TÓPICOS DE ATUAÇÃO FARMACÊUTICA - QUESTIONÁRIO UNIDADE II

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1) MS procurou a farmácia do seu bairro para relatar que adquiriu o medicamento 
Fluoxetina 20 mg para tratamento de uma depressão por indicação do psiquiatra. 
Após alguns dias de uso referiu sentir fortes dores de cabeça, o que a obrigava a 
cessar suas atividades, administrar analgésico para o alívio e buscar ambiente 
escuro. As dores persistiram por mais alguns dias até que deixou de utilizar o 
medicamento. 
Diante do relato de MS, o farmacêutico deve suspeitar que ocorreu: 
 
b. Reação adversa a medicamento. 
 
Resposta: B 
Comentário: perante o relato da paciente, o farmacêutico deve suspeitar de reação adversa a 
medicamento (RAM), uma vez que houve um efeito prejudicial ou inesperado que se apresentou após a 
administração de dose normalmente utilizada, aparentemente com relação causal com o uso da 
fluoxetina. 
 
2) Durante a etapa de análise situacional do segmento farmacoterapêutico, o 
farmacêutico deve estar atento à farmacovigilância. A farmacovigilância busca 
identificar, avaliar, compreender e prevenir problemas relacionados ao uso de 
medicamentos, sendo a notificação desses problemas a ferramenta que torna essas 
ações viáveis. 
Diante de uma suspeita de reação adversa, o farmacêutico poderá notificá-la para: 
I- Vigilância Sanitária Municipal. 
II- Vigilância Sanitária Estadual. 
III- Anvisa (Vigimed). 
IV- Anvisa (Notivisa). 
 
d. I, II e III. 
 
Resposta: D 
Comentário: o farmacêutico poderá notificar a suspeita de RAM para qualquer uma das instâncias 
citadas, exceto para o Notivisa, pois esse departamento é responsável por notificações de eventos 
adversos de outras classes de produtos (que não sejam medicamentos) e serviços sob vigilância sanitária 
e/ou queixas técnicas sobre estes. 
 
3) A elaboração do plano de cuidado é uma etapa importante do segmento 
farmacoterapêutico, pois define como manejar os problemas de saúde do paciente 
e o que fazer para que haja êxito no tratamento. Quais ações a seguir devem ser 
incluídas no plano de cuidado? 
I- Definição das metas terapêuticas. 
II- Intervenções farmacêuticas. 
III- Ações a serem realizadas pelo paciente. 
IV- Responsabilidades e atividades pactuadas entre o paciente e o farmacêutico. 
V- Agendamento para retorno e acompanhamento. 
 
e. I, II, III, IV e V. 
 
Resposta: E 
Comentário: todas as ações apontadas são vitais para se alcançar o melhor desfecho de saúde para o 
paciente. 
 
4) Durante o segmento farmacoterapêutico do paciente André Luiz, a farmacêutica 
identificou um problema relacionado à administração de enalapril 20 mg. A 
prescrição é de 1 comprimido, duas vezes por dia. Com o objetivo de não esquecer, 
André Luiz toma às 6 horas da manhã, quando acorda, e às 23 horas quando vai 
dormir. Porém, ele tem apresentado picos pressóricos no início da noite. Na 
apresentação do plano de cuidado, a farmacêutica negocia com André Luiz horários 
que sejam cômodos para ele e que possibilitem um intervalo aproximado de 12 
horas para se obter níveis plasmáticos mais constantes do fármaco. O paciente 
sugere, então, tomar após o café e após o jantar, ficando assim os horários 
definidos. A farmacêutica solicita também que ele faça aferição da pressão arterial 
por duas semanas, se possível de amanhã e no início da noite para que se possa 
avaliar se a medida está sendo efetiva. Ele diz que conseguirá realizar as medições 
de modo alternado (um dia de manhã e outro no fim da tarde) e esse aspecto 
também fica acertado. 
Sobre a conduta da profissional está incorreto dizer que: 
 
a. Não está de acordo, pois sendo ela a detentora do conhecimento, deve impor as melhores decisões 
para a saúde do paciente. 
 
Resposta: A 
Comentário: se as decisões forem impostas ao invés de serem compartilhadas com o paciente, há 
grandes chances de ele não aderir, uma vez que tira a autonomia em sua rotina e causa desconfortos. A 
administração do medicamento após o café da manhã e após o jantar permite um intervalo de 12 horas 
e, consequentemente, níveis plasmáticos mais constantes do medicamento. 
 
5) Correlacione os itens de planejamento do plano de cuidado, à direita, com suas 
respectivas ações, à esquerda. 
 
 
Resposta: C 
Comentário: as metas terapêuticas estabelecem os objetivos a serem atingidos, 
parâmetros de avaliação e prazos para o alcance. Dentro de seu âmbito ético e legal, as 
intervenções farmacêuticas visam resolver ou prevenir problemas relacionados à 
farmacoterapia e garantir o alcance das metas terapêuticas. O paciente é corresponsável 
por sua saúde e, por isso, a aceitação e a execução do plano de cuidado dependem dele. 
 
6) A declaração de serviço farmacêutico: 
 
b. Sintetiza informações relacionadas à consulta farmacêutica, mais especificamente ao plano de 
cuidado. 
 
