Buscar

ESTUDO DIRIGIDO DE REVISÃO PARA V2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO - 
Curso de Nutrição 
Disciplina: Nutrição Clínica I 
Professora: Viviane Mukim 
 
ESTUDO DIRIGIDO – V2 
 
1) Diferencie Bulimia de Anorexia Nervosa, cite 4 efeitos no organismo provocados por cada 
uma e o tratamento nutricional de cada uma. 
 Bulimia: o indivíduo come muito em intervalos curtos (cerca de 2h) e depois utiliza métodos 
compensatórios como laxativos em excesso, indução de vômitos ou exercícios intensos, 
para eliminar o que comeu. 
 Características: não é magro, feridas e calos nas mãos, esofagite e erosão do esmalte 
dentário. 
 Tratamento nutricional – tentar controlar a ansiedade para minimizar os períodos de 
compulsão alimentar. Oferecer alimentos ricos em triptofano próximo ao período de 
compulsão relatado e trabalhar a melhora do intestino com fibras e probióticos e restringindo 
alimentos ultraprocessados, com muito glúten e açúcar. 
 Anorexia Nervosa: o indivíduo não come devido o temor intenso de ganhar peso, já que se 
sente sempre gordo. 
 Características: magreza extrema, amenorréia, feridas e calos nas mãos e desnutrição. 
 Tratamento nutricional é semelhante ao adotado na desnutrição. Se conseguir via oral deve 
iniciar com dieta líquida em pouco volume, com fracionamento aumentado, adicionada de 
suplementação calórico-protéica, em alguns casos colocar espessante de líquidos para evitar 
engasgos já que muitas vezes houve perda acentuada de musculatura incluindo a esofágica 
atrapalhando deglutição. Muitas vezes terá que utilizar mix de enzimas digestivas para favorecer 
digestibilidade. Caso não seja possível a via oral, uma dieta enteral por sonda será necessária. 
2) Diferencie os diferentes tipos de desnutrição protéico-calórica e cite 4 efeitos no organismo 
provocados pela desnutrição e 1 tipo de suplemento nutricional específico para cada um 
destes tipos. 
 Kwashiorkor: carência acentuada de proteínas, em particular de albumina. Efeitos: 
baixa imunidade, edema, fraqueza muscular e dificuldade de realizar a digestão 
(comprometimento enzimático e peristáltico). 
Para um paciente com este tipo de desnutrição podemos utilizar módulos de proteínas (ex: 
caseical, whey protein..., albumina em pó, …) ou suplementos protéicos (ex: Nutridrink 
protein, …). 
 Marasmo: carência global de proteínas e calorias. Efeitos: perda acentuada de tecido 
adiposo e muscular, fraqueza muscular, apatia. 
Para um paciente com este tipo de desnutrição podemos utilizar suplementos calórico-protéicos 
como por exemplo Sustagem, Nutren, Ensure, Nutridrink Max sem sabor, ... 
 
3) Como deve ser a dietoterapia de um paciente desnutrido e anorético. Cite 4 orientações 
nutricionais para um paciente desnutrido. 
 1ª etapa: investe em polivitamínicos e poliminerálicos, dando ênfase à nutrientes 
imunomoduladores como zinco, arginina, glutamina, vitamina A, C, E e selênio. Oferta de 
pequenos volumes, fracionamento aumentado. Dieta normocalórica, hiperprotéica, 
normoglicídica e normolipídica. Nesta fase temos que ter cuidado com a oferta exagerada 
de nutrientes para não sobrecarregar ainda mais o organismo debilitado 
 2ª etapa: continua com dieta normocalórica, mas já posso ir aumentando o volume a 
ser ofertado. Priorizo oferta de suplemento protéico hidrolisado e os polivitamínicos e 
poliminerálicos 
 3ª etapa: dieta hipercalórica para recuperar o peso perdido. Posso utilizar os 
suplementos calórico-protéicos 
Orientações nutricionais: Comer de 2 em 2 horas; regar o prato do almoço e do jantar com 
1 colher (sopa) de azeite; preferir leite batido com fruta e cereal ao invés de leite puro; utilizar 
suplementos como Nutridrink, sustagem, nutridrink sem sabor Ex/; 1 colher (sopa) de 
nutridrink sem sabor em sopas, sucos, vitaminas OU 6 colheres (sopa) de sustagem em 1 
copo de leite até 2 vezes ao dia. 
 Alguns pacientes com desnutrição protéica extrema e anorexia podem apresentar baixos 
níveis de enzimas digestivas o que pode atrapalhar ainda mais a utilização metabólica dos 
nutrientes ofertados. Nestes casos convém prescrever também suplementos de enzimas 
digestivas (ex: Enzifor (sachês de enzimas como bromelina, pepsina, lactase, amilase, ...) 
 
