Buscar

ACIDENTES E COMPLICAÇÕES DA ANESTESIA LOCAL EM ODONTOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

≠
• Acidente: acontecimento fortuito, casual, imprevisto, não tem 
como prever 
• Complicações: manifestação mórbida que se acresce à 
evolução normal de uma doença e que consequentemente 
agrava o prognóstico 
 
• O cirurgião dentista está muito propenso a ter dificuldades, 
embaraços e obstáculos, pois necessita usar anestésicos 
frequentemente 
• Diferentemente dos médicos que possuem um anestesista 
responsável por qualquer eventualidade 
• O fator emocional influencia nas complicações 
• O local de atendimento deve ter recursos para o profissional 
trabalhar adequadamente 
• O CD deve possuir sempre os medicamentos dentro da 
validade para primeiros socorros das possíveis complicações 
 
º
Cabe ao dentista: 
• “Prescrever e aplicar medicamentos de urgência em caso 
de acidentes graves que comprometa a vida e a saúde do 
paciente.” 
• O CD responde pelas complicações decorrentes de seus 
atos 
• Em caso de complicação deve-se dar início aos primeiros 
socorros 
• Após a chegada do SAMU, encaminha-se o paciente para 
atendimento médico 
 
º
º
É vedado aos médicos (e cirurgiões-dentistas): 
• “Praticar atos profissionais danosos ao paciente, que possam 
ser caracterizados como imperícia, imprudência ou 
negligência.” 
• “Os procedimentos de alcance do profissional devem ser 
realizados por profissionais com treinamento adequado e tais 
procedimentos deverão ser iguais, em termo de qualidade, 
para todos os pacientes. Não podem haver distinções.” 
 
Imperícia 
• Indivíduos não estão aptos para realizar o procedimento e 
mesmo assim o realizam 
• Indivíduo que realiza uma cirurgia de 3º molar sem estar 
habilitado para tal procedimento, responderá por imperícia. 
Imprudência 
• Profissional não está preparado para o socorro em caso de 
complicações 
• Na hora em que se assume o paciente na cadeira, faz-se a 
aplicação de uma anestesia, mas, não se está habilitado e 
treinado para resolver as complicações que possam surgir, 
responde-se por imprudência. 
 
Negligência 
• O responsável se omite ao socorro. 
• É de obrigação ética dos profissionais consultar livros com 
intuito de aprimorar os conhecimentos já obtidos, à fim saber 
como agir diante de qualquer situação. 
• O paciente deve informar possíveis doenças e alergias. Na 
dúvida, não se deve realizar o procedimento. 
• A negligência é a ausência de socorro no seu ambiente de 
trabalho. 
 
Quanto à Intensidade e Duração: 
Primárias Causada e se manifesta 
durante a anestesia 
Secundárias Se manifesta mais tarde, 
mesmo que tenha sido 
causada no 
momento da anestesia 
Leves ou Brandas Ligeiro desvio do padrão 
normal esperado; 
Reversível independente do 
tratamento 
Intensas Desvio do padrão 
acentuado do normal e 
exige um plano 
decisivo de tratamento 
Transitórias ou 
permanentes 
 
 
 
Quanto à Etiologia: 
Atribuídas à solução 
anestésica 
Atribuídas à inserção da 
agulha 
Toxicidade Lipotimia/ Síncope 
Alergias Dor 
Infecções causadas por 
soluções contaminadas 
Edema 
Irritações teciduais causadas 
pela solução 
Infecções 
Anestesia prolongada 
Trismo 
Hematoma ou equimose 
Fratura da agulha 
 
 
 
 
• Ocorrem na região da infiltração 
• São complicações de anestesia baseado na substância, na 
técnica anestésica, no estado do paciente 
 
• Agulhas sem brilho, com farpas, bisel em mal estado 
• Causada pela velocidade da injeção (aplicada rapidamente) 
• Inserção agressiva da agulha 
• Grande volume de solução ou número de inserções 
• Agulha não esterilizada, solução contaminada ou deteriorada 
• Não guardar anestésico na geladeira, pois o mesmo vai 
cristalizar e durante a aplicação causará sensação de 
queimação no paciente 
• Retirar previamente para ficar em temperatura ambiente 
• Precaução 
 - Anestésico na temperatura corporal 
 - Injeção lenta e com baixa pressão 
 - Ideal: 30 segundos por ml de solução 
 
