de forma expressa prazo razoável que começará a vigorar
se a lei não dispuser de forma expressa , vigora em 45 dias de sua publicação
para leis de pequena repercussão , entra em vigor na data de sua publicação
vigência x eficácia
Em regra, a vigência e a eficácia de uma lei se dão ao mesmo tempo. Entretanto, quanto à eficácia, uma lei tributária, em especial, deve atender, especialmente, aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal, uma vez que, mesmo que plenamente válida e devidamente publicada (vigente), uma lei tributária pode ainda não ser eficaz.
Já vimos que podemos ter vigência sem eficácia. E podemos ter eficácia sem vigência? Também, embora não seja o mais comum, conforme estabelece, por exemplo, o artigo 144 do CTN, dispondo que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Logo, mesmo uma lei tributária já tendo sido revogada, e, portanto, sem vigência, ela ainda pode ser utilizada para regular uma situação ocorrida no passado, tendo em vista a sua ultra-atividade para essa situação especifica, qual seja, o ato de lançamento.
leis tributárias obedecem ao princípio da anterioridade, logo passam a vigorar segundo as regras normais da LINDB, entretanto com aptidão à produção de efeitosapenas após o cumprimento da anterioridade ou noventena conforme o caso.( anterioridade diz respeito à eficácia da lei, e não á sua vigência, ou seja a lei tributária pode estar vigente e não apta a produção de seus efeitos.
 
Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se incia 3 meses depois de oficialmente publicada.
Ressalte-se que a noventena impede a produção de efeitos antes de decorridos o prazo de 90 dias, assim, a título de exemplo , uma lei que majorasse um tributo em 15 de dezembro , e não mencionasse o prazo de sua vigência, seguindo as LINDB , vigoraria a partir do 45 dia. Entretanto, 
a noventena impede que sua produção de efeitos ocorra antes de decorrido o prazo de 90 dias.
Neste caso, passados os 45 dias a lei está vigente, mas não será eficaz, pois a produção de efeitos começará somente em 14 de março do ano seguinte ( quando decorrer 90 dias da publicação da lei, em obediência ao princípio da noventena).( em vigor/sem efeito)
De regra norma vigente, é norma eficaz. Contudo, quando se trata de instituição ou majoração de tributos, nem sempre a lei vigente é eficaz, tendo em vista que a maiorias dos tributos estão sujeitos ao princípio da noventena ou anterioridade ou aos dois, cumulativamente.
VACATIO LEGIS = é o período entre a publicação da lei e o início da vigência, e não o período entre a vigência e a publicação.
Há também a possibilidade de haver uma norma tributária eficaz( apta a produção de efeitos) e não mais vigente, é o que o art 144 do CTN, ao dispor sobre o lançamento, afirma que, ao realizá-lo, a autoridade fiscal deve levar em consideração a lei que estava vigente na data da ocorrência do FG, ainda que a lei tenha sido posteriormente revogada. O que importa é entender que é possível uma lei não estar vigente, mas ainda assim produzir efeitos. Esse fato é denominado ultratividade da lei tributária.
Esquematizando:
regra geral: lei vigente normalmente é eficaz;
exceção 1: a lei vigente pode não ser eficaz, em caso de instituição ou majoração de tributos ( há noventena limitando )
exceção 2: a lei não mais vigente ( revogada) pode ser eficaz, produzindo efeitos no lançamento tributário.( ultratividade da lei tributária)
4. Distinção entre eficácia e vigência. No caso de leis que necessitam de
regulamentação ( eficácia limitada) sua eficácia opera-se após a entrada em vigor do respectivo decreto ou regulamento. O regulamento transforma a estática da lei em condição dinâmica. É lícito ao regulamento, sem alterar o
mandamento legal, estabelecer o termo a quo de incidência da novel
norma tributária. Uma vez prometido pela lei um termo inicial, ele
não pode ser interpretado de forma a surpreender o contribuinte,
nem o Fisco, posto que a isso corresponde violar a ratio essendi do princípio
da anterioridade e da própria legalidade.
