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2) EXAME FISICO QUÍMICO DA URINA

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EXAME FÍSICO - QUÍMICO DA URINA
EDIBERTO NUNES 
Farmacêutico - Bioquímico
Especialista em Citologia e Análises Clínicas
Mestre em Ciências Morfológicas
Professor de Uroanálises
É o mais antigo teste laboratorial.
Limitava a análises de Cor e Aspecto.
Hipócrates: 460 anos a.c, estudou a Filtração
Renal.
Paracelsus: 1544, estudou quimicamente a urina.
HISTÓRICO
EXAME DE URINA ROTINA (EAS)
ANÁLISE FÍSICA
RESULTADO VALOR DE REFÊNCIA
- Volume 50 ml 30 - 50 mL
- Aspecto Turvo Límpido
- Cor Amarelo citrino Amarelo citrino
- Densidade 1,030 1,010 - 1,035
ANÁLISE QUÍMICA
- pH 6,0 5,5 - 6,5
- Proteínas Positivo (++) Negativo
- Glicose Positivo (traço) Negativo
- Corpos cetônicos Negativo Negativo
- Sangue Positivo (+) Negativo
- Leucócitos Positivo (++) Negativo
- Nitrito Positivo Negativo
- Bilirrubina Negativo Negativo
- Urobilinogênio Normal Normal
ANÁLISE MICROSCÓPICA
- Leucócitos 10 - 12 p/c Até 5 p/c
- Eritrócitos 6 - 8 p/c Até 2 p/c
- Células Descamativas Frequentes Raras a Frequentes
- Cristais Ausentes -
- Cilindros Eritrocitário e Granuloso (F) Ausentes
- Flora Bacteriana Abundante Rara
A coleta de urina é bem
simples e pode até mesmo ser
realizada em casa, desde que
sejam seguidas algumas
instruções. A coleta adequada é
muito importante para evitar
contaminação e a necessidade de
realizar outro exame. A urina deve
ser coletada em frasco de material
inerte, limpo, seco e à prova de
vazamento. É recomendado o uso
de recipientes descartáveis
porque eliminam a possibilidade
de contaminação
COLETA DE URINA
TIPOS DE COLETA DE URINA
Aleatória
Rotina
Pós prandial
Amostra para TTG
Estéril de jato médio
 24 Horas
Cateterizada
Aspiração Suprapúbica
Pediátrica
- Volume Ideal para realização do exame de urina
rotina (EAS): 60 - 80 mL.
- Volume Mínimo Aceitável: 20 - 30 mL.
ARMAZENAGEM DA URINA
A urina deve ser analisada rapidamente após
a coleta, de preferência em até 120 minutos após
a obtenção, evitando assim alterações.
Se isto não for possível deve ser
imediatamente refrigerada (a 4°C) e armazenada
por no máximo 12 horas ou fazer uso de
conservantes. Ex: formalina (1 gota/10 mL de
urina), timol (um cristal para cada 10 mL de urina).
OBS: todos os conservante utilizados na urina tem
vantagens e desvantagens.
MÉTODOS DE ANÁLISE DA URINA
A análise da urina envolve um conjunto de
aferições que incluem suas características físicas,
bioquímicas e microscópicas. Cada etapa irá avaliar
uma condição diferente. Por exemplo, altas
concentrações de partículas na sua urina podem
indicar que você está desidratado. Níveis elevados de
pH podem indicar problemas do trato urinário ou do
rim. E a presença de açúcar pode indicar diabetes.
ANÁLISE FÍSICA DA URINA
A urina pode ser avaliada pela aparência
física (cor, turbidez, odor e volume), chamada
também de análise macroscópica.
ASPECTO: a urina normal possui um aspecto
claro, transparente. Turvações podem aparecer em
urinas ácidas (uratos) e alcalinas (fosfato).
COR: a cor da urina normal varia do amarelo ao
âmbar, e é devido a presença de um pigmento
chamado urocromo. Cor rosada, vermelha ou
castanha pode indicar presença de sangue. Cor
âmbar escuro pode indicar a presença de urobilina
ou bilirrubina, enquanto urina azul, amarelo vivo
podem indicar presença de medicamentos.
