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PROCESSAMENTO E CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS Curso Técnico em Agroindústria/EAD Disciplina de Processamento e Conservação de Alimentos – 2° Semestre Profª Luiza Siede Kuck luiza.kuck@iffarroupilha.edu.br 1 Noções de planejamento e execução de projetos agroindustriais Noções de construção, layout, área limpa e e área suja, e de instalações agroindustriais. Introdução • O PROJETO para a implantação de uma agroindústria prevê várias etapas, anteriores à descrição do estabelecimento em que serão industrializadas as matérias-primas agrícolas. 2 Mas o que é o PROJETO agroindustrial? • É um documento formal que resulta de uma série de ações para se atingir determinado objetivo, qual seja, no presente caso, a implantação de uma agroindústria. • Na elaboração do projeto, procuram-se detalhar os elementos que o compõem, para que não restem dúvidas quanto à proposta do empreendimento, a fim de que ele seja analisável pelos agentes financeiros e pelos órgãos fiscalizadores. Introdução • As partes que compõem um projeto podem variar de acordo com as entidades financiadoras às quais ele será submetido, mas, de modo geral, elas são as que constam no quadro abaixo: 3 Referência: Cardoso, S.; Rübensan, J. M. Elaboração e Avaliação de Projetos para Agroindústrias. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011. Introdução • Atenção especial merece o item 6 deste quadro, pois a Descrição pode consistir do próprio memorial descritivo da obra civil (planta baixa e descrição das instalações e equipamentos) e de todos os aspectos que farão parte do funcionamento da agroindústria. 4 Referência: Cardoso, S.; Rübensan, J. M. Elaboração e Avaliação de Projetos para Agroindústrias. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011. 5 Referência: Cardoso, S.; Rübensan, J. M. Elaboração e Avaliação de Projetos para Agroindústrias. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011. Introdução O item 5, Fluxograma e descrição dos processos de produção, deve estar incluído na descrição do projeto, porque pode ser decisivo para o detalhamento da construção civil e para a aquisição dos equipamentos. 6 Introdução • Conforme descrito no Manual de Orientações para Concepção de Projetos Agroindustriais da Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (BRASIL, 2005), existem etapas preliminares à elaboração do projeto que incluem a sensibilização dos agricultores, a formalização das agroindústrias e as reuniões com os agricultores, até que seja elaborada uma primeira versão do projeto da agroindústria propriamente dito. Ao longo desta aula, veremos um resumo destas etapas. Concepção do projeto • Primeiro passo – identificar o TIPO DE DEMANDA do(s) agricultor(es). • Articulação de apoio institucional – as instituições públicas e privadas servirão de respaldo técnico e político para que se cumpra, com eficiência as etapas subsequentes. ETAPA 1: PROCEDIMENTOS PRELIMINARES 7 • Constituição da equipe técnica – formação de uma EQUIPE MULTIDISCIPLINAR. • A natureza multidisciplinar da elaboração e avaliação de um projeto requer sinergia, na qual profissionais de diferentes campos de atuação contribuem para o resultado final. 8 Concepção do projeto Trabalho INTERDISCIPLINAR! • Constituição da equipe técnica • Profissionais vão trabalhar em sintonia – todos devem participar/compreender todas as partes do projeto, aproveitando os conhecimentos, as experiências e as habilidades de cada um. • Importante ter profissionais que entendam de: 9 • Produção primária, animal e vegetal. • Processamento de alimentos. • Economia. • Marketing e comercialização. • Plantas e instalações. • Tratamento de efluentes, etc. Concepção do projeto Sensibilização dos agricultores – reuniões com grupo de agricultores (ou reuniões individuais), reuniões em pequenas comunidades. 10 ETAPA 2: SENSIBILIZAÇÃO DOS AGRICULTORES E FORMALIZAÇÃO DAS AGROINDÚSTRIAS Concepção do projeto Apresentar ao agricultor a importância social e econômica da agroindustrialização. Formalização jurídica da agroindústria • Formalização das AGROINDÚSTRIAS INDIVIDUAIS – constituídas por apenas uma família de agricultor. Formalização jurídica por meio de empresa individual. • Formalização das AGROINDÚSTRIAS GRUPAIS – sociedade constituída por mais de uma família de agricultor familiar. Podem ser: 11 Concepção do projeto • Sociedade empresarial • Associação • Cooperativa • Condomínio • Organização em rede 12 Concepção do projeto SOCIEDADE EMPRESARIAL – tipo de pessoa jurídica de direito privado que tem por objetivo a exploração de atividades comerciais. É constituída por cotas, distribuídas entre os sócios, conforme o capital investido. O sócio tem direito a voto e lucro de acordo com a quantidade de cotas/capital. Formalização jurídica da agroindústria ASSOCIAÇÃO – constituidas por pessoas organizadas com fins não econômicos. Não pode desenvolver atividades comerciais. Não pode ter lucro, somente sobras, que devem ser reaplicadas na própria associação. 