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O que é economia? Toda vez que se falar em economia, você vai sempre lembrar de ESCOLHA! Em uma economia, os quatro agentes (famílias, empresas, governos e resto do mundo) interagem em três mercados: bens e serviços, fatores produtivos e ativos financeiros. ● ○ ○ ○ ○ ○ ● ○ ■ We will see numerous examples of violation of this axiom throughout this course. These examples fit within the set of biases generally referred to as “Framing” issues or “Preference Reversals.”* ○ ○ ■ A man comes into a delicatessen and asks what kinds of sandwiches they have. The attendant answers that they have roast beef and chicken. The patron thinks for a minute and then selects the roast beef. The server then says, “Oh, I forgot to mention, we also have tuna.” The patron responds, “Well, in that case I guess I’ll have chicken.” ● Unlike Dominance and Invariance, Independence seems somewhat nuanced, although this axiom is as much a requirement of the classical economic theory of rational decision-making as the other two. Violations of this axiom are often related to a bias known as the “Certainty Effect.” ○ ■ However, the More is Better axiom fits with the graph of the indifference curves, which clearly represent higher levels of satisfaction given increasing quantities of each good. Violations of this axiom are common, and many relate to a set of biases known collectively as the “Disposition Effect.” ○ O que é economia comportamental? ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ○ ● ● ● ● A importância da Hipótese dos Mercados Eficientes ● capital asset pricing model ● informações disponíveis ● ● publicamente ● todas ● A concepção tradicional de finanças assume que os investidores possuem três características principais: ● 1. São avessos a riscos: investidores procuram minimizar risco e maximizar os retornos de suas aplicações. ● 2. Expectativas racionais: as avaliações e projeções do investidor refletem toda a informação relevante disponível. ● 3. Integração dos seus investimentos: o investidor avalia seus investimentos como um todo, ou seja, o investidor é conhecedor da Teoria Moderna das Carteiras. ● ● ● ● ● ● ● ● Por sua vez a escola de finanças comportamentais considera que os investidores não agem de forma totalmente racional, por esse motivo, cometem erros sistemáticos, concluindo então que os investidores: ● 1. São avessos a perdas: investidores procuram evitar incorrer em perdas, mesmo que isso implique manter ativos perdedores nas carteiras. ● 2. Operam sob racionalidade limitada: o processo decisório é influenciado por uma série de fatores, o que leva o investidor nem sempre à decisão que irá maximizar a utilidade esperada. ● 3. Segregam seus investimentos: os investidores tendem a visualizar seus investimentos de forma separada, o que pode implicar diversificaçõesdesfavoráveis. ● Em síntese, o foco das finanças modernas está voltado para os resultados do mercado, tais como volume negociado, preço, indicadores, dividendos, etc, tendo como relevantes as causas que produzem os resultados. Já o foco das finanças comportamentais está no indivíduo que toma a decisão, que por consequência será refletida nos preços dos ativos. Teoria da Perspectiva ● A Teoria da Perspectiva (ou Teoria do Prospecto) é uma teoria da psicologia cognitiva que descreve o modo como as pessoas escolhem entre alternativas que envolvem risco, onde as probabilidades de resultados são incertas. ● A teoria afirma que as pessoas tomam decisões mais baseadas em potenciais valores de perdas e ganhos do que no resultado final. ● Em síntese, a teoria da perspectiva descreve a forma como as pessoas tomam decisões que envolvam incertezas. ● Embora incontáveis variáveis possam impactar em ganhos ou perdas nos investimentos, a teoria da perspectiva demonstra que em muitos casos o investidor acaba usando como referência um ponto específico e desprezando as demais variáveis. Entre diversos aspectos que envolvem um ativo, o preço de aquisição parece ter a maior importância. ● A teoria foi desenvolvida por Daniel Kahneman e Amos Tversky em 1979. Kahneman e Tversky também propuseram que uma perda tem um impacto emocional maior sobre qualquer pessoa do que o ganho equivalente. Então, provavelmente uma pessoa tentará evitar uma perda mais do que tentar obter umganho. ● Outro aspecto relevante na teoria da perspectiva é que os investidores costumam separar cada investimento para monitorar ganhos e perdas e reexaminar as posições periodicamente. Essas contas separadas fazem parte de uma contabilidade mental, onde o investidor acaba pensando suas aplicações, não como integrantes de um portfólio que funciona de maneira a se complementar, mas sim como compartimentos isolados, o que leva muitas vezes ao uso de atributos muitos superficiais na gestão de recursos. O investidor que vê os investimentos dessa forma, dificilmente conseguirá analisar a relação entre essas aplicações numa perspectiva integrada de risco e retorno. ● As consequências desse comportamento podem levar à construção de uma carteira com maior risco do que o necessário emvirtude de inexistência ou baixa diversificação.Outra consequência é rejeição de ativos de maior risco na carteira, pois a análise de determinado ativo foi feita de forma individual, não