Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Farmacologia da Asma e DPOC
Asma 
→ 
• É uma doença inflamatória crônica das 
vias aéreas, na qual diversas células e seus 
produtos estão envolvidos (=liberação de 
mediadores inflamatórios); 
• Apresenta hiper-reatividade das vias aé-
reas e limitação variável ao fluxo de ar, de-
vido a um espessamento da mucosa, hiper-
secreção de muco e exposição das termina-
ções nervosas; 
• Resulta da ativação de macrófagos, e in-
filtração de eosinófilos e linfócitos T au-
xiliares; 
• O propósito do tratamento é evitar a exa-
cerbação da fase aguda da doença; 
• Trata-se de uma doença crônica caracte-
rizada por períodos de melhora e exacer-
bação dos sintomas. 
 
Sintomas: 
• Os sinais e sintomas são importantes na 
determinação do protocolo de tratamento a 
ser seguido, variando de acordo com o grau 
(leve, moderada e grave) as condutas farma-
cológicas; 
• O processo de hiperresponsividade, pro-
dução mucoide e vasoconstrição de via aé-
rea com hipertrofia resultam na redução do 
calibre de via aérea e, quando muito intenso, 
exacerbação da doença; 
 
• Sintomas respiratórios: sibilos, dispneia, 
tosse, opressão retroesternal (“aperto no 
peito” por falta de oxigênio); 
• Limitação variável do fluxo aéreo: é im-
portante a realização da espirometria, avali-
ando o grau de obstrução, que varia de 
acordo com cada paciente; 
• A maior frequência das crises resulta 
numa piora dos quadros pelo remodela-
mento (proliferação de fibroblastos e depo-
sição de colágeno), por perda do tecido de 
troca de gases devido a fibrose resultante da 
cicatrização. 
 
Fatores desencadeantes de crises asmáticas: 
• Exercício físico, ar frio (interfere na res-
posta imune inata, deixando o indivíduo 
mais susceptível a crises), estresse, doenças 
virais, poeira, mofo, tabaco, produtos quí-
micos, animais, pólen, poluição do ar, remé-
dios; 
• Medicamentos: beta bloqueadores não 
seletivos e AINE’s (inibição de ciclo oxige-
nase, diminuindo a liberação da resposta 
anti-inflamatória, que é necessária inicial-
mente, porém não de forma exacerbada); 
• Ar frio: reduz/interfere na resposta imune 
inata que acontece na cavidade nasal. 
 
→ 
• Acomete cerca de 300 milhões de pessoas 
no mundo, e 20 milhões no Brasil; 
• Segundo o DATASUS, ocorrem no Brasil, 
em média, 350.000 internações anualmente; 
• A asma é a terceira ou quarta causa de hos-
pitalizações pelo SUS (2,3% do total); 
• Manifestação dos sintomas na infância; 
• Mais de ¾ das crianças que apresentaram 
sintomas até 7 anos, terão remissão com-
pleta até os 16 anos; 
• Infância (8-10%): 
 - 2:1 meninos; 
 - 50% dos casos de asma iniciam-se antes 
dos 10 anos de idade; 
• Jovens adultos (5-6%): período de latên-
cia; 
Marianne Barone (T5) Bases Patológicas III – Prof. Ariana Moraes 
• Idosos (>60 anos, 8-9%): 
 - Predominância do sexo feminino; 
 - 25% dos casos de asma iniciam-se nesta 
fase; 
• Alguns fatores para a persistência da 
doença são: 
 - Início da doença antes dos 2 anos de 
idade; 
 - Pico de fluxo expiratório constantemente 
baixo durante a infância; 
 - Pais com asma; 
 - Contínua exposição a alérgenos; 
• Crianças portadoras de Síndrome de 
Down: risco aumentado quando compa-
rando-se com crianças sem a Síndrome; 
• 80% das mortes acontecem em países em 
desenvolvimento; 
• Sexo feminino: 
 - 3x mais chances de internação; 
 - Influência negativa de obesidade e taba-
gismo (passivo e ativo); 
 - Maior diversidade de polimorfismos ge-
néticos associados à asma; 
 - Discretas diferenças anatômicas e fisio-
lógicas de vias aéreas de homens e mulheres; 
 
