Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC CIB126 – FARMACOLOGIA GERAL ALUNOS: BRENDA LUANNY MAIA SANTOS CAMILLA SILVEIRA DOS SANTOS LIMA NADINE DE ALMEIDA CERQUEIRA PAULO VINICÍUS BISPO SANTANA Discussão atividade SNA - Parte 1 1- Primeiramente foi administrado Heparina (200 UI/ml) intravenosa. A Heparina é um fármaco anticoagulante, sua administração serviu para impedir a formação de coágulos (trombos) no organismo. 2- Administrou-se solução fisiológica (solução NaCl a 0,9%) e esta não alterou a pressão sanguínea (mantendo 130 mmHg); Foi administrado o soro fisiológico (0,9%) para manter a pressão sanguínea, isso porque, essa é a mesma concentração de sal (900 miligramas de cloreto de sódio por 100 mililitros de água) encontrada em células normais do organismo. 3- Estimulou-se o nervo vago que acarretou numa diminuição da pressão sanguínea (de 130 mmHg abaixou para 85 mmHg); O nervo vago é importante para a manutenção de funções vitais e seu estimulo pode provocar queda dos batimentos cardíacos e da pressão arterial. Por isso, no caso em questão, houve a diminuição da pressão sanguínea do animal. 4- Administrou-se acetilcolina (Volume administrado: 1,4ml / Concentração utilizada: 25μg/ml) acarretando numa diminuição da pressão sanguínea (de 130 mmHg abaixou para 80 mmHg) e esta diminuição foi mais lenta em relação ao estímulo vagal; A ACh ativa receptores M3 das células endoteliais do musculo liso. Por conta dessa ativação, produz-se óxido nítrico (NO), o qual estimula a produção de proteinocinase G, levando à hiperpolarização e ao relaxamento do músculo liso por meio da inibição da fosfodiesterase 3. Diferente da administração intravenosa de Ach, a estimulação do nervo vago gera uma absorção mais rápida do fármaco, pois este faz uma conexão direta do sistema nervoso com o TGI. 5- Administrou-se plasma que não modificou a pressão sanguínea (mantendo 130 mmHg); O plasma, quando administrado sozinho, não modifica a pressão sanguínea. Há estudos que apontam a sua utilidade para a profilaxia de eventos hemorrágicos. Porém, no ensaio em questão, confirma-se que a administração do plasma não provocou alterações. 6- Administrou-se plasma e acetilcolina que foram anteriormente encubados em banho-maria a 37ºC e não modificou a pressão sanguínea (mantendo 130 mmHg); No plasma, é possível detectar a presença da acetilcolinesterase (AChE), enzima responsável pela degradação da acetilcolina. Por isso, apesar da acetil-CoA ter efeito vasodilatador, ao ser administrada juntamente com plasma, ela será degradada, não sendo capaz de provocar nenhum efeito e por isso, a pressão sanguínea não sofrerá alterações. 7- Administrou-se uma associação de plasma, neostigmina e acetilcolina que foram anteriormente encubados a 37ºC em banho-maria acarretando num declínio da pressão sanguínea (de 130 mmHg para 110 mmHg), depois de feita a aplicação deu-se um intervalo de 10 minutos; A neostigmina pertence ao grupo de medicamentos chamados colinérgicos, e tem a capacidade de inibir reversivelmente a enzima acetilcolinesterase. Por isso, apesar da presença da AChE no plasma, a presença da neostigmina não vai permitir que a acetilcolina seja degradada, acarretando no declínio da pressão sanguínea. 