13 Concepção do projeto CONDOMÍNIO – trata-se de forma legalmente constituida que se presta apenas para garantir a posse, o uso e a sucessão de bens. Não permite a comercialização de produtos. COOPERATIVA – sociedade civil, de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, não sujeita à falência, constituída para prestar serviços aos cooperados. Não tem natureza comercial mas pode praticar atos de comércio. Cada cooperado tem direito a um voto. Retorno das sobras líquidas do exercício ao cooperado, é proporcional às suas operações realizdas com a sociedade. Formalização jurídica da agroindústria Formalização jurídica da agroindústria 14 Concepção do projeto REDE DE ORGANIZAÇÃO DE AGROINDÚSTRIAS – várias agroindústrias, individuais e/ou coletivas se articulam, para que juntas possam resolver problemas, os quais, individualmente, seriam de difícil solução. Formalização jurídica da agroindústria • Na rede de organização de agroindústrias, ao invés de concorrerem entre si, as agroindústrias formam uma espécie de bloco, em torno de uma UNIDADE CENTRAL DE APOIO GERENCIAL. • As pequenas agroindústrias poderão se legalizar sob as formas de Condomínio ou de Associação, ou mesmo como pessoa física. • A Unidade Central poderá ser legalizada na forma de Cooperativa. 15 Concepção do projeto Formalização jurídica da agroindústria 16 Concepção do projeto UNIDADE CENTRAL DE APOIO GERENCIAL Objetivo de prestar conjunto de serviços às agroindústrias: apoio técnico (com técnicos contratados ou de órgãos públicos), apoio na produção da M.P., na industrialização e no planejamento e gestão. Mediação com órgãos governamentais, com o mercado e fornecedores – aumenta o poder de intervenção e permanência no mercado – consegue oferecer uma “cesta” com vários tipos de produtos em escala compatível e negociá-la em condições mais favoráveis junto aos mercados local e regional, e em médias e grandes redes varejistas e atacadistas. Poder de barganha na compra de insumos. 17 ETAPA 3: REUNIÕES EM PEQUENAS COMUNIDADES • Identificar as comunidades interessadas a partir da sensibilização e organização dos agricultores. • Fazer reuniões envolvendo todos os agricultores interessados – identificar grupos. • Iniciar coleta de informações – elaboração de CARTA CONSULTA. Concepção do projeto 18 • CARTA CONSULTA: necessário quando se tratar de vários projetos agroindustriais, invididuais ou grupais. • Nesta carta deve-se fazer uma previsão inicial dos projetos, destacando o n° de agroindústrias e de agricultores envolvidos,os tipos e quantidades e produtos, orçamento inicial de investimento, etc. Concepção do projeto 19 ETAPA 4: REUNIÕES COM CADA GRUPO DE AGRICULTORES OU AGRICULTOR INDIVIDUAL • Início da discussão do projeto específico de cada grupo ou cada agricultor. • Construção de propostas baseadas na vivência e no conhecimento do agricultor. Concepção do projeto 20 • Busca de informações locais/regionais – situação geográfica da região em relação aos mercados consumidores; disponibilidade de infraestrutura: • Energia elétrica • Água • Estradas • Meios de comunicação, etc. Concepção do projeto 21 • As informações regionais deverão conter: • Produção primária por produto • Agroindústrias existentes • Características da estrutura fundiária • Mapeamento da situação geográfica • Mapeamento de infra-estrutura de base, econômica e social • Condições climáticas • Base tecnológica disponível Concepção do projeto 22 • ESTUDO DE MERCADO • Identificação de mercados potenciais: • Afetará as decisões sobre: • Quem são os consumidores em potencial para o produto? • Quantos são e quanto eles estão dispostos a comprar? • Quanto, onde e a que preço? Concepção do projeto • Mix de produtos • Dimensão da fábrica • Preço de venda • “Receitas” potenciais 23 • ESTUDO DE MERCADO • O que deve conter? • Informações sobre os competidores, tanto os atuais quanto os potenciais. • Estimar a demanda atual e futura. • Definir