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Exercícios de fixação

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Exercícios de fixação
Questão 1
Segundo o art. 98, I, da Constituição da República de 1988, a União, no Distrito Federal criará juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo. Logo:
O legislador constituinte originário (portanto, em 1988) já autorizava a União a criar seus juizados especiais federais. O legislador ordinário, por conveniência sua, criou-os apenas em 2001, por meio da Lei 10.259/2001.
Ainda que determine o referido dispositivo que a competência seja para a conciliação e execução de causas cíveis de menor complexidade, seria possível ao juiz homologar acordo em valor equivalente a 80 (oitenta) salários mínimo e a execução ocorreria no próprio juizado.
As causas de menor complexidade são todas aquelas cujo valor não exceda a 40 (quarenta) salários mínimos.
Para que um procedimento seja considerado como oral, basta que prevaleça a palavra falada sobre a escrita.
Cada alternativa se justifica pelo seguinte:
Apenas após a Emenda Constitucional número 22, de 2009, autorizou-se a União a criar, no âmbito da Justiça Federal, os respectivos juizados especiais, denominados, então, de juizados especiais federais.
Sim, devidamente autorizado pelo art. 57 da Lei nº 9.099/1995.
Como se viu ao longo da Aula, temos as causas de menor complexidade segundo valor e aquelas que o são segundo outros critérios por conveniência do Legislador, como as causas mencionadas no (revogado) art. 275, II, do antigo CPC (o novo CPC prevê um (único) procedimento comum, sem a atual divisão em ordinário e sumário).
Vivemos, segundo a determinação constitucional, um verdadeiro modelo oral de processo, o que significa, além da prevalência da palavra falada sobre a escrita, outras características, como a imediatidade do juiz e a irrecorribilidade das decisões interlocutórias em separado.
Questão 2
Clara, pessoa física capaz, propôs ação de indenização por danos morais, no valor equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos, em face de Cristano, pessoa física igualmente capaz, perante o juizado especial cível estadual (não fazendário). Considerando-se o exposto, e eventuais alterações mencionadas nas respectivas questões, responda: caso a referida ação fosse proposta perante a Vara Cível do foro do domicílio do Réu, qual seria a resposta correta?
I. O juiz deveria declinar da competência para o competente juizado especial cível, considerando-se os termos do art. 98, I, da CRFB/1988, já que a causa está dentro do teto do procedimento sumariíssimo.
II. O juiz deveria suspender o processo, dando prazo ao autor para que optasse, expressamente, em prosseguir pelo procedimento comum ou desistir da ação para, em seguida, propô-la perante o juizado especial cível competente.
III. O juiz deveria extinguir o processo, proferindo-se sentença sem resolução de mérito, considerando-se a competência absoluta dos juizados.
É verdadeira apenas a assertiva I
É verdadeira apenas a assertiva II
É verdadeira apenas a assertiva III
São todas incorretas
Seguindo o que já dispunha a Lei nº 7.244/1984, bem como o próprio modelo previsto nos EUA, a competência dos juizados especiais cíveis estaduais não fazendários é relativa. É, portanto, opção do demandante valer-se dele ou, se preferir, utilizar o procedimento comum. E, se assim preferir (valer-se do procedimento comum), nada poderá o juiz fazer, senão permitir que o processo prossiga, regularmente, desde que, evidentemente, preencha os requisitos processuais conhecidos, como condições da ação e pressupostos.
Questão 3
Clara, pessoa física capaz, propôs ação de indenização por danos morais, no valor equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos, em face de Cristano, pessoa física igualmente capaz, perante o juizado especial cível estadual (não fazendário). Considerando-se o exposto, e eventuais alterações mencionadas nas respectivas questões, responda: tivesse a referida ação valor de causa de 60 (sessenta) salários mínimos (e não 40 salários mínimos, como dito no enunciado), qual seria a resposta correta?
O juiz (do juizado) poderia condenar o réu em valor até o equivalente a 60 (sessenta) salários mínimos, já que a Lei nº 10.259/2001 alterou a Lei nº 9.099/1995, por lhe ser posterior e tratar da mesma matéria.
O juiz deveria indeferir a petição inicial, por incompetência do juizado especial cível, na forma dos artigos 3º, I e 51, II, ambos da Lei nº 9.099/1995.
A audiência de conciliação, instrução e julgamento deveria ser designada, regularmente, considerando-se a possibilidade de transação em valor superior ao do teto, como também pelo fato de que o valor que exceder ao teto (de 40 salários mínimos) é passível de renúncia.
O juiz deveria declinar da competência para a Vara Cível ou órgão equivalente competente, a fim de que ação prossiga pelo procedimento comum.
Considerando-se os artigos 3º e 57 da Lei nº 9.099/1995, existe, de fato, a possibilidade de transação, bem como de renúncia, caso não haja a transação. Logo, não há porque proferir-se sentença liminarmente.
Entre as Leis nº 8.078/1990 (art. 90) e 7.347/1985 (art. 21) forma-se, efetivamente, um microssistema. Considerando-se que essa assertiva seja verdadeira, opte pela alternativa correta:
Segundo o entendimento doutrinário e jurisprudencial predominante, isso não se repete no sistema dos juizados, o que se demonstra, por exemplo, por se ter mantido a competência dos juizados estaduais não fazendários em causas até 40 (quarenta) salários mínimos.
É, exatamente, o que ocorre entre as três leis dos juizados (9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009), o que se considera bastante justo, já que as leis posteriores têm redações muito mais apropriadas ao moderno processo civil.
Pelas mesmas razões do enunciado, pode-se dizer que existe um Estatuto dos juizados formado, exatamente, por suas três Leis (9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009).
A ação civil pública objeto do estatuto dos processos coletivos formado pelas leis mencionadas no enunciado é cabível perante os juizados.
Não há esse microssistema, como apresentado, pela simples razão de que não existe a reciprocidade de mão dupla prevista no estado dos processos coletivos. É o que se vê no Enunciado 133 do FONAJE (o valor de alçada de 60 salários mínimos previsto no artigo 2º da Lei nº 12.153/2009 não se aplica aos juizados especiais cíveis, cujo limite permanece em 40 salários mínimos (XXVII Encontro – Palmas/TO).
Contin
Entre as Leis nº 8.078/1990 (art. 90) e 7.347/1985 (art. 21) forma-se, efetivamente, um microssistema. Considerando-se que essa assertiva seja verdadeira, opte pela alternativa correta:
Segundo o entendimento doutrinário e jurisprudencial predominante, isso não se repete no sistema dos juizados, o que se demonstra, por exemplo, por se ter mantido a competência dos juizados estaduais não fazendários em causas até 40 (quarenta) salários mínimos.
É, exatamente, o que ocorre entre as três leis dos juizados (9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009), o que se considera bastante justo, já que as leis posteriores têm redações muito mais apropriadas ao moderno processo civil.