Função do bisel 
• Promover uma superfície cortante que ofereça a menor 
resistência possível ao ser penetrada e removida dos tecidos 
• Quanto menor a resistência dos tecidos até a perfuração, 
maior é o conforto do paciente pois menor será a 
sensibilização das terminações adjacentes a área do bisel 
• O processo de perfuração atraumática da mucosa bem 
como a manutenção na integridade tecidual é dependente da 
integridade do bisel da agulha 
• Mesmo as agulhas mais finas disponíveis (32G) promovem 
dano tecidual quando utilizadas com o bisel danificado 
 
• As agulhas usadas eram de aço inox 
• Fazia-se a esterilização delas a cada procedimento 
• Essa prática de esterilização fragilizava o instrumento 
• Com o tempo a fratura acontecia mais facilmente 
• Hoje o uso de agulhas descartáveis diminuiu as fraturas 
 
Por que ocorre a Fratura de Agulha? 
• Paciente se assustar e se movimentar bruscamente 
• Tamanho inadequado da agulha em relação ao tipo de 
bloqueio 
• Não respeitar a margem de segurança de 1/3 de 
comprimento para fora da mucosa (remoção com uma pinça 
hemostática) 
• A agulha curta não permite em determinados bloqueios a 
margem de segurança (pode fraturar e permanecer dentro 
da musculatura) 
 
 
• Circunstância dolorosa com incapacidade de abrir a boca 
normalmente 
• Contração dolorosa da musculatura da mandíbula 
(masseteres) 
• Desenvolvido o trismo, alguns casos serão resolvidos 
espontaneamente 
• A progressão do trismo para hipomobilidade crônica e 
anquilose fibrosa pode ser prevenida pela instituição precoce 
do tratamento 
• Geralmente, o trismo se resolve em 6 semanas, com 
intervalo de 4 a 20 semanas 
 
Fatores causais do trismo 
• Injeções múltiplas na mesma área - curto período de tempo 
• Injeções intramusculares no interior do músculo ou trauma 
nos músculos (músculo pterigóideo lateral ou o músculo 
temporal) que causam formação e fibrose do hematoma 
• Fratura da agulha no músculos inseridos no processo 
estilóide 
• Posicionamento impreciso da agulha ao administrar BNAI 
• Injeções posteriores maxilares ou inflamação do masseter e 
de outros músculos mastigatórios 
• Infecção de baixo grau 
• Volumes excessivos de sol. anestésica local depositada em 
região delimitada causar expansão dos tecidos 
• Na fase aguda, a dor da hemorragia leva à contração 
muscular e limitação do movimento 
 
Como evitar? 
• Consciência dos marcos e músculos anatômicos palpação do 
ramo anterior ósseo para o músculo temporal, prega pterigo-
mandibular para músculo pterigóide e angulação adequada da 
agulha e do contato ósseo antes da injeção 
• Intra-oralmente, a técnica de Vazirani-Akinosi, (Técnica de 
bloqueio do nervo mandibular de boca fechada ou técnicas 
extra-orais podem fornecer anestesia a pacientes com trismo) 
 
Tratamento 
• Consiste em termoterapia 
• Dieta macia 
• Prescrição de analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos, 
relaxantes musculares; ou fisioterapia 
• Obs: O trismo causado por uma infecção precisa ser tratado 
com antibióticos 
• Cloridrato de ciclobenzaprina - 10mg (1 comprimido à noite) 
 
• Efeito da anestesia demorar a passar 
• Transitória ou permanente 
• Dano no nervo com a agulha durante a injeção 
• Agulha pode danificar o suprimento sanguíneo intraneural 
resultando um hematoma (causado por sangramento interno) 
que comprimiu o nervo 
• A agulha pode traumatizar o músculo pterigóideo medial que 
resulta em trismo (hemorragia local) 
• A neurotoxicidade do anestésico local é outra teoria para 
danos nos nervos 
• Devido a uma sensação entorpecida, o paciente pode sentir 
desconforto, como morder a língua, babar, perda de paladar 
e problemas de fala 
 
Tratamento 
• ETNA 
• 3 injeções 2,5 + 1,5 mg+ 1000 mg (1 ampola/dia- IM durante 
três dias, seguida de uma cápsula de 8/8 horas durante 30 
dias) 
• Comprimidos- 2 caixas – 8/8 horas (toma uma semana - 
interrompe o uso por uma semana- toma novamente uma 
semana) 
• Obs: A vitamina B12 é essencialpara a síntese de 
nucleoproteínas e mielina, para o processo de regeneração 
nervosa 
 