→ 
• Divide-se em grupos: asma controlada, 
parcialmente controlada e não controlada 
(abandono de tratamento e/ou exposição 
contínua a substâncias alergênicas); 
 
• Leve e intermintente: utiliza-se -
agonistas inalatório durante crises, ou seja, 
são as bombinhas usadas por asmáticos; 
• Leve e persistente: faz-se o uso de uma 
terapia diária para prevenção, somada do 
uso das bombinhas em situações de crise; 
• Moderada e persistente: além dos 
broncodilatadores, adiciona-se o uso de 
agentes anti-inflamatórios; 
• Grave e persistente: é a pior forma da 
doença e utiliza-se broncodilatadores, anti-
inflamatórios e corticoesteóides orais; 
• Resultado: sintomas controlados, redução 
da variabilidade do PFE, testes da função 
pulmonar normalizados, prevenção de exa-
cerbação aguda e manutenção de níveis nor-
mais de atividade; 
• Terapias: 
 - -adrenergicos: atuam previnindo e 
revertendo sintomas; 
 - Teofilina: previnindo e revertendo 
sintomas; 
 - Cromoglicato inalatório: previnindo 
sintomas; 
 - Modificadores de leucotrienos: 
previnindo sintomas; 
 - Corticosteroides inalatórios: trabalham 
previnindo sintomas; 
 - Corticosteroides sistêmicos: previnindo 
e revertendo sintomas; 
 - Anticolinérgicos: atuam previnindo e 
revertendo sintomas; 
 - Controles ambientais: previnindo 
sintomas; 
 - Imunoterapia da alergia: previnindo 
sintomas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ 
 Intermitente Persistente leve Persistente mode-
rada 
Persistente grave 
Sintomas 
Falta de ar, 
aperto no peito, 
chiado 
≤1 vez/semana ≥1 vez/semana e <1 
vez/dia 
Diários 
Não contínuos 
Diários 
Contínuos 
Atividades Em geral normais 
Falta ocasional ao 
trabalho ou escola 
Limitação para 
grandes esforços 
Faltas ocasionais 
ao trabalho ou es-
cola 
Prejudicadas 
Algumas faltas ao 
trabalho ou escola 
Sintomas com exer-
cício moderado (su-
bir escadas) 
Limitação diária 
Falta frequente ao tra-
balho e escola 
Sintomas com exercí-
cios leves (andar no 
plano) 
Crises* Ocasionais (leves) 
Controladas com 
broncodilatadores, 
sem ida à emergên-
cia 
Infrequentes 
Algumas reque-
rendo curso de cor-
ticoide 
Frequentes 
Algumas com ida à 
emergência, uso de 
corticoides sistêmi-
cos ou internação 
Frequentes (graves) 
Necessidade de corti-
coide sistêmico, inter-
nação ou com risco de 
vida 
Sintomas notur-
nos** 
Raros 
≤2 vezes/mês 
Ocasionais 
>2 vezes/mês e ≤1 
vez semana 
Comuns 
>1 vez/semana 
Quase diários 
> 2 vezes/semana 
Broncodilatador 
para alívio 
≤ 1 vez/semana ≤ 2 vezes/semana >2 vezes/semana e 
<2 vezes/dia 
≥2 vezes/dia 
PFE ou VEF 
nas consultas 
Pré-bd >80% pre-
visto 
Pré-bd ≥80% ou 
previsto 
Pré-bd entre 60% e 
80% previsto 
Pré-bd <60% previsto 
* Pacientes com crises infrequentes, mas que coloquem a vida em risco, devem ser classificados como porta-
dores de asma persistente grave 
** Despertar noturno regular com chiado ou tosse é um sintoma grave 
• Madrugada tem persistência do sistema 
parassimpático = maior risco de crises du-
rante a noite; 
• A classificação de gravidade é feita no mo-
mento do diagnóstico. Mesmo que o paci-
ente apresente melhora de sintomas, ele não 
apresenta uma diminuição de sua gravidade, 
ou seja, ele pode ser um paciente grave com 
controle dos sintomas, e não um paciente 
grave que se tornou leve, por exemplo. 
 