a área de abrangência da agroindústria. • Pesquisa de aceitação de novo produto e nova marca. • Pesquisa de atuais fornecedores de matérias-primas e insumos Concepção do projeto 24 • ESTUDO DE MERCADO • O sucesso de um empreendimento agroindustrial depende da organização da cadeia produtiva. • O bom funcionamento de uma indústria de alimentos depende de 3 setores produtivos: primário, secundário e terciário. Concepção do projeto 25 ETAPA 5: SISTEMATIZAÇÃO DA PRIMEIRA VERSÃO DO PROJETO DE AGROINDÚSTRIA • Informações necessárias: • Tipo de agroindústria/produtos • Informações regionais • Pesquisa de mercado • Tecnologia de industrialização • Rendimentos • Orçamentos de instalações, equipamentos e custos de registros. Concepção do projeto 26 ETAPA 6: APRESENTAÇÃO DA PRIMEIRA VERSÃO DO PROJETO AOS AGRICULTORES • São feitas mudanças, ajustes e adequações na primeira versão do projeto. Concepção do projeto 27 ETAPA 7: ELABORAÇÃO DA VERSÃO FINAL DO PROJETO • Elaboração da versão final do projeto com as alterações da etapa 6. Concepção do projeto 28 ETAPA 8: APRESENTAÇÃO DA VERSÃO FINAL DO PROJETO AOS AGRICULTORES E AO AGENTE FINANCEIRO • Apresentação da versão final do projeto ao(s) agricultor(es) envolvido(s) e às organizações parceiras. • Encaminhamento do projeto ao agente financeiro para buscar o financiamento. Concepção do projeto 29 Concepção do projeto • Para ler com mais detalhes cada uma das 8 etapas propostas, acesse o material completo entitulado “Manual de Orientações para Concepção de Projetos Agroindustriais da Agricultura Familiar” que se encontra no Material Complementar. 30 • Noções de construção, layout, área limpa e e área suja, e de instalações agroindustriais. Introdução • Tanto para elaboração do projeto da agroindústria como para sua implantação existem requisitos básicos que devem ser seguidos. • Alguns requisitos importantes a serem observados são a escolha do terreno e todos os fatores que envolvem as edificações da agroindústria. • A partir do próximo slide iremos estudar alguns destes requisitos! 31 Escolha do terreno • Algumas avaliações são necessárias: 32 Físicas Geográficas Infraestrutura Dimensões da área, tendo em vista a capacidade estimada de produção e a previsão de futuras expansões Distância do mesmo dos principais centros de produção de matéria-prima e distribuição da produção, além de averiguar a facilidade de acesso, seja por meio de estradas, via marítima, pluvial ou aérea. Oferta de água (em quantidade e qualidade), eletricidade e meios de comunicação (telefone, internet) / Estradas. Escolha do terreno • Outros fatores importantes: 33 • Risco de contaminação por poluição externa. • Eliminação de resíduos - o terreno deverá ter preferencialmente alguns desníveis para facilitar o escoamento dos líquidos despejados pela agroindústria. Edificações • Principais cuidados: 34 • Fossas, estábulos, pocilgas ou outros locais de criações de animais não podem estar localizados próximos à construção. Edificações • A orientação solar é determinante para o conforto térmico da edificação. A depender do maquinário existente na construção a temperatura no interior pode ser aumentada, causando aumento de custos operacionais e desconforto térmico para os usuários da edificação. 35 Edificações • Principais cuidados: 36 • A área total e a área de cada setor (cômodo) devem ser projetadas a partir da capacidade de produção atual e futura da agroindústria. • Verificar quais os equipamentos, a capacidade de produção e as dimensões. • Espaço de trabalho e de circulação entre os equipamentos (50 a 60 centímetros). Os equipamentos não podem permanecer muito perto das paredes. Edificações • Separação através de barreiras de contenção física (parede, compensado etc.) da área suja para área limpa. 37 ÁREA SUJA – é definida como aquela em que se manuseiam as matérias-primas até o ponto de limpeza final do produto ou onde é realizado algum tratamento térmico. ÁREA LIMPA – é aquela a partir da qual nenhuma outra etapa reduz ou destrói os microrganismos contaminantes. Edificações • A separação da área suja e limpa deve ser total, não devendo ser permitida a circulação de funcionários entre as duas áreas, nem de equipamentos/utensílios. Banheiros devem ser separados. • Uma dica útil e bastante utilizada entre as empresas para facilitar a identificação das áreas sujas e limpas é a separação por cores dos utensílios e fardamento dos funcionários, já que são elementos móveis de grande circulação dentro da agroindústria. 