considerando o papel da alocação na carteira como um todo. Desvios sistemáticos ● ● ● ● sistemática, previsível persistente. Algumas das anomalias mais estudadas ● Heurísticas são regras de bolso que agilizam e simplificam a percepção e a avaliação das informações que recebemos. Por um lado, elas simplificam enormemente a tarefa de tomar decisões, mas por outro, podem nos induzir a erros de percepção, avaliação e julgamento que escapam à racionalidade ou estão em desacordo com a teoria estatística. Os diferentes tipos de erros nos quais o investidor pode incorrer são classificados como Vieses Comportamentais ou Vieses Cognitivos, ou seja, distorções de raciocínio, causadas pela utilização unicamente de heurísticas ao invés de análises mais profundas. Ancoragem ● A heurística da Ancoragem faz com que a exposição prévia a uma informação leve o investidor a considerá-la fortemente na tomada de decisão ou na formulação de estimativas, independente de sua relevância para o que é decidido ou estimado. Um dos principais motivos para isso é que nossa mente tende a avaliar de forma ineficiente as magnitudes absolutas, precisando sempre de um ponto de referência para basear suas estimativas e julgamentos. Ancoragem ● É muito comum a ancoragem se basear em valores. Por exemplo, um investidor que toma decisões financeiras por impulso, se exposto recentemente à informação de que a ação da companhia X custa R$ 50, tende a achar barata a ação da companhia Y, cotada a R$ 20, ainda que as duas empresas não tenham nenhuma correlação. Outra tendência comum é o investidor se ancorar no preço de compra de um papel ou no valor da cota de entrada de um fundo de investimento ao tomar a decisão de manter a aplicação ou de se desfazer dela. O efeito resultante pode ser a manutenção de uma posição perdedora à espera de uma recuperação até o preço original, mesmo que as perspectivas futuras não indiquem tal possibilidade. Disponibilidade ● A disponibilidade remete à facilidade com que determinadas ideias, lembranças ou situações vêm à mente e influenciam, dessa forma, o processo decisório. Essa associação é mais relevante quando se trata de memória recente do decisor. A heurística de disponibilidade é um fenómeno no qual as pessoas predizem a frequência de um evento, ou a proporção de uma população, baseando-se no quão fácil se conseguem lembrar de um exemplo. Em outras palavras, as pessoas estimam a frequência de uma classe ou a probabilidade de um evento pela facilidade com que instâncias ou ocorrências podem ser trazidasà mente. Representatividade ● A heurística da representatividade ocorre quando são tomadas decisões a partir de associações com estereótipos formados e desprezo de informações relevantes que levariam a escolhas melhor pensadas. As pessoas julgam os eventos pela sua aparência e semelhança, não pela probabilidade de eles acontecerem. Essa heurística também pode se relacionar à influência de acontecimentos passados no processo decisório. ○ Um exemplo típico dessa heurística é de um investidor que se baseia somente no desempenho passado do preço de uma ação para adquiri-la, pressupondo que no futuro o ativo se comportará da mesma forma que fez no passado Heurísticas e Anomalias Efeito-Manada (herding effect): decisões de investimento por imitação das escolhas de outros agentes financeiros (pares). Esse comportamento tenderia a ser frequente em situações de grande incerteza, ou seja, em que há falta de informações sobre empresas e mercados ou há excesso de informações contraditórias. Sub ou Sobre-reações a novidades (underreaction, overreaction): diante de novas informações sobre empresas ou mercados (novidades), os investidores reagiriam36 em intensidade inadequada ao conteúdo das mesmas. A sub- reação ocorreria quando uma informação relevante é ignorada e a sobre-reação descreveria reações exageradas. Cogita-se que esse fenômeno esteja associado ao desempenho prévio das ações. Investidores tenderiam a dar valor exagerado a boas notícias sobre empresas cujas ações tiveram bom desempenho recente ou ignorariam boas notícias sobre empresas que tiveram um desempenho recente ruim (Milanez, 2003). Aversão a perdas (loss aversion), também chamado de Efeito Disposicional: investidores relutariam em enfrentar a perda de dinheiro em investimentos ruins. Para esquivarem-se dessa perda, postergam a venda dos ativos que causaram prejuízos (diz-se: “evitam desfazerem posições perdedoras”) e privilegiariam a venda de ativos que estão gerando ganhos (diz-se: “desfazem posições vencedoras”). ● Essa ideia foi muito bem representada em um dos estudosrealizados por Kahneman e Tverski (1979), apresentado a seguir: A um grupo de pessoas foi apresentado o seguinte problema: ● 1. Além de tudo o que possui, você recebeu $1 mil. Você deve, então, escolher entre: ○ a) um ganho certo de $ 500; ○ b) uma chance de 50% de ganhar mais $ 1 mil e 50% de chance de não ganhar nada. A outro grupo foi apresentado outro problema: ● 2. Além de tudo o que possui, você recebeu $ 2 mil. Você deve, então, escolher entre: ○ a) uma perda certa de $ 500; ○ b) uma chance de 50% de perder $ 1 mil e 50% de chance de não perder nada. ● No primeiro grupo, 84% dos integrantes responderam a); no segundo grupo, 69% dos integrantes responderam b). Os dois problemas são idênticos