4) Como deve ser a evolução da dieta de um paciente pós-cirugia bariátrica? 
 Ainda no hospital (Pós-operatório imediato) pode durar 1 semana: Dieta Líquida coada 
isenta em açúcar e hipolipídica. Volume de 50ml/refeição, sendo 7 a 8 refeições ao dia. 
Oferecer o volume da refeição bem devagar (20ml a cada10 min). Exemplos de alimentos a 
serem ofertados nesta fase: suplementos protéicos dissolvidos em água sem gás (cerca de 
1 a 2 colheres (chá) 2 vezes ao dia), leite desnatado e sem lactose (este só deve ser 
oferecido a partir do 2º dia pós-operatório), leite de soja ou amêndoas, água de coco, chás 
de camomila, erva-doce ou cidreira, gelatina diet, suco de fruta não-ácida natural diluído e 
coado, caldo de legumes + carne ou frango (não coloca a carne só cozinha ela junto) coado. 
O VET em média nesta fase inicial atinge cerca de 350 Kcal/dia apenas. 
 Os 1os 15 dias (de 7 dias após a cirurgia há 2 semanas): pode oferecer uma dieta líquida 
sem ser coada, isenta em açúcar e hipolipídica. Pode evoluir o volume por refeição para 
100ml. Usar suplementos protéicos e de vitaminas e minerais. 
Ex: água de coco, chás claros, sucos coados de frutas não ácidas, sopa batida e coada de 
legumes com carne magra ou frango, leite e iogurtes desnatados; bebidas isotônicas. 
 3º período (após 15 dias até completar cerca de 1 mês): Evoluir consistência da dieta 
para pastosa (pobre em açúcar e gordura) acrescentando um alimento por vez a depender 
da tolerância; realizar as refeições em ambientes tranquilos; mastigar bem os alimentos 
(vagarosamente), com duração de no mínimo 40 minutos; não omitir nenhuma refeição; não 
“beliscar”; ingerir apenas os alimentos que não lhe causem desconforto; não deitar logo após 
as refeições; ingerir 2 litros de água por dia, fora das refeições; consumir diariamente frutas 
e verduras; utilizar shakes de proteína, usar suplementos vitamínico-minerais (pode ocorrer 
carências principalmente de vitaminas lipossolúveis, tiamina, ácido fólico, ferro, cálcio, zinco 
e vitamina B12). Nessa fase os vômitos são frequentes se a ingestão alimentar for rápida, 
associada a líquidos e se comer muita quantidade. Por isso recomenda-se refeições com 
cerca de 3 colheres (sopa) de alimentos sólidos ou 150 ml. 
Ex: Alimentos bem amassados e cozidos, na forma de purê e suflê, como: canja de galinha 
e cremes de legumes, caldo de feijão, sopa de legumes com carne a liquidificada, ovo cozido 
ou mexido, peixe, frango. Leite integral, iogurte natural integral sem pedaços, batida de fruta, 
mingau, gelatina diet, água de coco, bebida isotônica, sucos não mais diluídos. Manter o 
suplemento de proteínas. 
 4º período após 1 a 2 meses): Evoluir para Branda (pobre em açúcar e gordura). Pode 
aumentar um pouco mais a quantidade por refeição e reduzir a frequência. Alguns alimentos 
podem causar intolerância: carne vermelha, milho, arroz, pães, frutas com sementes e 
alimentos ricos em gorduras. 
 5º período (após 2 meses e meio a 3 meses): Evoluir para dieta Livre ou Normal. As 
restrições alimentares serão em relação ao consumo de bagaços, sementes, cascas duras 
especialmente de verduras e legumes, alimentos como carnes duras, empanados e frituras. 
 
