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● Para criticar os sofistas, Platão usava o conceito de phármakon, que significa, ao
mesmo tempo, remédio e veneno. Quando que a linguagem é considerada "veneno" e
quando é considerada "remédio"? Dê exemplo.
A linguagem é considerada veneno, segundo Platão, quando utilizada com uma finalidade pejorativa,
ou seja, quando usada para enganar/iludir os outros, pois estas quando ditas de forma segura às
pessoas que não sabem nada sobre o assunto, tudo parece ser verdade. Um exemplo é quando se
cria uma fofoca, um rumor sobre algo ou alguém.
Como remédio, é considerada quando utilizado para falar a verdade, trocar conhecimentos, ajudar…
Um exemplo é quando ajudamos uma pessoa querida, confortando-a, ou então em um debate onde
conseguimos descobrir ignorância sobre tal assunto e assim ampliar nossos conhecimentos. O que
decide se a linguagem é utilizada como veneno ou remédio é sua dose e o modo.
● Faça uma reflexão a partir dessas 3 frases de Hans Küng (mínimo 5 linhas).
"Não há paz entre as nações sem paz entre as religiões".
"Não há paz entre as religiões sem diálogo e cooperação entre as culturas".
"Não há sobrevivência para o nosso planeta sem uma ética global".
Atualmente, frente aos desafios que a sociedade tem enfrentado, é possível enxergar, em diversos
cenários, processos de abertura e de diálogo entre diferentes religiões. Assim como há também
processos de enrijecimento de perspectivas religiosas e fundamentalistas, logo, o atual cenário
religioso se apresenta nessa ambiguidade.
Acredito que a base para a melhora dessa situação seja o respeito. Não há como existir paz entre as
religiões sem existir um respeito mútuo e sem uma compreensão de que as crenças de um indivíduo
não devem e não podem ter precedência sobre as crenças do outro. Todas as pessoas devem ser
respeitadas no seu direito de buscar a verdade em assuntos religiosos e as religiões devem ser
respeitadas em sua dignidade singular e única. É necessário um cultivo de uma maior sensibilidade
para a valorização da vida e para a promoção da paz.
Por fim, acredito que se houvesse um consenso no quesito da ética global e não tivéssemos
vivenciando uma crise, a prática do diálogo seria muito favorecida e não somente no aspecto
religioso, mas em todos os cenários. Cada vez mais a humanidade vem criando mais e mais conflitos
e uma ética global conseguiria facilmente evitar tanto o surgimento de situações conflituosas quanto
possíveis agravações e consequências.
● Assista ao curta Ilha das Flores e faça uma relação entre a aula e o vídeo. (mínimo 7
linhas)
O curta-metragem aborda o desperdício, assim como a desigualdade social e as condições precárias
que muitas pessoas estão inseridas. Mostrando como a estrutura de uma sociedade capitalista
baseada na produção, comércio e no trabalho, resulta em extremas desigualdades por causa de sua
finalidade de obtenção de lucro.
O início do filme, caracteriza os seres humanos, os distinguindo de outros animais por termos
polegares opositores e pela nossa capacidade de pensar e mudar o mundo. A aula retrata
exatamente essa caracterização dos seres humanos feita no curta. Somos compostos por três partes
(Somática, Psíquica e Espiritual) e nos é explicado que somos muito mais do que apenas um corpo,
pois com o psíquico e a parte espiritual temos a capacidade pensar, refletir e usar esse conhecimento
para o bem.
A “jornada” do tomate ao longo do curta mostra desde o momento que foi colhido ao chegar no seu
destino final, onde foi considerado impróprio para consumo e é encaminhado para o lixão - Ilha das
Flores - onde mais uma vez é submetido a outra seleção, dessa vez para alimentar os porcos, e é,
novamente, considerado impróprio para os porcos e iria ser utilizado para a refeição de mulheres e
crianças. Logo, no contexto do curta, podemos entender a caracterização dos seres humanos como
uma crítica, visto que, como podemos sermos indivíduos pensantes e superiores se usamos essas
habilidades de forma incorreta? Como, em uma sociedade construída por nós, os porcos são
priorizados ao invés de pessoas marginalizadas enfrentando dificuldade?