Pelas mesmas razões do enunciado, pode-se dizer que existe um Estatuto dos juizados formado, exatamente, por suas três Leis (9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009).
A ação civil pública objeto do estatuto dos processos coletivos formado pelas leis mencionadas no enunciado é cabível perante os juizados.
Não há esse microssistema, como apresentado, pela simples razão de que não existe a reciprocidade de mão dupla prevista no estado dos processos coletivos. É o que se vê no Enunciado 133 do FONAJE (o valor de alçada de 60 salários mínimos previsto no artigo 2º da Lei nº 12.153/2009 não se aplica aos juizados especiais cíveis, cujo limite permanece em 40 salários mínimos (XXVII Encontro – Palmas/TO).
Contin
Questão 5
Comparando-se os juizados especiais cíveis atuais (estaduais não fazendários) brasileiros e as small courts dos EUA, podem ser identificadasas seguintes características em comum, exceto:
I. A competência de natureza relativa.
II. A presença de advogado, em regra, não obrigatória.
III. A capacidade de ser parte autora exclusive de pessoas físicas.
Opte pela alternativa correta:
Somente a assertiva I possui característica distinta entre ambos os países.
Somente a assertiva II possui característica distinta entre ambos os países.
Somente a assertiva III possui característica distinta entre ambos os países.
Em todas as assertivas, as características são iguais em ambos os países.
Nos EUA, apenas pessoas físicas capazes poderiam propor ação nos órgãos competentes para “pequenas causas”, enquanto nos juizados atuais determinadas pessoas jurídicas, como microempresas, podem ser autoras, o que foi feito, justamente, com o propósito de ampliar o acesso à justiça por intermédio do procedimento sumariíssimo.
Questão 6
Foi proposta ação de cobrança no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), de que é autora determinada empresa (S/A), que teve como faturamento no último ano valor superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), tendo como ré pessoa física capaz. A ação seguiu pelo procedimento sumário.
Considerando-se o exposto, e eventuais alterações mencionadas nas respectivas questões, responda: entre o procedimento pelo qual tramita a ação do enunciado e o procedimento sumariíssimo, temos em comum:
São competentes para julgar a causa juízes togados ou togados e leigos.
Todas as decisões proferidas hão de ser, invariavelmente, fundamentadas.
Prevalece, em ambos os procedimentos, a palavra falada sobre a escrita.
Não é possível recorrer das decisões interlocutórias, em separado.
A característica presente na alínea B é uma das garantias constitucionais fundamentais do processo, presente no art. 93, IX, da CRFB/1988 e, portanto, presente em ambos os procedimentos.
Todas as outras são características apenas do procedimento sumariíssimo.
Questão 7
Foi proposta ação de cobrança no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), de que é autora determinada empresa (S/A), que teve como faturamento no último ano valor superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), tendo como ré pessoa física capaz. A ação seguiu pelo procedimento sumário.
Considere que a ação narrada no enunciado houvesse sido proposta perante o Juizado Especial Cível estadual não fazendário. Logo:
O juiz deveria indeferir a petição inicial, por incompetência do juizado especial cível, na forma dos artigos 3º, I e 51, II, ambos da Lei nº 9.099/1995.
A audiência de conciliação, instrução e julgamento deveria ser designada, regularmente, considerando-se a possibilidade de transação entre as referidas partes, mesmo nos juizados.
O juiz deveria declinar da competência para a Vara Cível ou órgão equivalente competente, a fim de que a ação prossiga pelo procedimento comum.
O juiz deveria proferir a chamada "sentença liminar de improcedência", na forma do art. 332, do CPC/2015, considerando-se que a pessoa jurídica em questão não poderia ser autora nos juizados".
A possibilidade de transação não ultrapassa questões processuais de ordem pública, tal como a capacidade. Somente as pessoas físicas capazes e as jurídicas exclusivamente mencionadas no art. 8º da Lei nº 9.099/1995 podem ser autoras, fato que, se desrespeitado, impõe ao juiz que profira sentença na forma do art. 51, inciso II, da mesma lei.
Questão 8
Em ação pelo procedimento sumariíssimo, os pedidos foram acolhidos e contra essa decisão foi interposto recurso, julgado pelo colegiado competente. Logo:
I. O recurso em questão é julgado em 2ª instância, tal como diz o art. 46 da Lei nº 9.099/1995.
II. O recurso em questão é julgado por juízes em exercício em 1º grau de jurisdição, tal como diz o art 98, I da Constituição de 1988.
III. Contra essa decisão, na verdade, não cabia recurso, razão pela qual sequer deveria ter sido recebido.
Somente a assertiva I está correta
Somente a assertiva II está correta
Somente a assertiva II está correta
Nenhuma está correta
Como vimos em nossa aula, e pelas razões nela expostas, não há atuação da 2ª instância, em sede de juizados, sendo certo que os recursos contra as sentenças (e as decisões de tutela de urgência, nos juizados de natureza fazendária) são encaminhados a órgãos colegiados de 1ª instância, mas em 2º grau de jurisdição, pela competência recursal exercida.
Questão 9
Foi movida ação de indenização decorrente de acidente de veículo terrestre em sede de juizado especial cível estadual não fazendário, em que se pede o valor equivalente a 90 salários mínimos. Trata-se de lide entre pessoas físicas e capazes. Logo, é possível afirmar:
I. Essa ação é considerada, em princípio, como “de menor complexidade”, não obstante não se tratar de uma “pequena causa”.
II. Essa ação apenas não será considerada como “de menor complexidade”, caso tenha alguma característica que a exclua da competência dos juizados, como, por exemplo, necessidade de perícia complexa.
III. Essa ação poderia ter sido ajuizada valendo-se o autor do procedimento sumário.
Diante do exposto, é possível afirmar que:
Todas estão corretas
Apenas I e II estão corretas
Apenas II e III estão corretas
Apenas I e III estão corretas
Aprendemos nesta aula que as causas são de “menor complexidade” segundo seu valor e também outros critérios definidos pelo legislador, como as ações de despejo para uso próprio e as ações mencionadas no (revogado) art. 275, II, do CPC (sem correspondente no CPC/2015). Assim, independente do valor, como a lide mencionada no enunciado encontra-se no art. 3º da Lei 9.099/1995, é considerada como de “menor complexidade” e, facultativamente, pode ser apresentada ao juizado competente.
Questão 10
Viu-se nesta aula que se permite julgamento por árbitros. A respeito da arbitragem e os juizados é possível afirmar, exceto:
Não obstante a Lei nº 9.099/1995 permitir recurso contra a sentença e contra as sentenças que homologam o laudo arbitral, não é cabível recurso.
