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01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescrica… 1/38 Imprimir INTRODUÇÃO Caro estudante, estamos iniciando a Unidade 2, Aula 5, da disciplina de Radiologia Convencional. Esta Unidade abordará os posicionamentos radiográ�cos realizados em ombro (cintura escapular) e úmero. Como conteúdo- base teremos os seguintes assuntos: radiogra�as da porção proximal do úmero, da cintura escapular, da rotação da porção proximal do úmero, incidências básicas e especiais e radiogra�as de ombro (rotina para trauma). Esta disciplina é de vital importância para a formação de um tecnólogo em radiologia, pois trata-se de conhecer os principais posicionamentos radiográ�cos de ombro (cintura escapular) e úmero, com ênfase sobre o posicionamento, considerações sobre a técnica e uso de protetores. Bons estudos! ANATOMIA RADIOGRÁFICA DO ÚMERO E CINTURA ESCAPULAR – INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS DE OMBRO Aula 1 OMBRO E ÚMERO Como conteúdo-base teremos os seguintes assuntos: radiogra�as da porção proximal do úmero, da cintura escapular, da rotação da porção proximal do úmero, incidências básicas e especiais e radiogra�as de ombro (rotina para trauma). 33 minutos EXAMES RADIOLÓGICOS DOS MEMBROS SUPERIORES (MMSS) E ABDOME Aula 1 - Ombro e úmero Aula 2 - Exames radiológicos: cotovelo, antebraço e punho Aula 3 - Escafoide, mão, dedo e polegar Aula 4 - Exames radiológicos: Abdome Referências 147 minutos 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescrica… 2/38 Caro estudante, o úmero é o maior e mais longo osso do membro superior. O seu comprimento em um adulto equivale a 1/5 da altura do corpo. A porção proximal do úmero é a parte do membro superior que se articula com a escápula, compondo a articulação do ombro e sua porção mais proximal é a cabeça arredondada. A área um pouco a�nada, diretamente abaixo e lateral à cabeça é o colo anatômico. O processo localizado abaixo do colo anatômico, na superfície anterior é o tubérculo menor. O processo maior localizado lateralmente é chamado de tubérculo maior. A fenda profunda entre esses dois tubérculos é o sulco intertubercular. A área estreitada abaixo da cabeça dos tubérculos é o colo cirúrgico. Distalmente ao colo cirúrgico está o longo corpo do úmero (diá�se). O colo cirúrgico é assim chamado porque é sede frequente de fraturas que exigem correção cirúrgica da porção proximal do úmero. Agora observe a �gura a seguir: Figura 1 | Úmero Fonte: iStock. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescrica… 3/38 Figura 2 | Vista frontal: úmero, escápula, clavícula e esterno Fonte: Wikimedia Commons. A cintura escapular é composta por dois ossos: a clavícula e a escápula. A função desses dois ossos é conectar cada membro superior ao tronco ou esqueleto axial. Anteriormente, a cintura escapular conecta-se com o tronco ao nível da porção superior do esterno. Posteriormente, a conexão com o tronco é incompleta porque a escápula está conectada ao tronco apenas por músculos. A margem superior da escápula está situada ao nível da segunda costela posterior e a margem inferior está ao nível da sétima costela posterior (T7). Incidências radiológicas do ombro: 1. Ombro – Frente AP (neutra) Posição ortostática. RC perpendicular à articulação glenoumeral. Filme: 18x24 L DFoFi: 1 metro kVp: 60 mAs: 12 Palma da mão colada no corpo. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescrica… 4/38 2. Ombro – Frente AP (rotação interna) Posição ortostática. RC com inclinação caudal de 15º incidindo na articulação glenoumeral. Plano coronal 30º em relação ao bucky vertical. Filme: 18x24 L DFoFi: 1 metro kVp: 60 mAs: 12 Palma da mão voltada para trás (rotação interna). 3. Ombro – Frente RE (rotação externa) Posição ortostática. RC com inclinação caudal de 15º incidindo na articulação glenoumeral. Plano coronal 30º em relação ao bucky vertical. Filme: 18x24 L DFoFi: 1 metro kVp: 60 mAs: 12 Palma da mão voltada para frente (rotação externa). 4. Ombro – Per�l de escápula – Túnel Posição ortostática. Incidência PA. RC com inclinação caudal de 15º. Plano coronal 45 a 60º com o bucky vertical. Filme 18x24 L DFoFi: 1 metro kVp: 68 mAs: 16 5. Ombro – Axial (Axilar) – Incidência súpero-inferior Paciente sentado lateral à mesa. RC com inclinação na direção do cúbito (cotovelo) de 15º. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescrica… 5/38 Abdução do braço e �exão do antebraço e projeção do ombro sobre o �lme. DFoFi: 1 metro kVp: 55 mAs: 5 Sem grade antidifusora. 6. Úmero – Frente AP Posição ortostática. RC no centro do úmero. Palma da mão voltada para frente. Filme 30x40 L DFoFi: 1 metro kVp: 55 mAs: 8 Com grade antidifusora. 7. Úmero – Per�l Posição ortostática. Flexão do antebraço em direção às costas. Filme 30x40 L DFoFi: 1 metro kVp: 52 mAs: 8 Com grade antidifusora. ANATOMIA DA PORÇÃO PROXIMAL DO ÚMERO NA RADIOGRAFIA, ARTICULAÇÕES DO OMBRO E INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS DO ÚMERO Caro estudante, em uma radiogra�a em AP do ombro obtida com rotação externa, que coloca o úmero em uma posição AP verdadeira, ou frontal, pode-se avaliar as seguintes estruturas: A – Cabeça do úmero B – Tubérculo maior 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescrica… 6/38 C – Sulco intertubercular D – Tubérculo menor E – Colo anatômico F – Colo cirúrgico G – Corpo (diá�se) Figura 3 | Ombro em AP – rotação externa Bontrager e Lampignano (2015, p. 122). A localização relativa entre os tubérculos maior e menor é importante na determinação de uma incidência frontal verdadeira ou uma incidência AP verdadeira da porção proximal do úmero. A articulação escapuloumeral (glenoumeral) ou do ombro envolve a articulação entre a cabeça do úmero e a cavidade glenoide da escápula. O tipo de movimento executado por essa articulação é esferoide, que permite uma grande variedade de movimentos. Esses movimentos são �exão, extensão, abdução, circundução, rotação medial (interna) e lateral (externa). 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescrica… 7/38 A cavidade glenoide é muito rasa, permitindo maior liberdade de mobilidade do que qualquer outra articulação do corpo humano, entretanto, à custa de algum prejuízo à resistência e à estabilidade. Mesmo com a presença de fortes ligamentos, tendões e músculos em torno da articulação, pode ocorrer distensão dos músculos e tendões, causando luxação da cabeça do úmero em relação à cavidade glenoide. Luxações na articulação do ombro ocorrem com maior frequência do que em qualquer outra articulação do corpo, justi�cando o estudo radiográ�co do ombro para a avaliação de danos estruturais. Incidências em rotação da porção proximal do úmero ou cintura escapular são comumente obtidas em pacientes sem história de traumatismo, quando foramdescartadas fraturas importantes ou luxações do úmero. Essas incidências rotacionais em AP avaliam bem a articulação escapuloumeral, quanto à presença dos depósitos de cálcio ou outras patologias. Estudando a posição e as relações entre os tubérculos maior e menor na radiogra�a de ombro, pode-se determinar a posição rotacional do braço. Esse conhecimento permite saber qual incidência rotacional é necessária para visualizar partes especí�cas da porção proximal do úmero. Rotação externa: a posição de rotação externa representa uma incidência