Assim como mencionado na aula, Jorge Furtado lembra que, nós seres humanos, somos livres e
essa liberdade, além de tudo, deveria incluir nossa decisão consciente de fazer algo a favor do outro
e dos problemas que nós mesmos geramos.
● O conceito de um "Eu" necessariamente implica em uma distinção de um "tu" ( um
outro "eu") - distingo-me de um "tu" e simultaneamente reconheço a existência de
uma relação entre nós.
"Eu" e "Tu": nos vinculamos e distinguimos reciprocamente. A minha humanidade
implica a humanidade do "Tu".
Eu existo em relação ao "tu". Reconheço e sou reconhecido/a pelo outro. Isto
significa que "eu sou no encontro". A necessidade do encontro para uma vida
realmente humana forma parte inalienável do ser humano.
A partir das referências acima, encontre uma imagem / um vídeo / uma poesia / uma
música / pintura ou qualquer expressão artística que represente a sua compreensão
do texto e da aula.
De acordo com o que foi explicado em aula, eu entendi
que um relacionamento é constituído por dois
indivíduos que dialogam entre si e essa relação
representa o relacionamento entre dois seres com o
todo um do outro ( pensamentos, sensações e
sentimentos) e que é esta integralidade que torna o ser
humano completo.
Como somos seres em evolução e incompletos, é
nesse encontro com outro que podemos trocar
experiências e demonstrar quem somos. Nessa troca
ambos acabam contribuindo mutuamente para o
desenvolvimento e crescimento um do outro. É através
do tu que o nosso “eu” se acha e se descobre.
● Cite uma pessoa/personagem do século XXI que, na sua opinião, melhor
representa a luta em prol dos direitos humanos. Explique por que você
considera o trabalho/mensagem dessa pessoa importante e significativo para
a sociedade. (mínimo 5 linhas)
Malala Yousafzai, aos seus 17 anos, foi a pessoa mais jovem a ser reconhecida pela sua luta e
ganhar o Nobel da Paz. Nascida e criada em um ambiente familiar onde a educação era valorizada e
defendida, coisa incomum no Paquistão, Malala sempre defendeu publicamente a educação e a
necessidade do investimento do governo no assunto. Quando o Talibã assumiu o poder, a restrição
dos direitos das mulheres se tornou extremamente presente.
As mulheres afegãs são as principais vítimas desse tipo de injustiça baseada na violência, na
degradação e na desigualdade. E mesmo assim, Malala não deixou de lutar pela educação. Além de
continuar dando entrevistas, montou, clandestinamente, uma escola para que as meninas pudessem
estudar. Foi ameaçada e baleada aos 15 anos por sua luta pelos direitos à educação das mulheres
no mundo.
A escolhi porque a sua luta e seus ideais nos inspira a lutar pelo nosso papel na sociedade,
rompendo com o processo construído socialmente de poder e controle dos homens sobre a mulher.
Ela nos ensina a ter coragem para fazer com que nossas vozes sejam ouvidas, e que devemos exigir
o cumprimento dos nossos direitos. Além disso, sua mensagem defende a igualdade entre homens e
mulheres; que tenhamos os mesmos direitos, principalmente no âmbito educacional.
Particularmente, eu enxergo com um exemplo a ser seguido, especialmente nos dias atuais, onde
nosso governo só faz propostas que demonstram um descaso e retrocesso no que diz o assunto de
direitos humanos e à nossa educação.
G1
Na Aula 1 estudamos a etimologia da palavra ética; Aula 2, o desenvolvimento histórico, e
depois na Aula 3, a ética na atualidade. Isto significou a primeira unidade do nosso curso.
Na segunda unidade refletimos sobre a pessoa humana e suas relações, os direitos humanos
e sua conexão com a ética, a formação dos hábitos, comportamentos e as virtudes.
"Empoderad@" desse conteúdo, assista agora ao vídeo Ética e Chocolate e faça uma relação
com as aulas já estudadas (Aula 1 a 7):
Aula 1:
Começamos nosso curso aprendendo sobre a etimologia da palavra ética e nessa mesma aula foi
abordado um tema central do vídeo proposto:uma crise ética. Algo que finalmente “me toquei” ao
rever as aulas e o conteúdo da palestra foi que esse desequilíbrio não é recente e sim está enraizado
na nossa sociedade desde os primórdios. Não está somente no outro - instituições, nos políticos, etc
- e sim em todos nós - incluindo nós mesmos - de forma generalizada.