Não obstante a lei de arbitragem (Lei nº 9.307/1996) estabelecer que a decisão do árbitro não está sujeita à homologação do juiz togado, como também não obstante ser uma lei especial e posterior à Lei nº 9.099/1995, é necessário, nos juizados, a homologação em questão.
Respeitando-se o que determina a lei de arbitragem (Lei nº 9.307/1996), os árbitros são escolhidos, livremente, pelos litigantes, entre pessoas capazes e de sua confiança.
O juiz, assim como o arbitro, pode adotar a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às exigências do bem comum.
Respeita-se o Enunciado 7 do FONAJE (XXXIV ENCONTRO), segundo o qual a sentença que homologa o laudo arbitral é irrecorrível. Também é verdade que se deve respeitar, quanto à escolha dos árbitros, o que dispõe a Lei nº 9.099/1995 e não a Lei nº 9.307/1996, segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial a respeito da matéria. Segundo a Lei nº 9.099/1995 (art. 24), o árbitro será escolhido entre os juízes leigos.
AULA 2
Exercícios de fixação
Questão 1
Nos Juizados especiais cíveis, entende-se não ser possível a possibilidade de complemento de custas. Isso, certamente, em virtude do:
I. Princípio da irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias.
II. Princípio da informalidade.
III. Princípio da simplicidade.
Todas estão corretas
Apenas a I está correta
Apenas a II está correta
Apenas a III está correta
A respeito dos Juizados, é possível afirmar:
A prevalência da falada escrita e a oralidade são expressões sinônimas, e um exemplo desses princípios seria a possibilidade de apresentar embargos de declaração oralmente, em audiência.
A irrecorribilidade das decisões interlocutórias é uma realidade do procedimento sumariíssimo, no entanto, cabe à parte protestar ao longo da fase de conhecimento contra eventual ato decisório com o qual não concorde, fazendo registrar em ata, em audiência, por exemplo, sua discordância, sob pena de preclusão.
A busca pela autocomposição, como um elemento fundamento dos Juizados, permitiria que um juiz suspendesse a audiência de conciliação e permitisseseu prosseguimento em outro dia, desde já designado, caso as partes manifestassem eventual vontade de conciliar e, para tanto, requeressem tal providência, a fim de melhor analisarem sua viabilidade.
A celeridade, como princípio norteador, impede os juízes dos juizados de fazer a audiência de conciliação em um dia e a de instrução e julgamento, em outro.
Está errada a “a”, porque, como se viu em nossa aula, a oralidade reúne mais do que isso: também, por exemplo, a irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias e a identidade física do juiz.
Está errada a “b”, porque inexiste a preclusão relatada, justamente para evitar manifestações constantes das partes que pudessem afetar a celeridade típica do procedimento.
Está errada a “d”, porque o Artigo 27, parágrafo único da Lei 9.099/95, permite esta designação para dia posterior.
Certa a alínea “c”, considerando-se que as partes, em conjunto, manifestaram esta vontade, o que se sobrepõe aos demais fundamentos, inclusive a própria celeridade.
Questão 3
Leia os enunciados abaixo (XXXIV FONAJE):
I. ENUNCIADO 123 – O (revogado) art. 191 do CPC/73 não se aplica aos processos cíveis que tramitam perante o Juizado Especial (XXI Encontro – Vitória/ES).
II. ENUNCIADO 112 – A intimação da penhora e avaliação realizada na pessoa do executado dispensa a intimação do advogado. Sempre que possível o oficial de Justiça deve proceder a intimação do executado no mesmo momento da constrição judicial (revogado) art.º 475, § 1º CPC/73 (XX Encontro – São Paulo/SP).
III. ENUNCIADO 100 – A penhora de valores depositados em banco poderá ser feita independentemente de a agência situar-se no Juízo da execução (XIX Encontro – Aracaju/SE).
Esses Enunciados aplicam, em especial:
Os princípios da celeridade e da prevalência da palavra falada.
Os princípios da simplicidade e informalidade.
Os princípios da economia processual e da irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias.
Os princípios da busca pela autocomposição e informalidade.
Os 3 (três) Enunciados têm como objetivo evidente simplificar o procedimento (como se vê no Enunciado 123), bem como torná-lo o mais informal possível, como vemos nos Enunciados 100 e 112.
Questão 4
Em qual ou quais das opções abaixo vê-se aplicação da busca pela autocomposição:
I. ENUNCIADO 123 – A incidência de prazo em dobro (prevista no CPC) para litisconsortes com advogados diferentes não se aplica aos processos cíveis que tramitam perante o Juizado Especial (XXI Encontro – Vitória/ES).
II. ENUNCIADO 86 – Os prazos processuais nos procedimentos sujeitos ao rito especial dos Juizados Especiais não se suspendem e nem se interrompem (nova redação – XXI Encontro – Vitória/ES).
III. ENUNCIADO 71 – É cabível a designação de audiência de conciliação em execução de título judicial.
Todas estão incorretas
Apenas a I está correta
Apenas a II está correta
Apenas a III está correta
É indubitável que a audiência é designada, em especial, para proporcionar um encontro entre as partes e incentivar alguma das formas de autocomposição.
Questão 5
Foram direcionadas as seguintes causas aos Juizados (não fazendário), todas envolvendo pessoas físicas capazes e sem necessidade de perícia:
I. Ação de despejo, por falta de pagamento, cujo valor de causa equivale a dez salários mínimos.
II. Ação possessória de bem móvel.
III. Ação de indenização por danos morais, em que se pede a condenação do réu ao pagamento de quantia equivalente a 100 (cem) salários mínimos.
Logo:
Em todas, haveria competência dos Juizados.
Considerando essas causas como de competência dos Juizados, a natureza seria absoluta.
Somente a causa de número III poderia prosseguir e, ainda assim, haveria ineficácia do que, eventualmente, ultrapassar o teto e não decorresse dos acréscimos permitidos (como juros, correção e eventuais honorários de sucumbência).
As assertivas II e III seriam possíveis, de acordo com o que prevê o Artigo 3º da Lei 9.099/95, e considerando-se, também, a possibilidade de renúncia ao que exceder ao teto.
É de se considerar que, para as causas de matéria indivisível, de competência em razão da matéria, a incompetência torna-se de natureza absoluta, obrigando ao juiz, na forma do Artigo 51, da Lei 9.099/95, proferir sentença terminativa. Quanto ao valor, considerando-se a possibilidade de renúncia tratada nesta aula, haveria a possibilidade de prosseguimento.
Questão 6
Foi distribuída determinada Ação Monitória, com cobrança do equivalente a 10 salários mínimos, no Juizado especial cível não fazendário, envolvendo pessoas físicas capazes e sem necessidade de perícia. Após os trâmites iniciais (como distribuição e expedição automática de mandado de citação ao réu), os autos foram conclusos ao Juiz, que deverá proferir a seguinte decisão:
Extinguir o feito, pela incompetência absoluta para conhecer de matéria que tramite por este procedimento.