8- Administrou-se acetilcolina (Volume administrado: 1,4ml / Concentração utilizada: 25μg/ml) novamente e houve uma baixa na pressão sanguínea (de 130 mmHg para 60 mmHg); Administrou-se atropina (Volume administrado: 2,35ml / Concentração: 10mg/ml) logo após a administração de acetilcolina e houve um rápido aumento na pressão sanguínea (de 60 mmHg para 120 mmHg); Na sequencia administrou-se acetilcolina (Volume administrado: 4,7ml / Concentração utilizada: 500μg/ml) e a pressão sanguínea sofreu três picos registrados pelo quimógrafo, o primeiro pico chegou a 180 mmHg, o segundo a 200 mmHg e o terceiro a 240 mmHg A atropina é um agente antimuscarínico, antagonizando as ações semelhantes à muscarina de ACh. A administração de atropina, inibiu as ações muscarínicas da ACh nos músculos lisos, isso ocorre pela atropina ter ação de antagonismo competitivo. Por esse motivo, a segunda dose de ACh foi mais concentrada/maior, pois a intenção era superar os efeitos da atropina nos receptores. Infelizmente, o efeito desejado não foi alcançado por conta de uma dessensibilização dos receptores. - Parte 2 9- Administrou-se solução fisiológica (solução NaCl a 0,9%) novamente para experimentos com fármacos ligados ao sistema nervoso autônomo simpático e esta não alterou a pressão sanguínea (mantendo 130 mmHg); A administração do soro fisiológico (0,9%) serviu para manter a pressão sanguínea, isso porque, essa é a mesma concentração de sal (900 miligramas de cloreto de sódio por 100 mililitros de água) encontrada em células normais do organismo. 10- Administrou-se Epinefrina (Volume: 2,9 ml / Concentração: 20μg/ml) e houve um aumento na pressão sanguínea (de 130 mmHg para 180 mmHg); Epinefrina causa aumento da pressão por estimulação dos receptores beta1 e alfa1 adrenérgicos que são acoplados a proteínas g excitatórias, Gs e Gi, respectivamente. 11- Administrou-se Norepinefrina (Volume: 2,9 ml / Concentração: 20μg/ml) e houve um aumento na pressão sanguínea (de 130 mmHg para 200 mmHg); 12- Administrou-se Salbutamol (Volume: 5,85 ml / Concentração: A Norepinefrina causa estimulação dos receptores adrenérgicos alfa1 e beta1, sendo mais eficientes no aumento da pressão sanguínea do que a epinefrina já que não estimulam beta2 12 μg/ml) e houve uma diminuição na pressão sanguínea (de 130 mm Hg para 80 mmHg). Administrou-se Propranolol (Volume: 11,7 ml / Concentração: 5mg / ml) e houve uma estabilização na pressão sanguínea (de 110 mmHg para 100 mmHg); O Salbutamol é um agonista B2-adrenérgico seletivo, o qual tem como função o relaxamento do músculo liso, levando a uma vasodilatação e consequente diminuição na pressão sanguínea. Por outro lado, o Propanolol é um antagonista dos receptores B- adrenérgicos, "bloqueando", ou seja, impedindo a vasodilatação e fazendo com que a pressão sanguínea se estabilize. 13- Administrou-se Propranolol e em seguida Epinefrina e verificou-se um aumento na pressão sanguínea (de 130 mmHg para 180 mmHg); O Propanolol é um antagonista beta-adrenérgico não seletivo que atua sobre todos os receptores beta, enquanto epinefrina é agonista dos receptores b1, b2 e a1. ocorre o aumento da pressão pela estimulação do receptor alfa-adrenérgico 1 que causa contração do musculo liso vascular e aumento do inotropismo, visto que nesse sistema não há antagonistas de receptores alfa 14- Administrou-se Propranolol e em seguida Norepinefrina e verificou-se um aumento na pressão sanguínea (de 100 mmHg para 170 mmHg); O Propanol impede a ativação do receptor b1 pela norepinefrina, mas não consegue impedir a ativação pelo receptor a1, uma vez que a norepinefrina atua tanto sobre b1 quanto alfa1 e o propanolol é um antagonista de receptores beta, por esse motivo ocorre o aumento na pressão estimulado pelo receptor alfa adrenérgico 15- Administrou-se Propranolol e em seguida Salbutamol e não houve mudança na pressão sanguínea (mantendo-se 110 mmHg); O propanolol é antagonista beta não-seletivo, atuando sobre todos os tipos de receptores beta adrenérgicos. o salbutamol é um agonista de receptores b2. como há bloqueio da atividade do agonista, não há alteração na pressão sanguínea.
Compartilhar