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SOCIEDADES E EMPRESAS

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Direito Empresarial
Unidade 1
Sociedades e Empresas
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
LIVIA REGINA DE FIGUEIREDO
AUTORIA
Livia Regina de Figueiredo
Sou formada em Direito, pós-graduada em Magistério Superior em 
Direito, cursei o mestrado em Direito e Desenvolvimento e, atualmente, 
curso o Doutorado em Direito Privado na Universidade de Salamanca, 
Espanha. Advogo, desde 1989, e há alguns anos presto serviços para 
grandes grupos econômicos na área de medicamentos e alimentos. 
Amo advogar e sou apaixonada pela docência. Também gosto muito de 
compartilhar minha experiência com aqueles que estão iniciando suas 
vidas profissionais. Em razão da minha experiência e qualificação, fui 
convidada pela Editora TeleSapiens para integrar o seu elenco de autores 
independentes e me sinto muito honrada com esse convite. Estou feliz 
por ajudá-lo nessa fase de estudo e trabalho. Tenho certeza que o seu 
esforço e empenho nos estudos lhe trará muito sucesso.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Personificação das sociedades ............................................................. 10
A união das pessoas com um fim comum ................................................................... 10
Pessoa jurídica................................................................................................................................... 12
Sociedade e empresa .................................................................................................................. 14
Elementos essenciais do contrato ..................................................................................... 14
Registros mercantis ................................................................................... 19
Importância dos registros mercantis ................................................................................ 19
Atos constitutivos ........................................................................................................................... 20
Concretização do registro mercantil ................................................................................ 20
Trâmite dos registros – controle e fiscalização .........................................................23
Sigilo .................................................................................................................29
A dinâmica do sigilo no contexto empresarial ...........................................................29
Nome empresarial ..........................................................................................................................32
Estabelecimento empresarial ................................................................................................35
Microempresas e empresas de pequeno porte .............................36
Entendendo as micros e pequenas empresas ......................................................... 36
Simples Nacional ..........................................................................................................37
Lucro Presumido .......................................................................................................... 41
Sociedades simples e sociedades empresárias .................................................... 41
Sociedades não personificadas ............................................................................................43
7
UNIDADE
01
Direito Empresarial
8
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área do Direito Empresarial é uma das mais 
importantes e demandadas na atual realidade brasileira e mundial? O 
empreendedorismo é cada vez mais incentivado nos países ocidentais 
e a iniciativa privada não pode prescindir de advogados especializados 
nesta área. Cada vez mais grandes escritórios e empresas buscam 
advogados especializados para assessoria no Direito Empresarial, 
oferecendo também uma boa remuneração a esses especialistas. 
Diante deste cenário, nesta unidade, vamos estudar sobre a sociedade 
empresária e os empresários, os atos constitutivos e registro das 
sociedades, e, por fim, os direitos e obrigações das pessoas jurídicas. 
Tenho certeza que você amará essa introdução nos meandros do 
Direito Empresarial. Vamos começar?
Direito Empresarial
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1 – Direito Empresarial. 
Nosso objetivo é auxiliar você a desenvolver as seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Explicar o empresário individual e a sociedade empresária.
2. Identificar os requisitos e as razões legais para o registro mercantil.
3. Interpretar os trâmites para os registros.
4. Explicar a razão dos procedimentos simplificados para micro e 
pequenos empresários.
Então, preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
Direito Empresarial
10
Personificação das sociedades
OBJETIVO:
Olá, seja bem-vindo à disciplina de Direito Empresarial. Ao 
término deste primeiro capítulo, você será capaz de entender 
como se formam as sociedades e quais as exigências 
legais para os registros mercantis. Esse conhecimento será 
fundamental para desenvolver competências nessa área. 
E então, motivado para desenvolver seus estudos? Vamos 
lá, avante! Neste capítulo, você aprenderá sobre como se 
formam as sociedades e quais as exigências legais para 
os registros mercantis, lembrando que podem nominar as 
relações jurídicas empresariais como Direito Empresarial, 
termo preferido pelos civilistas, ou como Direito Comercial, 
termo contido na Constituição Federal. Além disso, o Código 
Civil de 2002 revogou apenas a parte geral do Código 
Comercial de 1850, seguindo vigente a parte especial. Vale 
salientar que conhecer as exigências legais para a formação 
e o desempenho das sociedades, bem como a importância 
dos registros e os riscos da sua ausência, é importante 
para que você entenda, posteriormente, as características 
de cada uma das espécies de sociedades, e seu papel no 
nicho de mercado que ocupam. E então, motivado para 
desenvolver essa competência e vencer? Vamos nessa!
A união das pessoas com um fim comum
Os interesses sociais têm sua base na assunção de obrigações, 
cujas fontes estão na Lei, nas declarações unilaterais de vontade, nos 
contratos e nos atos ilícitos.
A lei é classicamente definida como a norma escrita emanada de 
um poder competente e é base para as relações sociais, por força do art. 
5°, inciso II, da Constituição Federal, que reza: ninguém pode ser obrigado 
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.
Direito Empresarial
11
As declarações unilaterais de vontade obrigam apenas aqueles que 
as firmam. Elas estão subdivididas em: unilaterais, quando as obrigações 
são apenas de quemfirma o documento, a exemplo do doador ou do 
emitente de um cheque e bilaterais ou plurilaterais, quando as obrigações 
são mútuas, como no caso dos contratos.
Os contratos são negócios jurídicos bilaterais ou plurilaterais 
que obrigam dois ou mais contratantes, cuja vontade converge para 
a concretização de interesses comuns. Quanto aos seus efeitos, eles 
podem ser considerados unilaterais, se obrigam apenas uma das partes; 
ou bilaterais, se obrigam duas ou mais partes.
Atos ilícitos ou antijurídicos são faculdades de agir direcionadas 
para a infração às leis penais ou civis, que podem ou não resultar em 
danos e no consequente dever de ressarcir a lesão.
Ao longo da história da humanidade, as pessoas uniram esforços 
para produzir e comercializar mais e melhor, obtendo maiores lucros. 
Inicialmente, reunidas em pequenos grupos familiares; posteriormente, 
com a revolução industrial, expandiram essa união e formaram sociedades 
empresarias, as quais, por sua vez, evoluíram para as atuais pequenas, 
médias e grandes empresas com atuação em todos os segmentos 
econômicos. Essa diversidade e quantidade de sociedades comerciais 
precisam ser regulamentadas para exercerem a função social que lhes é 
designada pela Constituição Federal.
De 1850 a 2003, quando entrou em vigência o Código Civil de 2002, 
as relações empresariais eram regulamentadas no Brasil pelo Código 
Comercial.
Nos dias atuais, o Direito Empresarial está regulamentado no Código 
Civil de 2002, que define as regras gerais para a constituição e a gestão 
das sociedades empresariais e não empresariais.
Porém, o Código Comercial não foi integralmente revogado. A parte 
especial segue vigente e regulamenta o comércio marítimo, as quebras 
e as falências.
Direito Empresarial
12
Figura 1 - Diversos tipos de lojas
Fonte: Freepik
Pessoa jurídica
O termo pessoa jurídica é extremamente amplo e abrange tanto 
organizações da área pública como da área privada. Ele pode referir-se a 
órgãos públicos, autarquias, empresas e fundações públicas, e também a 
empresas privadas de qualquer porte.
DEFINIÇÃO:
Pessoa jurídica é definida como uma entidade criada 
nos termos da lei, com finalidade específica, dotada de 
personalidade jurídica própria e independente dos seus 
representantes legais, detentora de honra subjetiva (pode 
sofrer dano moral), que se subdivide em pessoa jurídica 
de direito público, interno ou externo, e de direito privado 
(art. 40, CC).
Direito Empresarial
13
Observe com atenção as definições a seguir:
a. Pessoas jurídicas de direito público externo: são os Estados dotados 
de soberania, a exemplo dos Estados Unidos, França, China, 
Argentina, entre outros, bem como os organismos internacionais 
dotados de personalidade jurídica, regida pelo direito internacional 
público, a exemplo da Organização das Nações Unidas – ONU, da 
Organização Mundial do Comércio – OMC, do Fundo Monetário 
Internacional – FMI, da Organização Internacional do Trabalho – 
OIT, etc. (art. 42, CC).
b. Pessoas jurídicas de direito público interno: são a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Territórios – lembrando que na 
atual organização estatal não temos territórios –, os municípios, 
as autarquias (INSS, agências reguladoras, etc.), as associações 
públicas (consórcios públicos, Lei 11.107/2005), as fundações 
públicas, e todas aquelas a que a lei conferir este status (art. 41, CC). 