OBS: cor da urina branca é suspeita de
proteinúria.
VOLUME: o volume normal de urina no adulto,
no período de 24 horas, pode variar de 750 a 2.000
mL. O volume médio é de cerca de 1.500 mL.
- Poliúria: aumento de excreção urinária. Ex:
diabetes Melitus.
- Oligúria (anúria): caracterizado pela excreção de
menos de 200 mL diários de urina ou supressão
total da excreção. Ex: vômitos, transpiração
excessiva, choque, etc.
DENSIDADE: a urina é composta por 96% de
água e 4% de substâncias iônica e não iônicas,
portanto a densidade normal varia de 1,005 a 1,035.
Para aferir a densidade usamos: urodensímetro;
refratômetro, picnômetro, osmômetro e tiras
reagentes.
OBS: A densidade pode estar diminuída no
diabetes insípidus (vasopressina), glomérulonefrite,
pielonefrite e outras anormalidades renais.
Aumentada na insuficiência da adrenal, doenças
hepáticas, presença anormal de substâncias como:
glicose, proteínas e contraste radiológicos.
ANÁLISE QUÍMICA DA URINA
Esta etapa avalia as propriedades químicas
da urina, identificando a ausência ou presença de
determinadas substâncias importantes:
pH: a capacidade ou incapacidade dos rins de
secretar ou reabsorver ácidos ou bases. Valores
altos ou baixos podem indicar cálculos renais e
presença de microrganismos. Valores Normais: 5,0
- 6,5.
OBS: - Urinas Ácidas são produzidas: dietas ricas
em proteínas; diabetes mellitus mal controlada e
tratamento com acidificantes. - Urinas Alcalinas
são produzidas: Após refeição; dieta vegetariana;
medicamentos alcalinizantes ou diuréticos e
infecção urinária.
Método de Aferição: Tira Reagente (azul de
bromotimol e vermelho de metila).
PROTEÍNAS: proteinúria é uma excreção
elevada de proteínas na urina, sendo o indicador
mais importantes de lesão renal. A albumina
constitui 60 - 90% da proteína excretada na maioria
dos casos.
OBS: a proteinúria pode ser classificada em: Alta
(4 g dia); Moderada (0,5 - 4g/dia); Mínima
(<0,5g/dia); Postural (muito tempo na posição
ereta); Funcional (febre, exposição ao calor, frio,
exercícios físicos intensos e stress emocional);
Bence-Jones (mieloma múltiplo) e Micro
Albuminúria (26 - 250 mg/dia).
Método de Aferição: Tira Reagente (azul de
tetrabromofenol); Químico (ácido nítrico e
sulfossalicílico).
Relação com cilindrúria: muito importante.
GLICOSE: é filtrada no glomérulo e normalmente
reabsorvida ao nível tubular. O limiar renal é 160 -
180mg/dL (nível sanguíneo). Quando este limiar é
ultrapassado a glicose aparece na urina na forma
de glicosúria e é normalmente considerada como
uma marca do Diabetes Mellitus.
OBS: no DIABETES MELLITUS a glicosúria é
acompanhada de hiperglicemia, poliúria e sede.
 CONDIÇÕES PATOLÓGICAS EM QUE A
GLICOSE APARECE NA URINA ABAIXO DO
LIMIAR RENAL:
 Glicosúria renal (diabetes insipidus).
 Distúrbios endócrinos da supra renal.
 Tumores.
 CONDIÇÕES BENIGNAS EM QUE A GLICOSE
APARECE NA URINA ABAIXO DO LIMIAR
RENAL:
 No pós-prandial: após ingestão de grandes
quantidades de açucares.
 No final da gravidez: pré-diabetes.
 Administração de certas drogas:
corticosteroides, tiazídas, etc.
 Stress emocional.
 MÉTODO DE AFERIÇÃO: Tira Reagente (glicose-
oxidase); Químico (teste de Benedict - redução
do cobre em meio alcalino).
 Interferência com Ácido Ascórbico: a presença
de ácido ascórbico em grande quantidade na urina
pode produzir falso negativo.
