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21/03/2017 1 Profa. Cíntia Garcia 2017 Assistência de enfermagem ao cliente com problemas respiratórios II CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ENSINO CLÍNICO IV ▪ Estado de doença evitável e tratável, caracterizado por limitação crônica do fluxo de ar não totalmente reversível; ▪ Limitação progressiva do fluxo de ar associada a resposta inflamatória do pulmão a partículas ou gases nocivos. ▪ Condicionado por fatores genéticos e ambientais; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Etiologia: Fumo do cigarro; Exposição química e ocupacional; Poluição do ar; Genética; Envelhecimento; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Alterações na estrutura dos pulmões, caixa torácica e músculos respiratórios Informações Relevantes: - Existia uma confusão quanto às doenças compreendidas como DPOC; - A incidência aumenta com a idade e a taxa de mortalidade é sempre crescente. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) • A limitação do fluxo de ar é progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos • O processo contínuo de lesão-e-reparo determina formação do tecido cicatricial e provoca estreitamento das vias respiratórias • As alterações inflamatórias ocasionam a destruição da parede alveolar ocasiona diminuição da retração elástica Hiperatividade das glândulas produtoras de muco Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 21/03/2017 2 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Bronquite Crônica Enfisema Pulmonar Bronquite Crônica Caracterizada pela presença de tosse e produção de catarro durante pelo menos 3 meses, a cada 2 anos consecutivos. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Bronquite Crônica Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) A fumaça do cigarro ou outros poluentes irritam as vias respiratórias, resultando em inflamação Aumento do número de glândulas secretoras de muco, gerando hipersecreção de muco Redução da função ciliar Função alterada dos macrófagos alveolares Paciente mais suscetível à infecção respiratória Prevenção: Evitar irritantes respiratórios, Imunização, Antibioticoterapia (escarro purulento e febre). Controle: Antibiótico, broncodilatadores, ingesta hídrica. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Enfisema Caracterizada pelo comprometimento na troca de oxigênio e dióxido de carbono que resulta na destruição das paredes dos alvéolos hiperdistendidos. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Distensão anormal dos espaços aéreos com destruição das paredes dos alvéolos Enfisema - Estágio terminal de um processo que progride lentamente durante anos; - A medida que as paredes dos alvéolos são destruídas, a área alveolar diminui continuamente, o que produz hipoxemia; - No estágio mais avançado, a eliminação de dióxido de carbono fica comprometida, resultando em hipercapnia com, consequente, acidose respiratória. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 21/03/2017 3 Enfisema Fatores de Risco: -Tabagismo (mais importante) - ativo ou passivo - Exposição ocupacional: poeira, subst. química; - Poluição do ar ambiente; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) TABAGISMO: Principal fator de risco para DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Enfisema Pulmonar Complicações: Aumento de secreções retidas – Hematose prejudicada; Dispnéia com tórax rígido (“barril”) com diminuição da expansibilidade pulmonar; Retração das fossas supraclaviculares na inspiração; Diminuição da capacidade vital. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Enfisema Pulmonar Classificação Patológica: 1- Panlobular: destruição dos bronquíolos respiratórios, ducto alveolar e alvéolos com espaço aéreo do lóbulo dilatado; 2- Centrolobular: Sítio predominante de hiperdistensão está no centro do lóbulo Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Distúrbio da perfusão – ventilação (hipóxia); Enfisema Pulmonar Manifestações Clínicas: Dispnéia; Tosse crônica; Taquipnéia; Infecção respiratória; Retenção de secreção; Anorexia e perda de peso; Fraqueza Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Avaliação Diagnóstica: RX, espirometria, gases sanguíneos, hemograma completo A insuficiência e a falência respiratórias constituem as principais complicações potencialmente fatais da DPOC. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 21/03/2017 4 Tratamento Clínico a) Redução de Riscos - Cessação de tabagismo (única intervenção efetiva na redução de risco de desenvolvimento de DPOC). b) Terapia Farmacológica - Broncodilatadores: administrado de forma regular, sendo útil no alívio de broncoespasmo e redução da obstrução das vias respiratórias; - Corticosterórides: útil na redução de exacerbações, determinando melhora da função pulmonar e sintomas. - Antibióticos: infecções Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Tratamento Clínico c) Oxigenoterapia - Administrada como terapia contínua a longo prazo, durante o exercício ou para evitar dispneia aguda durante uma exacerbação; - Utilizada para aumentar a pressão arterial de oxigênio (PaO2) e obter saturação de oxigênio de pelo menos 90%. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Diagnósticos de Enfermagem Troca gasosa prejudicada relacionada a inalação de substâncias tóxicas (tabagismo); Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada a bronco constrição, hipersecreção de muco e tosse ineficaz; Padrão respiratório ineficaz relacionado ao acúmulo de muco/ bronco constrição; Intolerância a atividade relacionada a fadiga/ hipoxemia; Déficit de conhecimento sobre o autocontrole; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Cuidados de Enfermagem: a) Obtenção da Limpeza das Vias Aéreas O aumento da produção de muco reduz calibre dos brônquios, o que diminui fluxo de ar e troca gasosa. A tosse dirigida auxilia na eliminação do escarro, limpando vias respiratórias e melhorando a troca gasosa. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Cuidados de Enfermagem: b) Melhora dos Padrões Respiratórios O treinamento da respiração diafragmática diminui frequência respiratória e aumenta ventilação alveolar. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Cuidados de Enfermagem: d) Monitoramento e Tratamento de Complicações Monitorar a insuficiência/falência respiratória potencialmente fatais bem como a infecção respiratória; Monitorar os valores de oximetria de pulso e administrar oxigênio suplementar; Orientar o paciente sobre sinais e sintomas. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 21/03/2017 5 Cuidados de Enfermagem: e) Promoção do Cuidado Domiciliar Verifique o conhecimento do paciente e familiares sobre autocuidado e esquema terapêutico, incluindo efeitos colaterais dos medicamentos; Estabelecer metas reais a curto e longo prazos; Estimular um estilo de vida com cessação do tabagismo e reforço das atividades moderadas. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Asma - Doença intermitente; Caracterizada pela mucosa edemaciada da traquéia e brônquios, formação de muco; Causas: Alérgicas: poeira, pelos de animais, mofo, ácaro, alimentos, Idiopáticas: resfriado comum, infecções do Trato respiratório, emoções Asma Mista: inclui s dois acima mencionados. Fisiopatologia: Obstrução difusa e reversível das vias aéreas; Contração dos músculos que circundam o brônquio, estreitando a via aérea; Edema de membranas que revestem o brônquio; Muco espesso; Broncoespasmo. Asma Manifestações Clínicas: Tosse, dispneia, sibilos, muco, cianose, hipóxia, retenção do CO2, sudorese e taquicardia. Avaliação Diagnóstica: Histórico, exame físico, RX, análise de escarro, gasometria e espirometria. Asma Corticosteróides: diminui a inflamação e a constrição (IV-hidrocortisona, Oral-prednisona, Inalação-dexametasona) Asma B- agonista Dilatação do músculo liso dos brônquios,+ mov. Ciliares, diminuição de mediadores químicos (Epinefrina, isoproterenol, terbutalina). Metilxantinas Broncodilatador, relaxando a musculatura pulmonar, aumentando o mov. do muco e a contração do diafragma (aminofilina e teofilina) Anticolinérgicos Para aqueles que não podem fazer uso dos B- Agonistas e as Metilxantinas. Ef. Col.: boca seca, visão turva, palpitação, rubor. Ação semelhante aos B- agonistas; SAE (NANDA-NOC-NIC) Desobstrução ineficaz das vias aéreas relacionada com broncoespasmo, aumento da secreção evidenciada pela tosse ineficaz, ruídos adventícios Estado respiratório: permeabilidade das vias aéreas Capacidade de expelir secreções Profundidade da Respiração Ritmo respiratório • Monitorar a FR, ritmo, profundidade e esforço respiratório; • Auscultar os sons respiratórios; • Administrar medicamentos conforme prescrição; • Ensinar técnicas de respiração; • Manter decúbito elevado; • Oferecer líquidos para liquefazer as secreções. 21/03/2017 6 SAE (NANDA-NOC-NIC) Ansiedade relacionada com a dificuldade de respirar, medo de sufocamento evidenciado pela inquietação Nível de ansiedade Agitação__ __ Ansiedade verbalizada __ __ Tensão facial__ __ Likert 1 a 5 • Utilizar abordagens tranquilizadoras; • Estimular a verbalização dos sentimentos, percepções de medos; • Fornecer informações reais acerca do diagnóstico e terapêutica; • Medicações conforme necessidade. Referências
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