Todas as pessoas jurídicas de direito público interno são criadas 
por lei, a qual estabelece que essas pessoas devem submeter-se 
ao regime público ou ao regime privado do Código Civil. Essas 
pessoas jurídicas são também civilmente responsáveis pelos 
atos praticados pelos seus agentes que resultarem em danos a 
terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do 
dano em caso de culpa ou dolo. (art. 43, CC).
c. Pessoa jurídica de direito privado: são pessoas jurídicas 
constituídas com base no princípio da liberdade e da autonomia 
privada, fundadas em relações e interesses particulares, com 
objetivo lucrativo ou filantrópico, criadas a partir dos registros dos 
seus atos constitutivos nas Juntas Comerciais ou nos Cartórios do 
Registro Civil das Pessoas Jurídicas. As pessoas de direito privado 
são: as associações, as sociedades, as fundações, as organizações 
religiosas, os partidos políticos e as empresas individuais de 
responsabilidade limitada. Com base nos recursos utilizados para a 
sua constituição, as empresas privadas podem ter caráter público, 
se o capital em sua maior parte vier do Poder Público, ou privado, 
se o capital em sua maior parte vier de fonte privada. (art. 44, CC).
Direito Empresarial
14
Sociedade e empresa
Sociedade e empresa não são institutos sinônimos. Sociedade é 
forma jurídica resultante da união de uma ou mais pessoas que objetivam 
alcançar um fim comum. Em uma sociedade, prevalece os interesses dos 
sócios, mas é a lei que regulamenta as suas obrigações, a sua estrutura 
interna e a responsabilidade civil perante terceiros. O Código Civil divide 
as sociedades entre empresárias e não empresárias ou simples.
Empresa, por sua vez, é atividade econômica. Para a caracterização 
da empresa, o importante é a forma “como” a atividade econômica é 
desenvolvida. Por esta razão, ela é mais abrangente que a sociedade, 
pois envolve interesses dos sócios e de terceiros, como empregados, 
consumidores, fornecedores, fisco etc. 
A sociedade pode existir sem que haja uma empresa, da mesma 
forma que uma empresa pode existir sem que haja uma sociedade. 
Exemplos são o MEI, o Empresário Individual e a EIRELI, nos quais não há 
sócios e centram na pessoa de um único indivíduo os direitos e obrigações 
empresariais; e as sociedades simples, ou não empresariais, que exercem 
atividades voltadas para a produção de bens e serviços.
IMPORTANTE:
As empresas não são sujeitos de direito e obrigações, mas 
objeto de direitos, conforme decisão do STJ em Recurso 
Repetitivo: Resp 1355812/RS, Tema Repetitivo 164. Primeira 
Seção, relator Min. Mauro Campbell Marques, publ. DJe em 
31/05/2013, Você pode ler a decisão completa, Clique aqui.
Elementos essenciais do contrato
Os contratos podem ser definidos como um acordo entre duas ou mais 
pessoas, de caráter patrimonial, fundado na boa-fé e na função social, que 
tem por finalidade regulamentar e delimitar interesses comuns, de acordo 
com o estabelecido na ordem jurídica brasileira, e por objetivo a aquisição, 
alteração e extinção de direitos em proveito econômico das partes.
Direito Empresarial
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/inteiroteor/?num_registro=201202490963&dt_publicacao=31/05/2013
15
São princípios formadores do contrato:
a. Autonomia da vontade: é a exteriorização de vontade das pessoas 
físicas e jurídicas na prática de atos jurídicos, para determinar a 
sua forma, efeitos e conteúdo sempre que não contrariem as leis, 
a ordem pública e os bons costumes. Abrange todos os aspectos 
dos negócios jurídicos, inclusive as opções de contratar, distratar 
ou não contratar.
b. Consensualismo: é a essência do contrato, o acordo mútuo 
acerca do seu objeto. Ele pode ser manifestado de forma verbal 
ou escrita, expressa ou tácita e subdivide-se em: consensualismo 
puro quando se trata de acordo de vontades, ex.: o contrato de 
compra e venda (art. 482, CC); e consensualismo real, quando, 
além do acordo de vontades, ocorre a tradição da coisa, como por 
exemplo, o comodato (art. 579, CC) e o contrato de depósito (art. 
627, CC).
c. Obrigatoriedade ou Força obrigatória: Esse princípio é expresso 
no direito pelo brocardo latino pacta sunt servanda, ou seja, o que 
foi pactuado em contrato deve ser respeitado e cumprido pelas 
partes. É um princípio do liberalismo de que o contrato faz lei 
entre as partes. Esse princípio é relativizado pela cláusula rebus 
sic stantibus, ou seja, enquanto as condições contratadas não se 
alterarem criando ônus que tornedifícil para qualquer das partes 
cumprir o acordado. É a chamada Teoria da Imprevisão.
d. Relatividade dos efeitos: Segundo esse princípio, os efeitos 
dos contratos só obrigam as partes contratante e contratada, 
vincula-se ao objeto do contrato e não atingem terceiros ou o seu 
patrimônio.
e. Boa-fé: Se traduz pela boa intenção, lealdade e confiança que deve 
nortear as partes contratantes desde a formação até a execução 
do contrato (arts. 113 e 422 do CC). A boa-fé contratual se subdivide 
em: objetiva, é um dever de conduta, de honestidade mútua que 
traduz pelo respeito de uma parte com relação à outra; e subjetiva, 
Direito Empresarial
16
é um valor interno, uma qualidade das partes de dizer aquilo em 
que acreditam e ter convicção no que dizem.
f. Probidade: É o dever de honestidade, decoro, eticidade, lealdade 
contratual que deve nortear os atos das partes contratante e 
contratada durante toda a relação contratual.
g. Equilíbrio econômico: O princípio do equilíbrio econômico decorre 
do princípio constitucional da igualdade substancial (art. 3°, III, 
CF) e se traduz por paridade, simetria nas prestações recíprocas 
contratadas, de forma a evitar que, diante de fatos concretos, 
uma das partes seja excessivamente onerada pelas obrigações 
contratadas, em detrimento do benefício ou lucro monetário 
muito superior da outra parte. Vantagens e encargos devem estar 
sempre em equilíbrio e em harmonia para as partes contratante e 
contratada.
h. Função social: O princípio da função social do contrato decorre 
do princípio da solidariedade e está ligado não só à proteção 
dos interesses privados em favor do ser humano, mas à própria 
dignidade da pessoa humana (art. 421 e parágrafo único do art. 
2.035, CC). Esse é um conceito aberto, que extrapola os interesses 
unicamente privados para abranger toda a sociedade e o seu 
bem-estar. Isso significa dizer que o contrato deve ser instrumento 
de progresso e pacificação social. 
A lei relativiza a pacta sunt cervanda em prol da igualdade e da 
harmonia social, ordenando que o contrato seja um instrumento de 
progresso em favor da sociedade. Por isso, as cláusulas contratuais que 
ofendem a ordem pública e a dignidade da pessoa humana são nulas de 
pleno direito.
Além do respeito e obediência aos princípios, a norma civil exige, 
para a validade dos negócios jurídicos, que os agentes sejam capazes, 
e ainda que o objeto do contrato seja lícito, possível, determinado ou 
determinável, e que obedeça à forma prescrita ou não defesa em lei.
Direito Empresarial
17
A capacidade é uma qualidade mental do contratante para exercer 
os atos da vida civil. Ela está ligada à consciência do sujeito quanto ao 
ato em si e às consequências e responsabilidades que advêm das suas 
escolhas (art. 972, CC).
Isso não significa que os incapazes ou os relativamente capazes não 
possam contratar. Os interditos (incapazes) ou curatelados (relativamente 
capazes) podem fazê-lo por meio de pessoas que os representem 
legalmente (art. 974, III). A Lei 13.146/2015, chamada Estatuto da Pessoa 
com Deficiência, por sua vez, tem por norte a plena integração na 
sociedade das pessoas com deficiência, estimulando a sua participação 
na economia nacional, na medida da sua capacidade física e mental, seja 
através de empregos públicos ou privados, seja participando como sócios 
ou cotistas em empresas, independente do seu porte.
