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Lógica aplicada ao Direito

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LÓGICA 
Por Lucas d’Ávila 
 
Tipos de Orações Coordenadas 
Sindéticas 
 
ADITIVA: 
A e B 
A nem B 
A também B 
A bem como B 
A como também B 
Não só A, mas também B 
Não só A, como também B 
Não só A, mais ainda B 
Não somente A, mas também B 
Não somente A, como também B 
Não somente A, mas ainda B 
ADVERSATIVA: 
A, mas B 
A, porém B 
A, contudo B 
A, todavia B 
A, senão B 
A, entretanto B 
A, no entanto B 
A, não obstante B 
A, ainda assim B 
A, apesar disso B 
A, mesmo assim B 
EXPLICATIVA: Identifica 
premissas 
A desde que B 
A pois que B 
A como B 
A tanto mais que B 
A pela razão de que B 
A pois + verbo B 
A porque B 
A que + verbo no imperativo B 
A dado que B 
A uma vez que B 
A visto que B 
A já que B 
A porquanto B 
A segue-se do fato de que B 
A a razão é que B 
B em primeiro lugar, em segundo 
lugar B 
A pode ser inferido do fato de que B 
A ou seja B 
A isto é B 
A na verdade B 
A à saber B 
CONCLUSIVA: Identifica conclusão 
B daí A 
B segue-se que A 
B podemos inferir A 
B podemos concluir A 
B verbo + pois A 
B logo A 
B portanto A 
B então A 
B assim A 
B por isso A 
B por conseguinte A 
B por consequência A 
B consequentemente A 
B de modo que A 
B desse modo A 
B dessarte A 
B destarte A 
B dessa forma A 
B o que prova que A 
B justifica a crença de que A 
B concluo que A 
B o que implica que A 
B o que nos permite inferir que A 
B deduz-se disso que A 
B estabelece o fato de que A 
B demonstra que A 
ALTERNATIVA: 
A ou B 
Ou A, ou B 
Ora A, ora B 
Quer A, quer B 
Seja A, seja B 
Nem A, nem B 
Já A, já B 
Talvez A, talvez B 
 
Agrupamento de Conectivos de 
Acordo com Critérios Meus 
SEQUÊNCIA: 
(1)Por conseguinte 
(2)Segue-se que 
Nos lembram os argumentos em que as 
premissas antecedem a conclusão 
 
MODO: 
(1)Assim 
(2)De modo que 
(3)Desse modo 
(4)Dessa forma 
Nos lembram que o modo ao qual a 
inferência é feita não pode falhar 
 
DEMONSTRAÇÃO: 
(1)O que demonstra que 
(2)O que prova que 
Nos lembram que uma dedução válida 
deve demonstrar por meio de provas a 
sua conclusão. 
 
IMPLICAÇÃO: 
(1)Logo 
(2)O que implica que 
Nos lembram que a conclusão é uma 
implicação natural das premissas quando 
é feito de modo correto. 
 
MOTIVO: 
(1)Por isso 
(2)Daí 
Nos lembram que a premissa é a razão 
para a existência da conclusão e o lugar 
de onde ela veio. 
 
AUTORIZAÇÃO: 
(1)Podemos concluir 
(2)Podemos inferir 
Nos lembram que em um raciocínio 
correto as premissas autorizam a chegada 
da conclusão. 
 
COMUNS: 
(1)Portanto 
(2)Então 
São um dos mais utilizados. 
 
Poema das Premissas 
 
Como surgiram as premissas? 
Porque eu fico me perguntando 
Isto é algo importante? 
O visto que os anos dão em nosso 
boletim? 
 
Desde que o mundo é mundo é assim 
Não seja ou seja mundo 
 
Pois que, o dado rolar dos dias 
Dado que não tem importância 
Porquanto tempo for preciso 
Por duas ou uma vez que ficamos ao 
acaso 
 
Eu na verdade 
Verdade que é importante 
Tanto mais que o raciocínio 
Ou será que os dois estão interligados? 
Pela razão de que não os conhecemos? 
 