Resposta: B 
Comentário: a declaração de serviço farmacêutico é um documento a ser entregue ao 
paciente, porém é uma exigência apenas para farmácias e drogarias. Pode indicar medição 
de parâmetros fisiológicos ou bioquímicos, mas deve conter a seguinte frase de alerta: 
“Este procedimento não tem finalidade de diagnóstico e não substitui a consulta médica ou 
a realização de exames laboratoriais”. O farmacêutico, especialista na área clínica, pode 
prescrever medicamentos isentos de prescrição médica e medicamentos previstos em 
programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de 
instituições de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros 
prescritores ou instituições de saúde. 
 
7) Avalie as afirmações que seguem sobre as consultas farmacêuticas de 
acompanhamento e assinale a alternativa correta. 
I- A fase de acompanhamento do paciente é primordial para caracterizar o 
segmento farmacoterapêutico e sucede o plano de cuidado. 
II- O segmento do paciente inclui avaliação dos resultados terapêuticos e evolução 
clínica do paciente, avaliação do alcance das metas terapêuticas, identificação de 
novos problemas. 
III- Nas consultas sucessivas do paciente, o farmacêutico deverá ser firme quanto 
ao cumprimento das metas estabelecidas, chamando a atenção quando o objetivo 
não for atingido, não aceitando explicações. 
IV- Se na consulta de acompanhamento o farmacêutico detectar persistência ou 
piora dos sintomas, deverá encaminhar o paciente a outro profissional de saúde. 
 
d. I, II e IV. 
 
Resposta: D 
Comentário: a afirmação III não é acolhedora e pode ser considerada etnocêntrica quando julga o 
paciente pela sua postura, cultura e práticas. 
 
8) A metodologia Dáder de segmento farmacoterapêutico foi desenvolvida pelo Grupo 
de Investigação em Atenção Farmacêutica da Universidade de Granada, na Espanha, 
sendo o nome Dáder referência à farmacêutica María José Faus Dáder, componente 
do grupo. Correlacione as etapas do método Dáder de cuidado farmacêutico (à 
esquerda) com suas respectivas ações (à direita): 
 
a. I-d, II-f, III-g, IV-a, V-b, VI-c, VII-e. 
 
Resposta: A 
Comentário: as etapas do método Dáder ocorrem de modo sucessivo, cíclico e cada uma inclui, entre 
outras, as ações apontadas. 
 
 
 
9) A seguir estão descritos trechos de ações do segmento farmacoterapêutico do senhor Ricardo Antônio, 
realizadas pela farmacêutica Carla. 
I- Ao ser questionado, refere que o problema de saúde que mais preocupa é a DPOC (doença pulmonar 
obstrutiva crônica). Refere fumar desde os 21 anos (está com 57 anos), entre 15 e 20 cigarros por dia. 
II- Carla anotou na ficha de problemas de saúde e medicamentos, que o brometo de ipratrópio (quatro 
inalações por dia – dose máxima) apresenta inefetividade não quantitativa. 
III- A farmacêutica orienta o senhor Ricardo Antônio sobre a importância de parar de fumar e explica 
como funciona o grupo para cessação do tabaco da unidade. Ele aceita, sendo encaminhado para o 
grupo em questão. 
IV- Carla revisa com o senhor Ricardo Antônio a forma de utilização do dispositivo inalatório desalbutamol. 
 
Considerando que a farmacêutica utilizou a metodologia Dáder, podemos afirmar que as ações descritas 
fazem parte, respectivamente, das etapas: 
 
c. Primeira consulta, fase de avaliação, plano de cuidado e plano de cuidado. 
 
Resposta: C 
Comentário: as queixas de saúde e história social fazem parte da primeira consulta. A fase de avaliação é 
consequência da fase de estudo e possibilita identificar os problemas relacionados a medicamentos e 
resultados negativos de medicação. No plano de cuidado são estabelecidas e aplicadas as intervenções 
que auxiliarão na melhoria da saúde do paciente e resolução dos resultados negativos de medicação. 
 
10) A seguir estão descritos trechos de ações do segmento farmacoterapêutico da senhora Ana Maria, 
realizadas pelo farmacêutico Rodrigo. 
I- Ao pesquisar os medicamentos utilizados pela senhora Ana Maria, o farmacêutico verifica uma 
potencial interação de gravidade alta entre omeprazol e clopidogrel: omeprazol diminui o efeito 
antiagregante plaquetário do clopidogrel por afetar o metabolismo da enzima hepática CYP2C19. 
II- O farmacêutico Rodrigo orienta a senhora Ana Maria a suspender o omeprazol que está utilizando sem 
prescrição médica e que pode afetar a efetividade do antiagregante. Também explica sobre como o fumo 
e os alimentos ácidos como o café que ingere várias vezes ao dia podem causar ou agravar dores de 
estômago. 
III- A senhora Ana Maria relata que não conseguiu diminuir o fumo e o café e, sem o omeprazol, tem tido 
muitas dores de estômago. O farmacêutico Rodrigo a encaminha ao médico da unidade para que avalie o 
quadro da paciente. 
 
Considerando que o farmacêutico utilizou a metodologia Dáder, podemos afirmar que as ações descritas 
fazem parte, respectivamente, das etapas: 
 
e. Fase de estudo, plano de cuidado e consulta sucessiva. 
Resposta: E 
Comentário: a pesquisa sobre mecanismo de ação e possíveis interações dos medicamentos é chamada 
de fase de estudo. No plano de cuidado são estabelecidas e aplicadas as intervenções que auxiliarão na 
melhoria da saúde do paciente e resolução dos resultados negativos de medicação. A consulta sucessiva 
ocorre após a aplicação do plano de cuidado e tem por objetivo avaliar o alcance das metas e outros 
possíveis problemas relacionados a medicamentos.