O objeto lícito, possível, determinado ou determinável: 
a. Licitude: Se traduz por objeto que não esteja em desacordo com 
as leis. 
b. Possível: É sinônimo de viável, de objeto que possa ser concretizado. 
Ninguém pode contratar uma viagem de turismo para o sol, pois, 
por impossibilidade absoluta, é impossível concretizar o traslado e 
a estadia no sol. Porém, alguém pode contratar uma viagem para a 
lua, pois existe tecnologia para isso, o que torna a impossibilidade 
relativa, dependente de condições externas para a concretização 
do objeto. Como exemplo, tem-se as condições físicas do viajante, 
que, durante os meses de preparação para a viagem, passa de 
70 Kg a 150 kg de massa corporal. O peso excessivo inviabiliza 
uma viagem ao espaço, mas, como a impossibilidade relativa está 
no plano das eficácias, isso pode ser revertido se o contratante 
emagrecer e voltar aos 70 Kg.
c. Determinado ou determinável: Determinado é o objeto que pode 
ser perfeitamente identificado e delimitado, como, por exemplo, 
uma casa e os limites do seu terreno; determinável é um objeto 
que pode ser identificado no momento da assinatura do contrato 
em seus elementos mínimos, mas que será delimitado e melhor 
Direito Empresarial
18
especificado no futuro. Exemplo desse tipo de contrato é a 
compra de uma unidade habitacional em regime de cooperativa, 
cujas unidades serão sorteadas entre os compradores depois do 
prédio pronto.
Em resumo, são três os elementos essenciais do contrato: a res, o 
pretium e o consensum, ou seja, a coisa objeto do contrato, o preço e a 
livre vontade de contratar.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter aprendido 
o que é a personificação das sociedades, a união das 
pessoas com um fim comum, o que é a pessoa jurídica, o 
que é sociedade e empresa e os elementos essenciais do 
contrato.
Direito Empresarial
19
Registros mercantis
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
como funcionam os registros mercantis, sua importância, 
os atos constitutivos, a concretização do registro comercial 
e os trâmites dos registros (controle e fiscalização. E então? 
Motivado para desenvolver essa competência? Então 
vamos lá. Avante!
Importância dos registros mercantis
A partir da Revolução Industrial os atos negociais se diversificaram 
de tal modo que se tornou imprescindível para os Estados estabelecer 
uma forma de controle sobre as empresas responsáveis pela produção 
e circulação de bens e serviços; inicialmente, para o recolhimento dos 
impostos e, no decorrer dos anos, na medida em que a dignidade 
da pessoa humana passou a ser mais e mais valorizada, também para 
facilitar a fiscalização das atividades, a segurança dos trabalhadores, o 
acatamento das leis trabalhistas etc.
Hoje, os registros públicos mercantis são serviços públicos prestados 
por órgãos federais e estaduais para dar vida às pessoas jurídicas, guardar 
o histórico dos seus atos - do registro inicial à extinção -, e publicitar esses 
atos para conhecimento de toda a sociedade. 
Os registros mercantis e as atividades afins estão regulamentados 
em Lei Especial, Lei 8.934/94, são obrigatórios em todo território nacional 
e devem ser feitos de forma sistêmica por órgãos federais, estaduais e 
distritaisl, com as seguintes finalidades:
Art. 1°. 
I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança 
e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, 
submetidos a registro na forma desta lei;
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras 
em funcionamento no País e manter atualizadas as 
informações pertinentes;
Direito Empresarial
20
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do 
comércio, bem como ao seu cancelamento. (BRASIL, 1994)
O registro confere credibilidade aos atos empresariais, criando 
presunção relativa de verdade aos negócios jurídicos e aos atos 
negociais, protege o nome empresarial e os direitos da empresa frente à 
concorrência desleal, garante externalidades positivas para a sociedade 
ao reduzir riscos para quem negocia com as empresas e possibilita ao 
Estado administrar a tributação do sistema econômico.
A única exceção à imposição legal do registro diz respeito à 
atividade rural. Porém, em que pese facultativo, uma vez efetuado o 
registro, o empresário rural equipara-se aos empresários para todos os 
efeitos legais(art. 971, CC).
Atos constitutivos
O Ato constitutivo é o documento inicial para registro da vontade 
do empresário de constituir empresa. A Regra geral é um Contrato Social 
ou, no caso da empresa individual, uma Declaração de Empresário, nos 
quais constará o tipo jurídico da empresa, o objetivo social, as regras para 
o funcionamento e a administração, os bens que integrarão o patrimônio 
da empresa, os direitos e as obrigações dos sócios, a forma como se dará 
a dissolução da sociedade e a destinação final dos bens etc.
Os atos constitutivos são elaborados pelo próprio interessado ou 
pelos seus contadores e, posteriormente, levados a registro nos termos 
do Código Civil, Lei Complementar 123/2006, Lei 11.107/2005, Lei 
8.934/1994, Lei 6.404/1976, entre outros diplomas legais, dependendo da 
exigência legal para cada tipo empresarial.
Concretização do registro mercantil
Para o exercício do registro público, a Lei 8.934/94 criou o Sistema 
Nacional de Registro de Empresas Mercantis - SINREM, integrado pelo 
Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração, gestor 
central técnico, normativo e administrativo e pelas Juntas Comerciais, 
órgãos locais que executam e administram os serviços registrais.
Direito Empresarial
21
O Código Civil também estabelece regras para os registros 
públicos de empresas mercantis, mas, em que pese exigir o registro de 
empresário antes do início da atividade empresarial (art. 967, CC), esse ato 
é meramente declaratório frente à exigência legal do exercício profissional 
e habitual de atividades efetivamente empresariais para a constituição de 
empresário (art. 966, CC). 
Em outras palavras, mesmo que o empresário ou a sociedade 
não estejam registrados na Junta Comercial antes do início das suas 
atividades, ainda assim serão considerados empresário individual ou 
sociedade empresária, nos termos do Enunciado 198, do Conselho da 
Justiça Federal, muito embora sofram as consequências limitativas da 
falta do registro, como a impossibilidade de requerer recuperação judicial 
(art. 48, Lei 11.101/2005).
ACESSE:
A inscrição do empresário na Junta Comercial não é 
requisito para a sua caracterização, admitindo-se o 
exercício da empresa sem tal providência. O empresário 
irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às 
normas do Código Civil e da legislação comercial, salvo 
naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição 
ou diante de expressa disposição em contrário. (CJF. 
Enunciado 198. Coordenador-Geral Ministro Ruy Rosado de 
Aguiar. Referência Legislativa: Código Civil de 2002, Lei n. 
10.406/2002, Art 967. Disponível aqui.
Cada estado-membro da federação tem uma Junta Comercial 
responsável por executar e administrar os registros empresariais.
Para efetivar a inscrição, o empresário deve atender também 
as formalidades legais do art. 968, do Código Civil, e protocolar um 
requerimento na Junta Comercial do estado onde exercerá suas atividades, 
no qual conste a sua qualificação completa (nome, nacionalidade, 
domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens), assinatura autógrafa 
ou digital, o capital da empresa, seu objeto e sede, e esteja visado por 
advogado, exigência da Lei 8.906/94, art. 1°, parágrafo 2°.
Direito Empresarial
https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/382
22
Pelo fato das Juntas Comerciais integrarem a estrutura administrativa 
dos estados-membros, elas se submetem tecnicamente ao Departamento 
Nacional de Registro Empresarial e Integração, órgão central do Sistema 
Nacional de Registro de Empresas Mercantis – SINREM, que é federal, mas, 
administrativamente, seguem as regras administrativas estatais. Por isso, 
não são raras variantes protocolares e de prazos administrativos nas Juntas 
Comerciais dos diferentes estados-membros. Esse caráter híbrido interfere 
também na competência jurisdicional. A análise judicial dos atos técnicos do 
registro de empresa no Departamento Nacional de Registro Empresarial e 
Integração, órgão do SIREM, é de competência da Justiça Federal; já a dos 
atos administrativos de competência exclusivamente das Juntas Comerciais 
são de competência da Justiça Estadual (art. 8°, da Lei 8.934/1994).