38 Edificações • PAREDES • Devem ter no mínimo 2 metros de altura e ser revestidas de material liso, impermeável, lavável, de cores claras e sem frestas. 39 Materiais mais utilizados nas áreas de processamento: revestimento cerâmico (azulejos) ou pintura com tinta epóxi. Edificações • PAREDES 40 • Uso de revestimento cerâmico – escolha de peças cerâmicas maiores possibilita que existam menos rejuntes, que são focos de proliferação de mofos. Uso de aditivos antimofo nos rejuntes. Edificações • PAREDES • Os cantos das paredes devem ser arredondados. 41 Edificações • PAREDES 42 x Paredes EXTERNAS, telhado, portas e janelas devem ser à prova d’água, insetos e roedores Paredes INTERNAS devem ser lisas, resistentes à corrosão, que não acumulem poeira, impermeáveis e laváveis. Edificações • PISO 43 Devem ser de material resistente a desgastes e a danos mecânicos: DESGASTES: uso de produtos químicos para limpeza, circulação ou arraste de equipamentos. DANOS MECÂNICOS: impactos provocados por queda de objetos pesados. Fonte: Lima, 2016. Edificações • PISO • Os líquidos, como as águas de lavagem, devem escorrer até os ralos sifonados: inclinação do piso de 1 a 2% em direção às canaletas facilita a limpeza e escoamento das águas residuais. 44 Canaletas - deverão ser lisas, com grades móveis para limpezaperiódica (de aço inox ou plástico) e com cantos arredondados. Edificações • TETOS • Devem ser de fácil limpeza, não podem acumular sujeiras e nem condensar água: evita a contaminação cruzada e a formação de mofo. 45 Caso haja equipamentos, como fornos, fogões, tachos ou outros que liberem calor, o teto precisa ser resistente à temperatura e impermeável ao vapor. Edificações • TETOS • O espaço externo entre o telhado e o forro deve ser telado para evitar a entrada de insetos, morcegos, ratos e outros animais. 46 Pode-se instalar telas plásticas nos contornos das telhas ou nas estruturas para proteger qualquer espaço aberto que possibilite a entrada e a reprodução de pragas. Edificações • JANELAS • Devem ser de material lavável e não absorvente – mais recomendadas alumínio. 47 A janela precisa estar ajustada ao batente, ou seja, não pode ter parapeito interno para evitar o acúmulo de poeira ou este deve possuir caimento para o exterior. Fonte: Lima, 2016. Edificações • JANELAS • Todas as aberturas fixas da edificação da agroindústria deverão ter telas com malhas antipragas de 1 a 2 mm. 48 Edificações • JANELAS • As janelas dispostas na parte superior das paredes favorecem um ambiente mais claro e fresco. • É recomendável que as janelas estejam em altura que impeça a comunicação fácil entre os colaboradores na parte interna e externa da agroindústria. 49 Edificações • PORTAS • Deverão ser lisas, não absorventes, de cor clara e laváveis – alumínio. • Deverão ter sistema de fechamento automático (mola ou sistema eletrônico) e abertura máxima de 1 cm do piso. 50 Para impedir a entrada de insetos ou roedores pelo vão inferior da porta, protetores inferiores (borrachas flexíveis) de porta podem ser utilizados como forma de barrar seu ingresso. Edificações • PORTAS 51 Edificações • INSTALAÇÕES ELÉTRICAS • Podem ser projetadas para que toda a fiação seja embutida dentro da parede, deixando somente os interruptores e as caixas de tomadas na parte externa. 52 Se permanecerem externas devem ser revestidas por tubulações isolantes e presas às paredes e aos tetos. Fonte: Lima, 2016. Edificações • INSTALAÇÕES ELÉTRICAS • As lâmpadas utilizadas principalmente nas áreas de manipulação de alimentos devem estar protegidas com calhas para eventuais quebras ou explosões. 53 Fonte: Lima, 2016. Edificações • INSTALAÇÕES ELÉTRICAS • A proteção das lâmpadas deve ser de plástico ou acrílico transparente para que se evitem acidentes ou contaminação de cacos de vidros nas áreas internas do estabelecimento. 54 Edificações • INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS • A água utilizada na manipulação de alimentos deve ser potável. Caso a água seja proveniente de poços artesianos precisará ser clorada. O vapor ou o gelo em contato direto com os alimentos ou as superfícies de trabalho também devem seguir os padrões estabelecidos para água potável. 55 A água usada para produção de vapor, refrigeração ou outros propósitos não relacionados com os alimentos deve ser transportada por tubulações separadas e preferencialmente identificada com cores diferentes. Instalações sanitárias e vestiários • Os banheiros e os vestiários não podem ter acesso direto e nem comunicação com a área de processamento de alimentos. As janelas e as portas não podem ser voltadas para dentro da agroindústria, mesmo a área de recepção ou expedição. 