→ 
• Atingir e manter o controle da doença (di-
minuir remodelamento); 
• Prevenir exacerbações, instabilidades, 
perda acelerada de função pulmonar e efei-
tos adversos aos medicamentos; 
• Formas de tratamento: 
 - Farmacológico; 
 - Educação do paciente; 
 - Plano de ação por escrito; 
 - Treinamento do uso do dispositivo; 
 - Revisão da técnica inalatória a cada con-
sulta. 
 
→ 
• Controle ambiental; 
• Evitar exposição a fatores de risco; 
• Explicar sobre necessidade do uso do me-
dicamento; 
• Auto-manejo de exacerbações; 
 
→ 
• O tratamento farmacológico da asma uti-
liza medicamentos com os seguintes objeti-
vos: 
 - Agentes direcionados para a redução do 
broncoespasmo (broncodilatadores); 
 - Reduzir o processo inflamatório das vias 
aéreas, com uso de agentes anti-inflamató-
rios (corticoides); 
• Ele é baseado no diagnósticoe controle da 
doença, sendo que, durante o seguimento 
clínico deve-se reajustar as medicações de 
acordo com o controle, reavaliando, ideal-
mente, a cada 2-3 meses; 
Níveis de controle Condutas 
Controlado Tentar reduzir 1 etapa 
de controle 
Parcialmente contro-
lado 
Considerar aumento 
da etapa de controle 
Não controlado Aumentar a etapa até 
atingir o controle 
Exacerbação As condutas são apro-
priadas para a ocorrên-
cia 
• O ideal é associação de broncodilatador + 
corticoide. No momento de crise, é indicado 
corticoide + broncodilatador de ação curta 
(SABA); 
 
• Principal classe farmacológica: corticoi-
des inalatórios (isolados ou em associação 
com broncodilatador); 
• Broncodilatador nunca deve ser usado 
em monoterapia (broncodilata no mo-
mento do uso, porém continua tendo res-
posta inflamatória, então terá resposta de 
broncoespasmo/broncoconstrição pela pre-
sença dos mediadores inflamatórios); 
• Os pacientes que alcançam controle satis-
fatório devem manter o tratamento no está-
gio com a menor dose do medicamento, que 
controla os sintomas da doença; 
• Abrange o controle dos sintomas, minimi-
zação dos riscos de futuras exacerbações e 
da limitação irreversível do fluxo aéreo. 
 
 
 
 
Classes Fármacos 
Corticoides inalatórios Beclometasona, Bude-
sonida, Ciclesonida, 
Fluticasona, Mometa-
sona 
β2 agonistas de ação 
prolongada (Long Ac-
ting β2 Agonist – 
LABA) até 12h 
Salmeterol, Formote-
rol 
β2 agonistas de ação 
curta (Short 
Acting β2 Agonist – 
SABA) 2-4h 
Salbutamol (Aerolin), 
Fenoterol (Berotec) 
Antileucotrienos Montelucaste (Singu-
lair) 
Metilxantinas Teofilina, Aminofilina 
VO 
Corticoides inalatórios: 
• Via de preferência; 
• Ligação do fármaco a receptor intracelular 
de glicocorticoides; 
• O complexo fármaco-receptor move-se 
até o núcleo (onde tem a fosfolipase-A2); 
• Aumento da transcrição de genes anti-in-
flamatórios (bloqueia a fosfolipase A2) e 
supressão da transcrição de genes pró-infla-
matórios; 
• Inibe a formação de citocinas que são se-
cretadas por linfócitos T, macrófagos e 
mastócitos; 
• Induz apoptose de eosinófilos; 
• Principal exemplo: Dipropionato de Be-
clometasona (Clenil) ou Betametasona; 
• Efeitos adversos sistêmicos: estão inti-
mamente relacionados a dose, devendo-se 
ter maior atenção ao risco de Síndrome de 
Cushing (distrofia, alteração do metabo-
lismo de glicose, alteração na pele, altera-
ção no metabolismo de cálcio); 
 - Supressão e insuficiência suprarrenais; 
 - Ganho de peso; 
 - Osteoporose; 
 - Anormalidades metabólicas; 
• Supressão do eixo hipotalâmico-hipofi-
sário-suprarrenal acontece em do-
ses >2000µg/dia (pode ser atingida por pa-
cientes descompensados, que utilizam vá-
rias vezes ao dia). 
 