no que diz respeito à variação total do nível de riqueza, porém a maneira como eles são formulados gera a discrepância entre os dois resultados. Diante da perda, as pessoas assumem riscos somente pela chance de não realizar a perda, ou seja, com relação aos ganhos, as pessoas são avessas ao risco, mas diante da possibilidade de perder, as pessoas são avessas àperda. Aversão/Propensão a riscos (também chamado de Efeito Reflexão): situações de incerteza (risco) produziriam efeitos diferentes, inversos, sobre as escolhas de compra e venda dos investidores em função de envolverem a possibilidade de ganhos ou de perdas. Quando estão diante da possibilidade (incerta) de um ganho, os investidores tenderiam a tomar decisões arriscadas, se tornariam propensos ao risco. Por outro lado, diante da possibilidade de perda, se tornariam avessos ao risco e poderiam tomar decisões excessivamente cautelosas. Diante da escolha entre ganharem um valor pequeno ou arriscarem de ganhar um valor maior, as pessoas prefeririam arriscar. Mas diante da escolha entre ganharem um valor alto e certeiro e de arriscarem ganhar um valor mais alto, as pessoas favoreceriam a certeza. Mas, entre a certeza de pagarem um valor alto e o risco de pagarem um valor maior, prefeririam arriscar. Confiança Excessiva (overconfidence): investidores considerariam suas habilidades de preverem os movimentos de mercado como sendo superiores às de seus pares/colegas. Otimismo/Pessimismo de curto prazo (Retorno à Média): a constante negociação de ativos faz com que seus preços apresentem flutuações que no longo prazo giram em torno de um valor médio. Ignorando essa tendência longitudinal, investidores poderiam tomar decisões de compra ou venda em função de movimentos de curto prazo. O “otimismo” ocorreria quando um investidor comprasse um ativo em função de uma série de aumentos de preços no curto prazo, prevendo a continuidade dessa tendência. O “pessimismo” seria o inverso: em função de uma série de reduções de preços, o investidor venderia prematuramente um ativo ao prever a continuidade dessas quedas. Em ambos, as escolhas estariam sob controle de ocorrências de curto prazo e não de análises de mais longo prazo que fariam prever a inversão dessas tendências e o retorno dos preços às suas médias históricas. Esse fenômeno contradiz uma regra informal de investidores financeiros, de que se deve sempre “comprar na baixa e vender na alta”. ● Efeito Calendário: observa-se que algumas variações nos preços de ativos financeiros ocorrem em função do dia da semana. ○ a) tendência das empresas divulgarem informações negativas nas sextas-feiras para que os investidores tenham o final de semana para ponderá-las e seu impacto sobre os preços ocorre nas segundas-feiras; ○ b) procedimentos adotados pelas bolsas de valores para negociação de ativos que dificultam sua conclusão em alguns dias da semana; ○ c) a concentração de decisões relevantes sobre investimentos das empresas nos finais de semana, entre outros. ● Efeito de Certeza: descreve tendências dos investidores em lidarem erroneamente com probabilidades. Tenderiam, por exemplo a dar mais importância a eventos com maior probabilidade de ocorrência. ● Efeito Isolamento: quando estão diante de escolhas complexas, que envolvam mais de uma decisão, as pessoas tenderiam a tomarem decisões lineares, caso-a-caso, na medida que os diferentes pontos do problema forem apresentados, sem ponderarem implicações mais gerais dessas decisões e desconsiderando componentes que poderiam ser compartilhados em diferentes estágios das decisões. Em outras palavras, adotariam estratégias de escolhas “míopes” em vez de uma visão geral do problema. ● Framing ou efeito de enquadramento é um conceito que aponta que a forma como as informações são apresentadas pode gerar alterações de percepções e de julgamento. Ou seja, determinada tomada de decisão pode ser diferente caso o cenário seja apresentado de forma diferente. No estudo de Kahneman e Tversky, foi relatado o seguinte exemplo: ● Uma doença infectou 600 pessoas e os decisores deveriam optar entre os programas A e B. ○ • Programa A: 200 pessoas serão salvas ○ • Programa B: haverá 1/3 de chance de que 600 pessoas serão salvas e 2/3 de chances de que todos morrerão ● Os pesquisadores relataram que que a maioria dos decisores optou pelo programa A. ● Após isso os pesquisadores enquadraram estes mesmos programas de formas diferentes, renomeando-os para C e D. ○ • Programa C: 400 pessoas morrerão ○ • Programa D: haverá 2/3 de chances de 600 pessoas morrerem e 1/3 de chances de todas se salvarem. ● Uma importante linha de pesquisas em Finanças Comportamentais não pretende dialogar diretamente com teorias normativas. Ela propõe uma mudança drástica de paradigma, que se abandone a busca de padrões “ideais”, em favor de investigações indutivas, ou seja, da observação do que de fato ocorre nos mercados, buscando-se detectar e prever suas tendências. ● Preços variariam em função do efeito combinado de milhões de pessoas indiferentes e de alguns poucos investidores que sentiriam necessidade de realizarem pesquisas sobre o valor dos investimentosno longo prazo, mas que na realidade tomariam decisões a partir de percepções aleatórias e do senso comum.
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