Filiais, sucursais ou agências abertas em estado diferente daquele 
no qual foi feito o registro da matriz devem ser registrados na Junta 
Comercial estadual mediante apresentação da inscrição originária. 
Estabelecimentos secundários, ainda que na mesma sede da matriz, 
também devem ser registrados (art. 969 e parágrafo único, CC). Para efeitos 
jurídicos: Filial é um estabelecimento subordinado à matriz, mas que tem 
gestão própria; Sucursal é um ponto de negócio acessório, subordinado 
à matriz administrativamente; Agência é um estabelecimento que atua de 
forma intermediária em prestação de serviços.
Para efeitos de competência jurisdicional territorial, a súmula 363 
do Supremo Tribunal Federal estabelece que “a pessoa jurídica de direito 
privado pode ser demandada no domicílio da agência, ou estabelecimento, 
em que se praticou o ato”. Nesse sentido, o art. 75, parágrafo 1°, do Código 
Civil prevê: “Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares 
diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele 
praticados”. Porém, se no local da prática do ato ou do evento danoso não 
houver agência ou estabelecimento, a competência é do juízo da sede da 
empresa.
A exceção à exigência do registro na Junta Comercial é o processo 
de abertura, registro, alteração e baixa das microempresas e empresas de 
pequeno porte, cujo trâmite é especial, simplificado e eletrônico, sendo 
possível a dispensa das informações relativas a estado civil e regime de 
Direito Empresarial
23
bens, remessa de documentos e firma (art. 4°, parágrafo 1°, inciso I, Lei 
Complementar 123/2006, c/c o art. 468, parágrafo 4°, do CC).
Trâmite dos registros – controle e 
fiscalização
Nos termos do art. 8°, da Lei 8.934/1994, a competência das Juntas 
Comerciais é executiva e todos os seus atos devem ser publicizados 
através de publicação no Diário Oficial dos Estados ou do Distrito Federal, 
conforme o caso. Ou seja, cabe a ela executar os atos de registro dos 
empresários que se dividem em matrícula, cancelamento, arquivamento 
e autenticação (art. 32, Lei 8.934/1994).
a. Matrícula: É o ato de registro nas Juntas Comerciais de profissionais 
específicos: leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, 
trapicheiros e administradores de armazéns-gerais;
b. Cancelamento: É o ato de revogação do registro de matrícula. A 
inscrição do nome empresarial, a requerimento do interessado, 
será cancelada quando cessar o exercício da atividade empresária 
ou quando a sociedade for liquidada (art. 1.168, CC);
c. Arquivamento: É o ato de registro nas Juntas Comerciais dos atos 
constitutivos do empresário individual e das sociedades empresárias. 
São arquivados: os documentos de constituição, alteração, dissolução 
e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e 
cooperativas; os atos relativos a consórcio e grupo de sociedades 
anônimas (Lei nº 6.404/1976); os atos de empresas mercantis 
estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil; as declarações de 
microempresa; os atos ou documentos legalmente atribuídos ao 
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, ou que 
interessem ao empresário e às empresas mercantis; 
d. Autenticação: É o ato de registro dos livros empresariais 
obrigatórios, destinados à escrituração contábil das empresas 
mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio. Esse é 
um pré-requisito de regularidade contábil e está previsto também 
no art. 1.181, do Código Civil.
Direito Empresarial
24
Como o objetivo primeiro do ato registral é a publicidade, antes de 
formalizado ele não pode ser oposto a terceiros, exceto quando provado 
que este o conhecia. Porém, concretizado o registro, é vedado ao terceiroalegar desconhecimento (art. 1.154 e parágrafo único, CC).
IMPORTANTE:
A proteção do nome empresarial é consequência 
automática dos atos de registro (art. 33, Lei 8.934/1994).
Os seguintes órgãos integram as juntas comerciais: 
A Presidência, como órgão diretivo e representativo; o 
Plenário, como órgão deliberativo superior; as Turmas, 
como órgãos deliberativos inferiores; a Secretaria Geral, 
como órgão administrativo; a Procuradoria, como órgão 
de fiscalização e de consulta jurídica” e, a critério de 
cada uma, assessoria técnica constituída por advogados, 
economistas, contadores ou administradores de empresa 
(art. 9°, Lei 8.934/1994). (BRASIL, 1994)
O plenário é composto por vogais e suplentes, formado por 
brasileiros natos ou naturalizados de conduta ilibada, em gozo dos 
direitos civis e políticos, quites com o serviço militar e com as obrigações 
eleitorais, nomeados pelos governos dos Estados e do Distrito Federal 
para mandatos de 04 anos, permitida uma recondução (art. 11 e 16, Lei 
8.934/1994).
Às Turmas, compostas por três vogais, cabe julgar originariamente 
os pedidos de registro, à Secretaria Geral cabe executar os serviços de 
registro e administração das Juntas Comerciais, e à Procuradoria cabe 
fiscalizar e promover o cumprimento das normas legais e executivas, 
oficiando interna e externamente em atos e feitos de natureza jurídica, 
inclusive judiciais (arts. 23 a 28, Lei 8.934/1994).
Os interessados têm prazo de 30 dias corridos da assinatura dos 
documentos descritos no inciso II, do art. 32, da Lei 8.934/1994, para 
protocolar os documentos para arquivo na Junta Comercial, que serão 
decididos pelos vogais de forma singular em dois dias úteis, com efeitos 
ex tunc, ou seja, retroagindo à data da assinatura pelos sócios. Protocolado 
Direito Empresarial
25
extemporaneamente, o efeito é ex nunc, ou seja, o arquivamento será 
decidido no mesmo prazo de dois dias úteis, mas a eficácia se dará a partir 
da data do despacho que o deferir (art. 36, Lei 8.934/1994).
O Código Civil praticamente replica o art. 36, da Lei 8.934/1994, no 
art. 1.151, mas acrescenta no inciso 3°, norma de responsabilidade civil pela 
demora ou omissão do responsável por providenciar os registros:
Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos à formalidade 
exigida no artigo antecedente será requerido pela pessoa 
obrigada em lei, e, no caso de omissão ou demora, pelo 
sócio ou qualquer interessado.
§ 1° Os documentos necessários ao registro deverão ser 
apresentados no prazo de trinta dias, contado da lavratura 
dos atos respectivos.
§ 2 Requerido além do prazo previsto neste artigo, o 
registro somente produzirá efeito a partir da data de sua 
concessão.
§ 3 As pessoas obrigadas a requerer o registro responderão 
por perdas e danos, em caso de omissão ou demora. 
(BRASIL, 1994)
Alguns atos, pelo nível de complexidade envolvido no exame dos 
documentos e consequências advindas dos registros, são julgados de 
forma colegiada, no prazo de cinco dias úteis, o arquivamento dos atos 
de constituição das sociedades anônimas, atas de assembleias gerais, 
entre outros atos sujeitos ao Registro Público, os atos de transformação, 
incorporação, fusão e cisão de empresas mercantis, e os atos de 
constituição e alterações de consórcio e de grupo de sociedades nos 
termos da Lei 6.404/1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações, 
e, finalmente, o julgamento dos recursos interpostos contra decisões 
singulares dos vogais.
Os prazos para recursos ao Plenário, sem efeito suspensivo, são de 
10 dias úteis para o interessado. A Procuradoria, se não interpôs o recurso, 
é ouvida no mesmo prazo e, posteriormente, o feito é julgado no prazo 
de 30 dias. Da decisão do Plenário cabe recurso ao Ministro da Economia, 
Indústria, Comércio Exterior e Serviços em última instância administrativa.
Direito Empresarial
26
IMPORTANTE:
É importante ressalvar que, na análise dos documentos 
levados ao registro, as juntas comerciais analisam tão 
somente os aspectos formais exigidos nas leis. O exame de 
mérito do contido nos documentos, acordado entre sócios 
ou decidido em reuniões de acionistas, não é competência 
das Juntas Comerciais.
Algumas empresas, além do registro nas juntas comerciais, precisam 
ter registros em outros órgãos. Exemplo são as empresas de auditoria, que 
devem se registrar também na Comissão de Valores Mobiliários – CVM. 