AP verdadeira do úmero em posição anatômica, conforme determinado pelos epicôndilos do úmero distal. O braço e o cotovelo são rodados externamente até que a palma da mão esteja voltada para frente. Isso posiciona uma linha imaginária entre os epicôndilos medial e lateral paralela ao chassi. Com essa incidência obtida em rotação externa, o tubérculo maior, localizado anteriormente na posição neutra, está agora posicionado em per�l lateral. O tubérculo menor está localizado anteriormente, logo medial ao tubérculo maior. Rotação interna: a rotação interna ocorre quando a mão e o braço estão rodados internamente até que os epicôndilos do úmero distal estejam perpendiculares ao chassi, colocando o úmero em uma posição lateral verdadeira. A palma da mão está voltada para trás, ou posteriormente o su�ciente para posicionar os epicôndilos perpendiculares ao chassi. A incidência AP do ombro obtida na posição de rotação interna é, portanto, uma posição lateral do úmero na qual o tubérculo maior está rodado em relação às faces anterior e medial da porção proximal do úmero. Rotação neutra: a incidência obtida com a rotação neutra do ombro, como as que são realizadas em vítimas de traumatismo, quando as incidências em rotação não podem ser feitas, geralmente posiciona os epicôndilos do úmero distal em um ângulo de 45º em relação ao chassi. POSICIONAMENTO, CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS E USO DE PROTETORES Caro estudante, os ombros dos adultos geralmente medem entre 10 e 15 cm, o que torna necessário o uso de uma grade e outras considerações técnicas. Crianças e adultos magros podem ter ombros com menos de 10 cm, necessitando de ajuste no fator de exposição sem o uso de grades. A articulação acromioclavicular (AC), geralmente, mede menos que 10 cm, exigindo assim menor kVp (65-70), sem o uso de grades. No ombro adulto médio: 1. Uso de kVp (70-80) usando grade se > 10 cm; se for < 10 cm uso de kVp (65-70), sem uso de grade. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescrica… 8/38 2. mA maior, com tempos de exposição curtos. 3. Ponto focal pequeno. 4. Centralizar célula para o ajuste automático de exposição se for usado; algumas técnicas manuais são recomendadas com certas incidências. 5. mAs adequado para obtenção de densidade su�ciente, a �m de visualizar tecidos moles, margens ósseas e trama trabeculada de todos os ossos. 6. Quando forem utilizadas técnicas de grade, recomenda-se a combinação de écran/�lme de velocidade 400. 7. Utilizar uma DFoFi de 40 a 44 polegadas (100 a 110 cm), exceto para as articulações acromioclaviculares (AC), que exige uma DFoFi de 72 polegadas (180 cm), de forma a reduzir a divergência do feixe. A proteção gonadal é muito importante para a realização de radiogra�as de membro superior, por causa da proximidade de partes dos membros superiores, como a mão ou o punho, das gônadas, quando as incidências são obtidas em decúbito dorsal. A relação entre o feixe de raios X divergente e a região pélvica, quando o paciente está sentado com o tronco ereto, também torna necessária a proteção das gônadas. Entretanto, é bom lembrar que cobrir a região pélvica, sempre que possível em todos os procedimentos, é uma boa prática e reduz a exposição do paciente. A radiogra�a na região do ombro pode resultar na exposição da tireoide, das regiões pulmonares e das mamas a doses potencialmente signi�cativas de radiação ionizante. Trata-se de órgãos radiossensíveis que apresentam um risco relativo de desenvolver um câncer, quando comparados ao corpo inteiro. Portanto, é necessária uma colimação rigorosa da área de interesse, juntamente com o uso de protetores plumbíferos sobre a área pulmonar, mamas e tireoide, de modo que não inter�ram na formação da imagem da área de interesse. De maneira geral, as rotinas de exames radiográ�cos de cintura escapular (ombro) não variam entre pacientes adultos e pediátricos, embora seja essencial a redução da técnica de exposição, para compensar a reduzida quantidade e densidade do tecido. A imobilização é necessária, em muitos casos, para auxiliar a criança a manter a posição correta e evitar a repetição de exames, que aumenta a dose de radiação na criança. Os pais são frequentemente convidados a auxiliar no exame radiográ�co de seus �lhos. Quando isso for necessário, o tecnólogo em radiologia precisa garantir que o familiar esteja portando os protetores plumbíferos (avental e protetor de tireoide, garantindo, dessa forma, que o familiar não leve dose de radiação desnecessária. É essencial fornecer instruções claras e precisas ao paciente idoso, a �m de que ele possa colaborar com a execução do exame. A rotina de exames de cintura escapular (ombro) pode ser alterada de acordo com a condição física do paciente idoso. Pode ser necessário reduzir a técnica radiográ�ca devido a patologias que acometem frequentemente os idosos. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescrica… 9/38 VÍDEO RESUMO Caro estudante, a seguir apresentaremos um vídeo onde serão abordados pontos importantes sobre radiogra�as de ombro e úmero. Um vídeo é uma excelente oportunidade para �xar pontos-chaves da disciplina que estamos estudando. Podemos chamar atenção sobre os seguintes pontos: principais posicionamentos radiográ�cos de ombro (cintura escapular) e úmero, com ênfase no posicionamento, considerações sobre a técnica e uso de protetores. Saiba mais Caro estudante, convidamos você a conhecer um pouco mais sobre a avaliação do ombro doloroso, no link abaixo, com o objetivo de se familiarizar com as salas de exames e terapias, em que estará inserido futuramente, ao �nal do curso de Tecnologia em Radiologia. TURTELLI, C. M. Avaliação do ombro doloroso pela radiologia convencional. Radiologia Brasileira [online]. 2001, v. 34, n. 4. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Caro estudante, estamos iniciando a Unidade 2, Aula 6, da disciplina de Radiologia Convencional. Esta unidade abordará os posicionamentos radiográ�cos realizados em cotovelo, antebraço e punho. Como conteúdo-base teremos os seguintes assuntos: Cúbito (cotovelo) – Frente AP e Per�l, Antebraço – Frente AP e Per�l, Punho – Frente AP e Per�l. Esta disciplina é de vital importância para a formação de um Tecnólogo em Radiologia, pois trata-se de conhecer os principais posicionamentos radiográ�cos do cotovelo, antebraço e punho, com ênfase sobre o posicionamento, considerações sobre a técnica, uso de protetores, patologias que acometem essas três áreas, casos de trauma, pacientes pediátricos e geriátricos. CARPO, FILEIRA PROXIMAL E DISTAL, TÚNEL DO CARPO Aula 2 EXAMES RADIOLÓGICOS: COTOVELO, ANTEBRAÇO E PUNHO Conhecer os posicionamentos radiográ�cos para exames de membros superiores (MMSS) e abdome. 