Introdução a História do Brasil

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INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DO 
BRASIL
“Vermelho feito brasa”
QUESTIONAMENTOS INICIAIS:
• Quando tratamos de História do Brasil, alguns marcos iniciais nos vem a tona:
• Quais?
• Que força tem 1500 na história tradicional e por quais motivos?
• De que maneira a História indígena é tratada em nosso país? 
• Será que se dá o devido destaque aos populações indígenas ou elas são 
retratadas apenas no passado ou somente, os povos isolados? 
• Ou seja, quantas vezes já escutamos a frase “é indígena, mas tem Iphone, Hillux
e anda com tênis nike”.
EXPLOSÃO DE IDEIAS
• Obs: quando falamos de Brasil, é importante lembrar que o que conhecemos 
por tal, só é constituído a partir da nossa independência política, em 1822.
• Isto é, anterior aquilo, temos a América Portuguesa ou a fragmentada 
“Pindorama”, nome dado pelos indígenas, mas que também resguardava outro 
sentido. 
PRÉ-CABRAL:
• Se apresentam vários vestígios da antiguidade no solo br:
• Sítios arqueológicos na Amazônia.
• Os Sambaquis.
• São Raimundo Nonato.
DESCOBERTA DE UM CEMITÉRIO MILENAR, 
NA PERIFERIA DE LARANJAL DO JARI (AP) 
O arqueólogo Pedro Saldanha foi chamado para resgatar peças de cerâmicas
SAMBAQUI FIGUEIRINHA I (SC)
18 metros
Estima-se que o 
povo dos 
sambaquis 
viveram em 
torno de 2000 
anos a.c, 
chegando a 8 mil 
anos (de 
existência)
MODELO DE EXTRATIFICAÇÃO DAS 
CAMADAS DE UM SAMBAQUI:
SÃO RAIMUNDO NONATO (PI)
DOMÍNIO TUPI-GUARANI
• Hipótese: em determinado momento da história, os Guaranis (povos 
guerreiros, do interior do continente) foram capazes de reunir forças para se 
espalhar e “colonizar” o litoral.
• Para isso, derrotaram o povo sambaqui- que vivia ate então no litoral.
Imagem: CIA / Bemoeial2 / Mapa remixado / Domínio Público.
Pano
Jê
Cariri
Caraíba
Tucano
Charrua
Aruaque
Tupi-Guarani
Pano
NAÇÕES INDÍGENAS DO BRASIL
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Troncos 
linguísticos:
TRONCO 
TUPI
Tupi-
Guarani
Arikém Juruna Mondé
RESERVAS INDÍGENAS ATUAIS
Imagem: Limongi / Map of Indian Reserves in Brazil / Dominio Publico.
SEMELHANÇAS ENTRE OS GRUPOS 
INDÍGENAS
• Cada grupo se identifica como uma sociedade específica, diferentes, sobretudo do 
conjunto da identidade nacional.
• A posse da terra e seus recursos são coletivos e de quem trabalha nela. Enquanto 
um grupo estiver nela, seus recursos e frutos lhe pertencem. Outro grupo só 
poderá fazer o uso dela após a saída do grupo de quem a deixou. 
• A divisão do trabalho é feita de acordo com o sexo e a idade:
• Tarefas masculinas: derrubar a mata para o plantio, cuidar da segurança do grupo, caçar e 
pescar.
• Tarefas femininas: plantar, colher, transportar produtos, farinhas, cestos redes, cozer 
alimentos e cuidar das crianças.
• Tarefas das crianças: ajudam os adultos em tarefas compatíveis com suas idades.
ENCONTROS E DESENCONTROS: OS 
PORTUGUESES E OS TUPINIQUINS:
“Cidades são aldeias mortas” (Emicida)
CONTEXTO HISTÓRICO:
• Das grandes navegações, que ocorreram por volta do século XV e XVI, que 
tiveram como objetivo inicial estabelecer comércio com o Oriente.
• As “especiarias” eram o principal produto desse comércio.
• Os espanhóis apoiaram as ideias de Colombo, que acreditava que a terra era 
redonda, e foi o primeiro europeu na era moderna a chegar na América.
• Neste contexto das navegações, foi firmado entre Portugal e Espanha o tratado 
de Tordesilhas (1494).
• Reforma protestante e contrarreforma católica.