Poesia da Conclusão 
 
Portanto sal que eu bote 
Então to pouco peixe 
Nada me faz acertar a receita 
Assim de cara, como um chefe 
 
Logo irei aprender a cozinhar 
De modo queijo parmesão ou cheddar 
 
Por conseguinte ou por requinte 
Eles preferem o queijo mais caro 
Por isso insisto no queijo minas 
Daí da minha terra natal 
 
Podemos inferir ou podemos sentir 
O cheiro da estrada real 
Que segue-se queijo pelos montes 
E dessa forma tão passageira 
Demonstra queijo e devora queijo 
 
Podemos deixar essa viagem em aberto 
ou podemos concluir o percurso 
Desse modo ou de outro 
O seu José, o que prova queijo 
É o que implica que eu não deixe 
Minas Gerais 
 
 
Introdução 
 
LÓGICA: Estudo dos métodos e 
princípios usados para distinguir o 
raciocínio correto do incorreto. 
→Não é a ciência das leis do pensamento 
pois nem todo pensamento é um 
raciocínio. 
PREMISSAS E CONCLUSÕES: 
Conclusão de um argumento é aquela 
proposição que se afirma com base nas 
outras proposições desse mesmo 
argumento, e, por sua vez, essas outras 
proposições que são enunciadas como 
prova ou razões para aceitar a conclusão 
são as premissas desse argumento. 
Só é premissa quando ocorre como 
pressuposição num argumento ou 
raciocínio. Só é conclusão quando 
ocorre num argumento em que se afirma 
decorrer das proposições pressupostas 
nesse argumento. 
 
SITUAÇÕES SEM 
IDENTIFICADORES DE 
PREMISSA OU 
CONCLUSÃO 
 
 
Identificar a Conclusão 
 
(1)Frases que sugerem qual é o 
problema central 
É necessário um raciocínio 
obtuso para injetar 
qualquer questão do "livre 
exercício" de religião no 
presente caso. Ninguém é 
obrigado a assistir às aulas de 
religião e nenhum exercício ou 
instrução de caráter religioso é 
levado para as aulas das escolas 
públicas. Um estudante não 
precisa receber instrução 
religiosa. Está entregue aos seus 
próprios desejos, quanto à 
maneira ou tempo que reputa 
apropriado às suas devoções 
religiosas, se as tiver. 
 
Nos sugere que a questão central da 
discussão é determinar se o “livre 
exercício” de religião possui ou não 
relação com o caso que está sendo 
discutido. E, pela própria frase, já 
percebemos que a conclusão do autor é 
que não possui relação. Mais a frente(no 
trecho) encontramos as premissas pelas 
quais ele sustentou sua conclusão. 
 
Identificar as Premissas 
 
(1)Proposições formuladas em 
termos axiomáticos* 
É necessário um raciocínio 
obtuso para injetar qualquer 
questão do "livre exercício" de 
religião no presente caso. 
Ninguém é obrigado a 
assistir às aulas de religião 
e nenhum exercício ou 
instrução de caráter 
religioso é levado para as 
aulas das escolas públicas. 
Um estudante não precisa 
receber instrução religiosa. 
Está entregue aos seus 
próprios desejos, quanto à 
maneira ou tempo que 
reputa apropriado às suas 
devoções religiosas, se as 
tiver. 
 
*Axioma premissa considerada 
necessariamente evidente e 
verdadeira, fundamento de uma 
demonstração, porém ela mesma 
indemonstrável, originada, segundo a 
tradição racionalista, de princípios inatos 
da consciência ou, segundo os empiristas, 
de generalizações da observação empírica 
[O princípio aristotélico da contradição 
("nada pode ser e não ser 
simultaneamente") foi considerado desde 
a Antiguidade um axioma fundamental da 
filosofia.]. 
(2)Proposições enunciadas na 
forma de perguntas retóricas 
 
Se o código penal proíbe o 
suicídio, isso não constitui um 
argumento válido na Igreja; e, 
além disso, a proibição é 
ridícula; pois que penalidade 
poderá assustar um homem 
que não teme a própria 
morte? 
 
A pergunta em retórica em negrito já 
possui resposta e é uma afirmação de que 
“nenhuma penalidade pode assustar um 
homem que não teme a própria morte”. 
Essa afirmação é uma premissa. 
 
