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FISIOTERAPIA MUSCULOESQUELÉTICA OsteoartroseOsteoartrose do Quadrildo Quadril Mas o que é uma osteoartrose? (BARROS; BRANCO; SILVA, 2020) Fonte: Google Imagens Etiologia Genética Alterações mecânicas (CRESTANI; TELOKEN; GUSMÃO, 2006) Classificação PRIMÁRIASECUNDÁRIA (CRESTANI; TELOKEN; GUSMÃO, 2006) Fisiopatologia ÂNTERO-SUPERIOR E PERIFÉRICA DO ACETÁBULO IMPACTO FEMOROACETABULAR (CRESTANI; TELOKEN; GUSMÃO, 2006) (INSTITUTO FUCHS, 2020) Sinais e Sintomas DOR LOCALIZADA RIGIDEZ MATINAL CREPITAÇÃO ÓSSEA ATROFIA MUSCULAR (BARROS; BRANCO; SILVA, 2020) Exames Complementares Baseia-se em parâmetros clínicos, laboratoriais e radiográficos. Exames laboratoriais Hemograma e bioquímica Provas de atividade inflamatória Autoanticorpos Marcadores do Metabolismo Ósseo e Cartilaginoso Sinovianálise Exames radiográficos Radiografia convencional Ultrassonografia Tomografia computadorizada Ressonância magnética (IWAKAMI CALDANA et al., 2005) Radiografias É o método mais utilizado, por ser barato, amplamente disponível e validado. Desvantagem de utilizar radiação ionizante e insensível para as fases iniciais da doença, uma vez que não permite a visualização da cartilagem. A característica clássica à radiografia convencional é a formação de osteófitos nas margens articulares. A calcificação da cartilagem articular, associada aos achados típicos da osteoartrose, deve levantar a suspeita de formas secundárias da doença. (IWAKAMI CALDANA et al., 2005) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Permite uma identificação mais precoce da osteoartrose em relação à radiografia. A utilização de contraste intra-articular (artrotomografia computadorizada) permite uma definição bastante precisa da topografia das lesões. A utilização de grandes quantidades de radiação ionizante limita parcialmente sua utilização na prática clínica. (IWAKAMI CALDANA et al., 2005) Fonte: Google Imagens RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Não utilizar radiação ionizante, é um método mais sensível que a radiografia convencional na identificação de osteófitos, perda cartilaginosa e cistos subcondrais. Também é utilizada para gradação da doença e para planejamento de intervenções cirúrgicas, nos casos em que há complicações Trata-se de um método caro e ainda pouco disponível, o que limita sua utilização mais rotineira. (IWAKAMI CALDANA et al., 2005) ULTRASSONOGRAFIA A ultra-sonografia tem as vantagens de ser um método rápido, não invasivo, amplamente disponível e de baixo custo. É pouco utilizada por ser um método cuja sensibilidade depende da perícia do operador e por não ser amplamente padronizado ou validado para uso diagnóstico na osteoartrose. Permite a avaliação da cartilagem e das estruturas periarticulares (IWAKAMI CALDANA et al., 2005) PALPAÇÃO TESTES ESPECIAIS MOBILIDADE ARTICULAR INSPEÇÃO Exame Físico Deve ser realizado buscando-se dados relativos à: Exame Físico Aumento do volume articular; Presença de crepitações à mobilização; Limitação à movimentação passiva/ativa; Atrofia muscular; Sinais inflamatórios ; Deformidades. Os achados ao exame físico variam de acordo com o local acometido e a gravidade da doença. Fonte: Google Imagens TESTE DO ROLAR DA COXA Positivo quando apresenta resistência na rotação lateral ou medial TESTES TESTE DE THOMAS O teste positivo produz o sinal de Drehmann TESTES Fonte: Google Imagens CIRÚRGICOFISIOTERAPÊUTICOFARMACOLÓGICO TRATAMENTO CONSERVADOR NÃO CONSERVADOR TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Analgésicos e anti-inflamatórios; Condroprotetores. (ARAKIAN; MEJIA). TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO A fisioterapia tem papel importante no que diz respeito à melhora dos sintomas e restauração da função, proporcionando ao paciente analgesia e reequilíbrio muscular. (ARAKIAN; MEJIA). FORÇA MUSCULAR PREVENÇÃO DA PERDA DE TROFISMO ALÍVIO DA DOR 04 03 02 GANHO DA AMPLITUDEDE MOVIMENTO (ARAKIAN; MEJIA). 