TRATADO DE TORDESILHAS:
PELA RIQUEZA DO REI
• O avanço português possibilitou estabelecer um grande império ultramarino
• América.
• África.
• Índias.
• Oriente.
• Estabelecimento de Feitorias:
• Localizada em pontos chaves;
• Praças comerciais militarizadas;
• Representantes designados pelo Rei.
• Recebia as mercadorias vindas do interior e as entregava aos navios comercias.
COMO PORTUGAL ESTABELECEU SEU 
COMÉRCIO:
• Feitoria + conhecida: São Jorge da Mina (1482)- rica em metais 
• Litoral da África Ocidental
• Costa do Benim, liderado pelo Império do Benim – um dos maiores impérios 
escravistas
• Colonização das ilhas de Açoures , Cabo Verde e Madeira
• Plantaram cana de açúcar (c/ m-d-o escrava e latifúndios)
• Cultivo de cereais;
• 1498: chegada a Calicute.
IMPÉRIO ULTRAMARINO PORTUGUÊS
Imagem: Pedro Reinel, Jorge Reinel, Lopo Homem (mapmakers), and António de Holanda (miniaturist) / Map of Brazil in the Miller 
Atlas of 1519 / Domínio Público.
Representação 
Europeia, do séc. XVI
“PERÍODO PRÉ-COLONIAL”:
• Fornecimento de pau brasil para o tingimento de tecidos.
• Monopólio real.
• Arrendado aos comerciantes “brasileiros”.
• Forte atuação de piratas/ corsários franceses.
• A presença de franceses fez PT estabelecer um sistema de proteção e 
objetivar a colonização da terra.
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
AS SESMARIAS
• Os capitães donatários que recebiam capitanias hereditárias detinham apenas 
20% de suas capitanias, tendo que distribuir os demais 80% através das 
sesmarias.
• Sistema de doação de terras para um nobre. Estando na origem dos grandes 
latifúndios do bra.
• Poderia ser doado pelo rei ou pelo capitão donatário, pelo qual o beneficiário 
deveria se estabelecer na terra, ter obrigações e pagar rendimentos ao doador.
• Esse regime de doação de latifúndio perdurou por séculos, até 1822. 
EXEMPLOS DE SESMARIAS:
Sesmaria do Iguassú
FAZENDA IMPERIAL DE SANTA CRUZ
A Fazenda Nacional de Santa Cruz teve origem na sesmaria de Guaratiba, doada em 6 de janeiro de 
1567 ao primeiro ouvidor do Rio de Janeiro, Cristóvão Monteiro, que lutara ao lado de Mem de Sá para 
expulsão dos franceses. Sua viúva, dona Marquesa Ferreira, em 1589 transferiu ainda em vida metade 
dessas terras à filha Catarina Monteiro, concedendo a outra parte aos jesuítas.
Os religiosos agregaram estas terras a outras sesmarias, constituindo um imenso latifúndio assinalado 
por uma grande cruz de madeira: a Santa Cruz. Em poucas décadas, a região compreendida entre a 
barra de Guaratiba, o atual município de Mangaratiba, até Vassouras, no sul do atual Estado do Rio de 
Janeiro, integrava a poderosa Fazenda de Santa Cruz, o maior complexo agropastoril do Brasil durante o 
século XVIII, contando com milhares de escravos, cabeças de gado, e diversos tipos de cultivos, como 
arroz, milho, feijão, batata e mais tarde o café
A sede da Fazenda Real de Santa 
Cruz no fim do século XVIII.
EXTENSÃO TERRITORIAL DA FAZENDA 
IMPERIAL DE SANTA CRUZ
GOVERNO GERAL (1548)
• Com o fracasso das Capitanias Hereditárias, a Coroa toma pra si o processo 
de colonização.
• Tinha Salvador como capital.
• Objetivo de limitar a autonomia do donatário;
• Garantir a segurança do colono;
• “Harmonizar” as relações entre os colonos e indígenas.
• Explorar o sertão em nome do rei.
• A nível local, o Governo geral reforçou o poder dos latifundiários, 
considerados a “nobreza da terra” / “homens bons”
ATRIBUIÇÕES DO GOV. GERAL:
• Promover a aliança com aldeias amigáveis e castigar os “selvagens hostis”-
promovendo a Guerra Justa.
