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APENDICITE AGUDA DANIELA FRANCO CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS Apêndice – se situa no encontro das 3 tênias do cólon. É vascularizado pela: (tronco celíaco – mesentérica superior – ileocólica – artéria apendicular). Situa-se na fossa ilíaca direita, ponto de McBurney traça uma linha reta entre a crista ilíaca e a cicatriz umbilical, divide em 3 seguimentos, no terço mais lateral. FISIOPATOLOGIA Tudo começa com obstrução (fecalito - adulto, hiperplasia linfoide - criança, neoplasia, áscaris), quando obstrui vai ter distensão e proliferar bactérias (inflamação). Principais bactérias são E.Coli e B.Fragiles; após 12h pode ter diminuição do suprimento arterial levando a necrose da parede do apêndice. Em 48h pode ter perfuração, essa pode se tornar um abcesso ou ter peritonite difusa; Dor vaga mesogástrica (visceral): inicialmente tem só distensão, o peritoneo visceral a dor vai ser referida na raiz nervosa pelo plexo mesentérico superior – por isso dor periumbilical Dor FID (sinal de Blumberg): com a isquemia irrita peritoneo parietal e esse já vai dar a dor local, na fossa ilíaca direita. CLÍNICA Dor periumbilical que irradia para FID Anorexia Náusea/vomito Febra baixa Quando complica: plastrão / abcesso / peritonite difusa (descompressão dolorosa em 4 quadrantes) SINAIS Sinal de Blumberg: dor a descompressão brusca em FID Sinal de Rovsing: dor na FID após compressão de FIE (deslocação de ar para lado direito) Sinal de Dunphy: dor em FID quando tosse Sinal de Lenander: temperatura retal maior que 1 grau do que axilar Sinal do obturador: sente dor hipogástrica com dor a rotação interna da coxa direita flexionada (joga pé para fora). Sinal do psoas: apendicite retrocecal: dor a extensão da coxa direita com paciente em decúbito esquerdo DIAGNÓSTICO Diagnóstico é clínico – história clássica em homem. Na dúvida: idoso, criança, mulher, obesos, gestante. Solicitar imagem: TC –padrão ouro (abdome inflamatório sempre TC) USG – criança e gestante RM – se dúvida após USG > 7 – cirurgia 4-7 – imagem (TC/USG) < 4 – diagnóstico diferencial TRATAMENTO SIMPLES: < 48h e sem complicações – ATB PROFILÁTICO + APENDICECTOMIA (aberta/vídeo). Pode esperar para operar dia seguinte, tem menos risco do que equipe cansada de madrugada. SUSPEITA DE COMPLICAÇÃO: (> 48h ou massa – fazer exame de imagem). Peritonite difusa = ATB + CIRURGIA DE URGÊNCIA Fleimão = como se fosse um pré – abcesso, não puncionável). Faz ATB + COLONO (após 4 a 6 semanas) +- CIRURGIA (após 6 a 8 semanas) Abscesso (>4cm) = é puncionável. DRENAGEM PERCUTANEA + ATB + COLONO (após 4 a 6 semanas) +- CIRURGIA (após 6 a 8 semanas) Obs: se abre para tirar apêndice e não está com apendicite, tira de toda forma
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