Como os assentamentos nas juntas comerciais são públicos, qualquer 
pessoa, sem necessidade de justificar razões, pode consultar os atos 
registrados e pedir certidões, pagando taxas administrativas (art. 29, Lei 
8.934/1994).
Para desburocratizar os registros das empresas, a Lei Complementar 
123/2006, criou a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da 
Legalização de Empresas e Negócios – REDESIM, regulamentada pela Lei 
11.598/2007, que na atual estrutura administrativa federal está sob gestão 
do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, e 
simplificou os atos de registro, que hoje podem, em grande parte, tramitar 
pela internet, e diminuir prazos nos processos administrativos.
ACESSE:
Veja aqui a REDESIM, para conferir como as atividades de 
registro foram desburocratizadas pelo uso da internet.
Os empresários individuais ou sociedades empresárias devem 
manter um sistema de escrituração contábil que varia de acordo com 
a complexidade das atividades produtivas e negociais. O Código Civil 
assegura que:
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária 
são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, 
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme 
de seus livros, em correspondência com a documentação 
Direito Empresarial
http://www.redesim.gov.br/
27
respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial 
e o de resultado econômico.
§ 1 Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de 
livros ficam a critério dos interessados.
§ 2 É dispensado das exigências deste artigo o pequeno 
empresário a que se refere o art. 970.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é 
indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas 
no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de 
livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial 
e do de resultado econômico. (BRASIL, 1994)
A escrituração é tão importante que a lei que regulamenta a 
recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da 
sociedade empresária, tipifica como crime a falta de elaboração, 
escrituração ou autenticação do livro contábil diário, antes ou após a 
decretação judicial da falência, concessão da recuperação judicial ou 
homologação do plano de recuperação extrajudicial, com pena de 
detenção de um a dois anos e multa, se o fato não constituir crime mais 
grave (art. 178 e 180, Lei 11.101). O livro diário pode ser substituído por 
um sistema de lançamento de fichas e pelo livro Balancetes Diários e 
Balanços (art. 1.185 e 1.186, CC). 
Pelo Código Civil, afora o Livro Diário, balanço patrimonial e de 
resultado econômico, os demais livros “em tese” seriam opcionais e para 
controle interno das empresas, como livro-caixa, razão, estoque, etc. 
Porém, os dados inseridos no livro diário precisam ser comprovados, 
por meio de informações contidas nos livros auxiliares, tornando-os 
obrigatórios por conexão.
As leis trabalhistas, previdenciárias e fiscais, por sua vez, também 
exigem escrituração em livros específicos que, entretanto, não são 
considerados legalmente livros empresariais. Tem-se alguns exemplos: os 
leiloeiros, que devem ter os Livros de Registro Diário de Entradas, Diário 
de Saída, Contas Correntes, Protocolo, Diário de Leilões e Livro Talão, por 
forma de comando legal contido nos arts. 31 e 32 do Decreto 21.981/1932 
e as Sociedades Anônimas, que devem ter os Livros de Registro de Ações 
Direito Empresarial
28
Nominativas, Transferênciade Ações Nominativas, Registro de Partes 
Beneficiárias Nominativas, Atas das Assembleias Gerais, Presença dos 
Acionistas, Atas das Reuniões do Conselho de Administração e Atas e 
Pareceres do Conselho Fiscal, nos termos do art. 100, da Lei 6.404/1976.
Para fins penais, os livros mercantis são equiparados a documentos 
públicos e sua falsificação, no todo ou em parte, também é tipificada 
como crime de falsificação de documento público, com pena de reclusão 
de dois a seis anos e multa (art. 297, § 2.º, do Código Penal).
SAIBA MAIS:
Para saber mais sobre a Junta Comercial do seu estado, 
pesquise os serviços de registro disponíveis, os preços, 
como pedir certidões etc., Clique aqui.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter 
compreendido como funcionam os registros mercantis, 
sua importância, os atos constitutivos, a concretização do 
registro comercial e os trâmites dos registros (controle e 
fiscalização).
Direito Empresarial
http://www.institucional.jucesp.sp.gov.br/
29
Sigilo
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender o 
sigilo, o nome e o estabelecimento empresarial. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então 
vamos lá. Avante!
A dinâmica do sigilo no contexto 
empresarial
Muitas empresas, especialmente as de grande porte, investem em 
pesquisas, têm produtos protegidos por regras de patentes, investem 
dinheiro de pessoas que não querem, até por segurança, ter os seus 
nomes divulgados, entre muitas outras situações que não devem ser 
tornadas públicas.
Pensando nisso, o legislador estabeleceu, no art. 1.190, do Código 
Civil, que ressalvados os casos previstos em lei, para exibição e/ou 
publicidade obrigatórios, “nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob 
qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o 
empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros 
e fichas, as formalidades prescritas em lei”.
À primeira vista, esse artigo passa a impressão de que as empresas 
estão blindadas contra as ordens judiciais para a exibição dos seus livros e 
análise por juízes, peritos, fiscais, procuradores e outros operadores do direito, 
mas não é bem assim. Afinal, nos termos do entendimento consagrado pelo 
Supremo Tribunal Federal, nenhuma norma é absoluta e nem deve ser 
interpretada de forma isolada do restante do ordenamento jurídico.
O que a lei veda neste artigo é a arbitrariedade. A solicitação e a 
exibição dos livros sem uma razão respaldada na lei, protegendo-os da 
mera curiosidade alheia. Sempre que houver previsão legal os livros devem 
ser apresentados e podem ser examinados. E o próprio Código Civil elenca 
algumas exceções, como no art. 1.191 e 1.193, o qual assevera que:
Direito Empresarial
30
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos 
livros e papéis de escrituração quando necessária para 
resolver questões relativas à sucessão, comunhão ou 
sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou 
em caso de falência.
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo 
ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não 
se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da 
fiscalização do pagamento de impostos, nos termos 
estritos das respectivas leis especiais. (BRASIL, 2002)
Porém, a Lei também teve o cuidado de restringir o exame dos 
livros àqueles que interessam para o esclarecimento do problema levado 
ao exame judicial (art. 1.191, parágrafo 1°, CC).
Há uma exceção importante também no art. 195 e parágrafo único, 
da Lei 5.172/1966, Código Tributário Nacional, que torna sem aplicação 
quaisquer normas que excluam ou limitem os exames de mercadorias, 
livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais de todos 
os empresários, até à prescrição, determinando ainda a obrigatoriedade 
da guarda de todos os livros e documentos até a sua ocorrência.
A Súmula 439 do Supremo Tribunal Federal, por sua vez, reconhece 
o direito fiscalizador do Estado e a obrigação de exibição dos livros com 
limites: “Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer 
livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação”.
O Código de Processo Civil autoriza o juiz a ordenar, a pedido 
da parte, a exibição integral ou parcial dos livros empresariais e dos 
documentos de arquivo nos casos de liquidação de sociedade, sucessão 
por morte de sócio ou quando e como determinarem as leis, extraindo 
deles o que interessar ao litígio, inclusive reproduções autenticadas (arts. 
420 e 421, Lei 13.105/2015).
A mesma norma estabelece que a recusa de exibição de documentos 
não será admitida quando a parte tiver o dever legal de exibi-lo, quando 
o objetivo da exibição é constituir prova e quando o documento, pelo 
seu conteúdo, for comum às partes, podendo o juiz penalizar a recusa 
na apresentação com a pena de confissão ou adotar medidas indutivas, 
coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para obrigar a exibição do 
Direito Empresarial
31
documento. A Lei das Sociedades Anônimas, Lei 6.404/1976, prevê a 
exibição dos livros:
Art. 105. A exibição por inteiro dos livros da companhia pode 
ser ordenada judicialmente sempre que, a requerimento 
de acionistas que representem, pelo menos, 5% (cinco por 
cento) do capital social, sejam apontados atos violadores 
da lei ou do estatuto, ou haja fundada suspeita de graves 
irregularidades praticadas por qualquer dos órgãos da 
companhia. (BRASIL, 1976)
Existem outras normas no mesmo sentido.
Assim, a vedação de exibição prevista no Código Civil é relativa 
ante a previsão em várias normas legais de exibição dos livros mercantis, 
especialmente, para fins de fiscalização e prova judicial.
