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Aula 1B - Noções de planejamento e construção

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PROCESSAMENTO E CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS 
Curso Técnico em Agroindústria/EAD 
Disciplina de Processamento e Conservação 
de Alimentos – 2° Semestre 
Profª Luiza Siede Kuck 
luiza.kuck@iffarroupilha.edu.br 
1 
Noções de planejamento e execução de projetos agroindustriais 
Noções de construção, layout, área limpa e e área suja, e de instalações 
agroindustriais. 
 
 
Introdução 
• O PROJETO para a implantação de uma agroindústria prevê várias etapas, anteriores à descrição do 
estabelecimento em que serão industrializadas as matérias-primas agrícolas. 
 
2 
Mas o que é o 
PROJETO 
agroindustrial? 
• É um documento formal que resulta de uma série de ações para 
se atingir determinado objetivo, qual seja, no presente caso, a 
implantação de uma agroindústria. 
 
• Na elaboração do projeto, procuram-se detalhar os elementos 
que o compõem, para que não restem dúvidas quanto à 
proposta do empreendimento, a fim de que ele seja analisável 
pelos agentes financeiros e pelos órgãos fiscalizadores. 
Introdução 
• As partes que compõem um projeto podem variar de acordo com as entidades financiadoras às quais 
ele será submetido, mas, de modo geral, elas são as que constam no quadro abaixo: 
3 
Referência: Cardoso, S.; Rübensan, J. 
M. Elaboração e Avaliação de 
Projetos para Agroindústrias. Porto 
Alegre: Editora da UFRGS, 2011. 
Introdução 
• Atenção especial merece o item 6 deste quadro, pois a Descrição pode consistir do próprio memorial 
descritivo da obra civil (planta baixa e descrição das instalações e equipamentos) e de todos os 
aspectos que farão parte do funcionamento da agroindústria. 
4 
Referência: Cardoso, S.; Rübensan, J. 
M. Elaboração e Avaliação de 
Projetos para Agroindústrias. Porto 
Alegre: Editora da UFRGS, 2011. 
 
 
 
5 
Referência: Cardoso, S.; Rübensan, J. 
M. Elaboração e Avaliação de 
Projetos para Agroindústrias. Porto 
Alegre: Editora da UFRGS, 2011. 
Introdução 
O item 5, Fluxograma e 
descrição dos processos de 
produção, deve estar incluído 
na descrição do projeto, porque 
pode ser decisivo para o 
detalhamento da construção 
civil e para a aquisição dos 
equipamentos. 
6 
Introdução 
• Conforme descrito no Manual de Orientações 
para Concepção de Projetos Agroindustriais da 
Agricultura Familiar, do Ministério do 
Desenvolvimento Agrário (BRASIL, 2005), 
existem etapas preliminares à elaboração do 
projeto que incluem a sensibilização dos 
agricultores, a formalização das agroindústrias 
e as reuniões com os agricultores, até que seja 
elaborada uma primeira versão do projeto da 
agroindústria propriamente dito. Ao longo 
desta aula, veremos um resumo destas etapas. 
Concepção do projeto 
 
 
• Primeiro passo – identificar o TIPO DE DEMANDA do(s) agricultor(es). 
 
• Articulação de apoio institucional – as instituições públicas e privadas servirão de respaldo 
técnico e político para que se cumpra, com eficiência as etapas subsequentes. 
ETAPA 1: PROCEDIMENTOS PRELIMINARES 
7 
• Constituição da equipe técnica – formação de uma EQUIPE MULTIDISCIPLINAR. 
 
 
• A natureza multidisciplinar da 
elaboração e avaliação de um projeto 
requer sinergia, na qual profissionais 
de diferentes campos de atuação 
contribuem para o resultado final. 
 
8 
Concepção do projeto 
Trabalho INTERDISCIPLINAR! 
• Constituição da equipe técnica 
• Profissionais vão trabalhar em sintonia – todos devem participar/compreender todas as partes do 
projeto, aproveitando os conhecimentos, as experiências e as habilidades de cada um. 
 
• Importante ter profissionais que entendam de: 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
• Produção primária, animal e vegetal. 
• Processamento de alimentos. 
• Economia. 
• Marketing e comercialização. 
• Plantas e instalações. 
• Tratamento de efluentes, etc. 
Concepção do projeto 
 
 
 
Sensibilização dos agricultores – reuniões com grupo de agricultores (ou reuniões individuais), 
reuniões em pequenas comunidades. 
10 
ETAPA 2: SENSIBILIZAÇÃO DOS AGRICULTORES E FORMALIZAÇÃO 
DAS AGROINDÚSTRIAS 
Concepção do projeto 
Apresentar ao agricultor a importância social e 
econômica da agroindustrialização. 
 