 
PARA NÃO CONFUNDIR 
 
 
(1)Quando um trecho é apenas uma 
introdução e não faz parte da 
premissa ou da conclusão 
 
Se o código penal proíbe o 
suicídio, isso não constitui 
um argumento válido na 
Igreja; e, além disso, a 
proibição é ridícula; pois que 
penalidade poderá assustar um 
homem que não teme a própria 
morte? 
 
O trecho em negrito, apesar de ser um 
enunciado condicional, não é premissa 
nem conclusão no argumento que o 
trecho quer demonstrar(é uma 
introdução). A conclusão aqui, é a parte 
tachada “a proibição é ridícula”, mas sem 
a introdução em negrito não saberíamos 
de qual proibição o texto quer dizer e não 
extrairíamos o significado completo da 
conclusão: “a proibição de suicídio do 
Código Penal é ridícula”. 
Obs: A pergunta retórica(abordada no 
tópico anterior) é a premissa. 
 
Ponto importante: Nós só percebemos 
que aqui não há dois argumentos onde a 
conclusão de um é a premissa de outro ou 
as conclusões são independentes; quando 
percebemos que o “pois que” está colado 
na premissa da pergunta retórica e não no 
consequentedo condicional da 
introdução. O consequente do condicional 
da conclusão é apenas o consequente do 
condicional da conclusão e não possui 
uma premissa para sustentá-lo, seu 
antecedente não é uma premissa, ele 
apenas diz que “o código penal proíbe o 
suicídio”. A localização dos 
indicadores é de extrema 
importância para diferenciar 
introdução de parte integrante do 
argumento. 
 
 
(2)Quando a conclusão de um 
argumento é a premissa de outro(e o 
trecho contém dois ou mais 
argumentos) 
 
Como não existe resistência 
elétrica na bobina condutora de 
eletricidade de um magneto 
supercondutor, nenhuma 
energia é dissipada como 
calor, e fortes campos 
podem ser mantidos sem, 
praticamente, qualquer 
consumo de energia. 
 
Aqui, tudo que está sublinhado é 
premissa do que vem depois no texto e, 
tudo o que está em negrito é conclusão do 
que veio antes. Assim observamos que ao 
mesmo tempo que “nenhuma energia é 
dissipada como calor” é conclusão de 
“não existe resistência elétrica na bobina 
condutora de eletricidade de um magneto 
supercondutor” ao mesmo tempo que a 
mesma frase (nenhuma energia é 
dissipada como calor) é premissa de 
fortes campos podem ser mantidos sem, 
praticamente, qualquer consumo de 
energia. 
 
Ponto importante: Só sabemos que a 
conclusão de um é premissa de outro, 
pois eles se ligam de forma que um 
precisa do outro e não possuem 
indicadores de premissa ou conclusão que 
em locais diversos para nos confundir. 
 
(3)Quando o trecho apenas contém 
dois ou mais argumentos 
 
Não é necessário - nem de muita 
conveniência - que o legislativo 
esteja sempre em atividade; mas 
é absolutamente necessário que o 
poder executivo esteja, pois não 
há uma necessidade permanente 
de elaboração de novas leis, mas 
é sempre imprescindível a 
execução das leis promulgadas. 
 
Ao contrário do tópico anterior, aqui, 
observamos claramente que o autor quer 
nos convencer de duas coisas que não 
necessitam uma da outra(duas 
conclusões). Uma é de que “não é 
necessário que o poder legislativo esteja 
em sessão permanente” (1 Conclusão) e a 
outra é de que “é absolutamente 
necessário que o poder executivo esteja 
em exercício contínuo”(Outra conclusão 
que não precisa da primeira) 
 
OUTRAS DEFINIÇÕES 
 
INFERÊNCIA: Processo pelo qual 
se chega a uma proposição, afirmada na 
base de uma ou outras mais proposições 
aceitas como ponto de partida do 
processo. 
→O lógico não está interessado no 
processo de inferência em si, mas nas 
proposições que são os pontos inicial e 
final desse processo, bem como as 
relações entre elas. 
 