5) Como deve ser o plano alimentar oferecido à um paciente com obesidade? 
 Deve-se calcular o VET como se fosse um VET normal para ele (ou seja, VET = TMB x Fa). 
Depois calcula-se a quantidade de calorias que irá restringir deste VET tendo como base o número 
de Kg que você vai programar para o paciente perder em 1 mês. Após isso irá determinar o VET real 
aquele que será utilizado para elaboração da dieta por equivalência calórica. 
 
6) Em geral, como deve ser o tratamento nutricional em pacientes que foram submetidos àcirurgia de retirada de tumores na cavidade oral, na faringe ou laringe? 
R: Após cirurgia de remoção do tumor, inicialmente o suporte nutricional é fornecido 
através de sonda de alimentação ou por nutrição parenteral. Se a alimentação oral for 
possível após a cirurgia, a dieta deve ser líquida ou pastosa, freqüentes e com volume 
reduzido, hiperprotéica, de preferência com mais carboidratos complexos que simples. 
Pode ser necessário (em casos de desnutrição por conta do câncer) o uso de suplementos 
calórico-protéicos. Nutrientes antioxidantes (vit A, C, E e selênio), imunomoduladores 
(zinco, arginina, ácido fólico e ômega 3) também devem ser suplementados. 
 
7) O que é Tonsilectomia e para que ela é realizada? Como deve ser a terapia nutricional pós-
cirurgia? 
R: É a remoção das tonsilas ou amídalas (tecido linfático e parte do sistema imunológico). 
Tratamento: Durante as primeiras 24h, os alimentos melhor aceitos são alimentos muito frios 
(para estancar o sangramento e aliviar a dor), ricos e proteínas (para aumentar a 
cicatrização) e gorduras (para aumentar a saciedade) e pouco amiláceos (para não causar 
atrito) como: bebidas lácteas, gemadas, sorvetes e suco de frutas não-ácidas. No 2o dia, os 
líquidos mornos e alimentos pastosos podem ser iniciados e cautelosamente substituídos 
por alimentos quentes. Uma dieta normal pode ser oferecida dentro de 3 a 5 dias. 
 
8) Diferencie os 2 tipos de Esofagite Erosiva de Los Angeles e caracterize o tratamento 
nutricional para pessoas portadoras desta patologia. 
 R: Aguda: causada pela ingestão de agente irritante (ex: soda cáustica, água sanitária, ...), 
inflamação viral ou intubação (ex: pacientes em UTI). 
 Crônica: é um resultado do refluxo gastroesofágico (RGE) recorrente devido a presença 
de hérnia de hiato, pressão reduzida o EEI (esfíncter esofágico inferior – que fica entre no final do 
esôfago e início do estômago), vômitos recorrentes, aumento da pressão abdominal (decorrente de 
constipação crônica, obesidade, gravidez, ..), uso contínuo de aspirina, infecção pelo helicobacter 
pilori, uso de anticoncepcionais, ... 
Tratamento nutricional: 
 - aumentar alimentos ricos em proteínas, pois aumentam a pressão e motilidade do EEI, 
logo reduzem o RGE. Priorizar proteínas de mais fácil digestibilidade (que não demorem 
muito tempo distendendo o estômago para não forçar o EEI) como frango, peixes e 
proteínas vegetais. Se for consumir carne vermelha, deve-se escolher carnes magras e 
cozinhar bastante. 
- restringir alimentos ricos em gorduras, cafeína (como café, chá mate, chá preto e 
chocolate), pois reduzem a pressão e motilidade do EEI, logo aumentam o RGE 
- restringir canela, anis, menta e pimenta ( conhecidos como alimentos carminativos), pois 
reduzem a pressão e motilidade do EEI, logo aumentam RGE 
 - evitar alimentos crus, ácidos e muito fermentados, incluindo as bebidas alcoólicas a fim 
de reduzir a estimulação ácida do estômago reduzindo assim o refluxo ácido 
 - preferir dieta líquida na fase aguda da inflamação 
 - evitar alimentar-se com roupas apertadas e deitar-se logo após as refeições 
 