 
 
 
Formalização jurídica da agroindústria 
• Formalização das AGROINDÚSTRIAS INDIVIDUAIS – constituídas por apenas uma família de 
agricultor. Formalização jurídica por meio de empresa individual. 
• Formalização das AGROINDÚSTRIAS GRUPAIS – sociedade constituída por mais de uma família de 
agricultor familiar. Podem ser: 
 
 
11 
Concepção do projeto 
• Sociedade empresarial 
• Associação 
• Cooperativa 
• Condomínio 
• Organização em rede 
 
 
 
 
12 
Concepção do projeto 
SOCIEDADE EMPRESARIAL – tipo de pessoa jurídica de direito privado que tem por objetivo a exploração de 
atividades comerciais. É constituída por cotas, distribuídas entre os sócios, conforme o capital investido. O sócio 
tem direito a voto e lucro de acordo com a quantidade de cotas/capital. 
Formalização jurídica da agroindústria 
ASSOCIAÇÃO – constituidas por pessoas organizadas com fins não econômicos. Não pode desenvolver atividades 
comerciais. Não pode ter lucro, somente sobras, que devem ser reaplicadas na própria associação. 
 
 
 
 
13 
Concepção do projeto 
CONDOMÍNIO – trata-se de forma legalmente constituida que se presta apenas para garantir a posse, o uso e a 
sucessão de bens. Não permite a comercialização de produtos. 
COOPERATIVA – sociedade civil, de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, não sujeita à falência, 
constituída para prestar serviços aos cooperados. Não tem natureza comercial mas pode praticar atos de 
comércio. Cada cooperado tem direito a um voto. Retorno das sobras líquidas do exercício ao cooperado, é 
proporcional às suas operações realizdas com a sociedade. 
Formalização jurídica da agroindústria 
 
 
 
 
Formalização jurídica da agroindústria 
 
 
 
 
 
14 
Concepção do projeto 
REDE DE ORGANIZAÇÃO DE 
AGROINDÚSTRIAS – várias 
agroindústrias, individuais e/ou 
coletivas se articulam, para que 
juntas possam resolver 
problemas, os quais, 
individualmente, seriam de difícil 
solução. 
 
 
 
 
Formalização jurídica da agroindústria 
 
• Na rede de organização de agroindústrias, ao invés de concorrerem entre si, as agroindústrias 
formam uma espécie de bloco, em torno de uma UNIDADE CENTRAL DE APOIO GERENCIAL. 
 
• As pequenas agroindústrias poderão se legalizar sob as formas de Condomínio ou de Associação, ou 
mesmo como pessoa física. 
 
• A Unidade Central poderá ser legalizada na forma de Cooperativa. 
 
 
15 
Concepção do projeto 
 
 
 
 
Formalização jurídica da agroindústria 
 
 
 
16 
Concepção do projeto 
UNIDADE CENTRAL DE APOIO GERENCIAL 
 
Objetivo de prestar conjunto de serviços às agroindústrias: apoio técnico (com técnicos contratados 
ou de órgãos públicos), apoio na produção da M.P., na industrialização e no planejamento e gestão. 
Mediação com órgãos governamentais, com o mercado e fornecedores – aumenta o poder de 
intervenção e permanência no mercado – consegue oferecer uma “cesta” com vários tipos de 
produtos em escala compatível e negociá-la em condições mais favoráveis junto aos mercados local e 
regional, e em médias e grandes redes varejistas e atacadistas. Poder de barganha na compra de 
insumos. 
 
 
 
17 
ETAPA 3: REUNIÕES EM PEQUENAS COMUNIDADES 
• Identificar as comunidades interessadas a partir da sensibilização e organização dos 
agricultores. 
 
• Fazer reuniões envolvendo todos os agricultores interessados – identificar grupos. 
 
• Iniciar coleta de informações – elaboração de CARTA CONSULTA. 
 
 
Concepção do projeto 
 
 
 
18 
• CARTA CONSULTA: necessário quando se tratar de vários projetos agroindustriais, invididuais ou 
grupais. 
 