Um questionamento doutrinário é se os livros auxiliares, não 
obrigatórios, também precisam ser exibidos.
A resposta é sim. Desde que haja previsão legal para a exibição 
de documentos, ordem judicial ou requisição justificada do fisco, os 
livros auxiliares devem ser exibidos. Além disso, a escrituração contábil 
é indivisível, não fazendo diferença como valor probante se os livros são 
obrigatórios ou auxiliares (art. 419, CPC).
Esse entendimento encontra respaldo também no art. 1.194 do 
Código Civil, que ordena ao empresário e à sociedade empresária a 
guarda adequada de toda a escrituração, correspondência e demais 
papéis concernentes à sua atividade até a ocorrência da prescrição ou da 
decadência.
Os micros e pequenos empresários, inclusive rurais, são desobrigados 
de manter escrituração mercantil, mas não são desobrigados da guarda 
dos documentos comprobatórios de renda e despesas (Decreto-Lei 
486/69, Lei Complementar 123/2006, Lei Complementar 48/84, Decreto 
3.474/2000, Decreto 9.580/2018).
Por fim, cabe ressaltar o valor probante dos documentos 
empresariais, reconhecidos expressamente nos arts. 417 e 419 do Código 
de Processo Civil: 
Direito Empresarial
32
Art. 417. Os livros empresariais provam contra seu autor, 
sendo lícito ao empresário, todavia, demonstrar, por todos 
os meios permitidos em direito, que os lançamentos não 
correspondem à verdade dos fatos.
Art. 418. Os livros empresariais que preencham os requisitos 
exigidos por lei provam a favor de seu autor no litígio entre 
empresários. (BRASIL, 2002)
Nome empresarial
O nome empresarial, ainda denominado popularmente “razão 
social”, recebe proteção especial da lei, tanto por ter conteúdo 
econômico, como pela sua importância subjetiva, enquanto designação 
e individuação do exercício de empresa pelo empresário individual ou da 
sociedade empresária, e ainda por ter a capacidade de se tornar marca, 
designação que permite a pronta e imediata identificação da empresa, do 
produto ou serviço que oferece. Um exemplo clássico desse cenárioé a 
Coca-Cola Company, nome empresarial que se tornou marca de um dos 
refrigerantes mais consumidos no mundo, a Coca-Cola.
O nome empresarial também desempenha papel de ordem objetiva 
ao espelhar o bom nome, a reputação, a fama do empresário individual 
ou da sociedade empresária. Equipara-se ao nome empresarial, para 
os efeitos de proteção legal, a denominação das sociedades simples, 
associações e fundações (art. 1.155, parágrafo único, CC). Dessa forma, é 
importante ressalvar que se aplica às pessoas jurídicas, no que couber, os 
direitos da personalidade. (art. 52, CC). Sendo assim, o nome das pessoas 
jurídicas, independente da sua natureza pública ou privada, é direito 
personalíssimo, e, por isso, intransferível e inalienável, passível de ser 
atingido moralmente. Porém, não há impedimento legal de uso do nome 
pelo comprador em caso de venda da empresa. 
O Código Civil prevê ainda dois tipos de nomes empresariais: a firma, 
individual ou social, e a denominação (art. 1.155, CC). A firma individual é 
o nome do próprio empresário, utilizado, por exemplo, na designação do 
microempresário individual. A firma social é o nome de um ou mais sócios 
como, por exemplo, a que nomina sociedade de advogados. A firma pode 
Direito Empresarial
33
também designar o ramo de atividade empresarial, a exemplo de: Barros, 
Silva e Figueiredo Advogados Associados, Instituto Clara de Beleza, Cícero 
Romano Curso Jurídico, etc. A denominação social, por sua vez, é o nome 
dado a uma empresa, que pode ser uma palavra à escolha dos sócios, ou 
uma expressão fantasia, acrescida ou não de expressão que caracterize 
a sociedade. Os sócios podem escolher também o nome de uma pessoa 
física, sob sua responsabilidade exclusiva.
Em caso de falecimento, exclusão ou retirada do sócio, o seu nome 
deve ser excluído da firma social (art. 1.165, CC). De acordo com o tipo 
societário, o nome irá variar de acordo com a espécie e a estrutura da 
sociedade a ser constituída. Tem-se como exemplo: a sociedade anônima 
deve conter o S.A no final do nome; e a sociedade limitada deve conter a 
expressão limitada ou LTDA também no final do nome.
Cabe ressalvar o princípio da novidade do nome empresarial, 
inserido pelo legislador no art. 1.163 do Código Civil:
Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de 
qualquer outro já inscrito no mesmo registro.
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao 
de outros já inscritos, deverá acrescentar designação que 
o distinga. (BRASIL, 2002)
Assim, é possível haver dois nomes empresariais idênticos, desde 
que a designação os distinga. Observe o exemplo: Sol e Mar Restaurante 
Ltda. e Sol e Mar Cosméticos Ltda.
Essa restrição, entretanto, está limitada ao âmbito estatal da Junta 
Comercial, responsável pelo registro da inscrição do empresário ou 
dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou averbações no registro 
apropriado, exceto os casos de registro especial, cujo âmbito se estende 
a todo o território nacional (art. 1.166 e parágrafo único, CC).
Por fim, uma inovação relevante trazida pelo Código Civil de 2002 é 
a imprescritibilidade da ação para anular a inscrição do nome empresarial 
decorrente de violação da lei ou do contrato (art. 1.167, CC).
Direito Empresarial
34
O mesmo não se pode dizer sobre o registro empresarial. O Código 
Civil estabelece o prazo decadencial de 03 (três) anos para anular registros 
com defeitos nos atos constitutivos, no parágrafo único, do art. 45, do 
Código Civil, tem-se:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas 
de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no 
respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-
se no registro todas as alterações por que passar o ato 
constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a 
constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por 
defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação 
de sua inscrição no registro. (BRASIL, 2002)
O art. 116, da Lei de Registros Públicos, Lei 6.015/1973, coaduna 
com a Lei Civil ao proibir: 
O registro dos atos constitutivos de pessoas jurídicas, 
quando o seu objeto ou circunstâncias relevantes indiquem 
destino ou atividades ilícitos ou contrários, nocivos ou 
perigosos ao bem público, à segurança do Estado e da 
coletividade, à ordem pública ou social, à moral e aos bons 
costumes. (BRASIL, 1973)
A proibição é abrangente e parte de avaliação subjetiva, o que deixa 
a critério do Tabelião do Registro Civil das Pessoas Jurídica, num primeiro 
momento, a avaliação e a negativa do registro de atos constitutivos. Os 
interessados podem recorrer ao Judiciário para revisão da avaliação e 
recusa de registrar.
Porém, se acaso o registro for realizado e, a posteriori, se constatar 
o defeito no ato constitutivo, o prazo para o pedido de anulação é de 03 
(três) anos. Passado este prazo, prevalecerá o registro.
Quanto à nulidade, ela está prevista na Lei de Registros Públicos, 
art. 216, para os registros feitos após a sentença de abertura de falência ou 
do termo legal nele afixado. Se o registro for feito antes, não há nulidade.
O Código Civil prevê a nulidade quando os atos constitutivos das 
associações desatendem os incisos do art. 54, ou quando os atos forem 
simulados, nos termos do art. 167.
Direito Empresarial
35
Estabelecimento empresarial
Nos termos do art 1.142 e 1.143, do Código Civil:
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo 
de bens organizado, para exercício da empresa, por 
empresário, ou por sociedade empresária.
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário 
de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou 
constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. 
(BRASIL, 2002)
O estabelecimento comercial não é mais apenas o local onde 
o empresário exerce as suas atividades. Hoje, ele engloba os bens 
materiais e imateriais, consumíveis, fungíveis e infungíveis utilizados pelo 
empresário para o desenvolvimento da sua atividade econômica. Ele é um 
conjunto de bens e direitos que possibilita a concretização da atividade-
fim do empresário.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve 
ter compreendido o sigilo, o nome e o estabelecimento 
empresarial.