56 Devem ter lavabos (pias) com sabonete líquido neutro, álcool gel 70% e toalhas de papel para lavagem e secagem das mãos localizados próximos aos vasos sanitários para que os colaboradores passem em frente aos lavabos antes de retornar à área de manipulação Instalações sanitárias e vestiários • As lixeiras, os dispositivos de papel e as torneiras, preferencialmente, não podem necessitar de acionamento manual. 57 Instalações sanitárias e vestiários • É importante fixar placas de sinalização (adesivos ou placas) em frente aos lavados com informações sobre a lavagem correta das mãos e antebraços. 58 Instalações sanitárias e vestiários • O ideal é que o banheiro tenha um vestiário associado para que os colaboradores possam tomar banho e trocar de roupa antes do início do trabalho. • É recomendado a presença de armários para guardar pertences pessoais – gêneros alimentícios não são permitidos pois podem atrair insetos e pragas. 59 Instalações sanitárias e vestiários • De acordo com a IN n. 16 /2015, do MAPA, as agroindústrias com até 10 colaboradores (familiares e contratados) podem dispor de um único banheiro/vestiário, ou seja, não há a necessidade de dois banheiros/vestiários separados por sexo. Este banheiro pode ser um já existente na propriedade rural, desde que não fique a uma distância superior à 40 metros da agroindústria. 60 Equipamentos e utensílios • Antes de escolher os equipamentos, é necessário analisar qual produto e o tamanho da produção atual e da prevista para os próximos anos na agroindústria. • É importante verificar os materiais e o acabamento dos equipamentos e utensílios, pois são lavados e sanitizados constantemente com produtos químicos que podem ser agressivos ou corroer alguns tipos de materiais. 61 Equipamentos e utensílios • Alguns materiais, como madeira, cobre e alumínio, NÃO PODEM ser utilizados no processamento de alimentos na agroindústria, já que são porosos, não resistem a choques mecânicos e à ação dos sanitizantes ou podem interagir com o alimento manipulado. 62 Equipamentos e utensílios • O acabamento dos equipamentos e utensílios não deve conter soldas ou costuras resultando em frestas, poros ou pontos salientes que possam alojar microrganismos. As superfícies devem ser lisas e planas para que a higienização seja eficiente. 63 Equipamentos e utensílios 64 Fonte: Lima, 2016. Equipamentos e utensílios 65 Cantos arredondados facilitam a limpeza dos equipamentos, evitando o acúmulo de resíduos e a formação de biofilmes bacterianos. Fonte: Lima, 2016. Desenho / Planta Baixa / Fluxo • Antes da unidade agroindustrial ser construída ela deve ser pensada, de modo que o seu funcionamento possa ser previsto. Até mesmo a expansão da agroindústria pode ser planejada, antes mesmo da sua construção. • Uma ferramenta indispensável para o planejamento das instalações e operações agroindustriais é o “desenho”. 66 Desenho / Planta Baixa / Fluxo 67 Desenho / Planta Baixa / Fluxo • Exemplo: desenho arquitetônico (Planta Baixa) de unidade agroindustrial de beneficiamento de leite. 68 Desenho / Planta Baixa / Fluxo • Exemplo: desenho arquitetônico (Planta Baixa) de unidade agroindustrial de beneficiamento de leite. 69 Desenho / Planta Baixa / Fluxo • A representação da unidade agroindustrial com o auxílio do desenho arquitetônico é indispensável para o melhor aproveitamento da edificação que abriga o processo de produção. Além disso, a observação do Fluxo (rota que a produção segue) e o layout (disposição das máquinas e equipamentos na edificação) é melhor planejada com o auxílio do desenho. 70 Referências • BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Manual de Orientações para Concepção de Projetos Agroindustriais da Agricultura Familiar. 2005. Disponível em: < http://atividaderural.com.br/artigos/508fde4d26520.pdf>. Acesso em: ago. 2021. • CARDOSO, S.; RÜBENSAN, J. M. Elaboração e Avaliação de Projetos para Agroindústrias. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011. • LIMA, S. A. K. Guia de elaboração de projetos de agroindústrias comunitárias. Brasília-DF; Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), 1ª edição, 2017. • OLIVEIRA, R. B. A.; ANDRADE, S. A. C. Instalações Agroindustriais. Recife :EDUFRPE, 2012. 166 p. 71
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