FRASE: Todo enunciado linguístico de 
sentido completo, capaz de estabelecer 
comunicação, de acordo com a situação 
em que se acham os 
interlocutores.(ERNANI) 
→Enunciado: Frases que ocorrem em 
textos com a condição de fazerem parte 
de eventos comunicativos concretos em 
situações de interlocução.(ERNANI) 
→Oração declarativa(sentença): O 
correto é frase declarativa. Segundo a O 
Curso Prático de Gramática de Ernani 
Terra: 
Frases declarativas são 
utilizadas para afirmar ou negar 
algo de forma objetiva. O 
enunciado dá como certo o que 
declara.(ERNANI) 
 
PROPOSIÇÃO: Significado de uma 
sentença ou oração declarativa que só 
pode ser verdadeiro ou falso 
→Uma sentença(oração declarativa). Pode 
ter mais de um significado e portanto, 
mais de uma proposição. 
 
RECONHECENDO 
ARGUMENTOS 
 
ARGUMENTO: Em cada 
argumento, uma ou mais premissas e 
uma conclusão são afirmadas. 
→Pretensão da verdade: Para que um 
argumento esteja presente, uma dessas 
proposições afirmativas(a conclusão) 
deve decorrer de outras proposições 
declaradas como verdadeiras(as 
premissas), as quais se apresentam como 
base para a conclusão - ou como razões 
para se acreditar na conclusão. 
 
CONDICIONAL: Em cada 
condicional, a implicação entre a primeira 
e a segunda proposição é que é afirmada 
mas, as proposições em si, não. Portanto, 
podem ser falsas. 
 
 
Falsos Amigos ao Reconhecer 
Argumentos 
 
 
ORDEM: 
(portanto): Pode usar de um indicador 
de conclusão, mas não é um argumento, é 
apenas uma ordem, dado que, uma ordem 
não pretende ser verdadeira ou falsa. 
Os sinônimos são bons servos, 
mas âmos ruins; portanto, 
escolham-nos com cuidado 
NOÇÃO DE TEMPO: 
(desde que): Quando a expressão 
"desde que" é usada muito mais para 
indicar uma noção de tempo(a partir de) 
do que uma premissa. 
desde que Henry se diplomou em 
medicina houve muitas 
mudanças nas técnicas médicas 
 
EXPLICAÇÃO: 
(porque): Não está preocupado em 
provar a conclusão e sim explicar a 
premissa. 
o Império Romano desmoronou 
e pulverizou-se,· porque lhe 
faltava o espírito de liberalismo e 
livre iniciativa. 
Que o Império Romano desmoronou e 
pulverizou-se todos sabemos, era mais 
fácil essa falsa conclusão ser usada como 
premissa em um argumento. Mas o autor 
não está preocupado em provar essa falsa 
conclusão e sim em explicar algo que já 
sabemos que é verdade. 
 
C porque P C porque P 
Argumento: 
Quando estamos 
interessados em 
estabelecer a 
verdade de C e 
oferecemos P 
como prova dela. 
Explicação: 
Quando a 
verdade de C já é 
evidente e o autor 
não está 
preocupado em 
prová-la, e sim, 
explicar porque C 
é o caso. 
 
 
DEDUÇÃO VS INDUÇÃO 
 
DEDUÇÃO:Váli
do e inválido 
INDUÇÃO: 
verossimilhança e 
probabilidade 
Impossível as 
premissas serem 
verdadeiras se a 
conclusão não for 
verdadeira 
Possível as 
premissas serem 
verdadeiras se a 
conclusão ser 
falsa 
Pretensão de 
demonstrar 
como as 
premissas 
sustentam a 
verdade da 
conclusão. 
Pretensão de que 
suas premissas 
proporcionem 
apenas algumas 
provas de que sua 
conclusão é 
provável ou 
aproximada da 
verdade. 
 