β-2 agonistas: 
• Apresentam ação longa ou ação curta; 
• Mecanismo de ação: ligam-se ao receptor 
β-2 adrenérgico, causando aumento da pro-
dução de adenilciclase e, consequentemente, 
de AMP cíclico, promovendo broncodila-
ção; 
• Efeitos adversos: tremor muscular, taqui-
cardia e palpitações e hipocalemia. Princi-
palmente pela associação em dose com cor-
ticoides, podem apresentar: 
 - Candidíase orofaríngea; 
 - Tosse; 
 - Disfonia; 
• SABA (curta duração): são os principais 
exemplos Fenoterol, Salbutamol e Terbuta-
lina, com efeito entra 4-6h; 
• LABA (longa duração): são os principais 
exemplos Formoterol e Salmeterol (duração 
até 12 horas) ou Vilanterol, Olodaterol, In-
dacaterol (até 24h); → Formoterol tem 
longa duração porém apresenta início de 
ação rápido (5 minutos), podendo ser utili-
zado em tratamento de manutenção ou cri-
ses 
• Tolerância: dessensibilização ou subsen-
sibilidade dos receptores extra-pulmonares. 
 
Anticolinérgicos: 
• Mecanismo de ação: atuam no antago-
nismo aos receptores M1 e M3, impedindo 
a broncoconstrição desencadeada pela ace-
tilcolina ao ligar-se a esses receptores; 
• Curta duração: principal exemplo é o 
Brometo de Ipratrópio, agindo 4-6 horas; 
• Longa duração: principal exemplo é o Ti-
otóprio (usado anteriormente apenas em 
DPOC, porém atualmente é aplicada para 
pacientes com asma de controle clínico di-
fícil), agindo por 24h; 
• Efeitos colaterais: xerostomia. 
 
Antileucotrienos: 
• Antagonista de receptor de leucotrienos 
(relação direta com a inibição de mediado-
res inflamatórios), atuando como broncodi-
latadores modestos; 
• Indicados para casos de asma branda a mo-
derada; 
• São menos eficazes que os corticoides ina-
latórios (nas crises em geral), administrados 
de via oral; 
• Tratamento adjuvante, devendo serem uti-
lizados de médio a longo prazo. Pode ser 
prescrito a pacientes com asma grave em 
uso de altas doses de corticosteroides inala-
tório e oral (visando reduzir a dosagem); 
• Efeitos adversos: casos raros de disfun-
ção hepática. 
 