Deixar prosseguir o feito até a audiência de conciliação, diante da possibilidade de audiência.
Deixar prosseguir o feito, regularmente, até o final, independente de se tratar de um procedimento especial, segundo o CPC.
Declinar da competência, enviando o processo à Vara Cível, por se tratar de uma causa que não atende à menor complexidade prevista em lei.
Como se viu ao longo da aula, não são cabíveis ações que tramitem por procedimentos especiais nos Juizados. Frisamos, oportunamente, o ENUNCIADO 8 (XXXIV FONAJE) – As ações cíveis sujeitas aos procedimentos especiais não são admissíveis nos Juizados Especiais.
Questão 7
Foi movida ação de cobrança no Juizado fazendário estadual, por microempresa em face de empresa pública, em causa não excluída pela Lei 12.153/09, ainda que não verse sobre relação de consumo. Esta ação:
I. Pode ser proposta no foro do domicílio do réu.
II. Pode ser proposta no foro do domicílio do autor, independente de qualquer outro fator.
III. Pode ser proposta no foro de onde a obrigação deva ser satisfeita.
Logo:
Todas estão corretas
Estão corretas as assertivas I e II, somente
Estão corretas as assertivas II e III, somente
Estão corretas as assertivas I e III, somente
Aplica-se, subsidiariamente, à Lei 12.153/09, o artigo 4º da Lei 9.099/95. Não se trata de responsabilidade civil, nem relação de consumo, razão pela qual não incide o foro privilegiado.
Questão 8
Opte pela alternativa incorreta:
A Lei 10.259/2001 não altera o limite da alçada previsto no Artigo 3°, inciso I, da Lei 9.099/1995 (XV Encontro – Florianópolis/SC
As ações cíveis sujeitas aos procedimentos especiais não são admissíveis nos Juizados Especiais.
É exemplificativo o elenco das causas previstas no Artigo 3º da Lei 9.099/1995.
A menor complexidade da causa para a fixação da competência é aferida pelo objeto da prova e não em face do direito material.
Aplicam-se os Enunciados abaixo (XXXIV FONAJE):
a. ENUNCIADO 87 – A Lei 10.259/2001 não altera o limite da alçada previsto no Artigo 3°, inciso I, da Lei 9.099/1995 (XV Encontro – Florianópolis/SC).
b. ENUNCIADO 30 – É taxativo o elenco das causas previstas na o Artigo 3º da Lei 9.099/1995.
c. ENUNCIADO 54 – A menor complexidade da causa para a fixação da competência é aferida pelo objeto da prova e não em face do direito material.
Questão 9
Leia as assertivas abaixo, para, em seguida, optar pela alternativa incorreta que melhor corresponda ao entendimento doutrinário e jurisprudencial afeto à matéria:
Os Juizados não fazendários são absolutamente competentes para as seguintes causas, independente do valor: as enumeradas no Artigo 275, inciso II, do Código de Processo Civil/73 (que, para efeito da Lei 9099/95, permanece em vigor) e a ação de despejo para uso próprio.
Os Juizados Especiais Cíveis estaduais fazendários e federais (igualmente fazendários) são absolutamente competentes (desde que, no foro competente, ele Juizado exista), para as causas cujo valor não exceda 60 (sessenta) salários mínimos, desde que, assim como no item “a” acima, não se enquadrem nas restrições antes frisadas (nos arts. 3º da Lei 10.259/01 e 2º da Lei 12.153/09).
Os Juizados Especiais Cíveis Estaduaisnão fazendários são relativamente competentes para as causas até 40 (quarenta) salários mínimos e as ações possessórias sobre imóveis com valor não superior ao mesmo teto (de 40 (quarenta) salários mínimos), desde que não se enquadrem nas restrições do parágrafo 1º do Artigo 3º da Lei 9.099/95.
Entre os Juizados especiais fazendários (lato) e não fazendários não existe um verdadeiro microssistema (segundo o qual entre as 3 (três) leis que o integram existiria clara reciprocidade, aplicando-se umas às outras).
A competência é de natureza relativa, como se viu ao longo desta aula.
Exercícios de fixação
Questão 1
Segundo o Supremo Tribunal Federal:
I. Aplica-se às Leis nº 10.259/2001 e nº 12.153/2009 o disposto no art. 9º, caput da Lei nº 9.099/1995, segundo o qual, nas causas acima de 20 (vinte) salários mínimos, é obrigatória a presença de advogado.
II. Não se aplica às Leis nº 10.259/2001 e nº 12.153/2009 o disposto no art. 41, parágrafo 2º, da Lei nº 9.099/1995, segundo o qual, na fase recursal, é obrigatória a presença de advogado.
Ambas as assertivas estão corretas
Nenhuma está correta
Apenas a I está correta
Apenas a II está correta
Estão incorretas porque:
I. Como se viu na aula, o STF, em julgamento de ADIN referente à matéria, entendeu não ser inconstitucional a dispensa de advogados, mesmo em causas acima de 20 salários mínimos. Inclusive, no julgado do STF, fez-se menção à aplicação dos parágrafos do art. 9º, mas não de seu caput.
II. Segundo entendimento majoritário, é necessária a presença de advogado na fase recursal, por se tratar de um momento muito técnico do processo.
Questão 2
Segundo a ordem jurídica brasileira:
I. Nunca será necessária a intervenção do Ministério Público nos juizados estaduais (não fazendários).
II. A intervenção do Ministério Público é necessária nos fazendários (lato), em razão da presença das pessoas jurídicas de direito público.
III. Nas hipóteses em que seja parte pessoa incapaz, nos juizados fazendários (lato), a intervenção do Ministério Público será necessária.
Todas as assertivas estão corretas
Apenas a I está correta
Apenas a II está correta
Apenas a III está correta
Considerando-se a possibilidade de incapaz como parte, em sede dos juizados fazendários (lato), faz-se necessário aplicar CPC, que determina a referida intervenção. E, mesmo nos não fazendários, é possível a intervenção, por, remotamente, haver causa de seu interesse, como, por exemplo, presença de idoso.
Questão 3
Está incorreta a seguinte assertiva:
No polo passivo, temos uma evidente correspondência entre as respectivas fazendas (nos planos federal, de um lado, e, de outro, municipal e estadual), ou seja, serão réus os Entes, as Autarquias e Fundações Públicas, bem como as empresas públicas (nos seus respectivos planos).
No polo ativo, seguimos o padrão do juizado comum (não fazendário), exceto quanto a esta questão: os incapazes não podem ser partes nos “comuns” (como vedado, na Lei nº 9.099/1995, por seu 8º, caput), mas podem ser nos fazendários, pela autorização expressa dos arts. 6º da Lei nº 10.259/2001 e 5º da Lei nº 12.153/2009, segundo os quais as pessoas físicas podem ser autoras, sem a menção “capazes”.
