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Abordagem da Dor Crônica na APS Integração Ensino-Serviço-Comunidade IESC V Rozileia Silva Leonardo AGENDA / OBJETIVOS: ● Conceituar dor crônica ● Conhecer a abordagem da dor crônica na APS ● Compreender causas, mensuração e abordagem da dor crônica na APS. Introdução • O fenômeno da dor, segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), é definido como: “uma experiência sensorial e emocional desagradável que é descrita em termos de lesões teciduais, reais ou potenciais. A dor é sempre subjetiva, e cada indivíduo aprende e utiliza esse termo a partir de suas experiências anteriores”. • A definição da dor crônica é: “ aquela que persiste além do tempo razoável para a cura de uma lesão”. Introdução • A dor crônica é também compreendida como aquela associada a processos patológicos crônicos, que causam dor contínua ou recorrente, com duração igual ou superior a 6 meses (Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP); • A IASP esclarece que o melhor ponto de partida na diferenciação entre dor crônica e aguda são três meses de ocorrência do agravo, mas para fins de pesquisa sugere um período de seis meses. Introdução • A classificação de cronicidade tem sido correlacionada não apenas ao tempo de duração, mas também à inabilidade do corpo em curar a disfunção ou a lesão que é a causa da dor; • A lesão associada à dor crônica pode ultrapassar a capacidade do organismo em curá-la, ou o dano pode ocorrer de tal forma que impede o sistema nervoso de restabelecer seu estado normal. Modelo da Orquestra As indiretas de ignição, como o medo, as memórias e as circunstâncias, são entendidas como impulsos nervosos que têm consequências eletroquímicas no cérebro, assim como os estímulos dos tecidos lesados, que também causam consequências eletroquímicas. Causas - O que pode ocasionar? • A abordagem mais moderna da neurociência entende o fenômeno da dor suscitado de forma mista por dois componentes: - nociceptivo – relacionado à lesão dos tecidos - neuropático – relacionado a problemas nas vias de condução, interpretação e modulação do impulso da dor pelo sistema nervoso. • Componentes normalmente são mistos na maioria das dores, mas há predomínio de um deles em determinados casos. Causas - O que pode ocasionar? • A abordagem mais moderna da neurociência entende o fenômeno da dor suscitado de forma mista por dois componentes: - nociceptivo – relacionado à lesão dos tecidos - neuropático – relacionado a problemas nas vias de condução, interpretação e modulação do impulso da dor pelo sistema nervoso. • Componentes normalmente são mistos na maioria das dores, mas há predomínio de um deles em determinados casos. Causas - O que pode ocasionar? Causas - O que pode ocasionar? • Importante: distinção entre estes está na marcante diferença das respostas em relação aos fármacos utilizados para analgesia que um quadro de desconforto predominantemente neuropático pode apresentar em relação a outro predominantemente nociceptivo. • Componente nociceptivo é bastante conhecido na prática médica, sendo o foco principal da preocupação dos usuários e da maior parte dos profissionais de saúde atualmente. Causas - O que pode ocasionar? • Processo de inflamação local tem duração limitada por que em alguns casos a dor aumenta e se cronifica e não reduz junto com a diminuição do processo inflamatório, mesmo não havendo degeneração local? • A resposta a essa questão sobre a cronificação da dor tem sido encontrada exatamente no outro fator gerador do fenômeno doloroso, que é o componente neuropático. Características • A característica clássica da dor de predomínio neuropático inclui: - sensação de queimação constante ou intermitente; - pontadas ou choques; - sintomas físicos, que podem incluir respostas exageradas a estímulos dolorosos (hiperalgesia) ou uma percepção aberrante da dor como resposta a um estímulo inócuo e que geralmente seria percebido como indolor (alodinia). Importante! • Importante: tratamento da dor crônica não apenas deve abranger os componentes nociceptivo e neuropático, como também envolver o entendimento e a forma com que o usuário lida com sua própria condição. Mensuração da dor • Dor é uma experiência subjetiva - não é possível, para um observador externo, mensurar objetivamente essa experiência interna, complexa e pessoal; • Como determinar se um tratamento é necessário, se o prescrito é eficaz e até mesmo quando deve ser interrompido? • Utilização das escalas verbais e visuais: - Escalas verbais: descrição da experiência (p. ex., nenhuma dor, dor fraca, dor moderada, dor severa). O mesmo pode ser feito com uma escala numérica com variação de 0 a 10, sendo 0 referente a “nenhuma dor”, e 10, a “pior dor possível”. Mensuração da dor - Escalas visuais: ela normalmente consiste em uma linha de 10 cm de comprimento, com seus extremos rotulados como “nenhuma dor” e a “pior dor imaginável”, e a pessoa é instruída a marcar ou apontar na linha uma indicação da gravidade da dor sentida. Mensuração da dor Tratamento • O tratamento da dor por meio de fármacos é, sem dúvida, parte fundamental do arsenal terapêutico atual com importante produção na literatura sobre o tema; • Escada analgésica (OMS, 1980) - tratamento da dor de origem neoplásica; • Princípio composto por três degraus e guia o uso sequencial de fármacos; • A OMS considera atualmente que as orientações contidas na escada analgésica devem ser aplicadas sempre que o quadro doloroso apresentar-se como afecção crônica, sem previsão de resolução precoce. Analgésico simples / AINEs / Miorrelaxante Analgésico / AINEs / Opióide / Antidepressivo / Anticonvulsivante Tratamento Não farmacológico Fonte: Medicina de Família e Comunidade