Metilxantinas: 
• Não são muito indicados; 
• Farmacocinética: extensamente metabo-
lizada no fígado pela CYP1A2; 
• Nível terapêutico: 5-15 mg/L (dose con-
siderada mais elevada); 
• Fatores que afetam a depuração da teo-
filina: 
 - Aumento da depuração: 
 ▷ Indução enzimática (principalmente 
CYP1A2) por coadministração de fármacos; 
 ▷ Tabagismo (tabaco, maconha) por in-
dução de CYP1A2; 
 ▷ Dieta com alto teor de proteínas, baixo 
teor de carboidratos; 
 ▷ Carne de churrasco; 
 ▷ Infância; 
 - Diminuição da depuração: 
 ▷ Inibição da CYP (cimetidina, eritromi-
cina, ciprofloxacino, alopurinol, fluvoxa-
mina, zileutona, zafirlucaste); 
 ▷ Insuficiência cardíaca congestiva; 
 ▷ Hepatopatia; 
 ▷ Pneumonia; 
 ▷ Infecção viral e vacinação; 
 ▷ Dieta rica em carboidratos; 
 ▷ Idade avançada; 
• Aminofilina: tratamento VO (intravenosa 
não está mais em uso por ter efeitos colate-
rais graves); 
• Teofilina: apresenta uma vantagem de ga-
rantir broncoproteção por uma pequena res-
posta anti-inflamatória. É pouco indicado, 
mas dessa classe é o fármaco utilizado 
(quando necessário). 
 
 
Atenção: 
• CI: corticoide inalatório; 
• SABA: broncodilatador ß2-agonista de 
curta duração (indicado principalmente em 
crises). Nos casos de crises muito intensas, 
pode-se administrar via parenteral (depen-
dendo do padrão respiratório); 
• FORM: formoterol (manutenção); 
• LABA: broncodilatador ß2-agonista de 
longa duração. É utilizado na manutenção 
do tratamento (médio e longo prazo); 
• Anti-IgE: anti-imunoglobulina E, CO; 
corticosteroide oral. 
 
 
 
 
 
 
Tratamento contínuo: 
• Tratamento a longo prazo (não crises). 
 
 Etapa I Etapa II Etapa III Etapa IV Etapa V 
Preferen-
cial 
- Dose baixa CI + 
FORM por de-
manda (caso te-
nha necessidade) 
- CI dose baixa 
diária + SABA 
(por demanda) 
 
- CI dose baixa + 
FORM por de-
manda 
- CI dose baixa + 
LABA + SABA 
(por demanda) 
 
- CI dose baixa + 
FORM de manu-
tenção e resgate 
- CI dose média 
+ LABA + 
SABA (por de-
manda) 
 
- CI dose média 
+ FORM (man.) 
- CI dose alta + 
LABA + Tio-
trópio (bronco-
dilatador de se-
letividade 
maior) 
Opções - CI + SABA 
(por demanda) 
- Montelucaste 
(inibidor de leu-
cotrieno) + 
SABA por de-
manda 
- Dose média de 
CI + SABA (por 
demanda) 
 
- CI dose baixa + 
Montelucaste 
(inibidor de leu-
cotrieno) + 
SABA por de-
manda 
- CI dose alta + 
Tioptrópio ou 
Montelucaste 
(inibidor de leu-
cotrieno) 
- CO dose baixa 
• Resumo: corticoides (inalatórios) + bron-
codilatadores agonistas β-2 (na crise usa o 
de curta duração 2-4 horas) ou metilxantina 
ou antileucotrienos (tratamento a longo 
prazo); 
 - O paciente, caso utilizar corticoides sem-
pre junto com o corticoide inalatório, 
mesmo que em doses baixas, pode causar 
imunossupressão (aumento de risco de 
pneumonia, candidíase orofaríngea); 
 - O broncodilatador isoladamente também 
é questionado, pois não apresenta uma res-
posta anti-inflamatória,podendo não conter 
as crises (observar extremos idade → queda 
de concentração de eosinófilos e doenças de 
base = questionar uso de corticoides por 
possibilidade de uso por mais tempo OU 
maior risco de imunossupressão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais fármacos: 
 
 
Aerossolterapia: 
• Efeito mais rápido: 
 - Menos efeitos adversos; 
 - Grande variabilidade da dose que chega 
ao trato respiratório inferior (6-60%); 
• Escolha de dispositivo: Paciente x Tipo 
de Dispositivo x Grau de Obstrução. 
Nebulizadores: 
• Vantagens: 
 - Facilidade de uso em pacientes de qual-
quer idade; 
 - Possibilidade de mistura de medicamen-
tos; 
 - Uso em pacientes com obstrução grave; 
 - Baixa deposição na orofaringe (demanda 
mais tempo); 
• Desvantagens: 
 - Alto custo; 
 - Nebulizadores a jato produzem muito ru-
ído; 
 - Maior tempo de inalação; 
 - Dificuldade de transporte; 
 - Necessitam manutenção e limpeza; 
 - Maiores riscos de doses excessivas e con-
taminação; 
 - Requer fonte de energia. 
 