Mesmo se considerando a competência absoluta dos juizados fazendários (lato), o instituto da representação não necessariamente estará presente, por não haver relação entre aquela (competência) e esta (representação).
Quanto à representação, uma última questão a tratar é a falta de um dispositivo da Lei nº 12.153/2009 correspondente ao art. 10 da Lei nº 10.259/2001, o que poderia dar ensejo a um entendimento de que, nos fazendários estaduais, a representação de parte-pessoa física seria inviável. No entanto, o entendimento que prevalece não é esse, mas sim uma aplicação subsidiária do referido art. 10 àquela norma (12.153/2009).
Evidentemente, há relação, já que, se a competência é absoluta, a causa cabe nos juizados. Também, sendo incapaz o titular de interesse da relação jurídica material, esse será obrigado a dirigir-se ao JEF e, por conseguinte, dependerá de representação.
Questão 4
A respeito da capacidade das partes em sede de juizados federais, podemos afirmar, exceto:
O incapaz pode ser parte autora nos juizados especiais federais, dando-se-lhe curador especial, se ele não tiver representante constituído.
No ajuizamento de ações no juizados especiais federais, a microempresa e a empresa de pequeno porte (EPP) podem ser partes (autora ou ré) e sua condição fiscal (de micro ou de EPP) é comprovada mediante documentação hábil.
Não há prazo em dobro para a defensoria pública no âmbito dos juizados federais.
O espólio pode ser parte autora nos juizados especiais cíveis federais.
Baseamo-nos nos últimos Enunciados do FONAJEF (Fórum Nacional dos Juizados Especiais Federais):
Enunciado nº 10: O incapaz pode ser parte autora nos Juizados Especiais Federais (JEF), dando-se-lhe curador especial, se ele não tiver representante constituído;
Enunciado nº 11: No ajuizamento de ações no JEF, a microempresa e a empresa de pequeno porte deverão comprovar essa condição mediante documentação hábil.
Enunciado nº 53: Não há prazo em dobro para a Defensoria Pública no âmbito dos juizados especiais federais.
Enunciado nº 82: O espólio pode ser parte autora nos juizados especiais cíveis federais.
Questão 5
Após ler as assertivas abaixo, opte pela alternativa (alínea) correta:
I. O art. 10, caput, da Lei nº 10.259/2001 não autoriza a representação das partes por não advogados de forma habitual e com fins econômicos.
II. Os entes públicos, suas autarquias e empresas públicas têm legitimidade ativa nos juizados especiais federais.
III. O condomínio edilício, por interpretação extensiva do art. 6º, I, da Lei nº 10.259/2001, pode ser autor no JEF.
Todas estão corretas
Estão corretas as assertivas I e II
Estão corretas as assertivas II e III
Estão corretas as assertivas I e III
A legitimidade das “fazendas” dá-se apenas no polo passivo. Vejamos alguns Enunciados do FONAJEF:
Enunciado nº 83: O art. 10, caput, da Lei nº 10.259/2001 não autoriza a representação das partes por não advogados de forma habitual e com fins econômicos.
Enunciado nº 121: Os entes públicos, suas autarquias e empresas públicas não têm legitimidade ativa nos juizados especiais federais.
Enunciado nº 128: O condomínio edilício, por interpretação extensiva do art. 6º, I, da Lei nº 10.259/2001, pode ser autor no JEF.
Questão 6
Cláudio, menor de 17 anos, estava no veículo de sua mãe (Maria) quando ele foi atingido por veículo oficial, de propriedade da União e guiado por determinado agente público, a serviço. Com evidente falta de cuidado necessário e respeito às leis de trânsito, o agente ultrapassou semáforo “vermelho” (ordem de parar, portanto) e, por conta disso, atingiu o veículo de Maria, que estava no veículo com seu filho (Cláudio). Apesar de o veículo não ter sido muito avariado, Cláudio e Maria ficaram bastante assustados e levemente feridos. Os danos físicos estão comprovados, por meio de documentos (em razão de exame realizado na própria polícia federal, cuja cópia, porém, não foi entregue à Maria), sem necessidade de perícia.
As vítimas em questão, já recuperadas, uniram-se em litisconsórcio facultativo (ativo) e promoveram ação de indenização por danos morais em face da união, perante a Vara Federal do foro competente (onde também há juizado especial cível federal), dando à causa o valor equivalente a 50 (cinquenta) salários mínimos. O juiz federal, ao receber os autos pertinentes à ação em questão:
I. Deverá extinguir o feito, sem resolução de mérito, já que foi remetido à Vara Federal, sendo que a ação deveria ter sido proposta perante o juizado, diante de sua competência absoluta para conhecer da causa, na forma dos artigos 3º da Lei nº 10.259/2001 e 51 da Lei nº 9.099/1995.
II. Deverá extinguir o feito, sem resolução de mérito, diante da incapacidade de ser parte autora do menor, aplicando-se os artigos 8º e 51 da Lei nº 9.099/1995.
III. Se a causa houvesse sido apresentada perante o juizado federal, sem estar firmadapor advogado, o juiz (do juizado) deveria extinguir o processo, considerando-se tratar de causa acima de 20 (vinte) salários mínimos.
Todas estão incorretas
Somente a I está correta
Somente a II está correta
Somente a III está correta
O juiz deveria declinar da competência, considerando-se o disposto no art. 3º da Lei nº 10.250/2001, que estabelece a competência absoluta dos juizados federais.
Questão 7
Cláudio, menor de 17 anos, estava no veículo de sua mãe (Maria) quando ele foi atingido por veículo oficial, de propriedade da União e guiado por determinado agente público, a serviço. Com evidente falta de cuidado necessário e respeito às leis de trânsito, o agente ultrapassou um semáforo “vermelho” (ordem de parar, portanto) e, por conta disso, atingiu o veículo de Maria, que estava no veículo com seu filho (Cláudio). Apesar de o veículo não ter sido muito avariado, Cláudio e Maria ficaram bastante assustados e levemente feridos. Os danos físicos estão comprovados, por meio de documentos (em razão de exame realizado na própria polícia federal, cuja cópia, porém, não foi entregue à Maria), sem necessidade de perícia. As vítimas em questão, já recuperadas, uniram-se em litisconsórcio facultativo (ativo) e promoveram ação de indenização por danos morais em face da União, perante a Vara Federal do foro competente (onde também há juizado especial cível federal), dando à causa o valor equivalente a 50 (cinquenta) salários mínimos. Quanto ao enunciado do caso concreto, é possível afirmar:
I. Foi proposta perante a Vara Federal porque a complexidade da matéria seria incompatível com os juizados.
II. Foi proposta perante a Vara Federal porque segundo o art. 3º, parágrafo 3º, da Lei nº 9.099/1995, o demandante tem a opção de propor sua ação perante o juizado ou a Vara Federal.