VIGÊNCIA TEMPORAL DAS NORMAS COMPLEMENTARES
Conforme visto, em regra uma lei vigente é apta a produzir efeitos,contudo, uma lei vigente pode não possuir eficácia, ou seja, sua incidência fica prejudicada.
A respeito da vigência temporal das normas complementares: 
Atos normativos exp. = entram em vigor na data de sua publicação ( publicação e data de vigor coincidem)
Decisões dos orgãos sing/coletivos= 30 dias após a data de sua publicação ( note-se que neste caso a decisão dos orgãos em favor de certo ( inter partes) contribuinte o beneficia imediatamente. Contudo, os EFEITOS NORMATIVOS( erga omnes) da decisão, caso vierem a ser estendidos, só vigoram na data estabelecida ou , se o prazo não tiver sido definido, 30 dias após a data da publicação se o prazo não vier a ser estabelecido..
Convênios = na data neles prevista.
Práticas reiteradamente observadas = não há data específica ,entram em vigor assim que se caracterizarem como praxe administrativa.
Regra específica sobre Vigência dos impostos s/ patrimônio e renda:
 ( IR, ITR, IGF, IPVA, ITCMD, IPTU e ITBI)
Art 104: Entram em VIGOR no 1 dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
	que instituem ou majoram tais impostos;
	que definem novas hipóteses de incidência;
	que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte.
OBS: não se trata de anterioridade, pois não se refere à produção de efeitos ( eficácia), mas tão somente à vigência, note que o legislador disse “vigor”
OBS2:Alguns autores consideram que o art 104 do CTN foi revogado. Dado que o CTN foi editado sob a égide da CF 1946 , nessa época a anterioridade era aplicável apenas aos impostos sobre patrimônio e renda, portanto o que parece mais plausível foi que o legislador do CTN quis aproximar os conceitos de vigência ao da eficácia.
Nos casos de leis que necessitam de regulamentação , sua eficácia opera-se após a entrada em vigor do respectivo decreto ou regulamento.
	Vigência temporal 
	 Leg. Tributária 
 OBS: Regra geral: vigência temporal da Leg tributária segue as regras aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvadas as disposições específicas do CTN( salvo disposição de lei em contrário) 
	
Normas complementares
	Impostos Patrimônio/renda
	 - O que vier expresso na lei.
 - se não vier expresso: aplica-se a LINDB 45 dias após sua publicação. Porém sua eficácia fica suspensa em respeito ao princípio da anterioridade nonagesimal.
	1) atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas = data de sua publicação
2) decisões órgãos singulares/coletivos de jurisdição adm. que a lei atribua eficácia normativa.= 30 dias após sua publicação
3)convênios que celebrem entre si U/E/DF/M= na data neles prevista( se não houver previsão, aplica-se a LINDB)
* práticas reiteradamente observadas= assim que caracterizarem como praxes adm.
	- no 1 dia do exercício subsequente ao da publicação 
instituem/majorem 
definem novas hipóteses de incidência
extinguem/reduzem isenções 
Podemos, assim, resumir o tema segundo Eduardo Sabbag: “Incidência da lei tributária = Regra da Vigência + Regra da Anterioridade”.
VIGÊNCIA ESPACIAL DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Regra: é o princípio da territorialidade. Ou seja, uma lei estadual só produzirá efeitos dentro dos limites territoriais do Estado, bem como nos caso das leis municipais, nos respectivos municípios.
EXCEÇÕES: EXTRATERRITORIALIDADE	
Convênios celebrados entre os entes federados
Leis de normas gerais ( inclusive o CTN) editadas pela União
No que se refere à leis de normas gerais, há uma previsão de extraterritorialidade no CTN art 120, 
Salvo disposição de lei em contrário, a PJ de direito Público, que se constituir pelo desmembramento territorial de outra, sub-roga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria.
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIAS
Trate-se de identificar a norma que será aplicada a cada caso concreto, destinada ao aplicador da lei, que pode ser tanto a autoridade administrativa como a judiciária.
IRRETROATIVIDADE
A CF não prevê qualquer exceção ao princípio.