28 minutos https://www.scielo.br/j/rb/a/DW5y4fQ5qYscyZyydjmmD8f/?lang=pt# 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 10/38 Caro estudante, os ossosque formam o membro superior podem ser divididos em quatro grupos principais: (1) mão e punho; (2) antebraço; (3) úmero e (4) cintura escapular. Neste bloco, estudaremos punho, antebraço e cotovelo. O formato e a estrutura de todos os ossos e as articulações dos membros superiores precisam ser bem conhecidos pelos tecnólogos em radiologia, a �m de que cada parte seja identi�cada e demonstrada nas radiogra�as solicitadas pelo médico. Os 27 ossos que compõem cada mão e punho podem ser divididos em três grupos: 1. Falanges (dedos e polegar) 2. Metacarpos (palma) 3. Carpos (punho) Os ossos mais distais da mão são as falanges, que compreendem os dedos (polegar e demais dedos). O segundo grupo de ossos são os metacarpos, que compreendem a palma da mão. O terceiro grupo de ossos, os carpos, compreendem os ossos dos punhos. Estudaremos mais a fundo, no momento, o carpo. Aprender o nome de cada um dos oito ossos do carpo se torna mais fácil quando dividimos os ossos em duas �leiras de quatro ossos. A �leira proximal começa na porção lateral ao lado do polegar, onde está o escafoide, também chamado de navicular. O escafoide é um osso em forma de barco e é o maior osso da �leira proximal. Articula-se com o rádio proximalmente. Sua localização e articulação com o antebraço o tornam importante em termos radiográ�cos, visto que é o osso do carpo mais frequentemente fraturado. O osso semilunar (em forma de lua) é o segundo osso do carpo da �leira proximal e, também, articula-se com o rádio. Distingue-se por sua concavidade na superfície distal, onde se articula com o osso capitato. O terceiro osso do carpo é o piramidal, que apresenta três superfícies articulares e se distingue pela sua forma de pirâmide e a articulação anterior com o pisiforme. O osso pisiforme (em forma de ervilha) é o menor de todos os ossos do carpo e localiza-se anteriormente ao osso piramidal. Já a �leira distal tem quatro ossos do carpo, que se articulam com os cinco ossos do metacarpo. Começando novamente pela porção lateral, ou pelo lado do polegar, encontramos o osso trapézio, um osso com forma irregular, com quatro faces, localizado entre o escafoide, medialmente e o primeiro metacarpo distalmente. O osso em forma de cunha, o trapezoide também tem quatro faces, e é o menor osso da �leira distal. Esse osso é seguido pelo mais largo dos ossos do carpo, o osso capitato, que signi�ca osso grande. O último osso do carpo da �leira distal é o hamato, que se distingue por ter um processo semelhante a um gancho, denominado hámulo do hamato, ou processo hamular, que se projeta a partir da superfície palmar. Agora observe a �gura a seguir: Figura 1 | Carpo 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 11/38 Fonte: Wikimedia Commons. Quadro 1 | Legenda da Figura 1 LEGENDA Fileira proximal Fileira distal A - Escafoide E - Trapézio B - Semilunar F - Trapezoide C - Piramidal G - Capitato D - Pisiforme H - Hamato Fonte: elaborado pela autora. No punho há uma área côncava ou sulco do carpo (canal ou túnel do carpo), através do qual passam os principais nervos e tendões. Figura 2 | Túnel do carpo 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 12/38 Fonte: Wikimedia Commons. RÁDIO, ULNA E ARTICULAÇÃO DO COTOVELO Caro estudante, o segundo grupo de ossos do membro superior são os do antebraço, o rádio, na porção lateral ou do polegar; e a ulna, no lado medial. O rádio e a ulna articulam-se um ao outro, na articulação radioulnar proximal e na articulação radioulnar distal. Essas duas articulações permitem o movimento rotacional do punho e da mão. Começando pelo antebraço distal, ou articulação do punho, encontram-se incidências cônicas pequenas, que são denominadas, processos estiloides, localizados no extremo distal do rádio e da ulna. A chanfradura ulnar é uma pequena depressão no aspecto medial da porção distal do rádio. A cabeça da ulna preenche a chanfradura ulnar. A cabeça da ulna é localizada bem próximo ao punho e na extremidade distal da ulna. Quando a mão está pronada, a cabeça da ulna e o processo estiloide são sentidos no lado do dedo mínimo, na porção distal do antebraço. A cabeça do rádio encontra-se localizada na extremidade proximal do rádio, próximo à articulação do cotovelo. A porção longa e mais a�lada, tanto do rádio como da ulna, é chamada de diá�se. O rádio é o menor dos dois ossos do antebraço, e o único, diretamente envolvido com a articulação do punho. Durante a pronação, o rádio é o osso que roda em torno da ulna, que é mais estacionária. Na porção proximal do rádio, pode-se ver a cabeça discoide arredondada e o colo do rádio, uma área a�lada diretamente abaixo da cabeça. O processo oval áspero, no lado medial e anterior do rádio, imediatamente distal ao colo, é denominado tuberosidade radial. A ulna é o mais longo dos ossos do antebraço e é envolvido principalmente na formação da articulação do cotovelo. Os dois processos em forma de bico na ulna proximal são chamados de processos olecranianos e coronoide. O processo olecraniano pode ser facilmente palpado no aspecto posterior da articulação do 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 13/38 cotovelo. A grande depressão côncava, ou chanfradura, que se articula com a porção distal do úmero, é a chanfradura troclear. A pequena depressão rasa localizada na face lateral da ulna proximal é a chanfradura radial. A cabeça do rádio articula-se com a ulna na chanfradura radial. Essa é a articulação radioulnar proximal, que se combina com a articulação radioulnar distal, para permitir a rotação do antebraço durante a pronação. Durante a pronação, o rádio cruza sobre a ulna, próximo ao terço superior do antebraço. Figura 3 | Rádio e ulna Fonte: Wikimedia Commons. Posições especí�cas como a lateral acurada com �exão de 90º, com possível visualização associada de coxins adiposos, são essenciais para a avaliação das patologias articulares do cotovelo. A articulação do cotovelo é classi�cada como sinovial e móvel ou diartrodial. É considerada do tipo gínglimo ou dobradiça, com movimentos de �exão e extensão entre o úmero e a ulna e o rádio. A articulação do cotovelo completa inclui três articulações envolvidas em uma cápsula articular. Além da articulação tipo dobradiça, entre o úmero e a ulna e o úmero e o rádio, a articulação radioulnar proximal (trocoide ou tipo pivô) é também considerada parte da articulação do cotovelo. Figura 4 | Cotovelo 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 14/38 Fonte: Wikimedia Commons. Figura 5 | Cotovelo (ossos) 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 15/38 Fonte: Wikimedia Commons. POSICIONAMENTO, CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS E USO DE PROTETORES (RÁDIO, ULNA E COTOVELO) Caro estudante, exames radiográ�cos dos membros superiores em pacientes ambulatoriais são, geralmente, realizados com o paciente sentado. O uso de um extensor de tampo de mesa pode tornar a posição mais confortável, sobretudo se o paciente se encontra em cadeira de rodas. A altura da superfície da mesa deve ser próxima da altura do ombro, para que o braço possa estar completamenteapoiado. A proteção das gônadas é importante para exames de membro superior por causa da proximidade desses órgãos do feixe divergente de raios X, um risco para pacientes sentados na extremidade da mesa. Embora a regra mande proteger as gônadas de pacientes em idade fértil, quando as gônadas estão no campo primário ou em torno dele, é uma boa prática proporcionar proteção gonadal a todos os pacientes. As vítimas de traumatismo podem ser radiografadas sobre a mesa ou diretamente na maca. O paciente deve ser movido um pouco para proporcionar o espaço necessário na maca para o chassi. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 16/38 A imobilização de pacientes pediátricos é essencial para o sucesso da imagem. Pacientes pediátricos costumam apresentar muitas fraturas de membros superiores e inferiores, já que seus ossos estão em fase de crescimento. Pacientes geriátricos devem receber instruções claras e completas sobre a realização do exame. Os exames de rotina de membros superiores podem requerer alterações que acomodem as condições físicas de pacientes mais velhos. Incidências radiográ�cas mais usadas: 1. Cotovelo (cúbito) – Frente AP Paciente sentado. Região do cotovelo em extensão no mesmo plano do ombro e do punho. RC perpendicular no centro da articulação do cotovelo. Filme: 18x24 (dividido em dois). DFoFi: 1 m kV: 47 mAs: 4 Sem uso da grade antidifusora. 2. Cotovelo (cúbito) – Per�l Paciente sentado. Região do antebraço em �exão de 90º com o braço. Ombro e punho no mesmo plano do cotovelo. RC perpendicular no centro da articulação do cotovelo. Filme: 18x24 (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 47 mAs: 4 Sem uso da grade antidifusora. 3. Antebraço – Frente AP Paciente sentado. Antebraço em extensão. Posição supino. RC no centro do antebraço. Filme: 30x40 L (dividido em 2). 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 17/38 DFoFi: 1 m kV: 47 mAs: 4 Sem uso da grade antidifusora. 4. Antebraço – Per�l Paciente sentado. Antebraço em �exão de 90º com braço em extensão. Punho em per�l. RC no centro do antebraço. Filme: 30x40 L (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 47 mAs: 4 Sem uso da grade antidifusora. 5. Punho – Frente AP Paciente sentado. Antebraço em extensão. Posição prono. RC no centro do punho. Filme: 18x24 T (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 44 mAs: 2 Sem uso da grade antidifusora. 6. Punho – Per�l Paciente sentado. Antebraço em �exão de 90º com o braço. Punho em per�l. RC no centro do punho. Filme: 18x24 T (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 45 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 18/38 mAs: 3 Sem uso da grade antidifusora. 7. Punho com desvio ulnar (escafoide) Punho frente. PA com desvio da mão para o lado da ulna. Filme: 18x24 T (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 44 mAs: 3 Sem uso da grade antidifusora. 8. Punho com desvio radial (escafoide) Punho frente PA com desvio da mão para o lado do rádio. Filme: 18x24 T (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 44 mAs: 3 Sem uso da grade antidifusora. VÍDEO RESUMO Caro estudante, a seguir apresentaremos um vídeo onde serão abordados pontos importantes sobre radiogra�as de punho, antebraço e cotovelo. Um vídeo é uma excelente oportunidade para �xar pontos-chaves da disciplina que estamos estudando. Podemos chamar atenção sobre os seguintes pontos: principais posicionamentos radiográ�cos de punho, antebraço e cotovelo, com ênfase no posicionamento, considerações sobre a técnica e uso de protetores. Saiba mais Caro aluno, convidamos você a conhecer um pouco mais sobre a síndrome do túnel do carpo, no link abaixo, com o objetivo de se familiarizar com as salas de examesa e terapias, em que estará inserido futuramente, e com as patologias que encontraremos nos exames. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 19/38 Título do artigo: Síndrome do túnel do carpo – Parte I (anatomia, �siologia, etiologia e diagnóstico) INTRODUÇÃO Caro estudante, estamos iniciando a Unidade 2, Aula 7, da disciplina de Radiologia Convencional. Esta unidade abordará os posicionamentos radiográ�cos realizados em escafoide, mão, dedo e polegar. Como conteúdo- base, teremos os seguintes assuntos: Incidências escafoide punho com desvio ulnar e radial; Incidência mão – Frente PA; Incidência mão – Oblíqua (incidência dorso-palmar); Incidência dedo – Frente; Incidência polegar – Frente; Incidência polegar – Per�l. Esta disciplina é de vital importância para a formação de um Tecnólogo em Radiologia, pois trata-se de conhecer os principais posicionamentos radiográ�cos do escafoide, da mão, do dedo e do polegar, com ênfase sobre o posicionamento, considerações sobre a técnica, uso de protetores, patologias que acometem essas áreas e casos de trauma. COXINS ADIPOSOS DOS MMSS E ARTICULAÇÕES DE MÃO E PUNHO Caro estudante, as radiogra�as dos membros superiores (MMSS) e inferiores (MMII) são realizadas não só para avaliar doença ou traumas de estruturas ósseas, mas também para avaliar tecidos moles associados, tais como certos acúmulos de gordura chamados de coxins adiposos ou linhas adiposas. Em alguns casos, o deslocamento de coxim adiposo ou camadas de gorduras adjacentes pode ser a única indicação de doença ou fratura em uma região articular. Para propósitos diagnósticos, os coxins ou as linhas adiposas, mais importantes são aqueles localizados em torno de certas articulações de MMSS e MMII. São coxins adiposos extra-sinoviais, mas dentro da cápsula articular. Assim sendo, qualquer mudança dentro da cápsula modi�cará a posição e o formato normal dos coxins adiposos. Na maioria das vezes, essas modi�cações resultam em acúmulo de líquidos (derrame) dentro da articulação, indicando a existência de uma patologia, acometendo aquela articulação. Os coxins adiposos e seus tecidos moles circunvizinhos são de densidades ligeiramente diferentes, o que torna difícil sua visualização radiográ�ca. Essa visualização exige técnicas de contraste de longa escala com exposição ou densidade otimizadas para visualizar essas estruturas de tecido mole. A articulação do punho inclui duas importantes linhas de gordura, a linha adiposa escafoide, que é visualizada nas incidências AP e oblíqua (A). Ela encontra-se alongada e com forma ligeiramente convexa e localiza-se entre o ligamento colateral radial e os tendões musculares adjacentes imediatamente lateral ao escafoide. A ausência Aula 3 ESCAFOIDE, MÃO, DEDO E POLEGAR Conhecer os posicionamentos radiográ�cos para exames de membros superiores (MMSS) e abdome. 32 minutos https://www.scielo.br/j/rbort/a/Cs3XX8SgNf7sBtqhSkXRxgC/abstract/?lang=pt#:~:text=A%20sindrome%20do%20t%C3%BAnel%20do,dos%20sintomas%20%C3%A9%20a%20regra. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 20/38 ou o deslocamento dessa linha de gordura pode ser o único indicador de fratura na face radial do punho. Figura 1 | Incidências PA e oblíqua de punho – Coxins adiposos do escafoide Fonte: Bontrager e Lampignano (2015, p. 127). Uma segunda linha de gordura é visualizada na incidência lateral do punho. Essalinha de gordura pronada é normalmente visualizada a cerca de 1 cm da superfície anterior do rádio. Faturas sutis da porção distal do rádio podem ser indicadas pelo deslocamento ou obliteração do plano dessa linha de gordura. Articulações de mão e punho: 1. Articulações Interfalangianas (IF) – Começam distalmente com as falanges. Todas as articulações IF são do tipo gínglimo, com movimentos nas duas direções, �exão e extensão. Esse movimento se dá em um único plano, em torno do eixo transversal. Isso inclui a única articulação IF do polegar (primeiro dedo) e as articulações IF distal e proximal de cada um dos outros dedos (do segundo ao quinto dedo). 2. Articulações Metacarpofalangianas (MCF) – As articulações MCF são elipsoides ou condiloides, que permitem movimentos nas quatro direções: �exão, extensão, abdução e adução. O movimento de circundução também ocorre nessas articulações. 