• Conceder terras próximas 
FORTIFICAÇÕES DAS CIDADES
Fortaleza de Sº Mateus do 
Cabo Frio
• Fortaleza de São João e de Santa Cruz (a direita)
PRIMEIROS CONTATOS
• A esquadra de Cabral chegou à terra que viria a ser o Brasil, em 22 de abril de 
1500. Os primeiros grupos indígenas habitavam o litoral do brasil, os tupiniquins. 
Incialmente, o contato foi pacífico realizando o escambo.
• Assim, a impressão dos europeus foi marcada, a partir de então, pelo o que se 
retratou sobre tais agrupamentosindígenas.
• Para o europeu a época, os indígenas não tinham lei, não tinham rei e não tinham fé. 
Assim, seriam uma página em branco o processo de civilização que propunha para 
os ameríndios. 
• De fato, isso mostra o que os europeus não validaram qualquer forma de 
vida/cultura ligada aos indígenas. Mas, sim, uma espécie de elo perdido/inferior a 
eles.
O “CHOQUE” COM OS TUPINAMBÁS DA 
COSTA BRA
• Os Tupinambás possuíam uma estrutura social e política atravessada pela guerra e 
tinham a antropofagia como elemento importante de sua reprodução social. 
• Exemplo: Um menino só alcançava a sua maturidade, sendo capaz de caçar e 
guerrear com os adultos homens e também, poderia se casar, após aprisionar um 
individuo do grupo historicamente rival. Assim, praticava-se o ritual da antropofagia, 
pela qual acreditava-se que o grupo iria –através da consumação- incorporar a 
bravura e outros elementos daquele guerreiro. 
• Antropofagia x Antropofagia
• O caso de Hans Staden (1545/50)
• Obs: hoje isso é altamente condenável, um crime. O que fazemos aqui é análise 
histórica e antropológica.
A PRESENÇA FRANCESA E O PROJETO 
DA FRA ANTÁRTICA
• Desrespeito ao tratado de Tordesilhas.
• Ocupação da região da ilha de Vilegaion. 
CÉLEBRE PASSAGEM DE VIAGEM À TERRA 
DO BRASIL , LÉRY FAZ ALGO POUCO 
COMUM NOS RELATOS DE VIAJANTES 
EUROPEUS SOBRE O NOVO MUNDO:
Durante o projeto da “França Antártica”... 
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o
seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me:
-Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não
tendes madeira em vossa terra ?
-Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela
extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
- Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito?
- Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e
outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam
carregados.
- Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera:
mas esse homem tão rico de que me falas não morre?
- Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer
assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam?
- Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos.
- Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes
loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para
amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu
suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que
depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
(...)
Este discurso, aqui resumido, mostra como esses pobres selvagens americanos, que reputamos bárbaros, desprezam àqueles que
com perigo de vida atravessam os mares em busca de pau-brasil e de riquezas. Por mais obtusos que sejam, atribuem esses
selvagens maior importância à natureza e à fertilidade da terra do que nós ao poder e à providência divina; insurgem-se contra
esses piratas que se dizem cristãos e abundam na Europa tanto quanto escasseiam entre os nativos. Os tupinambás, como já disse,
odeiam mortalmente os avarentos e prouvera a Deus que estes fossem todos lançados entre os selvagens para serem atormentados
como por demônios, já que só cuidam de sugar o sangue e a substância alheia.”
(Viagem à terra do Brasil – capítulo 13)
ALIANÇAS E INIMIZADES HISTÓRICAS:
• Não podemos nos esquecer que os indígenas não compunham uma unidade-
sócio política. Isto é, possuíam sua dinâmica entre os seus grupos. Poderiam 
eles ser rivais ou não.
• Os indígenas aproveitaram do interesse francês ou português para confrontar 
os seus grupos rivais. Ou seja, construíram estratégias.
Ex: Os temiminós (liderados por Arariboia) e sua aliança com os 
Portugueses- para “retomar” suas terras e derrotar os Franceses e os tamoios.
A CONTRARREFORMA E A COLONIZAÇÃO DAS 
AMÉRICAS
Imagem: Victor Meirelles / Primeira missa no Brasil,1860 / Domínio Público. 
O PAPEL DA IGREJA CATÓLICA:
• A Igreja católica cumpriu o papel fundamental nesse processo de catequizar os 
indígenas, ensinando a fé cristã e seus os valores morais.
• Seu objetivo era conter os avanços da Reforma Protestante e expandir a fé 
cristã;
• Promoveu algumas visitas da Inquisição. 