• Nesta carta deve-se fazer uma previsão inicial dos projetos, destacando o n° de agroindústrias e de 
agricultores envolvidos,os tipos e quantidades e produtos, orçamento inicial de investimento, etc. 
 
 
 
Concepção do projeto 
 
 
 
19 
ETAPA 4: REUNIÕES COM CADA GRUPO DE AGRICULTORES OU 
AGRICULTOR INDIVIDUAL 
• Início da discussão do projeto específico de cada grupo ou cada agricultor. 
 
• Construção de propostas baseadas na vivência e no conhecimento do agricultor. 
 
 
Concepção do projeto 
 
 
 
20 
• Busca de informações locais/regionais – situação geográfica da região em relação aos mercados 
consumidores; disponibilidade de infraestrutura: 
 
 • Energia elétrica 
• Água 
• Estradas 
• Meios de comunicação, etc. 
Concepção do projeto 
 
 
 
21 
• As informações regionais deverão conter: 
 
• Produção primária por produto 
• Agroindústrias existentes 
• Características da estrutura fundiária 
• Mapeamento da situação geográfica 
• Mapeamento de infra-estrutura de base, econômica e social 
• Condições climáticas 
• Base tecnológica disponível 
Concepção do projeto 
 
 
 
22 
• ESTUDO DE MERCADO 
 
• Identificação de mercados potenciais: 
 
 
 
 
• Afetará as decisões sobre: 
 
 
• Quem são os consumidores em potencial para o produto? 
• Quantos são e quanto eles estão dispostos a comprar? 
• Quanto, onde e a que preço? 
 
Concepção do projeto 
• Mix de produtos 
• Dimensão da fábrica 
• Preço de venda 
• “Receitas” potenciais 
 
 
 
23 
• ESTUDO DE MERCADO 
 
• O que deve conter? 
 
 
 
 
 
 
• Informações sobre os competidores, tanto os atuais quanto os potenciais. 
• Estimar a demanda atual e futura. 
• Definir a área de abrangência da agroindústria. 
• Pesquisa de aceitação de novo produto e nova marca. 
• Pesquisa de atuais fornecedores de matérias-primas e insumos 
Concepção do projeto 
 
 
 
24 
• ESTUDO DE MERCADO 
 
• O sucesso de um empreendimento agroindustrial depende da organização da cadeia 
produtiva. 
 
• O bom funcionamento de uma indústria de alimentos depende de 3 setores produtivos: 
primário, secundário e terciário. 
Concepção do projeto 
 
 
 
25 
ETAPA 5: SISTEMATIZAÇÃO DA PRIMEIRA VERSÃO DO PROJETO DE 
AGROINDÚSTRIA 
• Informações necessárias: 
 
 
• Tipo de agroindústria/produtos 
• Informações regionais 
• Pesquisa de mercado 
• Tecnologia de industrialização 
• Rendimentos 
• Orçamentos de instalações, equipamentos e custos de registros. 
Concepção do projeto 
 
 
 
26 
ETAPA 6: APRESENTAÇÃO DA PRIMEIRA VERSÃO DO PROJETO AOS 
AGRICULTORES 
• São feitas mudanças, ajustes e adequações na primeira versão do projeto. 
 
 
Concepção do projeto 
 
 
 
27 
ETAPA 7: ELABORAÇÃO DA VERSÃO FINAL DO PROJETO 
• Elaboração da versão final do projeto com as alterações da etapa 6. 
 
 
Concepção do projeto 
 
 
 
28 
ETAPA 8: APRESENTAÇÃO DA VERSÃO FINAL DO PROJETO AOS 
AGRICULTORES E AO AGENTE FINANCEIRO 
• Apresentação da versão final do projeto ao(s) agricultor(es) envolvido(s) e às organizações 
parceiras. 
 
• Encaminhamento do projeto ao agente financeiro para buscar o financiamento. 
 
 
Concepção do projeto 
 
 
 
29 
Concepção do projeto 
 
 
• Para ler com mais detalhes cada uma das 8 
etapas propostas, acesse o material 
completo entitulado “Manual de Orientações 
para Concepção de Projetos Agroindustriais 
da Agricultura Familiar” que se encontra no 
Material Complementar. 
30 
• Noções de construção, layout, área limpa e e área suja, e de 
instalações agroindustriais. 
 
 
Introdução 
• Tanto para elaboração do projeto da agroindústria como para sua implantação existem requisitos 
básicos que devem ser seguidos. 
 
