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Instituto Federal da Bahia - IFBA Especialização em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica (DocentEPT) Projeto Pedagógico na EPT Mayara Santos Souza Os desafios e oportunidades na construção de um currículo por competências na Educação Profissional A Educação profissional visa a construção de competências que deve estar contempladas nos perfis de conclusão de curso e o reconhecimento dessas competências profissionais é reconhecida por lei que indica que a educação profissional, além de oferecer formação inicial de trabalhadores, também tem o papel de certificar essas competências profissionais construídas no ambiente de trabalho. Portanto, a educação por competência está em consonância com a Educação Profissional, mas essa educação só é desenvolvida por meio de situações reais e é o resultado da situação que garante a formação da competência no aluno. O reconhecimento de competências profissionais dá o direito do aluno, desde que comprovadas, a não reaprender aquilo que já sabe, reduzindo a quantidade da carga horária do curso pretendido. Ou seja, os estudantes que já trabalham em determinada área e que busca uma qualificação afim de ter uma certificação, o estudante pode ter a validação do seu conhecimento reconhecido pela sua experiência, além da possível redução de carga horária além de contribuir para a dedicação do estudante dentro do curso. Nesse sentido, a escola assume a sua função de mediadora do conhecimento que o aluno já possui e nesse processo de construção de conhecimentos já extraídos da vivência do aluno precisa ser articulado com o processo de apropriação do conhecimento mobilizando a competência já construída e ampliando para construção de novas competências. A construção de um currículo por competências não presume o abandono da transmissão dos conhecimentos e nem a construção de novos conhecimentos, muito pelo contrário, esses processos são indissociáveis na construção das competências. O que difere ambos é que a prática pedagógica não será apenas a transmissão dos saberes, mas sim através da construção, apropriação e mobilização dos saberes, porque a construção das competências depende dos conhecimentos adquiridos de situações reais, de significados. Nessa perspectiva, a escola assume um novo papel, o papel de escola integradora, cujo a referência é cotidiana, que integra a produção interna à produção da prática social e ao desenvolvimento pessoal, demonstrando que a aprendizagem acontece também fora da escola, acometendo que esse aluno entenda que vai existir aprendizagem ao longo de toda vida. Consequentemente, construir um projeto pedagógico que tenha o currículo por competências implica na centralidade do aluno, possibilitando uma aprendizagem com ênfase na qualidade e autonomia, na prática pedagógica diversificada, advertindo na mudança da escola e do professor, cujo objetiva o aprender e não o ensinar, tornando o aluno o agente indispensável da aprendizagem. Essa construção de um projeto pedagógico leva o professor a considerar e explorar as relações interdisciplinares, levando em conta o conhecimento orgânico como complementaridade dos saberes, ao se trabalhar com situações-problemas contextualizadas, pois o conteúdo sem contexto não se torna significativo para o aluno e, portanto, não se torna passível de aprendizagem. Dentro da construção de currículo por competências, as maiores mudanças são com relação a essas práticas pedagógicas, o sistema de avaliação que geralmente, geram resistências nos docentes, sendo desafiador para superar os paradigmas que norteiam a educação profissional. Mas, essa resistência de deve a vivência dos docentes, no decorres da sua formação e histórico o hábito de ter acesso a cursos que o currículo é por disciplinas, sendo assim, para que essas mudanças fossem aceitas de forma menos resistente, faz se necessário a qualificação dos sujeitos envolvidos no processo de ensino, a adequação e organização da didática da instituição, para que possam estar aptos a dar suporte às novas práticas educativas. Para conseguir trabalhar o currículo por competências, as instituições, geralmente adotam dentro da educação profissional a pedagogia de projetos interdisciplinares como metodologia central com a possibilidade de utilizar outras abordagens metodológicas participativas, ativas e problematizadoras para o ensino dos conteúdos técnico e científicos e para o desenvolvimento das habilidades e competências profissionais que habilitarão o formando a um exercício profissional crítico e transformador. E um dos desafios do currículo por competências é a certificação da formação profissional, tendo em vista que o mercado de trabalho não está acostumado com conceitos avaliativos substituindo o registro numérico, pois os profissionais responsáveis por processos seletivos muita das vezes tendem a supervalorizar as “notas” durante a seleção de candidatos a emprego, fato que pode dificultar a inserção do profissional egresso no mundo produtivo. Em resumo, a construção de um currículo por competências na Educação Profissional oferece a oportunidade de preparar os alunos de forma mais relevante e direcionada para o mercado de trabalho, mas também exige esforços significativos na definição de competências, estruturação do currículo e formação de professores. No entanto, os benefícios a longo prazo para os alunos e para a sociedade podem ser substanciais. REFERÊNCIAS: BERGER FILHO, Ruy. Currículo por competências. Brasília: MEC, 1999. Disponível em: Currículo e Competências (rededosaber.sp.gov.br) ARAUJO, Evanísia Assis Goes; BARBOSA, Valquíria Bezerra. Desafios na implementação do currículo por competências. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 57, p. 364-365, 2004. Disponível em: SciELO - Brasil - Desafios na implementação do currículo por competências Desafios na implementação do currículo por competências http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/portals/18/arquivos/curriculo_e_competencias_cr.pdf https://www.scielo.br/j/reben/a/rQJPby9nYFPTc69RNgscSRz/ https://www.scielo.br/j/reben/a/rQJPby9nYFPTc69RNgscSRz/
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