O PADROADO RÉGIO
• A aliança entre Igreja e o Rei foi fundamental para o processo de catequização;
• Por ele, o Rei se comprometia a auxiliar a Igreja em sua instalação na América. 
Também se comprometia a permitir apenas o catolicismo em suas colônias.
O JESUÍTAS 
• Coube às ordens religiosas católicas a responsabilidade pela fé nas colônias ibéricas. 
Entre elas, a Companhia de Jesus, fundada no Concílio de Trento (1540), a 
responsabilidade pela catequização dos gentios.
• Os jesuítas eram uma ordem religiosa em que a hierarquia e a estrutura 
militarizada garantiam considerável grau de eficiência no processo de catequização.
• Corajosamente se “infiltrando” em meio as aldeias ainda “selvagens”, eles 
aprendiam a língua nativa para facilitar o processo de conversão.
• Além de aprendem a língua, utilizavam a música e teatro para se aproximarem dos 
indígenas e reproduzir os ensinamentos religiosos e culturais europeus. 
Incentivando assim a miscigenazação.
CONT.
• Depois que ganhavam a confiança dos indígenas, os jesuítas iniciavam o 
processo de formação da redução indígena, ou da missão.
• Esta redução era, muitas vezes, a base da grande propriedade agrícola ou 
pecuária – pela qual os jesuítas utilizava a m-d-o dos indígenas convertidos.
• Para incentivar ainda mais a conversão, muitos indígenas eram transformados 
em irmão de ordem.
• A noção de pecado foi introduzido nesse processo. Tanto que se tornou 
comum ver indígenas se autoflagelando.
AS MISSÕES JESUÍTICAS
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São Gabriel das Missões (RS)
RESISTÊNCIAS:
• Lembrando que, historicamente, toda e qualquer forma de violência possui 
variadas formas de reação.
• É o caso dos indígenas, que ao longo da história, promoveram várias formas de 
resistências: da fuga dos engenhos e das missões (quando escravizados) bem 
como ataques seriados aos europeus. 
• O que conseguimos observar foi a migração de várias populações indígenas 
para o interior do continente, devido ao seu difícil acesso.
OBSERVAÇÕES:
• A Colonização das Américas teve dois importantes instrumentos sociais-econômicos que 
estiveram combinados: 
• Escravização dos indígenas e o consequente genocídio (por vários motivos, incluindo uma série 
de doenças) do povo nativo. 
• Além dos 4 séculos de escravismo e de Diáspora africana.
• O nascente capitalismo comercial e o mercantilismo, que tinha como base a colonização das 
Américas, favoreceu economicamente e politicamente a burguesia europeia e –
consequentemente- foi um dos fatores responsáveis pela Revolução Industrial (1780); o que se 
denomina de “acumulação primitiva de capitais”- próprio da formação social latino-americana, 
centrada nos latifúndios.
• Ou seja, não deve se apagar a relação intrínseca entre o escravismo, o sentido da colonização e o 
capitalismo.
• O fortalecimento da Igreja Católica. Tornando-seuma das principais instituições sociais da 
América colonial. Esta, inclusive, possuía terras, escravizados e agia muitas vezes como banco, 
como acontecia no México; onde emprestava capital, cobrava aluguel de seus imóveis e etc.
REFLEXÕES CRÍTICAS:
História pra ninar gente grande (...) 
Brasil, meu dengo 
A Mangueira chegou 
Com versos que o livro apagou 
Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento 
Tem sangue retinto pisado 
Atrás do herói emoldurado 
Mulheres, tamoios, mulatos 
Eu quero um país que não está no retrato (...) 
(Deivid Domênico, Tomaz Miranda, Mamá, Márcio Bola, Ronie Oliveira, Danilo Firmino Samba-enredo do 
G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira 2019. Disponível em: mangueira.com.br.)
“SURGIMOS”:
• Para o antropólogo Darcy Ribeiro:
• Indígenas: grande diversidade de nações (línguas e costumes distintos);
• Portugueses: séculos de miscigenação genética e cultural com os mouros e judeus.
• Africanos escravizados: de várias etnias e nações (Angola, Congo, Moçambique, Nigéria) 
• Com a violência da escravidão: 
• “Povo novo”: mestiço/mulato. 