9) Diferencie os cuidados nutricionais da Hérnia de Hiato daqueles dos Divertículos. 
R: Hérnia de Hiato: bolsa na extremidade inferior do esôfago. 
 Divertículos: Bolsas salientes formadas por uma ou mais camadas na parede esofágica. 
Pacientes com muitos divertículos no esôfago podem ter muita dificuldade de engolir 
(disfagia) e podem precisar de dieta com consistência mais pastosa e espessantes nas 
bebidas líquidas ralas. 
Pacientes com hérnia de hiato podem cursar com refluxo aí os cuidados nutricionais são os 
mesmos do RGE 
 
10) Diferencie os 3 tipos de gastrite e diga quais os cuidados nutricionais que devem ser tomados 
em cada tipo específico. 
R: Aguda: inflamação repentina do estômago resultante da ingestão de alimentos 
deteriorados (toxina estafilocócica); ingestão excessiva de condimentos, sal e bebidas 
alcoólicas; traumas, cirurgias, queimadura e radioterapia; doses excessivas de aspirina ou 
antiinflmatórios. 
Durante a fase de sangramento e dor intensa após fazer a lavagem gástrica (via SNG) com 
água gelada convém deixar o paciente submetido ao soro e em dieta zero, por 24 ou 48h. 
Após esta fase pode-se administrar uma dieta líquida ou pastosa, conforme aceitação do 
paciente, mas evitando alimentos com temperaturas muito elevadas e irritantes gástricos 
(café, chocolate, pimenta, condimentos, ...). 
Crônica: é um resultado de lesões gástricas orgânicas, tais como úlcera ou câncer. Pode 
ser causada por infecção antral com Heleicobacter pilori ou estar indiretamente relacionada 
à doenças como tuberculose, insuficiência cardíaca e nefrite. 
A dieta deve ser adequada em calorias e nutrientes, com fracionamento aumentado e 
volume reduzido e consistência macia (branda/pastosa/líquida), evitando alimentos crus e 
condimentados. Deve-se evitar tomar líquidos junto com as refeições. Pacientes com 
gastrite devem evitar deixar o estômago muito cheio por muito tempo para reduzir a 
chance de refluxo. Para isso busca-se alimentos menos fermentativos e com melhor 
digestibilidade. Alguns chás digestivos como alecrim e hortelã e cicatrizantes como 
espinheira-santa, gengibre e aloe-vera podem ser prescritos. Alguns pacientes podem se 
beneficiar de sachês de enzimas artificiais como a papaína, betaína e bromelina, pois 
favorecem digestibilidade. 
Atrópica: gastrite resultante da atrofia e diminuição das células parietais levando a redução 
de HCl e fator intrínseco, podendo levar a um quadro de anemia por carência de vitamina 
B12. 
A dieta deve ser rica em alimentos altamente protéicos, a fim de estimular a gastrina e 
tentar aumentar a secreção de HCl e ricos em vitamina B12. 
 
11) Caracterize o tratamento nutricional da Doença Celíaca 
R: A dieta deve ser isenta em glúten, ou seja não deverá conter alimentos a base de trigo, 
aveia, centeio e cevada. Na fase aguda pode ser necessária a restrição de lactose. 
 
12) Diferencie Spru não tropical de Spru tropical e por que devemos aumentar a oferta de 
proteínas e vitamina B12 para pessoas portadoras de spru tropical? 
 R: Spru não tropical é o mesmo que doença celíaca e o tropical é uma irritação da mucosa 
intestinal decorrente de uma infecção bacteriana que acaba gerando redução de suco gástrico. No 
spru tropical devemos aumentar o aporte de proteínas, pois este nutriente estimula a gastrina 
produtora de suco gástrico necessário à produção do fator intrínseco indispensável à absorção 
intestinal de vitamina B12 que se encontra prejudicada devido à irritação da mucosa. 
 