Algo que, eu também, não tinha realizado é que ética não é algo pessoal, algo que é meu e você tem
o seu e eles podem ser divergentes. É uma ciência universal e ao assistir o vídeo percebi que nosso
comportamento enraizado, definido por Kant como imperativo hipotético, foi adquirido do contato com
o outro, portanto é um comportamento proveniente da nossa moral.
Aula 2:
Ao estudar o desenvolvimento histórico da ética na aula 2 e as diversas tentativas ao longo dos
séculos de criar um padrão ético, percebi uma semelhança da ética dos sofistas, que de certa forma,
se relaciona com a ética que vemos nos tempos atuais e é mencionada no vídeo. Os sofistas
estavam apenas interessados na obtenção de poder através de ganhar discussões públicas, ainda
que isso não levasse à verdade ou ao crescimento intelectual, ou ainda à obtenção dos princípios
morais. Muitas das vezes visavam apenas os próprios interesses.
Nos dias atuais, é isso o que mais se vê, as pessoas querendo ser espertas e se darem bem em
cima do outro. Apesar de existir uma ética, como mencionado anteriormente, serve somente de
aparências e quando os convém. Sempre há o pensamento de ganho x perda, medo x desejo.
Aula 3:
Na última aula da Unidade 1, somos levados a uma reflexão sobre o quanto precisamos de uma
ressignificação da ética num contexto mundial. Podemos descrever a ética existente na sociedade
atual como o famoso “para inglês ver”, pois não existe - em sua maioria - nenhuma raiz de amor,
visto no imperativo categórico de Kant, por se ter um comportamento que de fato seja ético.
Comumente vemos um comportamento ilusório, sempre com a dualidade de realizar tal ação por
ganhar algo x evitar perder algo ou evitar uma punição.
Durante a reflexão da aula fica claro que existem muitos conflitos mundiais, que hoje, poderiam ser
amenizados ou até mesmo resolvidos caso houvesse essa ressignificação da ética, onde os
interesses imediatos dos indivíduos e nações pudessem ser ultrapassados. Onde um consenso
universal sobre ações éticas pudesse ser encontrado e que de fato as pessoas abraçassem o valor
ético como algo para si e não agirem de tal forma somente “porque estão vendo” ou “porque ficaria
mal para a nossa imagem pública”. Muitos países, empresas acabam agindo eticamente por pura
imagem ou então com a finalidade de evitar processos jurídicos. Me parece que o comportamento
imperativo hipotético está completamente enraizado na sociedade e no modelo de globalização
adotado no mundo, onde não há o mínimo de noção de moralidade pública e solidariedade. Tudo não
passa de um jogo de conveniências e cada vez mais condicionamos nossa mentalidade.
Aula 4:
Nessa aula, vimos que todos os seres humanos são compostos por três partes (Somática, Psíquica e
Espiritual) e nela nos é explicado que a parte psíquica e a parte espiritual nos dão a capacidade de
pensar, refletir e usar todo o conhecimento que, ao longo do tempo adquirimos, para o bem. Nos
fazendo perceber que somos muito mais que somente um corpo e é por causa da nossa consciência
que nos diferenciamos dos animais, que agem puramente por instintos.
São frente às situações sociais e na relação com outro que colocamos em prática essa ética e
enfrentamos os desafios de nossa formação como pessoas. Contudo, é de conhecimento geral que a
inteligência do ser humano tende a priorizar a si mesmo e a suas vontades, ao invés, do coletivo. é
muito comum vermos as pessoas agindo pensando somente em seu bem, vendo os outros apenas
como meios para um fim, de certa forma, acabando instrumentalizando aquela vida. Isso nos mostra
o que a professora diz que, nós, não gostamos de ser éticos. Existem diversas maneiras de se atingir
aquilo que se deseja, mas o ser humano sempre vai querer ir pelo caminho mais fácil, mais esperto.
Aula 5:
Na aula, fica explícito que o ser humano, diferentemente dos animais que agem puramente por
instintos, tem a razão e a vontade para decidir como agir e a responsabilidade ética do ser humano
de viver humanamente é construída com base nas suas relações que esse ser estabelece ao longo
de sua vivência.