• Fruto de um conjunção de processos violentos e de negações e rejeições (tanto dos europeus, que 
não aceitavam o novo fruto; tanto do indígenas bem como dos africanos):
• A “ninguentude”:
• “Desafricanização do negro”;
• “Desindianização do índio”;
• “Deseuropeização do europeu”;
“Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que
aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela somos feitos e ainda continuamos nos fazendo. Essa massa
de nativos viveu por séculos sem consciência de si... Assim foi até se definir como uma nova identidade étnico-
nacional, a de brasileiros...”
“(...)não podendo identificar-se com os que foram seus ancestrais americanos- que eles desprezava-, nem com
os europeus- que o despreprezavam-, e sendo objeto amofa dos reinós e dos luso-nativos, via-se condenado à
pretensão de ser que nem existia: o brasileiro”
D. (1995) O Povo Brasileiro – a formação e o sentido do Brasil. Cia das Letras. 2ª Edição São Paulo.
“ETNIA BRASILEIRA”:
NO ENTANTO, HÁ QUE SE TER 
CUIDADO:
• Com o Mito da “democracia racial”:
• Da não existência do racismo no brasil, oriundo da miscigenação.
SENTIDO DO BRASIL: “MOINHO DE 
GASTAR GENTE”
(...)
“Gira a roda do moinho
Mói o milho, mói o trigo, faz o pão
Pão e água mal servidos para devorar” 
(...)
(Pão e água- Milton Nascimento e Lô 
Borges)
DADOS DE HOJE:
• Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos 
Socioeconômicos). , o salário mínimo no Brasil, o necessário para a 
população arcar adequadamente com os custos mensais seria de R$ 
5.459,52. 
• O cálculo foi feito com base no custo de vida- levando em consideração 
moradia, o custo das cestas básicas, que variam de R$ 454 a R$ 631 
nas capitais.
PAUSA PARA REFLEXÕES:
• Pensando historicamente, o que podemos concluir sobre o projeto de Brasil?
• A quem ele interessa (ainda hoje)?
• Temos mais permanências ou mais mudanças ao longo da história?
INDICAÇÕES:
• “Vermelho Brasil”: (https://www.youtube.com/watch?v=6IAcEAV7hAM)
• “Uma história de amor e fúria”: (https://www.youtube.com/watch?v=jM7WEnzB-
yM&ab_channel=ComparTrilharV%C3%ADdeos)
• “Antes do Brasil, Cabo Frio, 1530 - Histórias do Brasil (1/10): 
(https://www.youtube.com/watch?v=lIVU79GTsw4&list=PLLOoZxPk_oPsfzk2rdBtoY-
jykOqAefKx&ab_channel=tvbrasil)
• Colonização - Histórias do Brasil (2/10) 
(https://www.youtube.com/watch?v=zpNr6KKH8d8&list=PLLOoZxPk_oPsfzk2rdBtoY-
jykOqAefKx&index=2&ab_channel=tvbrasil)
• “O Documentário: O Povo Brasileiro (Darcy Ribeiro)” (https://www.youtube.com/watch?v=-
zEztOsq6yA&ab_channel=Stuff%26stuff)
• “A História do Brasil por Bóris Fausto” 
(https://www.youtube.com/watch?v=pSyE82yRaKU&ab_channel=Dylson)
• “QUEM SOMOS NÓS? | Que País é Esse?| Florestan Fernandes e Gilberto Freyre” 
(https://www.youtube.com/watch?v=4SxMmPaT0M&ab_channel=QuemSomosN%C3%B3s%3F)
https://www.youtube.com/watch?v=6IAcEAV7hAM
https://www.youtube.com/watch?v=jM7WEnzB-yM&ab_channel=ComparTrilharV%C3%ADdeos
https://www.youtube.com/watch?v=lIVU79GTsw4&list=PLLOoZxPk_oPsfzk2rdBtoY-jykOqAefKx&ab_channel=tvbrasil
https://www.youtube.com/watch?v=zpNr6KKH8d8&list=PLLOoZxPk_oPsfzk2rdBtoY-jykOqAefKx&index=2&ab_channel=tvbrasil
https://www.youtube.com/watch?v=-zEztOsq6yA&ab_channel=Stuff%26stuff
https://www.youtube.com/watch?v=pSyE82yRaKU&ab_channel=Dylson
https://www.youtube.com/watch?v=4SxMmPaT0M&ab_channel=QuemSomosN%C3%B3s%3F