• Alguns requisitos importantes a serem observados são a escolha do terreno e todos os fatores que 
envolvem as edificações da agroindústria. 
 
• A partir do próximo slide iremos estudar alguns destes requisitos! 
 
31 
Escolha do terreno 
• Algumas avaliações são necessárias: 
 
 
 
32 
Físicas 
Geográficas 
Infraestrutura 
Dimensões da área, tendo em vista a capacidade estimada de 
produção e a previsão de futuras expansões 
Distância do mesmo dos principais centros de produção de 
matéria-prima e distribuição da produção, além de averiguar a 
facilidade de acesso, seja por meio de estradas, via marítima, 
pluvial ou aérea. 
Oferta de água (em quantidade e qualidade), eletricidade e meios 
de comunicação (telefone, internet) / Estradas. 
Escolha do terreno 
• Outros fatores importantes: 
 
 
 
33 
• Risco de contaminação por poluição 
externa. 
 
• Eliminação de resíduos - o terreno 
deverá ter preferencialmente alguns 
desníveis para facilitar o escoamento 
dos líquidos despejados pela 
agroindústria. 
Edificações 
• Principais cuidados: 
 
 
 
 
34 
• Fossas, estábulos, pocilgas ou outros 
locais de criações de animais não 
podem estar localizados próximos à 
construção. 
Edificações 
• A orientação solar é determinante para o conforto térmico da edificação. A depender do maquinário 
existente na construção a temperatura no interior pode ser aumentada, causando aumento de custos 
operacionais e desconforto térmico para os usuários da edificação. 
 
 
35 
Edificações 
• Principais cuidados: 
 
 
 
 
36 
• A área total e a área de cada setor (cômodo) 
devem ser projetadas a partir da capacidade de 
produção atual e futura da agroindústria. 
• Verificar quais os equipamentos, a capacidade de 
produção e as dimensões. 
• Espaço de trabalho e de circulação entre os 
equipamentos (50 a 60 centímetros). Os 
equipamentos não podem permanecer muito 
perto das paredes. 
 
Edificações 
• Separação através de barreiras de contenção física (parede, compensado etc.) da área suja para área 
limpa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
ÁREA SUJA – é definida como 
aquela em que se manuseiam as 
matérias-primas até o ponto de 
limpeza final do produto 
ou onde é realizado algum 
tratamento térmico. 
ÁREA LIMPA – é aquela a partir 
da qual nenhuma outra etapa 
reduz ou destrói os 
microrganismos contaminantes. 
Edificações 
• A separação da área suja e limpa deve ser total, não devendo ser permitida a circulação de 
funcionários entre as duas áreas, nem de equipamentos/utensílios. Banheiros devem ser separados. 
 
• Uma dica útil e bastante utilizada entre as empresas para facilitar a identificação das áreas sujas e 
limpas é a separação por cores dos utensílios e fardamento dos funcionários, já que são elementos 
móveis de grande circulação dentro da agroindústria. 
 
 
38 
Edificações 
• PAREDES 
• Devem ter no mínimo 2 metros de altura e ser revestidas de material liso, impermeável, lavável, de cores 
claras e sem frestas. 
 
39 
Materiais mais 
utilizados nas áreas de 
processamento: 
revestimento cerâmico 
(azulejos) ou pintura 
com tinta epóxi. 
 
Edificações 
• PAREDES 
 
40 
• Uso de revestimento cerâmico – escolha 
de peças cerâmicas maiores possibilita 
que existam menos rejuntes, que são 
focos de proliferação de mofos. Uso de 
aditivos antimofo nos rejuntes. 
 
Edificações 
• PAREDES 
• Os cantos das paredes devem ser arredondados. 
 
41 
Edificações 
• PAREDES 
 
 
42 
x 
Paredes EXTERNAS, telhado, 
portas e janelas devem ser à 
prova d’água, insetos e 
roedores 
Paredes INTERNAS devem ser 
lisas, resistentes à corrosão, 
que não acumulem poeira, 
impermeáveis e laváveis. 
 
Edificações 
• PISO 
 
43 
Devem ser de material resistente a desgastes e a danos mecânicos: 
 
DESGASTES: uso de produtos químicos para limpeza, circulação ou 
arraste de equipamentos. 
 
DANOS MECÂNICOS: impactos provocados por queda de objetos 
pesados. 
 