Diante do enunciado da questão e do caso concreto ao qual se refere, podemos afirmar:
Ambas estão corretas
Ambas estão incorretas
Somente a I está correta
Somente a II está correta
Evidentemente, foi um equívoco do autor, já que não existe opção alguma, aplicando-se o art. 3º da Lei nº 10.259/2001, e não a Lei nº 9.099/1995. Não existe complexidade porque os danos físicos estão comprovados, por meio de documentos (em razão de exame realizado na própria polícia federal, cuja cópia, porém, não foi entregue à Maria), sem necessidade de perícia.
Questão 8
Cláudio, menor de 17 anos, estava no veículo de sua mãe (Maria) quando ele foi atingido por veículo oficial, de propriedade da União e guiado por determinado agente público, a serviço. Com evidente falta de cuidado necessário e respeito às leis de trânsito, o agente ultrapassou um semáforo “vermelho” (ordem de parar, portanto) e, por conta disso, atingiu o veículo de Maria, que estava no veículo com seu filho (Cláudio). Apesar de o veículo não ter sido muito avariado, Cláudio e Maria ficaram bastante assustados e levemente feridos. Os danos físicos estão comprovados, por meio de documentos (em razão de exame realizado na própria polícia federal, cuja cópia, porém, não foi entregue à Maria), sem necessidade de perícia. As vítimas em questão, já recuperadas, uniram-se em litisconsórcio facultativo (ativo) e promoveram ação de indenização por danos morais em face da União, perante a Vara Federal do foro competente (onde também há juizado especial cível federal), dando à causa o valor equivalente a 50 (cinquenta) salários mínimos.
O juiz federal deveria ter praticado determinado ato decisório. Contra esse ato decisório caberia:
Recurso de agravo de instrumento.
Recurso de agravo retido.
Recurso de apelação.
Não caberia recurso algum porque a irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias é aplicável a qualquer causa cujo valor não seja superior a 40 salários mínimos, nos juizados não fazendários, e 60 salários mínimos, nos fazendários (lato).
Como dito antes, o juiz deveria declinar da competência, considerando-se o disposto no art. 3º da Lei nº 10.250/2001, que estabelece a competência absoluta dos juizados federais. E, contra isso, tem-se admitido agravo de instrumento, nos tribunais, como previsto no CPC, em que se permite sua interposição caso a decisão possa resultar em dano irreparável ou de difícil reparação.
Questão 9
Cláudio, menor de 17 anos, estava no veículo de sua mãe (Maria) quando ele foi atingido por veículo oficial, de propriedade da União e guiado por determinado agente público, a serviço. Com evidente falta de cuidado necessário e respeito às leis de trânsito, o agente ultrapassou um semáforo “vermelho” (ordem de parar, portanto) e, por conta disso, atingiu o veículo de Maria, que estava no veículo com seu filho (Cláudio). Apesar de o veículo não ter sido muito avariado, Cláudio e Maria ficaram bastante assustados e levemente feridos. Os danos físicos estão comprovados, por meio de documentos (em razão de exame realizado na própria polícia federal, cuja cópia, porém, não foi entregue à Maria), sem necessidade de perícia. As vítimas em questão, já recuperadas, uniram-se em litisconsórcio facultativo (ativo) e promoveram ação de indenização por danos morais em face da União, perante a Vara Federal do foro competente (onde também há juizado especial cível federal), dando à causa o valor equivalente a 50 (cinquenta) salários mínimos. Tivesse a ação sido proposta perante o juizado federal:
I. À ré não caberia apresentar o exame realizado porque, como se sabe, ninguém pode ser compelido a produzir provas contra si mesmo.
II. Se a ré entendesse que a responsável pelo acidente, na realidade, teria sido a autora, poderia ela (ré) apresentar pedido contraposto, exigindo os danos materiais decorrentes da colisão.
Diante do enunciado da questão e do caso concreto ao qual se refere, podemos afirmar que:
Somente a I está correta
Somente a II está correta
Ambas estão incorretas
Ambas estão corretas
Aplicamos, nesse caso, o art. 11 da Lei nº 10.259/2001: “A entidade pública ré deverá fornecer ao Juizado a documentação de que disponha para o esclarecimento da causa, apresentando-a até a instalação da audiência de conciliação”.
Adicionalmente, como vimos na aula, não é cabível pedido contraposto pela União, considerando-se que esta apenas pode estar no polo passivo da demanda.
Questão 10
Cláudio, menor de 17 anos, estava no veículo de sua mãe (Maria) quando ele foi atingido por veículo oficial, de propriedade da União e guiado por determinado agente público, a serviço. Com evidente falta de cuidado necessário e respeito às leis de trânsito, o agente ultrapassou um semáforo “vermelho” (ordem de parar, portanto) e, por conta disso, atingiu o veículo de Maria, que nele estava com seu filho (Cláudio). Apesar de o veículo não ter sido muito avariado, Cláudio e Maria ficaram bastante assustados e levemente feridos. Os danos físicos estão comprovados, por meio de documentos (em razão de exame realizado na própria polícia federal, cuja cópia, porém, não foi entregue à Maria), sem necessidade de perícia. As vítimas em questão, já recuperadas, uniram-se em litisconsórcio facultativo (ativo) e promoveram ação de indenização por danos morais em face da União, perante a Vara Federal do foro competente (onde também há juizado especial cível federal), dando à causa o valor equivalente a 50 (cinquenta) salários mínimos.
Se o processo prosseguisse perante o juízo ao qual foi originariamente distribuída:
I. E nele fosse proferida sentença de mérito, com posterior trânsito em julgado, caberia ação rescisória.
II. A sentença não precisaria de relatório, diante do que dispõe o art. 38 da Lei nº 9.099/1995.
III. E nele fosse proferida sentença sem mérito (terminativa), não caberia recurso, diante do que dispõe o art. 5º da Lei nº 10.259/2001.
Diante do enunciado da questão e do caso concreto ao qual se refere, podemos afirmar:
Somente a I está correta
Somente a II está correta
Somente a III está correta
Todas estão incorretas
Caberia ação rescisória, considerando-se o disposto no CPC, em razão da incompetência absoluta que existiria na hipótese. A sentença precisaria de relatório porque estaria sendoproferida fora dos juizados. Não incidiria, logo, o art. 38 da Lei nº 9.099/1995. E caberia recurso porque estaríamos em uma Vara Federal, aplicando-se, por conseguinte, o CPC, e não o art. 5º da Lei nº 10.259/2001.