3. Articulações Carpometacarpianas (CMC) – A primeira articulação CMC do polegar é do tipo selar. Essa articulação é a que melhor demonstra o formato e os movimentos de uma articulação tipo selar, que permite uma grande variedade de movimentos, incluindo �exão, extensão, abdução, circundução, oposição e algum grau de rotação. Da segunda até a quinta articulação CMC são planas ou articulações do tipo deslizante. 4. Articulações Intercarpianas (IC) – As articulações IC, localizadas entre os vários ossos do carpo, exibem apenas movimentos planos ou do tipo deslizamento. Figura 2 | Articulação da mão e do punho esquerdo 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 21/38 Fonte: Bontrager e Lampignano (2015, p. 124). CONSIDERAÇÕES SOBRE A TÉCNICA: FATORES DE EXPOSIÇÃO, AUMENTO DA EXPOSIÇÃO COM IMOBILIZAÇÃO, COLIMAÇÃO E POSICIONAMENTO Caro estudante, os fatores de exposição para visualização de membros superiores são os seguintes: 1. kVp baixo a médio (50-70). 2. Tempo curto de exposição. 3. Ponto focal pequeno. 4. mAs adequado para densidade su�ciente. Radiogra�as corretamente expostas dos MMSS mostram margens de tecidos moles para visualização de coxins adiposos e trama trabecular �na de todos os ossos, que estão sendo radiografados. Na radiogra�a convencional são usados chassis com écrans intensi�cadores de detalhes, devido às regiões com muitos ossos pequenos, onde é necessário maior detalhamento da imagem radiográ�ca. As grades não são utilizadas nos MMSS, a menos que as partes do corpo, como o ombro, meçam mais do que 10 cm. Quando um membro superior estiver imobilizado será necessário um aumento dos fatores de exposição. A espessura e o tipo do aparelho gessado afetam o aumento da seguinte forma: Quadro 1 | Conversão para imobilizadores Tipo de Imobilização Aumento da Exposição 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 22/38 Aparelho gessado pequeno a médio Aumentar mAs 50-60% ou + 5-7 kVp Aparelho gessado grande Aumentar mAs 100% ou + 8-10 kVp Imobilização com �bra de vidro Aumentar mAs 25-30% ou + 3-4 kVp Fonte: Bontrager e Lampignano (2015, p. 128). A regra da colimação deve ser seguida, ou seja, as bordas da colimação devem ser visíveis dos quatro lados e ser su�cientemente grande, para permitir que não haja cortes na anatomia essencial. O �lme usado deve ser o menor possível para a parte especí�ca que será radiografada. Uma colimação dos quatro lados é geralmente possível, mesmo com um �lme de tamanho mínimo, para a maioria dos exames radiográ�cos de MMSS. São utilizadas, geralmente, duas incidências no mesmo �lme, sendo necessário usar o divisor de chumbo, a �m de impedir a sensibilização da parte do �lme que será utilizada na segunda incidência. Uma das regras de posicionamento, aplicáveis aos MMSS, é sempre colocar o eixo longitudinal da parte que está sendo radiografada, paralelo ao eixo longitudinal do �lme. Além disso, todas as partes do corpo devem ser orientadas na mesma direção, quando duas ou mais incidências são feitas no mesmo �lme. A identi�cação do paciente e os marcadores laterais, dentro das bordas de colimação, devem ser evidentes nas radiogra�as. O marcador de identi�cação do paciente deve ser colocado na lateral com menor probabilidade de se superpor à anatomia essencial. Nunca se esqueça de colocar as letras “D”, de lado direito, ou “E”, de lado esquerdo, quando for necessário demonstrar o lado a que se refere a imagem. A centralização precisa e o alinhamento da parte do corpo em relação ao �lme e ao Raio Central (RC) são importantes para os exames dos MMSS, porque é preciso evitar distorção do tamanho e do formato e visualizar bem o espaço articular mais próximo. Seguem os três princípios básicos de posicionamento de MMSS: 1. A parte a ser radiografada deve estar paralela ao plano do �lme. 2. O RC deve estar a 90° ou perpendicular à parte a ser radiografada ou ao �lme, a menos que um RC especí�co seja indicado para a incidência. 3. O RC deve ser direcionado ao ponto correto de centralização. Figura 3 | Radiogra�a da mão direita (criança de 4 anos) 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 23/38 Fonte: Wikimedia Commons. INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS MAIS UTILIZADAS (ESCAFOIDE, MÃO, DEDO, POLEGAR) Caro estudante, os exames radiográ�cos dos MMSS em pacientes ambulatoriais são, geralmente, realizados com o paciente sentado. Mas em pacientes politraumatizados, a técnica poderá ser realizada na posição dorsal, utilizando técnica livre na parte do membro superior a ser radiografada. A proteção das gônadas é muito importante em exames de membro superior, devido à proximidade desses órgãos, em relação ao feixe divergente de raios X, principalmente em pacientes sentados na extremidade da mesa. Incidências radiográ�cas mais usadas: 1. Escafoide – Punho com desvio ulnar Paciente sentado. Punho frente PA com desvio da mão para o lado da ulna. RC perpendicular ao osso escafoide. Filme: 18x24 T (dividido em dois). DFoFi: 1 m kV: 44 mAs: 4 Sem uso da grade antidifusora. 2. Escafoide – Punho com desvio radial Paciente sentado. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 24/38 Punho frente PA com desvio da mão para o lado do rádio. RC perpendicular ao osso escafoide. Filme: 18x24 T (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 44 mAs: 3 Sem uso da grade antidifusora. 3. Mão – Frente PA Paciente sentado. Mão espalmada apoiada sobre o �lme em incidência dorso-palmar. RC perpendicular, entrando na terceira articulação metacarpofalangeana. Filme: 18x24 L ou 24x30 T (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 42 mAs: 2 Sem uso da grade antidifusora. 4. Mão – Oblíqua (incidência dorso-palmar) Paciente sentado. Mão apoiada sobre o �lme com os dedos em forma de leque. RC perpendicular, entrando na terceira articulação metacarpofalangeana. Filme: 18x24 L ou 30x40 L (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 43 mAs: 3 Sem uso da grade antidifusora. Observação: nesta incidência, incluir 2,5 cm de punho. 5. Mão para idade óssea Paciente sentado. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 25/38 Colocam-se as duas mãos sobre o chassi. Punhos e mãos em pronação. Dedos das mãos estendidos. Todas as articulaçõesdevem estar presentes. RC perpendicular entrando no centro do �lme. Filme: 18x24 L ou 24x30 T. DFoFi: 1 m kV: 43 mAs: 2 Sem uso da grade antidifusora. 6. Dedo – Frente Paciente sentado. Mão em pronação, com os dedos estendidos. Dedo de interesse afastado dos demais em incidência dorso- palmar. RC Perpendicular, entrando na articulação interfalangiana proximal do dedo de interesse. Filme: 18x24 T (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 41 mAs: 1 Sem uso da grade antidifusora. 7. Polegar – Frente (incidência AP ou PA) Paciente sentado. Polegar apoiado em suporte radiotransparente (espuma/isopor). RC perpendicular, entrando na articulação metacarpofalangeana Filme: 18x24 T (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 41 mAs: 1 Sem uso da grade antidifusora. 8. Polegar – Per�l Paciente sentado. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 26/38 Mão semifechada apoiada sobre o chassi. Polegar estendido e enquadrado no �lme, evidenciando sua lateralização. RC perpendicular, entrando na primeira articulação metacarpofalangeana. Filme: 18x24 T (dividido em 2). DFoFi: 1 m kV: 41 mAs: 1 Sem uso da grade antidifusora. As técnicas radiológicas nos segmentos apendiculares constituem prática de rotina nas solicitações em pacientes de pronto-atendimento e em serviços de emergência. A quase totalidade das solicitações de exames tem por �nalidade a avaliação de fraturas, entorses, luxações e outras avaliações traumáticas. O exame em pacientes ambulatoriais pode estar relacionado a lesões in�amatórias como artrite, tendinite, tenossinovite e lesões degenerativas, como artrose, anquilose e gota ou, ainda, tumores e malformações congênitas. Figura 4 | Radiogra�a de mão - frente PA (mão polidáctila) Fonte: Wikimedia Commons. VÍDEO RESUMO Caro estudante, a seguir apresentaremos um vídeo onde serão abordados pontos importantes sobre radiogra�as de escafoide, mão, dedo e polegar. Um vídeo é uma excelente oportunidade para �xar pontos- chaves da disciplina que estamos estudando. Podemos chamar atenção sobre os seguintes pontos: principais 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 27/38 posicionamentos radiográ�cos de escafoide, mão, dedo e polegar com ênfase no posicionamento, considerações sobre a técnica, coxins adiposos e pacientes vítimas de trauma. Saiba mais Caro estudante, convidamos você a conhecer um pouco mais sobre as fraturas do escafoide, no link abaixo, com o objetivo de se familiarizar com as salas de exames e terapias, em que estará inserido futuramente, e com as patologias que encontraremos nos exames. SANTOS, P. S. et al. Fratura do escafoide: uso da cintilogra�a no auxílio diagnóstico. Rev. Bras. Ortop., Vol. 33, nº 3 – Março, 1998. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Caro estudante, estamos iniciando a Unidade 2, Aula 8, da disciplina de Radiologia Convencional. Esta unidade abordará os posicionamentos radiográ�cos realizados em abdome. Como conteúdo-base, teremos os seguintes assuntos: radiogra�as de Abdome – Frente AP (Ortostático), Abdome – Frente AP (Decúbito) e Abdome – Frente AP (Cúpulas Diafragmáticas). Esta disciplina é de vital importância para a formação de um Tecnólogo em Radiologia, pois trata-se de conhecer os principais posicionamentos radiográ�cos do abdome, com ênfase sobre o posicionamento, considerações sobre a técnica e o uso de protetores e, ainda, aborda a propedêutica atual do abdome agudo. Agora chegou o momento de aprimorarmos nosso conhecimento. Vamos lá! RADIOGRAFIA DO ABDOME, CAVIDADE ABDOMINAL, QUADRANTES E REGIÕES DO ABDOME E MARCOS TOPOGRÁFICOS DO ABDOME Caro estudante, as radiogra�as simples do abdome são geralmente feitas antes da realização de exames abdominais utilizando contraste, a �m de descartar determinadas patologias. Muitos músculos estão associados à cavidade abdominopélvica. Os três músculos mais importantes na radiogra�a do abdome são o diafragma, o psoas maior direito e o psoas maior esquerdo. Aula 4 EXAMES RADIOLÓGICOS: ABDOME Como conteúdo-base, teremos os seguintes assuntos: radiogra�as de Abdome – Frente AP (Ortostático), Abdome – Frente AP (Decúbito) e Abdome – Frente AP (Cúpulas Diafragmáticas). 32 minutos https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/33-3/1998_mar_23.pdf 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 28/38 O diafragma é um músculo em forma de guarda-chuva que separa a cavidade abdominal da cavidade torácica. O diafragma precisa permanecer totalmente imóvel durante a radiogra�a, tanto do abdome quanto do tórax. O movimento do diafragma do paciente pode ser interrompido, fornecendo instruções respiratórias apropriadas antes da execução da exposição. Os dois músculos psoas maiores estão localizados de cada lado da coluna vertebral. As bordas laterais desses dois músculos devem estar visíveis como uma imagem tênue na radiogra�a diagnóstica de abdome de um paciente pequeno a médio, quando são utilizados os fatores de exposição corretos. Os vários sistemas orgânicos encontrados na cavidade abdominopélvica são os seguintes: sistema digestivo juntamente com seus órgãos acessórios (fígado, vesícula biliar e pâncreas) e sistema urinário. Quatro termos importantes descrevem a anatomia da cavidade abdominal: peritônio, mesentério, omento e mesocólon. O abdome pode ser dividido em quatro quadrantes: quadrante superior direito, quadrante superior esquerdo, quadrante inferior direito e quadrante inferior esquerdo. Figura 1 | Quadrantes do abdome Fonte: Bontrager, Lampignano e Kendrick (2018, p. ). A seguir, observe o quadro: Quadro 1 | Sumário anatômico - Quatro quadrantes abdominais QSD QSE QID QIE Fígado Baço Cólon ascendente Cólon descendente 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 29/38 Vesícula biliar Estômago Apêndice (Vermiforme) Cólon sigmoide Flexura cólica (Hepática direita) Flexura cólica (Esplênica esquerda) Ceco 2/3 do jejuno Duodeno Cauda do pâncreas 2/3 do íleo - Cabeça do pâncreas Rim esquerdo Válvula ileocecal - Rim direito Glândula adrenal esquerda - - Glândula adrenal direita - - - Fonte: elaborado pela autora. Esse quadro informa as estruturas e os órgãos localizados em cada um dos quatro quadrantes abdominais (localização primária em adulto médio). A cavidade abdominopélvica pode também ser dividida em nove regiões utilizando dois planos horizontais ou transversais e dois planos verticais. Os dois planos transversais/horizontais são o Plano Transpilórico e o Plano Transtubercular. E os dois planos verticais são o Plano Lateral Direito e o Plano Lateral Esquerdo. As nove regiões são identi�cadas a seguir: 1. Hipocôndrio direito 2. Epigástrio 3. Hipocôndrio esquerdo 4. Flanco lombar direito 5. Umbilical 6. Flanco lombar esquerdo 7. Inguinal (ilíaca direita) 8. Púbica (hipogástrica) 9. Inguinal (ilíaca esquerda) Figura 2 | Nove regiões abdominais - Localização das estruturas abdominais 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 30/38 Fonte: Wikimedia Commons. As bordas e os órgãos abdominais não são visíveis do exterior e, como esses órgãos de tecidos moles não podemser palpados diretamente, usam-se determinados marcos ósseos para facilitar o posicionamento radiográ�co. Os sete marcos ósseos são: 1. Ponta do processo xifoide (a nível de T9-T10). 2. Margem costal inferior (a nível de L2-L3). 3. Crista ilíaca (a nível do espaço intervertebral L4-L5). 4. Espinha ilíaca ântero-superior (EIAS). 5. Trocanter maior. 6. Sín�se púbica. 7. Tuberosidades isquiáticas. É importante ressaltar que a porção superior da crista ilíaca é o marco abdominal mais usado e corresponde ao nível da porção média do abdome, que também está ao nível do umbigo, ou um pouco abaixo desse, na maioria das pessoas. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 31/38 Figura 3 | Marcos topográ�cos da pelve Fonte: Wikimedia Commons. POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO, PREPARO DO PACIENTE, PROTEÇÃO RADIOLÓGICA E FATORES DE EXPOSIÇÃO Caro estudante, o preparo do paciente para radiogra�a abdominal inclui a remoção de toda a sua roupa e de quaisquer objetos opacos na área a ser radiografada. O paciente deve vestir a bata oferecida pelo hospital, com a abertura e o laço nas costas. Sapatos e meias podem permanecer nos pés. O tecnólogo em radiologia deve colocar o paciente o mais confortável possível sobre a mesa de exame radiográ�co. Um travesseiro sob a cabeça e apoio sob os joelhos aumentarão o conforto do paciente quando se radiografar o abdome em decúbito dorsal. Cubra as pernas do paciente com um lençol, principalmente se for um paciente geriátrico, tanto para manter as pernas aquecidas como para manter a privacidade dele. Um dos fatores básicos da radiogra�a abdominal é a ausência de movimento. O movimento pode ser voluntário, como o movimento respiratório, ou involuntário, como a ação peristáltica do intestino. O mais importante na prevenção de qualquer movimento potencial na radiogra�a abdominal é o menor tempo de exposição possível. Uma segunda forma de evitar o movimento voluntário é pelo fornecimento de instruções respiratórias cuidadosas ao paciente. A maioria das radiogra�as abdominais é feita em expiração e o paciente é instruído a inspirar profundamente, expirar totalmente e prender, ou seja, não respirar. Antes de acionar o equipamento, assegure-se de que o paciente está seguindo as instruções e que foi permitido tempo su�ciente para a cessação de todos os movimentos respiratórios. As radiogra�as abdominais são expostas em expiração, com o diafragma em uma posição superior para visualizar melhor as estruturas contidas no abdome. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 32/38 Boas práticas de proteção contra a radiação ionizante são, especialmente, importantes na radiogra�a abdominal devido à proximidade das gônadas, que são muito radiossensíveis. O posicionamento cuidadoso e a seleção de fatores de exposição corretos são formas de reduzir exposições desnecessárias, por repetição de exames. O cumprimento cuidadoso das instruções respiratórias também ajudam a evitar repetições, resultantes do movimento causado pela respiração durante a exposição. A colimação no topo e na base para adultos deve ser ajustada diretamente às margens da radiogra�a ou do chassi, pois a anatomia essencial será excluída em adultos grandes, caso não seja feito esse ajuste nas margens de colimação adicionais das bordas superior e inferior de uma imagem abdominal típica de 35 x 43 cm. A proteção gonadal deve ser usada para homens, com a borda superior do protetor cuidadosamente colocada na sín�se púbica. Em mulheres, a proteção gonadal poderá ser usada apenas quando não encobrirem a anatomia essencial na região abdominopélvica inferior. Os principais fatores de exposição para radiogra�as abdominais são os seguintes: 1. kVp média (70-80). 2. Pequeno tempo de exposição. 3. mAs adequado para a densidade do abdome. As radiogra�as abdominais corretamente expostas em um paciente de porte médio devem permitir a visualização tênue das bordas laterais dos músculos psoas, da margem inferior do fígado, dos contornos renais e dos processos transversos das vértebras lombares. Isso exigirá um contraste moderado, usando exposição com um kVp médio, para permitir a visualização de várias estruturas abdominais, incluindo possíveis cálculos semiopacos na vesícula biliar ou nos rins. ROTINAS DE ABDOME AGUDO E INCIDÊNCIAS BÁSICAS DO ABDOME Caro estudante, podemos conceituar abdome agudo como a síndrome dolorosa aguda, de intensidade variável que leva o doente a procurar assistência médica e requer tratamento imediato, clínico ou operatório. A dor abdominal aguda, no adulto, é um dos motivos mais frequentes de atendimento médico nos serviços de emergência. O cirurgião de emergência experiente, diante do paciente com dor abdominal aguda, sabe que o diagnóstico etiológico nem sempre é con�rmado. Daí a a�rmação muito conhecida que o “abdome é uma caixa de surpresas”. A investigação diagnóstica progressiva do abdome agudo inicia-se pela radiogra�a em três posições: radiogra�a de abdome AP em posição ortostática, radiogra�a de abdome AP em decúbito dorsal e radiogra�a de tórax PA em posição ortostática. A razão para que a radiogra�a de tórax PA em ortostase seja incluída na rotina de abdome agudo, é que a radiogra�a do tórax, com o paciente ereto, melhora a visualização do ar intraperitoneal sob o diafragma. A radiogra�a de abdome com o paciente ereto também visualiza o ar livre, se a radiogra�a é su�cientemente alta para incluir o diafragma. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 33/38 Os sintomas de abdome agudo incluem dor, náuseas, vômitos, parada de eliminação de gases e fezes. A dor é o sintoma principal e características como evolução, localização, irradiação, fatores de melhora e piora associadas à anamnese completa e ao exame físico permitem de�nir qual a síndrome abdominal e suas possíveis causas. Observe o quadro a seguir: Quadro 2 | Diagnóstico do abdome agudo baseado nas características da dor ABDOME AGUDO DOR TEMPO DE EVOLUÇÃO In�amatório Insidiosa e progressiva Longo Obstrutivo Cólica intermitente (seguida de distensão abdominal) Variável Perfurativo Súbita, intensa e torna-se difusa precocemente Curto Hemorrágico Súbita, moderada ou leve, difusa Curto Vascular Súbita, progressiva Curto Fonte: elaborado pela autora. Agora, observe o outro quadro a seguir: Quadro 3 | Causas mais frequentes de abdome agudo In�amatório Obstrutivo Perfurativo Vascular Hemorrágico Apendicite aguda Bridas/aderências Úlcera perfurada Infarto intestinal Gravidez tubária rota Colecistite aguda Hérnia na parede abdominal Doença in�amatória intestinal Cisto de ovário hemorrágico Diverticulite sigmoide Hérnia interna Corpo estranho Ruptura espontânea do baço Doença in�amatória pélvica Tumores Fonte: elaborado pela autora. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 34/38 A dor originária de vários processos patológicos pode ser localizada em áreas preferenciais do abdome. Veja o quadro a seguir: Quadro 4 | Caracterização da dor abdominal segundo o local de ocorrência – abdome agudo Dor no epigástrio Sugere que a víscera acometida é oriunda do intestino anterior (esôfago, estômago, duodeno, fígado, baço e vias biliares). Dor no mesogástrio É originária do tubo digestivo, desde o início do jejunoaté a metade do cólon transverso. Dor no hipogástrio Sugere acometimento do cólon descendente até o ânus, além dos órgãos pélvicos. Fonte: elaborado pela autora. Incidências básicas do abdome: 1. Abdome - Frente AP (ortostático) Posição ortostática. RC no centro da linha que une as cristas ilíacas. Filme 35x43 L DFoFi: 1 metro kVp: 66 mAs: 28 Realizar em apneia. 2. Abdome – Frente AP (decúbito) Decúbito dorsal. RC no centro da linha que une as cristas ilíacas. Filme 35x43 L DFoFi: 1 metro kVp: 66 mAs: 28 Realizar em apneia. 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 35/38 3. Abdome – Cúpulas diafragmáticas – Frente AP Posição ortostática. RC na altura das cúpulas diafragmáticas. Filme 30x40 L DFoFi: 1 metro kVp: 66 mAs: 20 Realizar em apneia. VÍDEO RESUMO Caro estudante, a seguir apresentaremos um vídeo onde serão abordados pontos importantes sobre radiogra�as de abdome. Um vídeo é uma excelente oportunidade para �xar pontos-chaves da disciplina que estamos estudando. Podemos chamar atenção sobre os seguintes tópicos: principais posicionamentos radiográ�cos de abdome, com ênfase no posicionamento, considerações sobre a técnica, uso de protetores e rotina de abdome agudo. Saiba mais Caro aluno, convidamos você a conhecer um pouco mais sobre a síndrome do abdome agudo, no link abaixo, com o objetivo de se familiarizar com as salas de exames e terapias, em que estará inserido futuramente, ao �nal do curso de Tecnologia em Radiologia. MILANEZ, A. L. B. Síndrome do Abdome Agudo: Uma Revisão de Literatura.. São Paulo, [s. d.]. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 1 BIASOLI, A. Jr. Técnicas Radiográ�cas: Princípios físicos, anatomia básica, posicionamento, radiologia digital, tomogra�a computadorizada. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015. BONTRAGER, K.; LAMPIGNANO, J.; KENDRICK, L. Tratado de posicionamento radiográ�co e anatomia associada. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. REFERÊNCIAS 22 minutos https://gastrocentropiracicaba.com.br/downloads/Artigo%20S%C3%ADndrome%20Abdome%20Agudo.pdf 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 36/38 BRASIL. Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia – CONTER. Resolução nº 2, de 04 maio de 2012. Institui e normatiza atribuições, competências e funções do Pro�ssional Tecnólogo em Radiologia. Disponível em: http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/n._02_2012.pdf . Acesso em: 7 mar. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Departamento de Economia e Desenvolvimento. Apoio ao diagnóstico e à terapia (imagenologia). Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Departamento de Economia e Desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. BUSHONG, S. C. Ciência radiológica para tecnólogos: física, biologia e proteção. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CASTRO JÚNIOR, A. Posicionamento radiológico. São Paulo: Rideel, 2012. CHEN, M. Y. M.; THOMAS, L. P.; OTT, D. J. Radiologia Básica. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. FLECKENSTEIN, P.; TRANUN-JENSEN, J. Anatomia em diagnóstico por imagens. Barueri, SP: Manole, 2004. MARCHIORE, E.; SANTOS, M. L. Introdução à radiologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. OLIVEIRA, L. A. N.; SUZUKI, L.; ROCHA, S. M. S.; VALENTE, M. Diagnóstico por imagem. Barueri, São Paulo: Manole, 2012. Aula 2 BIASOLI, A. Jr. Técnicas Radiográ�cas: Princípios Físicos, Anatomia Básica, Posicionamento, Radiologia Digital, Tomogra�a Computadorizada. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015. BONTRAGER, K.; LAMPIGNANO, J.; KENDRICK, L. Tratado de posicionamento radiográ�co e anatomia associada. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. BRASIL. Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia – CONTER. Resolução nº 2, de 04 maio de 2012. Institui e normatiza atribuições, competências e funções do Pro�ssional Tecnólogo em Radiologia. Disponível em: http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/n._02_2012.pdf . Acesso em: 7 mar. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Departamento de Economia e Desenvolvimento. Apoio ao diagnóstico e à terapia (imagenologia). Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Departamento de Economia e Desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. BUSHONG, S. C. Ciência radiológica para tecnólogos: física, biologia e proteção. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CASTRO JÚNIOR, A. Posicionamento radiológico. São Paulo: Rideel, 2012. CHEN, M. Y. M.; THOMAS, L. P.; OTT, D. J. Radiologia Básica. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. FLECKENSTEIN, P.; TRANUN-JENSEN, J. Anatomia em diagnóstico por imagens. Barueri, SP: Manole, 2004. MARCHIORE, E.; SANTOS, M. L. Introdução à radiologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/n._02_2012.pdf http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/n._02_2012.pdf 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric… 37/38 OLIVEIRA, L. A. N.; SUZUKI, L.; ROCHA, S. M. S.; VALENTE, M. Diagnóstico por Imagem. Barueri, São Paulo: Manole, 2012. Aula 3 BIASOLI, A. Jr. Técnicas Radiográ�cas: princípios físicos, anatomia básica, posicionamento, radiologia digital, tomogra�a computadorizada. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015. BONTRAGER, K.; LAMPIGNANO, J.; KENDRICK, L. Tratado de posicionamento radiográ�co e anatomia associada. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. BRASIL. Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia – CONTER. Resolução nº 2, de 04 maio de 2012. Institui e normatiza atribuições, competências e funções do Pro�ssional Tecnólogo em Radiologia. Disponível em: http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/n._02_2012.pdf . Acesso em: 7 mar. 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Departamento de Economia e Desenvolvimento. Apoio ao diagnóstico e à terapia (imagenologia). Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Departamento de Economia e Desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. BUSHONG, S. C. Ciência radiológica para tecnólogos: física, biologia e proteção. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CASTRO JÚNIOR, A. Posicionamento radiológico. São Paulo: Rideel, 2012. CHEN, M. Y. M.; THOMAS, L. P.; OTT, D. J. Radiologia Básica. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. FLECKENSTEIN, P.; TRANUN-JENSEN, J. Anatomia em diagnóstico por imagens. Barueri, SP: Manole, 2004. MARCHIORE, E.; SANTOS, M. L. Introdução à radiologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. OLIVEIRA, L. A. N.; SUZUKI, L.; ROCHA, S. M. S.; VALENTE, M. Diagnóstico por Imagem. Barueri, São Paulo: Manole, 2012. Aula 4 BIASOLI, A. Jr. Técnicas radiográ�cas: princípios físicos, anatomia básica, posicionamento, radiologia digital, tomogra�a computadorizada. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015. BONTRAGER, K.; LAMPIGNANO, J.; KENDRICK, L. Tratado de posicionamento radiográ�co e anatomia associada. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. BRASIL. Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia – CONTER. Resolução nº 2, de 04 maio de 2012. Institui e normatiza atribuições, competências e funções do Pro�ssional Tecnólogo em Radiologia. Disponível em: http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/n._02_2012.pdf . Acesso em: 7 mar. 2022. http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/n._02_2012.pdf http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/n._02_2012.pdf 01/09/2023, 14:58 wlldd_231_u2_rad_conv https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=eldasilva2791%40gmail.com&usuarioNome=ELDA+DA+SILVA+CARVALHO&disciplinaDescricao=&atividadeId=3679008&atividadeDescric…38/38 Imagem de capa: Storyset e ShutterStock. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Departamento de Economia e Desenvolvimento. Apoio ao diagnóstico e à terapia (imagenologia). Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Departamento de Economia e Desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. BUSHONG, S. C. Ciência radiológica para tecnólogos: física, biologia e proteção. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CASTRO JÚNIOR, A. Posicionamento radiológico. São Paulo: Rideel, 2012. CHEN, M. Y. M.; THOMAS, L. P.; OTT, D. J. Radiologia Básica. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. FLECKENSTEIN, P.; TRANUN-JENSEN, J. Anatomia em diagnóstico por imagens. Barueri, SP: Manole, 2004. MARCHIORE, E.; SANTOS, M. L. Introdução à radiologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. OLIVEIRA, L. A. N.; SUZUKI, L.; ROCHA, S. M. S.; VALENTE, M. Diagnóstico por Imagem. Barueri, São Paulo: Manole, 2012. PROACI - Programa de Atualização em Cirurgia. Organizado pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Porto Alegre: Artmed/Panamericana Editora, 2007. https://storyset.com/ https://www.shutterstock.com/pt/
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