• É o resultado de laceração venosa ou arterial 
• Acúmulo de sangue num órgão ou tecido 
• Etiologia: técnica incorreta - atinge vasos sanguíneos 
• Quando próximo ao nervo, ajuda a realizar parestesia 
• O aumento da pressão arterial intra-arterial causa efusão de 
sangue nos tecidos moles circundantes 
• Pode ser evitada por aspiração antes de injetar a solução 
anestésica 
• O inchaço e a descoloração desaparecem em 10 a 15 dias 
• Compressas de gelo nas primeiras 24 horas 
• Após, compressas úmidas quentes intermitentes 
• Creme de heparina para massagem 
• Antibióticos se o hematoma for grande para impedir o 
desenvolvimento de infecção na ferida 
 
Áreas comuns de ocorrência: 
• Tuberosidades maxilar (plexo venoso pterigóideo) 
• Região pterigomandibular 
• Região infra-orbital 
• Região mentoniana 
 
• Consistem em estomatite aftosa recorrente e o herpes 
simplex pode ocorrer intraoralmente após uma injeção de 
anestésico local ou após qualquer trauma nos tecidos intraorais 
• O mecanismo exato é desconhecido, mas qualquer trauma 
nos tecidos por uma agulha pode ativar a forma latente do 
processo da doença que estava presente nos tecidos com 
injeção anterior 
 
• Falha na cadeia asséptica desinfecção/esterilização do 
material - Manuseio do tubete de anestésico 
• A posição de “pegar” o anestésico 
• contaminar o anestésico 
• A desinfecção deve ser feita por fricção com álcool 70 - Se 
o anestésico não estiver bem vedado 
• Contaminação 
• A infecção pode se estender aos tecidos pela penetração 
da agulha através de um tecido contaminado 
• A anestesia local não deve ser injetada na área infectada 
• A área a ser penetrada deve ser limpa com um antisséptico 
tópico antes da inserção da agulha 
• Soluções antissépticas para enxaguatório bucal 
 
• Causado por trauma durante a injeção, infecção, alergia, 
hemorragia e injeção de soluções irritantes 
• Causados pelo acúmulo anormal de líquido anestésico na 
mucosa 
• O manejo do edema depende da causa trauma = trata como 
um hematoma edema produzido por infecção= antibiótico 
alergia = anti-histamínico 
 
• No palato a mucosa é muito aderida e quando se faz uso de 
vasoconstrictores, a chance de necrose é grande 
• Para evitar deve-se injetar lentamente 
• Usar a quantidade de anestésico necessário para realizar uma 
isquemia 
• Evitar excesso 
 
• Úlcera nos lábios e bochecha (criada pela mordedura) 
• Escara (grande volume de solução e muitas inserções da 
agulha no mesmo lugar). Sintoma: sensação de queimadura, 
dor, infecção secundária 
• Isquemia e necrose (comum no palato duro - pouco 
vascularizado); mais comum em crianças 
• Ocorre na técnica incorreta do BNAI 
• A face fica paralisada de 2 à 3 horas e depois volta ao normal 
• Os lábios e pálpebras caem e o ideal é que as mesmas 
permaneçam fechadas para não ressecar 
 
• A injeção intra-arterial ou perfuração da parede vascular 
estimula as fibras simpáticas correndo ao longo da artéria 
maxilar interna até alcançar a órbita 
• A injeção intravenosa pode atingir o seio cavernoso através 
do plexo pterigóideo e anestesiar os nervos oculomotor, 
troclear ou abducente 
• A Síndrome de Horner pode ocorrer após anestesia do NAI 
por causa da penetração do anestésico local através dos 
espaços laterais da faringe e pré-vertebrais, causando barreira 
ao gânglio estrelado 
• Mais comuns incluem diplopia (visão dupla) 
• Oftalmoplegia (paralisia ou enfraquecimento dos músculos 
oculares) 
• Ptose e midríase (dilatação da pupila) 
• Observa-se mais amaurose (cegueira parcial / total) 
• Obs: Todas essas complicações são transitórias e 
desaparecem com a interrupção dos efeitos anestésicos 
 
 
• Comum em odontopediatria 
• Acontece com frequência crianças morderem os lábios, 
línguas, mucosas e não sentirem 
• Causando traumas e dor após passar o efeito do anestésico 
 
 
• A técnica de Gow-Gates para anestesia do bloqueio 
mandibular está associada apenas à diplopia 
• O comprometimento da visão (amaurose) está mais 
associado ao bloqueio do nervo alveolar inferior do que 
ao bloqueio do nervo alveolar superior posterior

Mais conteúdos dessa disciplina