AULA 4
Exercícios de fixação
Questão 1
Leia as assertivas I a III, para, em seguida, optar pela alternativa correta:
I. São cabíveis nos Juizados, recurso (sem nome) contra sentença e Recurso (sem nome) contra decisões interlocutórias relativas à tutela de urgência (cautelar ou antecipada).
II. São cabíveis, nos Juizados, Pedidos de uniformização de jurisprudência e Provocação ao Superior Tribunal de Justiça.
III. Em sede de Juizados, não é cabível ação rescisória, nem recurso especial, em hipótese alguma.
Todas estão corretas.
Apenas a assertiva I está correta.
Apenas a assertiva II está correta.
Apenas a assertiva III está correta.
Estão incorretas porque:
I. Como vimos, trata-se da aplicação do Artigo 59 da Lei 9.099/95 e Artigo 105, III, da CRFB/88. O equívoco das demais consiste no fato de que os instrumentos neles mencionados não são cabíveis em todos os Juizados. Recursos contra decisões interlocutórias afetas à tutela de urgência somente são cabíveis nos fazendários, assim como os pedidos de uniformização e provocação ao STJ.
Questão 2
Em um Juizado federal, foi proferida sentença em que se reconheceu a ilegitimidade autora. Com base neste enunciado, julgue as assertivas abaixo:
I. Trata-se de decisão irrecorrível, ainda que seja uma sentença e seu conteúdo, eventualmente, esteja equivocado.
II. Caberia, no máximo, Embargos de Declaração, em caso de omissão, obscuridade ou contradição.
III. Mesmo diante de um equívoco da decisão, não caberia retratação, salvo em caso de embargos de declaração, erro de cálculo ou erro material.
Todas estão corretas.
Apenas a assertiva I está correta.
Apenas a assertiva II está correta.
Apenas a assertiva III está correta.
Devemos aplicar o Artigo 5º da Lei 10.259/01, em conjunto com os Artigos 48 a 50 da Lei 9.099/95.
Questão 3
Leia as assertivas I a III, para, em seguida, optar pela alternativa correta:
I. São cabíveis a tutela acautelatória e a antecipatória nos Juizados Especiais Cíveis, contra as quais cabe recurso. Este recurso, porém, não é aplicável aos Juizados Especiais Cíveis não fazendários.
II. É de 10 dias o prazo de recurso contra decisão que deferir tutela antecipada em face da Fazenda Pública (nova redação – XXX Encontro – São Paulo/SP).
III. Não cabe processo cautelar autônomo, preventivo ou incidental, no âmbito do JEF.
Todas estão corretas.
Apenas a assertiva I está correta.
Apenas a assertiva II está correta.
Apenas a assertiva III está correta.
Devemos aplicar os seguintes Enunciados:
ENUNCIADO 26 (XXXIV FONAJE)
– São cabíveis a tutela acautelatória e a antecipatória nos Juizados Especiais Cíveis (nova redação – XXIV Encontro – Florianópolis/SC).
ENUNCIADO 134 (XXXIV FONAJE)
– As inovações introduzidas pelo Artigo 5º da Lei 12.153/09 não são aplicáveis aos Juizados Especiais Cíveis (Lei 9.099/95) (XXVII Encontro – Palmas/TO).
ENUNCIADO 05 (XXXIV FONAJE - fazendário)
– É de 10 dias o prazo de recurso contra decisão que deferir tutela antecipada em face da Fazenda Pública (nova redação – XXX Encontro – São Paulo/SP).
ENUNCIADO 89 (FONAJEF)
– Não cabe processo cautelar autônomo, preventivo ou incidental, no âmbito do JEF.
Questão 4
Leia as assertivas I a III, para, em seguida, optar pela alternativa correta:
I. É cabível Mandado de Segurança contra ato do juiz do Juizado, desde que se enquadre no cabimento previsto na Lei 12.016/09, e a competência para seu julgamento é da Turma Recursal que julgaria o recurso inominado contra sentença proferida ou a ser proferida neste Juizado.
II. Das decisões proferidas pelas Turmas Recursais em mandado de segurança cabe recurso ordinário constitucional.
III. Oposto Embargos de Declaração contra sentença definitiva, o prazo para o recurso inominado que eventualmente venha a ser interposto posteriormente fica suspenso.
Todas estão corretas.
Apenas a assertiva I está correta.
Apenas a assertiva II está correta.
Apenas a assertiva III está correta.
Aplicamos os seguintes Enunciados:
ENUNCIADO 124 (XXXIV FONAJE)
– Das decisões proferidas pelas Turmas Recursais em mandado de segurança não cabe recurso ordinário. ENUNCIADO 88 (FONAJEF) Não se admite Mandado de Segurança para Turma Recursal, exceto na hipótese de ato jurisdicional teratológico contra o qual não caiba mais recurso.
Adicionalmente, esclarecemos o seguinte: é cabível, contra a sentença, o recurso de Embargos de Declaração, aplicando-se, diretamente, os artigos 48 a 50 da Lei 9.099/95 e, subsidiariamente (no que não confrontar, portanto), os artigos CORRESPONDENTES do Código de Processo Civil. E, quanto aos Embargos em Juizados, frisamos que há interrupção do prazo para o próximo recurso a ser apresentado (fatalmente, o inominado de que abaixo, trataremos), conforme alteração recente introduzida no novo CPC.
Questão 5
Leia as assertivas I a III, para, em seguida, optar pela alternativa correta:
I. O relator, nas Turmas Recursais Cíveis, em decisão monocrática, poderá negar seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em desacordo com Súmula ou jurisprudência dominante das Turmas Recursais ou de Tribunal Superior, cabendo recurso interno para a Turma Recursal, no prazo de cinco dias.
II. O relator, nas Turmas Recursais Cíveis, em decisão monocrática, poderá dar provimento a recurso se a decisão estiver em manifesto confronto com Súmula do Tribunal Superior ou Jurisprudência dominante do próprio Juizado, cabendo recurso interno para a Turma Recursal, no prazo de cinco dias.
III. Cabe ao Relator, monocraticamente, atribuir efeito suspensivo a recurso, bem assim lhe negar seguimento quando, por exemplo, a matéria estiver pacificada em súmula da Turma Nacional de Uniformização, enunciado de Turma Regional ou da própria Turma Recursal.
Todas estão corretas.
Apenas a assertiva I está correta.
Apenas a assertiva II está correta.
Apenas a assertiva III está correta.
Aplicamos os seguintes Enunciados:
ENUNCIADO 102 (XXXIV FONAJE)
O relator, nas Turmas Recursais Cíveis, em decisão monocrática, poderá negar seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em desacordo com Súmula ou jurisprudência dominante das Turmas Recursais ou de Tribunal Superior, cabendo recurso interno para a Turma Recursal, no prazo de cinco dias (XIX Encontro – Aracaju/SE).