GINA 2023: 
• A GINA recomenda o uso combinado do 
broncodilatador de curta ação/SABA + 
corticóide inalatório (CI separado to-
mado imediatamente após o SABA OU 
em combinação em inaladores com 
SABA+ CI), nos momentos de exacerbação 
da asma, para adultos e adolescentes, 
quando a combinação CI + formoterol 
não está disponível ou não é acessível; 
• Esta mudança foi baseada em um ensaio 
clínico em que pacientes que receberam o 
tratamento de manutenção GINA estágio 3-
5, budesonida-salbutamol como analgésico, 
reduziu o risco de exacerbações graves, em 
comparação com apenas o uso do salbuta-
mol; 
• Corticóide inalatório + formoterol 
(broncodilatador de longa ação/LABA) 
continua sendo a abordagem de tratamento 
preferencial para adultos e adolescentes, 
conforme necessário (crises) ou como te-
rapia de manutenção; 
• A GINA não recomenda mais o trata-
mento da asma apenas com SABA em 
adultos, adolescentes ou crianças de 6 a 
11 anos; 
• Embora os broncodilatadores de curta 
ação (SABA) inalados sejam altamente efi-
cazes para o alívio rápido dos sintomas da 
asma, os pacientes tratados apenas com 
SABA (em comparação com a associação 
com corticóide inalatório) apresentam 
maior risco de morte relacionada à asma até 
mesmo se eles tiverem um bom controle dos 
sintomas.; 
• O risco de exacerbações graves é substan-
cialmente reduzido em adultos e adolescen-
tes que utilizam o formoterol + ICS con-
forme ou ICS+ SABA conforme necessário; 
 
• O tratamento deve ser mantido por pelo 
menos três meses antes de considerar au-
mento para o estágio subsequente. 
 
Descrição do atendimento no paciente com crise:
• Anamnese: asmático, idade, tratamento, 
profissão (exposição contínua ou não); 
• Exame físico: classificar o grau de gravi-
dade (sinais e sintomas de gravidade, sendo 
que alguns isoladamente indicam alto grau) 
+ semiologia pulmonar; 
• Medicações → reavaliar após 1-2h; 
• Não pedir exames complementares (raio-
X) na sala de emergência, devendo bronco-
dilatar o paciente em caso de presença de si-
nais de gravidade; 
• Após reavaliação: 
- Repetir medicação e reavaliar novamente; 
OU 
- Dispensar paciente e manter tratamento 
até encaminhamento com especialista 
OU 
 - Trocar conduta temporariamente até en-
caminhamento ao especialista; 
OU 
 - Internação e repetir medicação. Pode-se 
realizar exames de imagem para investigar 
pneumonia; 
• Medicações: depende do grau de gravi-
dade da crise (uso de musculatura acessória 
para respirar, cianose, batimento de asa na-
sal, saturação <90, FC>120). Independente 
da classificação, o paciente com crise deve 
receber o SABA; 
 - Leve: broncodilatador de curta duração 
(SABA); 
 - Moderada: SABA + corticoide (prefe-
rencialmente inalatório); 
 - Grave: LABA + SABA + corticoide. De-
pendendo do padrão respiratório, o corti-
coide deve ser administrado via parenteral; 
 
 
 