9) Diferencie as principais Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) e caracterize o tratamento 
nutricional de cada uma. 
R: Doença de Crohn: inflamação de qualquer segmento do trato gastrintestinal, particularmente 
íleo comprometendo a absorção de vários nutrientes entre eles a gordura resultando em 
esteatorréia e grave perda de peso. Pacientes com esta patologia podem cursar com anemia, 
câimbras e infecções recorrentes, nos momentos de crise. 
 Retocolite Ulcerativa (RCU): inflamação do cólon resultando em diarréia com muco e sangue. 
Tratamento nutricional: Durante os acessos agudos das doenças inflamatórias intestinais o 
descanso intestinal e a nutrição parenteral, juntamente com o tratamento médico podem ser úteis. 
Pacientes gravemente enfermos são tratados com nutrição parenteral por 10 dias a 2 semanas, 
poupando assim o intestino. 
A dieta deve ser hipercalórica (na crise o paciente pode precisar de um VET com cerca de 
35 a 45Kcal x Kg) e hiperprotéica, hipolipídica (principalmente na Crohn) priorizando oferta de TCM, 
pobre em fibras insolúveis e com um pouco de solúveis para que haja a formação de AGCC que 
recuperam a mucosa intestinal e suplementada de vitaminas e minerais, como cálcio, ferro, vitamina 
B12, ácido fólico e vitaminas lipossolúveis. Suplementada em nutrientes antioxidantes 
(carotenóides (tudolaranja e vermelho) e flavonóides (tudo roxo)), antiinflamatórios (ex: açafrão, 
ômega 3, gengibre,) glutamina, prebióticos (ex: inulina (ex: chicória), GOS (ex: produtos lácteos), 
FOS (ex: biomassa de banana-verde, cebola, alho, farelo de trigo), goma acácia ou goma arábica 
(ex: fibregum (comprado pronto)), beta-glucana (ex: aveia)), probióticos (ex: bifidobacterium, 
lactobacillus, streptococcus thermophilus pode manipular cerca de 1milhão de UFC ou usar 
alimentos adicionados ou utilizar produtos com Kefir ou então comprar pronto (industrializado) ex: 
simfort, probiatop) ou simbióticos (ex: fibermaisflora). 
OBS: Alguns pacientes de Crohn, na crise podem apresentar baixos níveis de enzimas 
digestivas. Nestes casos convém fazer pelo menos 2 dias de dieta restrita em FODMAPs), glúten 
lactose e com uso de sachês de enzimas digestivas. 
 
10) Caracterize as diferentes formas de manifestação das diarréias e cite alguns cuidados 
nutricionais para a diarréia, em geral. 
R: Diarréias Osmóticas: causadas pela presença de alimentos altamente osmolares no intestino. Ex: 
Síndrome de Dumping 
Diarréias secretórias: É geralmente causada por exotoxinas bacterianas, por viroses ou secreção 
intestinal hormonal aumentada. 
Diarréias exsudativas: estão sempre associadas a danos na mucosa intestinal o que leva a 
derramamento de muco, sangue e proteínas plasmáticas com acúmulo líquido de eletrólitos e água 
no intestino. São as diarréias da doença de Crohn e Colite Ulcerativa. 
Diarréias de contato mucoso limitado: resultam de situações de mistura inadequada do quimo e 
exposição inadequada ao quimo do intestino usualmente devido à destruição e diminuição da 
mucosa, como na doença de Crohn ou após ressecção intestinal. 
Na fase inicial deve-se manter um descanso intestinal (dieta zero) junto com uma reposição 
hidroeletrolítica (soro endovenoso). Após 24 horas, lentamente pode ser introduzida uma dieta de 
prova juntamente com o soro caseiro e logo em seguida, conforme aceitação do paciente pode-se 
evoluir para uma líquida com refeições requentes e de pequeno volume e quando a diarréia parar 
pode-se introduzir uma dieta mais consistente com um volume um pouco maior, pobre em resíduos 
e altamente protéica (devendo-se evitar o leite). 
Pode-se administrar pectina industrializada aos sucos, sopas. 
 Devemos aumentar o aporte de potássio, ferro e outras vitaminas e minerais, principalmente 
se a diarréia tornar-se crônica. 
 Aumentar o aporte de alimentos constipantes como: limonada, mate, chá preto, suco de 
caju, goiaba, cenoura, batata e chuchu cozidos, arroz, água de arroz, chá de broto de goiaba e soro 
caseiro. 
 