Cada parte - corpo, psíquico e espírito - exerce um papel na construção da ética de uma pessoa. É,
somente, com as relações que conseguimos ver os diversos âmbitos daquele ser (seus desafios do
dia a dia, sua realidade, como trata o outro…). Entretanto, segundo o que Lucia Helena aborda no
vídeo, nós não somos éticos porque isso faz parte de nós, porque gostamos e sentimos felicidade em
sermos assim. Somos éticos por pura conveniência, por aparências somente e nunca
verdadeiramente. Assim que ninguém está mais olhando, essa ética acaba caindo por terra. Logo,
tenho por mim que, de nada adianta construirmos uma ética com base nas nossas vivências e
relações, se essa é uma ética de conveniência, onde o benefício pessoal é o mais importante ao
invés do verdadeiro amor e bondade nas minhas ações para outras pessoas e também a mim
mesmo.
Aula 6:
A aula 6 aborda o assunto dos direitos humanos. Nós podemos enxergar os direitos humanos como
um desdobramento da ética, afinal, são direitos que tem como base a dignidade humana, respeito,
justiça, paz, tolerância, diálogo, entre outros.. Devemos ter um compromisso ético na luta dos
Direitos Humanos, no qual deve ser entendida como uma poderosa ferramenta de transformação
social.
Os direitos humanos são marcados pelo reconhecimento recíproco do outro e que nos permite pôr
em prática o processo de humanização. Como mencionado anteriormente, é na convivência com os
outros que configuramos nosso modo de existir como humanos e os direitos humanos têm a ver tanto
com o que sentimos quanto com as decisões e escolhas que tomamos.
Se os Direitos Humanos e a Ética - levando em consideração uma ética verdadeira e não a ética
“para inglês ver” caminhassem lado a lado, na prática, a melhoria de consciência do ser humano
poderia sofrer um enorme avanço na busca das soluções dos problemas mundiais.
Aula 7:
Ao longo da aula, aprendemos que a vida ética se dá nos atos, que reverberam tanto internamente
quanto externamente. A aula 7 nos explica sobre as virtudes e sua relação com a ética, visto que é a
sua constante prática que forma no ser raízes de uma verdadeira ética. Entretanto, a palestrante
aborda no vídeo que nós, seres humanos, não gostamos de ser éticos e fazemos por pura
conveniência, por um pacto social. Logo, muita das vezes vamos agir eticamente não porque
gostamos e porque isso nos traz felicidade e sim por aparências, por medo de perder algo, por medo
de punição… Muitas vezes agimos eticamente por pura obrigação e sempre há o pensamento de que
se fosse sair impune de tal situação não estaria agindo de tal maneira.
A parte mais superficial de nós age por interesse e acaba não gostando da ética, pois muita das
vezes ela nos faz abrir mão dos prazeres do corpo e da alma. A aula aborda isso também, é a
hierarquia de valores que acaba por dar a talha moral ao ser.
Portanto, ao revisar as aulas e a palestra eu concordo com a Prof. Lucia Helena. Nós, seres
humanos, não seremos verdadeiramente éticos até aprendermos a gostar de éticos. Assim como
reeducamos nosso paladar, podemos reeducar a nós mesmos, nosso caráter. Somente dessa forma
poderemos nos tornar interiormente saudáveis e felizes.
● Diga um elemento entre os fatores determinantes e outro entre os fatores
condicionantes que você julga serem os mais importantes e diga o porquê.
Acredito que dentre os fatores determinantes o poder seja, atualmente, o mais importante. Isso
porque no século XXI, as mídias vem ocupando um espaço gigantesco na nossa rotina e obviamente
essa presença exerce bastante influência em nossas ações, a questão é que elas podem serinfluenciadas para o bem ou para o mal e é aí que está a importância da mesma. É muito fácil, com a
tecnologia atual, influenciar as massas através dos recursos digitais e, muitas das vezes, isso ocorre
lenta e discretamente, onde os indivíduos sequer percebem que estão sendo totalmente
influenciados.
E seguindo a mesma lógica, acredito que entre os fatores condicionantes, a técnica seja a mais
importante, novamente, pelo momento que vivemos. A cada ano surgem cada vez mais novas
tecnologias e, na minha opinião, é muito difícil saber, de fato, o limite dessas tecnologias. Além disso,
assim como está descrito no texto, elas são utilizadas como ferramentas para pôr em prática o poder.