• Classificação de gravidade da crise 
aguda de asma: 
 Leve Moderada Grave Iminência de PCR 
Dispneia Com atividade fí-
sica 
Ao falar Ao repouso Ao repouso 
Capacidade de fa-
lar 
Sentenças Frases Palavras Incapaz de falar 
Posição corpórea Capaz de deitar Preferência por fi-
car sentado 
Incapaz de deitar Incapaz de deitar 
FR (irpm) Aumentada Aumentada >30 >30 
Musculatura aces-
sória 
Uso incomum Uso comum Uso da musculatura 
acessória 
Respiração parado-
xal 
Ausculta Sibilos expiratórios 
moderados 
Sibilos expiratórios 
difusos 
Sibilos difusos 
ins/expiratórios 
Tórax silente 
FC (bpm) <100 100-120 >120 Bradicardia 
Pulso paradoxal 
(mmHg) 
<10 10-25 >25 Ausente 
Estado mental Agitado ou normal Agitado Agitado Confuso/sonolento 
VEF1 (predito para 
idade, sexo e altura) 
>80% 50-80% <50% ou resposta 
`terapia menor do 
que 2h 
<50% 
SatO2 (%) >95 91-95 <91 <91 
PaO2 (mmHg) Normal >60 <60 <60 
PaCO2 (mmHg) <42 <42 ≥42 ≥42 
 
• Lembrar que: 
 - Medicações de alívio/resgate: β-2 ago-
nista de curta duração OU combinação de 
CI com formoterol OU anticolinérgico de 
curta duração (menos efetivo); 
 - Medicações de uso contínuo: CI, β-2 
agonista de longa duração, anticolinérgico 
de longa duração, antileucotrieno, imunobi-
ológicos. 
 
 
 
Resumo: 
 
Doença pulmonar 
obstrutiva crônica 
• É um conjunto de sinais em sintomas em 
um paciente que, a médio e longo prazo, 
teve uma doença obstrutiva (bronco-obstru-
ção); 
• Inflamação que resulta em estreitamento 
progressivo das vias aéreas pequenas (bron-
quiolite), fibrose e destruição do parên-
quima pulmonar com destruição das pare-
des alveolares (enfisema); 
• Predominância de neutrófilos, macrófagos 
e linfócitos T citotóxicos. 
 
→ 
• Tosse produtiva crônica (pelo menos 3 
meses em 1 ano, por 2 anos consecutivos); 
• Dispneia; 
• Falta de ar ao esforço (maior a gravidade 
= menor o esforço necessário para ter falta 
de ar); 
• Limitação de exercícios; 
• Perda de peso/caquexia (depende da gra-
vidade da doença); 
• Início insidioso; 
• Incapacidade funcional. 
 
→ 
• 300 milhões de pessoas no mundo; 
• 3º causa de morte; 
• Maior prevalência em países de baixa e 
média renda; 
• Principal fator de risco: tabagismo. 
 
→ 
• Fumo (ativo e passivo); 
• Exposição a poluição, gases e substâncias 
tóxicas. 
 
→ 
Elementos clínicos Função pulmonar 
Sintomas respiratórios crônicos Fatores de risco Distúrbio ventilatório 
obstrutivo 
Tosse 
Expectoração 
Sibilância 
Dispneia 
Respiração ofegante 
Sensação de opressão torácica 
Idade superior a 40 anos 
 
Externos: tabagismo ou inalação de ga-
ses irritantes ou de material particulado 
em ambiente ocupacional ou domiciliar, 
como fumaça de fogões a lenha 
 
Genéticos: deficiência de alfa-1 antitrip-
sina 
 
História familiar de DPOC 
 
Fatores relacionados à infância: baixo 
peso ao nascer, infecções respiratórias na 
infância, entre outros 
 
 
 