01 ALONGAMENTO ELETROTERAPIA CRIOTERAPIA CINESIOTERAPIA HIDROTERAPIA TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO (ARAKIAN; MEJIA). TRATAMENTO CIRÚRGICO Osteotomias: preservam a articulação; Artroplastias: substituem a articulação (ATQ); Artrodeses: fusionam a articulação. Radiografia em AP da pelve pós-operatória de ATQ à direita.(ARAKIAN; MEJIA). CASOCASO CLÍNICOCLÍNICO G.B.C. Homem 68 anos Motorista DADOS DO PACIENTE Foi diagnosticado com osteoartrose de quadril a direita há 7 anos, por conta da profissão que exerce. Realizou fisioterapia no início dos sintomas por 4 meses, sendo apenas uma vez na semana, mas desistiu, pois relatou que não havia tempo para o tratamento. É tabagista, hipertenso e desenvolveu dislipidemia, porém faz uso somente de analgésicos. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL Um ano após a desistência do tratamento conservador com a fisioterapia, o paciente decidiu procurar atendimento médico devido ao aumento das dores que se caracterizavam com forte irradiação para o membro inferior direito, sendo contínua ao repouso e ao movimento. A avaliação médica apresentou marcha claudicante, limitação de amplitude de movimento de quadril (rot. Interna/externa, flexão/extensão, abdução/adução, circundução), fraqueza e atrofia de músculos que rodeiam a articulação (glúteo máximo/médio, retofemoral, ílio psoas), obliquidade pélvica e escoliose. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL Foram solicitados exames de imagem que evidenciaram diminuição do espaço articular, osteófitos marginais e irregularidades na cabeça do fêmur, apresentando pontos de necrose. O paciente foi indicado a cirurgia de artroplastia total de quadril do tipo cimentada, devido ao desenvolvimento da coxartrose. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL Diagnóstico Cinético Funcional Redução da ADM e da força muscular no membro inferior operado (principalmente quadriceps), repercutindo no desempenho muscular e, consequentemente, alterando a biomecânica do paciente e sua funcionalidade, comprometendo a realização dos movimentos do quadril. EXAME FÍSICO Cicatriz Dreno de sucção Fonte: Google Imagens Edema EXAMES COMPLEMENTARES Radiografia Fonte: Google Imagens Antes x Depois TRATAMENTO Melhorar a limitação progressiva da amplitude de movimento e a diminuição da força; Reduzir a dor por longo prazo; Eliminar o comportamento motor anormal do paciente; 03 02 01OBJETIVOS O objetivo fisioterapêutico após a cirurgia consiste em: (Albert Einstein - Hospital Israelita, 2009). Alongamento Exercícios ativos Fortalecimento Propriocepção Treino de marcha Podem ser usados recursos de eletroterapia, como TENS, ultrassom e ondas curtas, além de crioterapia para controle de dor e inflamação. Entrega do manual de orientação Orientação quanto aos riscos de posturas inadequadas Posicionamento no leito: Decúbito dorsal (DD) Rotação neutra dos Membros Inferiores (MMII) Abdução (uso de triângulo de abdução) Elevação dos membros de 25º a 35º Crioterapia CONDUTAS P.O. IMEDIATO (Albert Einstein - Hospital Israelita, 2009). Exercícios passivos, ativo-assistidos e ativos de flexão do joelho em DD na tolerância do paciente, com pequena amplitude de movimento. Exercícios isométricos de coxo-femural Alongamento de tríceps sural. Exercícios ativos livres e manualmente resistidos de tornozelo Exercícios ativos de tornozelo Mobilização precoce no leito: PRIMEIROS DIAS (Albert Einstein - Hospital Israelita, 2009). Exercícios de flexão e extensão do quadril EXEMPLOS: Exercícios de abdução e adução do quadril (MONTEIRO, 2005). Exercícios de flexão e extensão do joelho da perna operada. Manter o corpo do paciente inclinado para trás. SEDESTAÇÃO: (MONTEIRO, 2005). 