CONTROLE
METABÓLICO
DESCONTROLE
METABÓLICO
HbA1 < 8% HbA1 > 8%
NEFROPATIA 
AUSENTE
NEFROPATIA 
AUSENTE
NEFROPATIA 
GRAVE
DIABETES MELLITUS
CORPOS CETÔNICOS: são produzidos a partir
do metabolismo dos ácidos glaxos como fonte de
energia. Os 3 corpos cetônicos são: Ácido
Acetoacético (20%); Acetona (2%) e Ácido B.
Hidroxi Butírico (78%).
OBS: a cetonúria ocorre no jejum extremo; frio
intenso; diabetes Mellitus descompensada.
Método de Aferição: Tira Reagente
(nitroprussiato de sódio.
SANGUE: a presença de sangue na urina é
importante indicação de lesão renal ou trato
urinário. Pode aparecer intactos como eritrócitos
ou hemolizados.
OBS: a hematúria pode estar associada a
glomérulonefrite aguda; nefrite lúpica; hipertensão
maligna; traumatismo localizado, etc.
Método de Aferição: Tira Reagente (tetrametil
benzidina).
Interferência com Ácido Ascórbico: a presença
de ácido ascórbico em grande quantidade na urina
pode produzir falso negativo.
BILIRRUBINA: não é eliminada normalmente na
urina.
OBS: aparece na urina quando o seu ciclo normal
de degradação é interrompido pela obstrução do
ducto biliar ou quando o fígado foi lesado,
permitindo seu extravasamento para a circulação enas doenças hepáticas (cirrose e hepatites).
Método de Aferição: Tira Reagente (2,4
dicloroanilina diazônio em meio ácido).
Interferência: a presença de Ácido Ascórbico em
grande quantidade na urina pode produzir falso
negativo e o Piridium ou outros compostos
coloridos podem ocultar a reação.
UROBILINOGÊNIO: assim como a bilirrubina, o
urobilinogênio é um pigmento biliar resultante da
degradação da hemoglobina, porém é observado
na urina normalmente.
OBS: o aumento na urina é observado nas
hepatopatias e distúrbios hemolíticos.
Método de Aferição: Tira Reagente
(paradimetilaminobenzaldeído - em meio ácido).
NITRITO: o teste do nitrito é útil na detecção da
infecção urinária inicial na bexiga (cistite).
OBS: bactérias que de reduzem o nitrato a nitrito:
enterobactérias, stafilococos e pseudômonas.
Bactérias que não reduzem: streptococos.
Método de Aferição: Tira Reagente (ácido
arsanílico - formando um sal diazônico).
RELAÇÃO ENTRE UROBILINOGÊNIO E 
BILIRRUBINA URINÁRIOS
ALTERAÇÃO UROBILINOGÊNIO BILIRRUBINA
NORMAL NORMAL NEGATIVO
HEPATITES POSITIVO POSITIVO
HEPATOTOXINAS POSITIVO POSITIVO
OBSTRUÇÃO BILIAR NEGATIVO
POSITIVO
ICTERÍCIA HEMOLÍTICA POSITIVO NEGATIVO
CIRROSE POSITIVO POSITIVO OU NEGATIVO
LEUCÓCITO: a presença de leucócitos
aumentado na urina é indicativo de bacteriúria e
infecção urinária.
OBS: amostras de mulheres descartar a
possibilidade de contaminação com secreção
vaginal.
Método de Aferição: Tira Reagente (éster
aminoácido do pirrol).
BIBLIOGRAFIA 
CONSULTADA
- STRASINGER, S. King - Uroanálise - Fluidos biológicos. 5. 
ed. São Paulo: Panamericana; 2009.
- GUYTON & HALL - Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. 
São Paulo: Elsevier; 2017.
- ROBBINS, K. Contran - Patologia estrutural e funcional. 9. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2016.
- HOFFMAN-LAROCHE - Curso de Uroanálise. Rio de 
Janeiro: Roche; 2000.
- CANÇADO, R. - Métodos Laboratoriais Aplicados à Clínica 
- Técnica e Interpretação. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan; 2001.
- PEREIRA & JOÃO - Atlas de Morfologia Espermática. São Paulo: 
Atheneu; 2001.
- PIVA, S. - Espermograma, Maringá: Atheneu, 2010.

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