CTN prevê duas possibilidades de retroação da lei tributária, que só pode retroagir para interpretar ou para beneficiar o infrator 
RETROATIVIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA ( COMO EXCEÇÃO)
Art 106 CTN: A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I – Em qualquer caso( seja gerando ônus ou benefício a nova interpretação), quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; ( ou seja caso uma interptretação seja mais gravosa ao contribuinte , não caberá aplicar penalidade decorrente de interpretação divergente)
Como a lei interpretativa não inova no ordenamento, mas simplesmente interpreta, a lei retroage à data da lei interpretada, produzindo efeitos desde então, como se fosse a própria lei interpretada.
Ressalte-se que o art assevera que a retroatividade ocorrerá em “qualquer caso”. Isso siginifica que a lei pode retroagir tanto para exigir eventuais diferenças não pagasde tributos, como para restituir tributo que acabou sendo pago a mais pelo contribuinte. Entretanto essa retroação não alcança eventuais imposição de penalidades decorrentes de interpretação divergente.
LEIS MAIS BENIGNA SOBRE PENALIDADES
A retroatividade da lei mais benigna sobre penalidades e infrações tributárias não alcança os atos definitivamente julgados. ( diferentemente da irretroatividade do direito penal que se aplica aos casos definitivamente julgados)
Art 106 CTN : A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:( retroatividade – a lei tributária retroage ) 
II – tratando-se de ato não definitivamente julgado:( aqueles transitado em julgado pelo judiciário);
A retroatividade da lei mais benéfica sobre penalidades e infrações tributárias só alcança os casos em que não haja coisa julgada definitiva)
A) quando deixar de defini-lo como infração 
B) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;( refere-se a obrigação acessórias)
EX: lei desobriga o contribuinte de alguma obrigação acessória a que era obrigado e que 
	quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática.
EX: no curso de um processo judicial não definitivamente julgado ( em curso) sobrevém uma lei tributária penal reduzindo a pena ou diminuindo o valor de multa. Nesse caso a lei nova retroagirá.
OBS: tanto a lei expressamente interpretativa , quanto a lei mais benigna sobre penalidades e infrações tributárias não interferem nas decisões finais no âmbito do Poder judiciário, isto é, caso a lei interpretativa só venha surgir após uma apreciação judicial transitada em julgado, não é possível haver alteração da decisão, tendo em vista a preservação da coisa julgada. Tampouco, poderá uma lei tributária alcançar fatos definitivamente julgados.
INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIAS
trata-se de uma atividade que visa compreender o conteúdo da norma e o seu alcance, isto é, entender o pensamento do legislador quando da elaboração da lei. Tal atividade também é denominada exegese.
CTN art 107 “ A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste capítulo.
 
 CTN estabeleceu duas maneiras específicas de se interpretar a legislação tributária: interpretação literal e interpretação benigna em matéria de infrações; além disso, o CTN tb disciplina a utilização dos princípios e conceitos do direito privado na seara tributária.
Interpretação literal 
Art 111. interpreta-se literalmente a leg. tributaria que disponha sobre:
I- suspensão ou exclusão do CT ( não menciona extinção )
II- outorga de isenção
III dispensa do cumprimento de obrigações trib. Acessórias.
OBS: A interpretação literal não pode impedir o aplicador da lei ( autoridade fiscal, por ex, de valer-se de uma equilibrada ponderação dos elementos lógico sistemático, histórico, e finalístico ou teleológico, os quais integram a moderna metodologia de interpretação das normas jurídicas.
Logo admite-se uma interpretação mais ampla da referida norma.
Interpretação mais benigna em matéria de infrações
Adota-se o princípio in dubio, pro reo, na dúvida , interpreta-se em favor do acusado. 
Ressalte-se que a interpretação em favor do acusado só se faz possível em matéria de infrações.
INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIAS ( lacunas deixadas/casos não previstos em lei )
técnica prevista na lei para solução de casos ainda não previstos em lei( lacunas deixadas pelo legislador). 