Direito Empresarial
36
Microempresas e empresas de pequeno 
porte
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender as 
microempresas e as empresas de pequeno porte, além 
de saber sobre as sociedades simples e empresárias, bem 
como as sociedades não personificadas. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Entendendo as micros e pequenas 
empresas
As micros e pequenas empresas têm um papel fundamental na 
economia do país e na geração de mão de obra, sendo responsáveis por 
parte importante do Produto Interno Bruto Nacional anualmente. Não 
sem razão a Constituição Federal de 1988, no art. 179, estabelece que a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, devem dispensar às 
micro e pequenas empresas tratamento especial, a serem definidas na lei 
infraconstitucional, e tratamento jurídico diferenciado e simplificado nas 
áreas administrativa, tributárias, previdenciárias e creditícias, com vistas à 
diminuição da burocracia e à facilitação de acesso ao crédito.
No esteio do comando constitucional, os microempreendedores, o 
empresário rural e o pequeno empresário recebem tratamento especial 
em todo o processo de inscrição do empresário e facilitação para o 
cumprimento das obrigações empresariais tributárias e administrativas, 
melhor explicitadas nos arts. 968, parágrafo 4°, e 970, do Código Civil:
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante 
requerimento que contenha:
(...)
§4. O processo de abertura, registro, alteração e baixa 
do microempreendedor individual de que trata o art. 
18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro 
de 2006, bem como qualquer exigência para o início 
Direito Empresarial
37
de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e 
simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para o 
empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê 
para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do 
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - 
CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2 da mesma Lei. 
(Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)
(...) 
970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e 
simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, 
quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. (BRASIL, 
2002)
Coube à Lei Complementar 123/2006 – Estatuto Nacional da 
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, classificar quais são as micro 
e pequenas empresas, seleção que é feita por faixa de faturamento.
Em 2019, o faturamento máximo por categoria é:
a. Microempreendedor Individual (MEI): Receita bruta anual de até 
R$ 81 mil.
b. Microempresa – Receita bruta anual de até R$ 360 mil, exceto MEI. 
c. Empresa de Pequeno Porte (EPP) – Receita bruta anual acima de 
R$ 360 mil até R$ 4,8 milhões.
Uma forma de diferenciar o porte de cada empresa é por meio do 
regime de tributação, por exemplo, a pessoa jurídica, categorizada como 
MEI, entra no regime tributário do Simples Nacional. Já as empresas com 
maior faturamento, adequam-se ao regime tributário do lucro presumido. 
Vejamos a seguir, mais detalhes sobre esses regimes de tributação: 
Simples Nacional
O Simples, na verdade, é um acrônimo da sigla: Sistema Integrado 
de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e 
Empresas de Pequeno Porte. Esse regime foi criado, em 1996, com o 
objetivo de facilitar o recolhimento das contribuições das empresas com 
menor porte, como o Microempreendedor Individual (MEI), por exemplo.
Direito Empresarial
38
Figura 2 - Microempreendedor individual
Fonte: Freepik.
 O microempreendedor individual (MEI) é uma pessoa jurídica que 
trabalha de forma autônomo, ou seja, por conta própria, mas que precisa 
ter um cadastro, indicando que atua de forma profissional. Seu negócio 
funciona como pequeno empresário. Normalmente, o MEI tem apenas 
um funcionário para todas as funções, que é o próprio empresário. 
IMPORTANTE:
O que define o que é uma MEI, ou seja, uma microempresa 
ou empresa de pequeno porte, é o seu nível de faturamento. 
A empresa, ou o negócio, é categorizada, não pelo número 
de profissionais que nele atuam, ou o tamanho de suas 
instalações, mas apenas por esse faturamento. 
As empresas que se encaixam nesse regime de tributação 
pagam apenas um imposto por mês, o Documento Único 
de Arrecadação (DAS). Nesse regime, as alíquotas cobradas 
são menores, justamente para estar coerente com o 
faturamento produzido.
Direito Empresarial
39
Os impostos incluídos no DAS são os seguintes: 
 • Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ. 
 • Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI. 
 • Contribuição sobre o Lucro Líquido – CLSS. 
 • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins. 
 • Contribuição para o PIS/Pasep. 
 • Contribuição Patronal Previdenciária – CPP. 
 • Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias 
e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação – ICMS. 
 • Imposto de Serviço de qualquer natureza – ISS.
De forma complementar, sobre o Simples Nacional, Santos (2014) 
presta os seguintes esclarecimentos:
O Simples Nacional é um regime tributário definido pela Lei 
Complementar nº 123/06, marco normativo que instituiu 
o Estatuto Nacional da Microempresa (ME) e Empresa 
de Pequeno Porte (EPP). A lei estabelece normas gerais 
relacionadas a um tratamento específico, dispensado às 
microempresas e às empresas de pequeno porte. Este 
tratamento permite a elas o recolhimento unificado de 
tributos federais, ISS e ICMS, simplificando o regime 
tributário e oferecendo alíquotas relativamente baixas. O 
Estatuto da ME e da EPP disponibiliza, como já ressaltamos, 
um tratamento privilegiado para pessoas jurídicas que se 
enquadram como tal. (SANTOS, 2014 p. 49-50)
Mas, durante esta explicação, é possível que você esteja tentando 
entender melhor quais empresas podem ser enquadradas como 
Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP), a fim de saber 
até que ponto, é possível se encaixar nesse regime simplificado. Bem, as 
determinações do artigo 3º da Lei nº 123, consideram que uma empresa 
é classificada como ME ou EPP, a partir de seu faturamento e, quando 
estão, devidamente registradas, no Registro de Empresas Mercantis ou 
no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, desde que se enquadrem nos 
seguintes parâmetros: 
Direito Empresarial
40
I - No caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, 
receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil 
reais).
II - No caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta 
mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos 
mil reais).
Apesar de uma ME ou EPP terem a oportunidade de cumprir com 
suas obrigações tributárias de forma simplificada por meio do Simples 
Nacional, algumas desvantagens também são enfrentadas em alguns 
aspectos. A primeira delas é a inexistência de reembolso que não será 
realizado, caso algum valor seja pago, indevidamente, ou por engano.
Outra desvantagem desse regime é que a alíquota aumenta, de 
acordo com o aumento do faturamento, ou seja, mais faturamento, mais 
imposto. Se o faturamento exceder os limites, exigidos nos requisitos do 
Simples, é possível que a empresa seja obrigada a mudar de regime, 
modificando todo o planejamento de tributação previsto na empresa. 
Além disso, algumas atividades podem ser cobradas de forma 
diferenciada, pois as alíquotas variam, de acordo com o tipo de atividade 
executado na empresa. Veja a seguir as classificações no quadro 1:
Quadro 1: Alíquotas por tipo de atividade
Atividade Alíquota
Comércio 4% a 11,6%
Indústria 4,5% a 12,1%
Serviço 4,5% a 17,4%
Fonte: Elaborado pela autora (2021).
É preciso estar atento ao tipo de atividade da empresa para que os 
pagamentos das alíquotas ocorram de forma correta. Além disso, existe 
uma obrigação principal das empresas que adotarem esse tipo de regime 
tributário: o pagamento do DAS, no dia 20 de cada mês e caso esse 
pagamento atrase, multas podem ser cobradas.
Direito Empresarial
41
Lucro Presumido
O lucro presumido também é uma maneira de simplificar impostos 
para as empresas. A principal diferença entre este regime e o Simples 
Nacional é o tipo de empresa que o adota, ou seja, no Simples, as 
empresas devem auferir no máximo 3.600.000 reais por ano. Acima disso, 
a empresa já passa a adotar o regime de lucro presumido
A principal característica desse regime é que a alíquota não segue 
apenas os parâmetros, de acordo com a atividade da empresa como no 
Simples, mas o imposto a pagar é calculado, também, com base no que se 
supõe que a empresa vá lucrar. Sendo assim, existem três características 
particulares desse regime: 1- a empresa adota o lucro presumido, quando 
seu faturamento é igual ou superior a 48 milhões de reais; 2- no entanto, a 
sua alíquota não é calculada, com base em seu faturamento, e sim no seu 
possível lucro; 3- o recolhimento ocorre apenas quatro vezes por ano, ou 
seja, a cada três meses. De acordo com Paulsen e Melo (2013),
Empresas com receita bruta total, no ano calendário 
anterior, até R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de 
reais) e cujas as atividades não estejam obrigatoriamente 
sujeitas à apuração do lucro real, podem optar pelo regime 
de tributação com base no lucropresumido, nos termos 
do art. 13 da Lei 9.718/98, com redação da Lei 10.637/02. 