11) Cite algumas recomendações nutricionais para constipação ou obstipação crônica. 
 R: Oferecer alimentos laxativos: mamão, ameixa seca, farelo de trigo, verduras, 
 Beber todo dia em jejum 1 copo de água gelada 
 Aumentar o consumo de alimentos integrais 
 Beber de hora em hora 1 copo de água 
 Evitar refrigerantes á base de cola 
 Utilizar simbióticos 
 
12) Conceitue Diverticulose e Diverticulite e as diferencie em termos de cuidados nutricionais. 
R: Diverticulose: formação de bolsas salientes na mucosa intestinal. Dieta rica em fibras. Diverticulite: 
inflamação dos divertículos. Dieta pobre em fibras 
 
13) Hoje em dia se escuta muito sobre SIBO e SIFO que vem sendo associadas à SII – Síndrome 
do Intestino Irritável. Comente um pouco sobre estas condições clínicas e como pode ser traçada a conduta 
nutricional nestes casos? 
R: SIBO – Supercrescimento Bacteriano e SIFO – Supercrescimento Fúngico são 2 situações 
que vem sendo fortemente correlacionadas com SII – Síndrome do Intestino Irritável. Pois todas estas 
condições clínicas são desencadeadas por uma disbiose intestinal (desequilíbrio da microbiota gerando 
uma redução na quantidade de bactérias benéficas o que faz com que as bactérias maléficas possam ficar 
resistentes e acabam migrando para várias partes do trato gastrintestinal reduzindo ação de enzimas 
digestivas, atuação correta do suco gástrico e enfraquecendo imunidade o que pode favorecer infecções 
fúngicas recorrentes. O teste oral de expelir hidrogênio vem sendo utilizado como uma das ferramentas de 
diagnóstico da SIBO e SIFO. Estas condições clínicas são mais comuns em pessoas que fizeram uso de 
grandes doses de antibióticos em curto intervalo de tempo, pessoas com comprometimento da imunidade 
e condições alimentares que possam gerar disbiose. Pode ser necessário o uso de glutamina, prebióticos 
(ex: inulina (ex: chicória), GOS (ex: produtos lácteos), FOS (ex: biomassa de banana-verde, cebola, alho, 
farelo de trigo), goma acácia ou goma arábica (ex: fibregum (comprado pronto)), beta-glucana (ex: aveia)), 
probióticos (ex: bifidobacterium, lactobacillus, streptococcus thermophilus pode manipular cerca de 
1milhão de UFC ou usar alimentos adicionados ou utilizar produtos com Kefir ou então comprar pronto 
(industrializado) ex: simfort, probiatop) ou simbióticos (ex: fibermaisflora). Em alguns casos mais graves 
convém fazer dieta restrita em glúten, lactose, FODMAPs ((leite de vaca, leite de cabra, leite de ovelha, soverte, 
iogurte, nata, creme, queijo ricota, cottage, mel, maçã, pera, manga, aspargos, cereja, melancia, sucos de fruta, ervilha, 
soja, feijões, lentilha, grão-de-bico, cebola, alho, alho-poró, trigo, cuscuz, farinha, massa, centeio, caqui, melancia, 
beterraba, aspargos, quiabo, chicória, couve, couve-flor, damasco) e com uso de sachês de enzimas digestivas. 
 
14) Caracterize o tratamento nutricional para o câncer de cólon 
 R: Aumentar o consumo de alimentos ricos em cálcio e com vitaminas C, A e D 
 Reduzir o consumo de gorduras para menos de 30% das calorias ingeridas/dia 
 Procurar manter uma média de 25 a 30 gramas de fibras/dia , incluindo vários vegetais, 
farelos, grãos e frutas, visto que as fibras ao serem fermentadas pelas bactérias da flora intestinal 
produzem ácidos graxos de cadeia curta que são revigorantes de mucosa intestinal 
 Diminuir o consumo de álcool ou parar se possível. 
 Diminuir o consumo de alimentos condimentados, defumados ou secos 
 Diminuir o consumo de xenobióticos (aditivos alimentares, agrotóxicos, alimentos TRANS) 
 Utilizar prebióticos (FOS, inulina, fibras solúveis) e probióticos 
 Utilizar glutamina, pois serve de energia para as células intestinais 
 
15) Como deve ser o tratamento nutricional nas hepatites virais. 
Dieta hiperprotéica, hiperglicídica e hipolipidica e aumentada em líquidos e vitaminas 
(principalmente, A, D, E, K, C, B12, ácido fólico) e minerais (ferro, selênio, magnésio e zinco). 
 