Portanto, escolhi esses dois elementos porque são extremamente imprevisíveis e possuem uma
capacidade enorme de influência nos valores éticos de cada pessoa e no sistema ético do mundo,
podendo ser influenciado positivamente ou negativamente.
● Após o estudo e da leitura do texto abaixo de Eduardo Galeano, “Os ninguéns”, faça
uma associação/relação com a escola ética latino-americana.
O poema de Eduardo Galeano ilustra o cenário social da América Latina, onde indivíduos foram
marginalizados, ignorados e até mesmo desprezados pela sociedade. A aula desta semana, expõe a
história de uma nova escola de ética cristã que surgiu em meio às dificuldades da década de 60.
Suas diretrizes são fortemente baseadas na Teologia da Libertação, sendo assim, criaram-se grupos
que ajudam essas pessoas marginalizadas a alcançarem uma vida mais justa e igualitária, além de
trazer esperança para a vida das mesmas. A escola procura seguir os ideais de Jesus de Nazaré,
olhando seus feitos como exemplo de forma a superar os sistemas opressores, libertando as
pessoas daquele modo de vida e as acolhendo, fazendo com que deixem de ser "ninguéns" e
passem a ser indivíduos da sociedade.
● No seu cotidiano, na esfera das suas relações ou pela sua observação dos fatos e do
mundo, que contextos sociais/pessoais/políticos/globais você considera que
necessitam de libertação? Explicite seu ponto de vista
Ao atentar-se ao conteúdo da aula, considero o sistema capitalista como um dos fatores que mais
precisam de libertação. Vivemos em uma realidade totalmente excludente, onde diversas pessoas
acabam sendo marginalizadas e excluídas da sociedade. A pobreza, invisibilidade e até mesmo a
ausência de dignidade são problemas que crescem cada vez mais, por isso enxergo a necessidade
de libertação nesse âmbito. A exploração, desigualdade social e opressão decorrentes de um
sistema injusto e opressor se perpetuam há décadas e não existe nem o mínimo de preocupação da
sociedade em vista desses problemas. Por isso, faz-se necessário que uma grande maioria tome
consciência dessa necessidade de libertação e lute para um sistema mais justo.
● Qual seu sonho? Você sonha com um mundo melhor para se viver? Qual seu sonho
para o país e sociedade? Para se criar um outro mundo possível será necessário
imaginá-lo. Fique à vontade!
A frase de Fernando Birri nos leva à reflexão sobre a importância de existir uma utopia. Por mais que
alcançá-la seja impossível, sua existência é o que nos leva a planejar e traçar nossos objetivos em
busca da realização. É o que nos leva a viver.
Meu sonho, não só para o país e sociedade, mas sim para o mundo todo, é que alcancemos uma
maior igualdade social e econômica, onde não precisássemos mais enfrentar problemas como a
fome, desigualdade social, desemprego… Por mais impossível que seja, é importante que cada vez
mais pessoas tenham em mente esses objetivos utópicos, pois dessa forma estará contribuindo para
uma sociedade melhor.
● Diante de tudo que você captou da aula 14 - que aborda sobre os valores essenciais
do Cristianismo -, assista ao vídeo e a poesia e construa um ou dois parágrafos
fazendo relação com a aula desta semana.
A aula 14 aborda como os valores do cristianismo podem contribuir para a formação da ética pessoal
e da sociedade. Amor, esperança, bondade, respeito… são temas chaves quando ouvimos falar na
ética Cristã, pois Jesus concentra a lei dos mandamentos no amor a Deus e ao próximo. O poema de
Bráulio Bressa conversa com esses valores ao pregar o amor ao invés da maldade, há sempre
enxergar uma pontinha de esperança nas coisas mais simples. A ética de Jesus Cristo contribui para
que as pessoas sejam mais amorosas umas com as outras, alimenta nossa fé e nossa esperança em
meio a tantas coisas ruins e sempre nos lembra de agir com amor ao próximo. “E é justo onde existe
ódio que tem que espalhar amor.”
PROVA G2
Depois de assistir ao vídeo e refletir sobre o conteúdo das aulas de 8 a 15, construa uma
redação (mínimo 30 linhas) que contemple a relação entre a proposta de humanização trazida
por Jesus Cristo (a ética cristã) e a filosofia Ubuntu.