ENUNCIADO 103(XXXIV FONAJE)
O relator, nas Turmas Recursais Cíveis, em decisão monocrática, poderá dar provimento a recurso se a decisão estiver em manifesto confronto com Súmula do Tribunal Superior ou Jurisprudência dominante do próprio Juizado, cabendo recurso interno para a Turma Recursal, no prazo de cinco dias (XIX Encontro – Aracaju/SE).
ENUNCIADO n 29 (FONAJEF, adaptado)
Cabe ao Relator, monocraticamente, atribuir efeito suspensivo a recurso, bem assim lhe negar seguimento ou dar provimento nas hipóteses tratadas no art. 932, CPC/15.
Questão 6
Foi movida ação de indenização, cumulada com obrigação de fazer, em face da União, de competência do Juizado federal. O valor pretendido pelo demandante é de quantia equivalente a 50 (cinquenta) salários mínimos. A sentença foi de procedência para ambos os pedidos e, quanto à tutela específica, impôs-se multa diária; diante do descumprimento flagrante, a execução, ao final, chegou ao equivalente a 100 (cem salários mínimos), por conta da aplicação da multa. O enunciado do caso prevê cumprimento de sentença de obrigação de fazer. A respeito desta espécie de cumprimento em Juizados:
I. Aplica-se o disposto no Artigo 815, CPC/2015, subsidiariamente.
II. Aplica-se o disposto no Artigo 497, CPC/2015, subsidiariamente.
III. Aplica-se o cumprimento próprio aos Juizados, considerando-se a natureza de procedimento sumariíssimo.
Somente a I está correta.
Somente a II está correta.
Somente a III está correta.
Todas estão incorretas.
Como se viu na aula, não há necessidade de instrumento formal de resistência,como também é cabível execução acima do teto, por incidência de multa diária. Vide atividade proposta na Aula 2.
Questão 7
Foi movida ação de indenização, cumulada com obrigação de fazer, em face da União, de competência do Juizado federal. O valor pretendido pelo demandante é de quantia equivalente a 50 (cinquenta) salários mínimos. A sentença foi de procedência para ambos os pedidos e, quanto à tutela específica, impôs-se multa diária; diante do descumprimento flagrante, a execução, ao final, chegou ao equivalente a 100 (cem salários mínimos), por conta da aplicação da multa. Persistindo o crédito de 100 salários mínimos, a ser executado, a satisfação ocorrerá por:
I. Precatório, independente da renúncia do credor, considerando-se que, originariamente, a execução já ultrapassara o teto.
II. RPV, mesmo que não haja renúncia, considerando-se que, quando a ação foi apresentada, seu pleito estava nos limites do teto do Juizado em questão.
III. Penhora dos bens do executado, por se tratar de um procedimento sumariíssimo.
Diante do enunciado da questão e do caso concreto ao qual se refere, podemos afirmar:
Todas estão incorretas.
Somente a I está correta.
Somente a II está correta.
Somente a III está correta.
A satisfação dá-se em consonância com o previsto no Artigo 100 da CRFB/88 e, no caso, será por precatório, caso não haja renúncia ao excedente, considerando-se que não se trata de “pequeno valor”.
Questão 8
Foi movida ação de indenização, cumulada com obrigação de fazer, em face da União, de competência do Juizado federal. O valor pretendido pelo demandante é de quantia equivalente a 50 (cinquenta) salários mínimos. A sentença foi de procedência para ambos os pedidos e, quanto à tutela específica, impôs-se multa diária; diante do descumprimento flagrante, a execução, ao final, chegou ao equivalente a 100 (cem salários mínimos), por conta da aplicação da multa. A partir do enunciado do caso, é possível afirmar:
A sentença narrada no caso estaria submetida a reexame necessário.
A fazenda teria prazo em dobro para recorrer contra a referida sentença, em razão do prazo dobrado de que dispõe.
Caso a fazenda recorra e seja sucumbente, seria condenada aos ônus sucumbenciais.
O valor objeto da execução em questão deveria ser satisfeito no prazo de 60 (sessenta) dias.
CAplicação do Artigo 55 da Lei 9.099/95, subsidiariamente. Como previsto na Lei 10.259/01:Art. 9o Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de trinta dias. Art. 13. Nas causas de que trata esta lei, não haverá reexame necessário. Diga-se, por fim, que a execução deverá ser satisfeita por precatório, cuja satisfação não se dá em 60 dias, mas sim na forma do Artigo 100 da Constituição, como vimos na aula.
Questão 9
Foi movida ação de indenização, cumulada com obrigação de fazer, em face da União, de competência do Juizado federal. O valor pretendido pelo demandante é de quantia equivalente a 50 (cinquenta) salários mínimos. A sentença foi de procedência para ambos os pedidos e, quanto à tutela específica, impôs-se multa diária; diante do descumprimento flagrante, a execução, ao final, chegou ao equivalente a 100 (cem salários mínimos), por conta da aplicação da multa. Caso a sentença do enunciado contivesse alguma inconstitucionalidade:
I. O executado poderia resistir à execução e seria aplicado, por analogia, o CPC.
II. O réu poderia, tão somente, oferecer recurso contra a sentença, única oportunidade que teria para discutir a referida matéria.
Somente a I está correta
Somente a II está correta
Ambas estão incorretas
Ambas estão corretas
Como dito na aula, independente de se caber um instrumento formal, no caso dos fazendários, entende-se aplicável o CPC por analogia. É o que se lê no Enunciado 56 do FONAJEF: aplica-se analogicamente nos Juizados Especiais Federais a inexigibilidade do título executivo judicial.
Questão 10
Foi movida ação de indenização, cumulada com obrigação de fazer, em face da União, de competência do Juizado federal. O valor pretendido pelo demandante é de quantia equivalente a 50 (cinquenta) salários mínimos. A sentença foi de procedência para ambos os pedidos e, quanto à tutela específica, impôs-se multa diária; diante do descumprimento flagrante, a execução, ao final, chegou ao equivalente a 100 (cem salários mínimos), por conta da aplicação da multa. O enunciado do caso prevê cumprimento de sentença de obrigação de fazer. A respeito desta espécie de cumprimento em Juizados:
I. Aplica-se o disposto no Artigo 815, CPC/2015, subsidiariamente.
II. Aplica-se o disposto nos Artigos 497 e seguintes, bem como 536 e seguintes, todos do CPC/2015, subsidiariamente.
III. Aplica-se o cumprimento próprio aos Juizados, considerando-se a natureza de procedimento sumariíssimo.
Diante do enunciado da questão e do caso concreto ao qual se refere, podemos afirmar:
Somente a I está correta
Somente a II está correta
Somente a III está correta
Todas estão incorretas
Como vimos, logo no início da aula, quanto às tutelas específicas (obrigações de fazer, não fazer e entrega de coisa), aplicamos, também nos Juizados, os artigos correspondentes do Código de Processo Civil.

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