(PAULSEN; MELO 2013, p. 84)
De acordo com Santos (2014 p. 53), a diferença da opção pelo 
lucro presumido é que a base de cálculo do imposto, em cada mês, será 
determinada, mediante à aplicação de um percentual presumido sobre a 
receita bruta, auferida mensalmente, conforme o art.15 da Lei 9.249/95. A 
base de cálculo diz-se presumida porque feita a apuração, o lucro pode 
ser maior ou menor que o percentual da receita apontado por lei.
Sociedades simples e sociedades 
empresárias 
O Código Civil define como “empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou 
a circulação de bens ou de serviços” (art. 966) para logo, no parágrafo 
Direito Empresarial
42
único, definir que não é considerado empresário, ou seja, aquele que 
“exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, 
ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício 
da profissão constituir elemento de empresa”. 
O elemento de empresa, por sua vez, é o nível de complexidade 
organizacional exigida para o desenvolvimento da atividade empresarial, 
entendimento majoritário que prevalece no STJ (EREsp 866.286/ES, Rel. 
Ministro Hamilton Carvalhido, julgado em 29/09/2010, DJe 20/10/2010). 
Porém, há uma corrente minoritária, que tem como um dos seus expoentes 
o civilista Sylvio Marcondes, que considera elemento de empresa tanto a 
complexidade da atividade e da estrutura para o seu desenvolvimento, 
como existência de atividades paralelas também complexas no seu 
desempenho.
Na sequência, o art. 967, o Código Civil expressamente define 
como sociedade empresária aquela “que tem por objetivo o exercício de 
atividade própria de empresário, sujeito a registro, e simples as demais”, 
excepcionando no parágrafo único que, “independentemente do seu 
objeto, considera-se empresária a sociedade por ações, e simples a 
cooperativa”.
As sociedades empresárias devem ser registradas nas Juntas 
Comerciais dos estados, órgão responsável pela execução do registro 
público mercantil.
As sociedades simples, não empresárias, discriminadas no Código 
Civil e também as cooperativas, por previsão expressa no art. 982 do Código 
Civil, são registradas no Cartório do Registro Civil de Pessoas Jurídicas, à 
exceção das sociedades de advogados, cujos atos constitutivos devem 
ser registrados na Ordem dos Advogados do Brasil — OAB (art. 15, § 1º, Lei 
n. 8.906/94).
O empresário rural, as microempresas e as empresas de pequeno 
porte que podem escolher submeter-se ou não ao regime jurídico do 
empresário, se atendem às exigências para o registro nas juntas comerciais 
(art. 971, CC).
Direito Empresarial
43
Como as sociedades simples não constituem empresa, não estão 
sujeitas à falência, à recuperação judicial ou extrajudicial previstas na Lei 
11.101/2005.
Cabe ressalvar, porém, que, apesar de não constituírem empresa, 
o “art. 997, inc. II, não exclui a possibilidade de sociedade simples utilizar 
firma ou razão social”. Para ler sobre o artigo, clique aqui. Relembrando: 
o Código Civil também excluiu as atividades intelectuais de natureza 
científica, literária ou científica do universo das atividades mercantis, 
independente de terem empregados ou colaboradores, por lhes faltar 
uma característica essencial às empresas - o elemento de organização 
dos fatores de produção. Entretanto, se este elemento estiver presente, 
a atividade intelectual caracteriza empresa (parágrafo único, art. 966, CC).
Finalmente, é importante ressalvar o Enunciado 476 do Conselho 
da Justiça Federal, que na V Jornada de Direito Civil pacificou as diferentes 
classificações empresariais que, no Brasil, não guardam harmonia entre a 
União e os Estados, e nem mesmo entre as áreas tributária e administrativa.
Assegura a ementa:
ACESSE:
Eventuais classificações conferidas pela lei tributária às 
sociedades não influem para sua caracterização como 
empresárias ou simples, especialmente no que se refere 
ao registro dos atos constitutivos e à submissão ou não 
aos dispositivos da Lei n. 11.101/2005. (CJF. Enunciado 
476. Coordenador-Geral Ministro Ruy Rosado de Aguiar. 
Referência Legislativa: Código Civil de 2002, Lei n. 
10.406/2002, Art 982. Disponível aqui.
Sociedades não personificadas
As sociedades não personificadas são aquelas que não possuem 
registro, ou seja, não possuem personalidade jurídica.
Direito Empresarial
https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/482
44
Figura 3 - Despersonalização
Fonte: Pixabay(2021).
Esse tipo de sociedade se subdivide em:
a. Sociedade em Comum - São as sociedades que não tiveram 
os seus atos constitutivos registrados, chamadas também 
sociedades de fato ou irregulares. A existência desse tipo de 
sociedade só pode ser provado por documentos escritos. Os bens 
e as dívidas compõem um patrimônio especial que pertencem 
equitativamente aos sócios, respondendo os bens “pelos atos de 
gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso 
limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro 
que o conheça ou deva conhecer” (986 a 990, CC).
b. Sociedade em Conta de Participação - É uma sociedade informal, 
sem registro por interesse dos sócios, que são de dois tipos: o 
sócio ostensivo, que assume publicamente a gestão da sociedade 
e gere os negócios em seu nome individual, sob sua própria e 
exclusiva responsabilidade, atuando como empresário individual 
ou sociedade empresária; e o sócio participante ou oculto, que não 
aparece para terceiros, respondendo apenas ao sócio ostensivo. 
(arts. 991 a 996, CC).
Às vezes os sócios firmam um contrato informal, que gera efeitos 
apenas entre eles. Porém, considerando que a tônica desse tipo de 
sociedade é a informalidade, a lei permite que o liame contratual seja 
provado por todos os meios de direito.
Direito Empresarial
45
O Enunciado 208, do Conselho da Justiça Federal, harmonizou 
o entendimento doutrinário acerca da obrigatoriedade de aplicação 
das normas do Código Civil nas atividades despersonalizadas, 
independentemente de serem próprias de empresário:
ACESSE:
As normas do Código Civil para as sociedades em 
comum e em conta de participação são aplicáveis 
independentemente de a atividade dos sócios, ou do sócio 
ostensivo, ser ou não própria de empresário sujeito a registro 
(distinção feita pelo art. 982 do Código Civil entre sociedade 
simples e empresária). (CJF, Enunciado 208. Coordenador-
Geral Ministro Ruy Rosado de Aguiar Referência Legislativa: 
Código Civil de 2002, Lei n. 10.406/2002, Arts. 991, 983 e 
986. Disponível aqui. 
RESUMINDO:
E então, gostou do conteúdo? Aprendeu tudo sobre a 
Introdução dos temas do Direito Empresarial? Agora, só para 
termos certeza de que você realmente entendeu o tema 
de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você certamente aprendeu que as sociedades empresariais 
nascem da vontade dos sócios (affectio societatis) ou 
acionistas (interesse no capital), em torno de um objetivo 
comercial comum. Também aprendeu que as empresas 
iniciam sua vida por meio de um contrato ou um estatuto, 
que deve ser levado a registro na Junta Comercial. A 
importância dos registros dos trâmites legais para aquisição 
de personalidade jurídica pelas empresas permite que elas 
negociem, recolham impostos e se desenvolvam no nicho 
de mercado em que desempenham as suas atividades. O 
sigilo, o nome empresarial e o estabelecimento empresarial 
são importantes para distinguir as empresas nesse nicho, 
proteger suas atividades. Finalmente, certamente aprendeu 
as diferenças entre as microempresas e empresas de 
pequeno porte, as sociedades e empresárias, e as sociedades 
não personificadas. Agora, você está preparado para seguir 
aprendendo mais e mais sobre o Direito Empresarial.
Direito Empresarial
https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/405
46
REFERÊNCIASBRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponível 
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Estabelece normas integrantes do Estatuto da Microempresa, relativas à 
isenção do imposto sobre Circulação de Mercadorias - ICM e do Imposto 
sobre Serviços – ISS. Brasília, DF: Presidência da República, [1984]. 
Disponível em: https://bit.ly/3k7bjGD. Acesso em: 27 jul. 2019.
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Direito Empresarial
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