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Fundamentos da Biologia Celular - Alberts et al - 2017 - 4 Edicao-150



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Capítulo 4 • Estrutura e função das proteínas 123
A FORMA E A ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
Do ponto de vista químico, as proteínas são as moléculas mais complexas e fun-
cionalmente sofisticadas de que se tem conhecimento. Isso talvez não seja sur-
preendente, levando-se em consideração que a estrutura e a atividade de cada 
proteína tenham sido desenvolvidas e refinadas ao longo de bilhões de anos de 
evolução. Começamos considerando como a posição de cada aminoácido, na 
longa cadeia peptídica que compõe uma proteína, determina sua forma tridimen-
sional, que é estabilizada por interações não covalentes entre diferentes partes 
da molécula. A compreensão da estrutura de uma proteína em nível atômico nos 
permite entender como a sua conformação específica determina a sua função.
A forma de uma proteína é especificada por sua 
sequência de aminoácidos
As proteínas, como se pode recordar do Capítulo 2, são constituídas principal-
mente a partir de um conjunto de 20 aminoácidos diferentes, cada um com pro-
priedades químicas distintas. Uma molécula proteica é composta por uma longa 
cadeia de aminoácidos mantidos juntos por meio de ligações peptídicas cova-
lentes (Figura 4-1). As proteínas são, portanto, denominadas polipeptídeos, e 
suas cadeias de aminoácidos são chamadas de cadeias polipeptídicas. Em cada 
tipo de proteína, os aminoácidos estão presentes em uma ordem única, chamada 
de sequência de aminoácidos, que é exatamente a mesma em cada molécula 
desse tipo de proteína. Uma molécula de insulina humana, por exemplo, possui 
a mesma sequência de aminoácidos que qualquer outra molécula de insulina 
humana. Milhares de proteínas já foram identificadas, cada uma com sua própria 
sequência de aminoácidos.
Cada cadeia polipeptídica é composta por uma cadeia principal ligada a uma 
variedade de cadeias laterais químicas. Essa cadeia principal polipeptídica é 
formada pela repetição de uma sequência de átomos centrais (–N–C–C–) presen-
tes em todos os aminoácidos (ver Figura 4-1). Como as duas terminações de cada 
aminoácido são quimicamente diferentes – uma terminação apresenta um grupo 
amino (NH3
+, também representado como NH2), e a outra terminação apresenta 
um grupo carboxila (COO–, também representado como COOH) – cada cadeia po-
+
–
+ –
Água
+
–
Ligação peptídica na glicilalanina
FORMAÇÃO DE UMA LIGAÇÃO
PEPTÍDICA COM REMOÇÃO
DE UMA MOLÉCULA DE ÁGUA
Grupo
carboxila
Grupo
amino
AlaninaGlicina
Figura 4-1 Os aminoácidos são conecta-
dos por ligações peptídicas. Uma ligação 
peptídica covalente se forma quando o áto-
mo de carbono do grupo carboxila de um 
aminoácido (como a glicina) compartilha 
elétrons com o átomo de nitrogênio (azul) 
do grupo amino de um segundo aminoáci-
do (como a alanina). Como uma molécula 
de água é eliminada, a formação de uma 
ligação peptídica é classificada como uma 
reação de condensação (ver Figura 2-29). 
No diagrama, os átomos de carbono estão 
representados em cinza, átomos de nitro-
gênio em azul, átomos de oxigênio em ver-
melho e átomos de hidrogênio em branco.
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