16) Cite 5 manifestações clínicas da Cirrose e como deve ser a oferta de energia, proteínas, 
carboidratos e lipídios. Além dos maconutrientes que micronutrientes merecem atenção (aqui quero que 
você cite os nutrientes que devem ser ofertados e os que devem ser reduzidos, justificando)? 
R: Na cirrose pode haver icterícia, ascite, hipertensão portal com aparecimento de varizes 
esofagianas, encefalopatia hepática 
A dieta deve ser normo a hipercalórica (em casos de perda acentuada de peso). Em geral 
calcula-se cerca de 25 a 35 kcal/Kg de peso seco* (descontado 10% do peso atual se for edema, 
15% ascite e 20% anasarca) 
A oferta de proteína vai variar de acordo com o estágio da cirrose, da seguinte maneira: 
▪ Pacientes hepatopatas estáveis: NORMO 0,8 – 1,0 g/kg PA ou PI/dia 
▪ Para promover retenção nitrogenada, pacientes desnutridos ou com 
indicação para transplante, hepatectomia: 1,2 a 1,5 g/kg peso/dia sem 
encefalopatia 
▪ Fase descompensada com encefalopatia e pré-coma: 0,8g/Kg/dia 
Suplementar Aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA). Deve-se recorrer em 
primeiro lugar a uma dieta ovo-lácteo-vegetariana, cujas proteínas são 
melhores toleradas que as proteínas cárneas 
 A dieta deve ser normoglicídica e normolipídica (exceto quandohá presença de 
esteatorréia). 
Deve-se suplementar vitamina B6, B12, ácido fólico, tiamina e vitaminas lipossolúveis, zinco, 
ferro e potássio e restringir sódio e líquidos. 
A consistência deve variar de líquida a pastosa. 
 
17) O que se entende por DHGNA e como pode ser seu tratamento nutricional? 
- Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) ou ESTEATOSE HEPÁTICA ou 
Esteato-Hepatite não alcoólica (NASH): acúmulo de triglicerídios produzidos dentro do 
fígado a partir do excesso de glicose na circulação ou excesso de gordura alimentar ou 
intoxicação por medicamento. 
Cuidados Nutricionais na Esteatose 
O principal tratamento para a esteatose é controle do peso através da dieta e pela prática 
de atividade física (desde que com consentimento médico), controlar os níveis glicêmicos, de 
colesterol e triglicérides. A suplementação de vitamina E, fontes de Selênio, colina (ex:ovo, lecitina 
de soja, levedo de cerveja, ...), silimarina (ex: alcachofra, açafrão,...) também tem demonstrado 
resultados promissores no tratamento da doença. 
Dieta rica em proteínas, líquidos e fibras e pobre em carboidratos refinados, gorduras 
saturadas. É indicada a dieta mediterrânea, que preconiza o consumo de azeite de oliva, 
oleaginosas e carnes brancas e magras. 
 
18) O que é Encefalopatia Hepática e por que devemos controlar a ingestão de proteínas e 
aumentar a oferta de aminoácidos ramificados nos pacientes com esta manifestação clínica? 
 R: Síndrome neurológica caracterizada por perda da coordenação motora, inconsciência, 
etc. causada pelo acúmulo de amônia, aminoácidos aromáticos e de falsos neurotransmissores na 
corrente sanguínea em decorrência do mau funcionamento do fígado. 
Na presença de encefalopatia devemos restringir proteínas para não elevar mais ainda a 
amônia e também aumentar a oferta de AA ramificados para evitar o aumento dos AA aromáticos. 
 
19) Conceitue as seguintes doenças das vias biliares: colelitíase, colecistite, colédocolitíase, 
colestase e como deve ser o plano nutricional para estes pacientes com problemas na vesícula biliar? 
R: Colelitíase (pedra na vesícula biliar), colecistite (inflamação da vesícula biliar), colédocolitíase (cálculos no 
colédoco (canal que liga o fígado ao pâncreas)), colestase (paralização da vesícula biliar). 
Dieta hipolipídica, normoglicídica e hiperprotéica com calorias visando o peso ideal. 
	ESTUDO DIRIGIDO – V2

Continue navegando

Outros materiais