 
Espirometria: relação 
VEF/CVF inferior a 0,7 
pós-broncodilatador 
 
(relação volume expira-
tório forçado no 1º se-
gundo e capacidade vi-
tal forçada) 
→ 
• Considerar: 
 - Intensidade dos sintomas; 
 - Comorbidades; 
 - Preferência do paciente; 
• Inclui: 
 - Cessação do tabagismo; 
 - Fisioterapia respiratória; 
 - Farmacológico: fármacos e oxigeniote-
rapia (mais recomendado: cateter de O2, po-
dendo ser utilizado em casa ou internação, 
com a frequência dependendo da gravidade 
do caso); 
• Classificação de risco: 
Grupo Perfil de sintomas/exa-
cerbações 
Grupo A: grupo de 
baixo risco, poucos sin-
tomas 
Nenhuma exacerbação 
ou uma moderada (sem 
hospitalização); 
mMRC<2 ou CAT<10 
Grupo B: grupo de 
baixo risco, bastante sin-
tomas 
Nenhuma exacerbação 
ou uma moderada (sem 
hospitalização); 
mMRC≥2, ou CAT ≥10 
Grupo C: grupo de alto 
risco, poucos sintomas 
Uma ou mais exacerba-
ções graves (levando ahospitalização) ou duas 
ou mais moderadas nos 
últimos 12 meses; 
mMRC<2, ou CAT<10 
Grupo D: grupo de alto 
risco, bastante sintomas 
Uma ou mais exacerba-
ções graves (levando a 
hospitalização) OU duas 
ou mais moderadas nos 
últimos 12 meses; 
mMRC≥2, ou CAT≥10 
CAT: COPD assessment test 
mMRC: questionário de dispneia modificada do British Medi-
cal Reseach Council 
 
Tratamento farmacológico: 
• Conforme risco ABCD: 
A B C D 
Salbuta-
mol 
Fenoterol 
Ipratrópio 
(conforme 
necessi-
dade) 
Formote-
rol 
Salmeterol 
(uso regu-
lar) 
 
Conside-
rar bron-
codilata-
ção dupla: 
Anoro 
Formoterol 
Salmeterol 
(uso regu-
lar) 
 
Ipatrópio 
SN 
 
Corticoide 
inalatório 
(asma ou 
VEF<50%) 
 
Considerar 
broncodi-
palação 
dupla: 
Anoro ou 
Spiolto 
Corticoide 
inalatório 
+ LABA 
 
Ipratópio 
SN 
 
Conside-
rar bron-
codilata-
ção dupla: 
Adoro ou 
Spiolto 
 
 
• Principais fármacos: 
Classe Fármacos 
Corticoides inalatórios Beclometasona 
Budesonida 
Ciclesonida 
Fluticasona 
Mometasona 
β2 Agonistas de Ação 
Prolongada (Long Acting 
β2 Agonist – LABA) até 
12h 
Salmeterol 
Formoterol 
β2 Agonistas de Ação 
Muito Longa (até 24h) 
Vilanterol 
Olodaterol 
β2 Agonistas de Ação 
Curta (Short Acting β2 
Agonist – SABA) 2-4h 
Salbutamol 
Fenoterol 
Antimuscarínicos de ação 
curta (1 a 2h) 
Ipratrópio (Atrovent) 
Antimuscarínicos de ação 
longa (até 22h) 
Glicopirrônio 
Tiotrópio 
Umeclidínio 
• Anoro Ellipta: Brometo de Umeclidínio 
+ Trifenatato de Vilanterol; 
 - Brometo de Umeclidínio: antagonista 
de receptores muscarínicos de longa dura-
ção (anticolinérgico); 
 - Trifenatato de Vilanterol: agonista se-
letivo β-2 adrenérgico de ação prolongada 
(LABA); 
 - Uso inalatório por via oral; 
 - 1 vez ao dia; 
 - Validade de 6 semanas após aberto; 
• Spiolto – Respimat: Brometo de Tiotró-
pio Monoidratado + Cloridrato de Olodate-
rol; 
 - Brometo de Tiotrópio Monoidratado: 
antagonista de receptores muscarínicos de 
longa duração (anticolinérgico) 
 - Cloridrato de Olodaterol: Agonista se-
letivo β-2 adrenérgico de ação prolongada 
(LABA).

Mais conteúdos dessa disciplina