 
 
Fonte: Lima, 2016. 
Edificações 
• PISO 
• Os líquidos, como as águas de lavagem, devem escorrer até os ralos sifonados: inclinação do piso de 1 
a 2% em direção às canaletas facilita a limpeza e escoamento das águas residuais. 
 
 
 
 
 
 
44 
Canaletas - deverão ser lisas, 
com grades móveis para limpezaperiódica (de aço inox ou 
plástico) e com cantos 
arredondados. 
Edificações 
• TETOS 
• Devem ser de fácil limpeza, não podem acumular sujeiras e nem condensar água: evita a 
contaminação cruzada e a formação de mofo. 
 
45 
Caso haja equipamentos, como fornos, fogões, 
tachos ou outros que liberem calor, o teto 
precisa ser resistente à temperatura e 
impermeável ao vapor. 
Edificações 
• TETOS 
• O espaço externo entre o telhado e o forro deve ser telado para evitar a entrada de insetos, morcegos, ratos 
e outros animais. 
46 
Pode-se instalar telas plásticas nos 
contornos das telhas ou nas 
estruturas para proteger qualquer 
espaço aberto que possibilite a 
entrada e a reprodução de pragas. 
Edificações 
• JANELAS 
• Devem ser de material lavável e não absorvente – mais recomendadas alumínio. 
47 
A janela precisa estar ajustada 
ao batente, ou seja, não pode 
ter parapeito interno para 
evitar o acúmulo de poeira ou 
este deve possuir caimento 
para o exterior. 
Fonte: Lima, 2016. 
Edificações 
• JANELAS 
• Todas as aberturas fixas da edificação da agroindústria deverão ter telas com malhas antipragas de 1 a 2 
mm. 
48 
Edificações 
• JANELAS 
• As janelas dispostas na parte superior das paredes favorecem um ambiente mais claro e fresco. 
• É recomendável que as janelas estejam em altura que impeça a comunicação fácil entre os colaboradores na 
parte interna e externa da agroindústria. 
49 
Edificações 
• PORTAS 
• Deverão ser lisas, não absorventes, de cor clara e laváveis – alumínio. 
• Deverão ter sistema de fechamento automático (mola ou sistema eletrônico) e abertura máxima de 1 cm do 
piso. 
50 
Para impedir a entrada de insetos 
ou roedores pelo vão inferior da 
porta, protetores inferiores 
(borrachas flexíveis) de porta 
podem ser utilizados como forma de 
barrar seu ingresso. 
Edificações 
• PORTAS 
51 
Edificações 
• INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
• Podem ser projetadas para que toda a fiação seja embutida dentro da parede, deixando somente os 
interruptores e as caixas de tomadas na parte externa. 
52 
Se permanecerem 
externas devem ser 
revestidas por tubulações 
isolantes e presas às 
paredes e aos tetos. 
Fonte: Lima, 2016. 
Edificações 
• INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
• As lâmpadas utilizadas principalmente nas áreas de manipulação de alimentos devem estar protegidas com 
calhas para eventuais quebras ou explosões. 
53 
Fonte: Lima, 2016. 
Edificações 
• INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
• A proteção das lâmpadas deve ser de plástico ou acrílico transparente para que se evitem acidentes ou 
contaminação de cacos de vidros nas áreas internas do estabelecimento. 
54 
Edificações 
• INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 
• A água utilizada na manipulação de alimentos deve ser potável. Caso a água seja proveniente de poços 
artesianos precisará ser clorada. O vapor ou o gelo em contato direto com os alimentos ou as superfícies de 
trabalho também devem seguir os padrões estabelecidos para água potável. 
55 
A água usada para produção de vapor, 
refrigeração ou outros propósitos não 
relacionados com os alimentos deve ser 
transportada por tubulações separadas e 
preferencialmente identificada com cores 
diferentes. 
Instalações sanitárias e vestiários 
• Os banheiros e os vestiários não podem ter acesso direto e nem comunicação com a área de 
processamento de alimentos. As janelas e as portas não podem ser voltadas para dentro da 
agroindústria, mesmo a área de recepção ou expedição. 
56 
Devem ter lavabos (pias) com sabonete 
líquido neutro, álcool gel 70% e toalhas de 
papel para lavagem e secagem das mãos 
localizados próximos aos vasos sanitários 
para que os colaboradores passem em 
frente aos lavabos antes de retornar à 
área de manipulação 
Instalações sanitárias e vestiários 
• As lixeiras, os dispositivos de papel e as torneiras, preferencialmente, não podem necessitar de 
acionamento manual. 
57 
Instalações sanitárias e vestiários 
• É importante fixar placas de sinalização (adesivos ou placas) em frente aos lavados com informações 
sobre a lavagem correta das mãos e antebraços. 
58 
Instalações sanitárias e vestiários 
• O ideal é que o banheiro tenha um vestiário associado para que os colaboradores possam tomar 
banho e trocar de roupa antes do início do trabalho. 
• É recomendado a presença de armários para guardar pertences pessoais – gêneros alimentícios não 
são permitidos pois podem atrair insetos e pragas. 
59 
Instalações sanitárias e vestiários 
• De acordo com a IN n. 16 /2015, do MAPA, as agroindústrias com até 10 colaboradores (familiares e 
contratados) podem dispor de um único banheiro/vestiário, ou seja, não há a necessidade de dois 
banheiros/vestiários separados por sexo. Este banheiro pode ser um já existente na propriedade rural, 
desde que não fique a uma distância superior à 40 metros da agroindústria. 
60 
Equipamentos e utensílios 
• Antes de escolher os equipamentos, é necessário analisar qual produto e o tamanho da produção 
atual e da prevista para os próximos anos na agroindústria. 
 