A ética social, em seu sentido mais amplo, é tema de debates e estudos desde que a
humanidade passou a se organizar em comunidades. Seja na filosofia grega clássica, nas
religiões orientais e ocidentais, bem como na percepção de determinadas tribos africanas, a
ética sempre esteve presente no centro das discussões sobre individualismo e coletivismo
humano. As distintas percepções que cada grupo concluirá sobre este tema estarão pautadas
nas mesmas divergências culturais, religiosas e políticas presentes em cada um deles. Ou seja,
cada cosmovisão específica conduzirá às conclusões do que seria a ética e como manifestá-la.
Em via de regra, nas mais variadas vertentes, a ética se apresenta como um conceito
intrincado e profundo, mas que pode ser vislumbrado pela busca daquilo que é bom, que
contempla a boa moral humana. Para isso, este conjunto adequado de normas e
comportamentos sociais deve estar amparado por racionalidade, reflexão e autoconsciência,
isto é, pressupõe-se um agir intencionado de bons costumes éticos. Portanto, será no livre
arbítrio bem-intencionado que o ser humano expressará sua dignidade e o sentido da vida, na
medida em que almeja a realização social e pessoal.
A partir disso, observando a passagem de Jesus Cristo pela Terra, conclui-se que seus
atos foram, à época, revolucionários, uma vez que alterou paradigmas e valores vigentes,
além de estarrecer autoridades institucionais com suas condutas, resultando em sua execução.
Jesus de Nazaré qualifica em igualdade aqueles que até ali foram plenamente
marginalizados e ignorados, Ele realizou a comunhão dos desprezados. A ética do amor e da
felicidade de Cristo substituiria a ética do dever, e serviria como marco para seus anos
terrenos. Jesus propôs o amor vivido e demonstrado, puro. Propôs a libertação de tudo aquilo
que estigmatiza o Homem e impede a vida plena: a ganância, a indiferença, o egoísmo, a
maldade... Dessa forma, centrado nas relações interpessoais igualitárias e solidárias, na
alegria de viver e no gozo de estar vivo existir, Jesus estabeleceu um novo padrão ético.
Com as bases da ética cristã em mente, podemos observar agora uma filosofia
moderna de convívio coletivo e aprimoramento social e pessoal, o Ubuntu. Esta doutrina
surge a partir dos ideais dos povos Bantus, grupo étnico africano localizado na África
Subsaariana. Os Bantus suscitam em seus pensamentos, ainda que despretensiosamente,
muitos princípios similares aos da Ética Cristã, orientados por uma visão coletiva de paz,
harmonia e solidariedade entre os povos e indivíduos.
O Ubuntu teve como uma de suas forças motrizes a promoção da união entre tribos e
distintas comunidades, já que efervesceu especialmente no contexto de Apartheid na África
do Sul. Isto é, se notabilizou por ser uma filosofia conciliadora, em oposição ao
individualismo e seus principais mantras (Eu Sou Porque Você É e Eu Sou Porque Nós
Somos) dão contas desses referidos aspectos. Além disso, o Ubuntu se propõe a reforçar o
caráter “pluriversal” das sociedades, bem como a forma orgânica de solidariedade e
consciência coletiva que delas se é esperado.
Estamos inseridos em comunidades distintas, mas em um mundo compartilhado,mundo este repleto de pobreza, barbáries e desigualdades. A Ética Cristã e o Ubuntu se
aproximam em pontos basilares de suas filosofias e muito têm a contribuir para solucionar o
caos humanitário. Em contrapartida, por um escopo mais íntimo, o progresso pessoal está
diretamente relacionado ao progresso coletivo e ambas as doutrinas reconhecem isso,
evidenciando a necessidade de caridade e solidariedade para com o próximo. Em síntese,
ajudar o outro é como ajudar a humanidade e ajudar a nós mesmos.
Como destacado por Getrude Matshe, filósofa do Ubuntu, a humanidade funciona
como um grupo de células, precisamos um dos outros para manter e aprimorar nosso
bem-estar, tanto físico quanto mental e espiritual. Tal perspectiva do Ubuntu não poderia
estar mais próxima dos princípios da Ética de Jesus de Nazaré.

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