2ª SEMANA PÓS OPERATÓRIO Manutenção dos exercícios do 1º P.O. Exercícios passivos e ativo- assistidos para ganho de amplitude de movimento, respeitando SEMPRE a tolerância do paciente. Flexão e extensão de quadril e de joelho Estimular sedestação no leito ou cadeira Orientar quanto à distribuição do peso sobre os ísquios Exercícios deflexo-extensão ativos de joelho na posição sentada Exercícios de dorsi-flexão e planti-flexão ativa de tornozelos Iniciar ortostatismo com andador ou muletas, SEM CARGA; apoio mínimo do pé para prevenir que o paciente se desequilibre Treino de transferência (Albert Einstein - Hospital Israelita, 2009). Exercícios de hiperextensão da perna operada. ORTOSTATISMO: Exercícios de flexão e extensão o joelho da perna operada. (MONTEIRO, 2005). 3ª SEMANA PÓS OPERATÓRIO Retirada do dreno de sucção pela equipe médica; Mantém os exercícios anteriores Treino de marcha com andador Cuidados com posturas inadequadas durante a marcha (Albert Einstein - Hospital Israelita, 2009). 4ª SEMANA PÓS OPERATÓRIO Percorre até a quinta semana Evolução do treino de marcha, aumentando a distância percorrida Treino de transferências (sentar e levantar), aumentando o número de repetições Treino em step com degrau baixo (Albert Einstein - Hospital Israelita, 2009). 6ª SEMANA A UM ANO Exercícios isométricos para os músculos glúteo máximo e médio (10x de 10 segundos) Aquecimento em bicicleta estacionária ou esteira Treino resistido progressivo: 3x/semana Treino de equilíbrio e propriocepção Marcha com muleta ou bengala no lado contralateral (orientando descarga de peso) Marcha sem muleta ou bengala, conforme orientação médica (corrigir marcha caso haja claudicação) (Albert Einstein - Hospital Israelita, 2009). Ponte - exercícios isométricos para os músculos glúteo máximo e médio DECÚBITO DORSAL: Treinar a marcha TREINO DE MARCHA: (MONTEIRO, 2005). REFERÊNCIAS Albert Einstein - Hospital Israelita. Diretrizes Assistenciais - Protocolo gerenciado artroplastia total do quadril. São Paulo, 2009. ARAKIAN, Marcel Garcez; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Fisioterapia no tratamento de osteoartrose de quadril. BRANCO, M.; BARROS, K. .; SILVA, A. S. . Eficácia dos tratamentos fisioterapêuticos: hidroterapia e cinesioterapia para osteoartrose de quadril e joelho: revisão de literatura . REVISTA IBERO-AMERICANA DE PODOLOGIA, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 219 - 229, 2020. DOI: 10.36271/iajp.v2i2.37. CRESTANI MV, TELÖKEN MA, GUSMÃO PDF. IMPACTO FEMOROACETABULAR: UMA DAS CONDIÇÕES PRECURSORAS DA OSTEOARTROSE DO QUADRIL. Rev Bras Ortop. 2006;41(8):285-93. DIFERENÇA ENTRE OSTEOPOROSE E OSTEOARTROSE. Bruno Luciano. Disponível em: https://brunoluciano.com.br/lesoes-ortopedicas/diferenca-entre-osteoporose-e-osteoartrose/. Acesso em: 06 de maio de 2022. GUERRA, Maria Isabel Pozzi et al., Manual do Trauma Ortopédico. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). São Paulo, 2011. IWAKAMI CALDANA, Wanda Chiyoko et al. Estudo por Imagem da Artrite Reumatóide no Quadril: Hip Imaging in Rheumatoid Arthritis. Rev Bras Reumatol, v. 45, ed. 4, p. 206-14, jul/ago 2005. MONTEIRO, Maria Cecília Auler et al. Cartilha para pacientes submetidos a artroplastia total de joelho: unidade de reabilitação. 2005. RUARO, Antonio Francisco. Ortopedia e Traumatologia. Temas Fundamentais e a Reabilitação. 1ª Edição. Umuarama - Paraná. Editora Elenco, 2004. Sbquadril. Artrose de quadril. Sociedade Brasileira de Quadril. 2020. O QUE É LESÃO DE LABRUM?. instituto fuchs. Disponível em : https://institutofuchs.com.br/o-que-e- lesao-do-labrum/. Acesso em 06 de maio de 2022. O QUE É ARTROSE DE QUADRIL? ENTENDA AS CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTOS. Voglia ortopedia. Disponível em: https://vogliaortopedia.com.br/blog/artrose-de-quadril/. Acesso em: 06 de maio 2022. OBRIGADO PELA SUA ATENÇÃO.
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