• É importante verificar os materiais e o acabamento dos equipamentos e utensílios, pois são lavados e 
sanitizados constantemente com produtos químicos que podem ser agressivos ou corroer alguns tipos 
de materiais. 
 
61 
Equipamentos e utensílios 
• Alguns materiais, como madeira, cobre e alumínio, NÃO PODEM ser utilizados no processamento de 
alimentos na agroindústria, já que são porosos, não resistem a choques mecânicos e à ação dos 
sanitizantes ou podem interagir com o alimento manipulado. 
62 
Equipamentos e utensílios 
• O acabamento dos equipamentos e utensílios não deve conter soldas ou costuras resultando em 
frestas, poros ou pontos salientes que possam alojar microrganismos. As superfícies devem ser lisas e 
planas para que a higienização seja eficiente. 
63 
Equipamentos e utensílios 
64 
Fonte: Lima, 2016. 
Equipamentos e utensílios 
65 
Cantos arredondados 
facilitam a limpeza dos 
equipamentos, evitando 
o acúmulo de resíduos e 
a formação de biofilmes 
bacterianos. 
Fonte: Lima, 2016. 
Desenho / Planta Baixa / Fluxo 
• Antes da unidade agroindustrial ser construída ela deve ser pensada, de modo que o seu 
funcionamento possa ser previsto. Até mesmo a expansão da agroindústria pode ser planejada, antes 
mesmo da sua construção. 
 
• Uma ferramenta indispensável para o planejamento das instalações e operações agroindustriais é o 
“desenho”. 
66 
Desenho / Planta Baixa / Fluxo 
67 
Desenho / Planta Baixa / Fluxo 
• Exemplo: desenho arquitetônico (Planta Baixa) de unidade agroindustrial de beneficiamento de leite. 
68 
Desenho / Planta Baixa / Fluxo 
• Exemplo: desenho arquitetônico (Planta Baixa) de unidade agroindustrial de beneficiamento de leite. 
69 
Desenho / Planta Baixa / Fluxo 
• A representação da unidade agroindustrial com o auxílio do desenho arquitetônico é indispensável 
para o melhor aproveitamento da edificação que abriga o processo de produção. Além disso, a 
observação do Fluxo (rota que a produção segue) e o layout (disposição das máquinas e equipamentos 
na edificação) é melhor planejada com o auxílio do desenho. 
70 
Referências 
• BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Manual de Orientações para Concepção de Projetos 
Agroindustriais da Agricultura Familiar. 2005. Disponível em: < 
http://atividaderural.com.br/artigos/508fde4d26520.pdf>. Acesso em: ago. 2021. 
 
• CARDOSO, S.; RÜBENSAN, J. M. Elaboração e Avaliação de Projetos para Agroindústrias. Porto Alegre: 
Editora da UFRGS, 2011. 
 
• LIMA, S. A. K. Guia de elaboração de projetos de agroindústrias comunitárias. Brasília-DF; Instituto 
Sociedade, População e Natureza (ISPN), 1ª edição, 2017. 
 
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