DEDUÇÃO 
 
PRETENSÃO DE PROVA: 
Somente um raciocínio dedutivo envolve 
a pretensão de que suas premissas 
fornecem uma prova conclusiva. (Ou seja, 
somente as premissas de argumentos 
dedutivos permitem que ele gere uma 
conclusão) 
 
VERDADE INEVITÁVEL: 
é absolutamente impossível as premissas 
serem verdadeiras se a conclusão 
tampouco for verdadeira. 
(Ou seja, ao analisarmos um raciocínio, 
temos de considerar que as premissas são 
verdadeiras. Se a partir dessa verdade, a 
conclusão for inevitável, é dedutivo 
 
REQUISITO PARA 
VALIDADE: 
Um raciocínio dedutivo é válido quando 
suas premissas, se verdadeiras, fornecem 
provas convincentes para sua conclusão, 
isto é, quando as premissas e a conclusão 
estão de tal modo ) Mas ainda assim, ele 
pode ser inválido, dedutivo, mas inválido. 
 
INDUÇÃO 
 
ALGUMAS PROVAS: 
Envolve a pretensão, não de que suas 
premissas proporcionem provas 
convincentes da verdade de sua 
conclusão, mas de que somente forneçam 
algumas provas disso. (Ou seja, a partir 
da verdade de suas premissas, não 
necessariamente a conclusão será 
inevitável, apenas de alguma 
probabilidade) 
 
VERDADE OU VALIDADE 
 
Verdade ou 
falsidade: 
Validade ou 
invalidade: 
Proposições 
Argumentos 
Proposições 
Argumentos 
 
Exemplos de argumentos 
VÁLIDOS 
 
QUE CONTÉM APENAS 
PROPOSIÇÕES 
VERDADEIRAS: 
Todas as baleias são mamíferos. 
Todos os mamíferos têm pulmões. 
Portanto, todas as baleias têm pulmões 
 
QUE CONTÉM 
EXCLUSIVAMENTE, 
PROPOSIÇÕES FALSAS: 
(mas não deixa de ser válido) 
Todas as aranhas têm seis pernas. Todos 
os seres de seis pernas têm asas. 
Portanto, todas as aranhas têm asas 
 
Exemplos de argumentos 
INVÁLIDOS 
 
QUE CONTÊM APENAS 
PROPOSIÇÕES 
VERDADEIRAS: 
Se· eu possuísse todo o .ouro do Forte 
Knox, seria muito rico. Não possuo todo o 
ouro do Forte Knox. Portanto, não sou 
muito rico 
 
QUE CONTÊM PREMISSAS 
VERDADEIRAS E 
CONCLUSÃO FALSA: 
Se Rockefeller possuísse todo o ouro do 
Forte Knox, então Rockefeller seria muito 
rico. Rockefeller não possui todo o ouro 
do Forte Knox. Portanto, Rockefeller não 
é muito rico 
 
O que DEFINE um raciocínio 
VÁLIDORELAÇÃO ENTRE 
PREMISSAS E CONCLUSÃO: 
Quando é impossível que as premissas 
desse raciocínio sejam verdadeiras e a 
conclusão falsa. 
→Exemplo de argumento válido com 
conclusão falsa: Quando ao menos 
uma das premissas apresentadas para ele 
é falsa. 
 
Argumento Sólido 
 
Quando o argumento é válido + todas as 
suas premissas são verdadeiras = 
Conclusão verdadeira. 
 
(Link com argumentos dedutivos) 
Um argumento dedutivo só pode nos 
impor uma conclusão verdadeira, quando 
todas as suas premissas são verdadeiras, 
ou seja, quando ele é um argumento 
sólido + quando ele além de sólido é 
válido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USOS DA LINGUAGEM 
 
3 FUNÇÕES BÁSICAS DA 
LINGUAGEM 
 
TRANSMITIR INFORMAÇÃO: 
usado para descrever o mundo e 
raciocinar sobre ele(Pode ser verdadeiro 
ou falso) 
 
EXPRESSIVA: 
 comunicar os sentimentos do orador 
e/ou despertar certos sentimentos no 
leitor. 
 
DIRETIVAS 
(Ordens e Pedidos): Quando a 
intenção é causar uma ação específica 
(diferente de emoção) ou impedir uma 
ação específica. 
Obs:Não resumi o resto do capítulo pois 
o resto só fala que essas funções podem se 
misturar. 
 
Palavras Emotivas 
 
BUROCRATA: Ressentimento e/ou 
reprovação do cargo pelo locutor. 
 
FUNCIONÁRIO DO 
GOVERNO: Neutro 
 
SERVIDOR PÚBLICO: Honra, 
simpatia e aprovação em relação ao cargo, 
pelo locutor. 
 