Diz-se que a integração tem efeito constitutivo das leis
Art 108 Na ausência de disposição expressa , a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
	Analogia = objetivo buscar normas jurídicas que são aplicáveis a casos similares (pautada na isonomia)
OBS:o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. Mas poderá resultar na exigência de tributo previsto em lei.
	Princípios gerais do direito tributário.
	Princípios gerais do direito público,
	equidade ( relacionado à justiça) solução mais justa.
OBS: O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento do tributo devido, mas poderá resultar na dispensa do pagamento da penalidade pecuniária.
EQUIDADE poderá resultar na dispensa do pagamento de multa ( penalidade pecuniária) 
OBS: A discricionariedade do aplicador da lei aumenta à medida que se passa para a próxima etapa.
OBS: Não há discricionariedade na escolha das modalidades de integração, sendo necessário obedecer a ordem prevista no art 108 do CTN.
Anotações 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
modos de responsabilidade:
	responsável fica obrigado a pagar, excluindo qualquer responsabilidade do contribuinte ( sendo o único obrigado ao cumprimento da obrigação)
	responsável é obrigado a cumprir a obrigação, subsidiariamente exige-se do contribuinte.
	Contribuinte é obrigado a cumprir a obrigação , subsidiariamente exige-se do responsável.
Momento que o responsável assume o dever de pagar, se no momento ou após o FG.
 Por substituição ( vínculo jurídico surge antes ou no momento da ocorrência do FG ), originária EX: IRRF
Dica: imaginar cadeia de produção/circulação e verificar sob ótica do substituído
	progressiva ( p/ frente, consequente ) =
As pessoas que estão nas etapas posteriores são substituídas pelas que ocupam posição anterior na cadeia de produção e circulação de mercadorias. Assim há antecipação do pagamento dos tributos, com base na presunção da BC e FG que ainda irão ocorrer, com base no regime de valor agregado, estabelecido pelo art 8 da lei kandir ( LC 87/96)
O substituto surge antes mesmo da ocorrência do FG
EX indústria automobilística substitui a concessionária ou a concessionária é substituída pela indústria = indústria recolhe ICMS como contribuinte quando promove a circulação dos veículos até as concessionárias e quando há a compra dos veículos novos, há uma nova incidência, sendo que esta será de responsabilidade da indústrias em recolher o ICMS da venda com base no FG presumido e sob o valor agregado ( diferença de valor )
A sistemática de substituição progressiva não agride o princípio da tipicidade, e há previsão constitucional: OBS: O princípio da tipicidade no direito tributário deve ser entendido como a necessidade de definição prévia de todos os elementos tributários, para que somente posteriormente se possa exigir a compensação do tributo pelo cidadão contribuinte. Desta maneira, traz ao sujeito passivo da obrigação tributária a segurança jurídica frente ao legislador infraconstitucional, visto a obrigatoriedade de conexão entre estas normas e suas superiores hierarquicamente. 
Art 150 – par 7 A lei poderá atribuir a sujeito passivo de OT a condição de responsável pelo pagamento de IMPOSTO OU CONTRIBUIÇÃO, cujo FG deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o FG presumido.
 
OBS: somente a sistemática progressiva foi prevista na CF
STF e STJ = tem o entendimento no sentido da constitucionalidade da substituição trib. Progressiva. Ademais, a corte decidiu que, o pagamento antecipado não se confunde com o recolhimento do tributo.
Na substituição progressiva, não há recolhimento antes da ocorrência do FG, mas apenas antecipação do pagamento realizada por responsável definido em lei.
Cabe ainda destacar que o legislador constituinte assegurou a imediata e preferencial restituição do valor que foi pago ao fisco, caso não se realize o FG presumido.
 Se a BC real for diferente ( maior ou menor ) da presumida, não há restituição do valor pago a maior , tampouco pagamento complementar.STF já se pronunciou a respeito dessa questão e deixou claro que a BC presumida é na verdade definitiva
	regressiva ( p/ trás, antecedente )=
 consiste na substituição das pessoas que estão nas etapas anteriores da cadeia de produção ou circulação. há o diferimento do pagamento

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