ACORDOS E 
DESACORDOS 
 
 
TIPOS DE DESACORDO 
 
CONVICÇÕES: Divergir se a coisa 
aconteceu ou não 
ATITUDES: Divergir sobre a 
aprovação do que aconteceu. 
→É possível concordar nos dois e 
discordar nos dois. Também é 
possível concordar em um e 
discordar em outro, seja esse um as 
convicções ou as atitudes. 
 
FORMA DE RESOLVER 
DESACORDOS 
 
NA CONVICÇÃO: 
(1)Investigação 
→Testemunhas 
→Documentos 
→Arquivos 
(2)Investigação Científica 
 
NAS ATITUDES: 
(1)Fazer referência a outras 
questões de fato 
(2)Análise de implicações e 
consequências da ação 
Inclusive substituindo hipoteticamente se 
o sujeito tivesse tomado uma ação 
diversa. 
(3)Motivo e intenção 
(4)Persuasão 
(5)Palavras de advertência 
(6)Retórica 
Copi considera a última pouco eficiente 
Obs: Segundo Copi, 1,2 e 3 são questões 
de fato mas nenhuma é idêntica à que 
resultaria se o desacordo fosse nas 
convicções. 
FALÁCIAS NÃO-
FORMAIS 
(1)Relevância: Suas premissas são 
logicamente irrelevantes para 
provarem suas conclusões. 
Argumento: 
Pretensão(Informativa):Mostrar 
como a sua conclusão está logicamente 
sustentada, uma vez que, utiliza das 
devidas premissas/provas. (Apresenta 
provas) 
Falácia Informal De Relevância: 
Pretensão(Expressiva): 
a) Causar certas emoções no leitor para 
que ele aceite a conclusão, uma vez que, 
fez uma conexão psicológica entre a 
premissa e a conclusão que o fez ter a 
ilusão da conexão ter sido, em verdade, 
lógica. 
b) Aproveitar-se de um estado do 
leitor(cansaço, preguiça e/ou 
desconhecimento por exemplo) para fazê-
lo aceitar determinadas conclusões. 
(Foge das provas) 
QUE APROVEITAM DE 
EMOÇÕES: FOGEM DAS 
PROVAS GERANDO 
EMOÇÕES 
Medo: Ad Baculum Aproveita do 
medo dos ouvintes(sentimento primitivo) 
para por meio de uma sutil/"discreta" 
ameaça de força ou o próprio uso da 
força, gerar a aceitação da conclusão. 
Geralmente, passa a ideia de que só os 
providos igualmente de força, podem 
opinar. 
Desprezo: Ad Hominem 
ofensivo 
→Falácia Genética: O demagogo foge da 
produção de provas atacando o lógico de 
modo que, o interlocutor passa a 
considerar falso o que o que o lógico diz 
pois emotivamente o desvaloriza como 
pessoa. 
Obs: Em algumas circunstâncias, o Ad 
Hominem ofensivo pode não ser 
considerado falaz. Como é o caso em que 
foi provado que uma testemunha é 
mentirosa e o advogado quer impedi-la de 
testemunhar. Afinal de contas, por mais 
que o caráter de uma pessoa não implica 
na falsidade de suas conclusões, não 
podemos descartar que ele gera uma 
suspeita. 
Ódio + Desprezo: Ad 
Hominem circunstancial: 
→Acusação de Incoerência: Foge da 
produção de provas ao acusar o lógico de 
incongruência entre a sua conclusão e a 
sua vida pessoal. Ignorando que o que 
sustenta uma conclusão são 
provas/premissas e não exemplos de vida. 
→Envenenar o Poço: Foge da produção 
de provas ao acusar o lógico de ter 
chegado na conclusão por egoísmo e 
interesse. Assim, o demagogo faz com que 
o ouvinte "jogue no lixo" sem nem 
analisar, todas as premissas levantadas 
pelo lógico. 
Compaixão: Ad 
Misericordiam Foge das provas 
apelando para sentimentos de piedade ou 
compaixão dos ouvintes, de modo que, a 
vontade dos que são influenciados é jogar 
as provas contrárias ao demagogo fora e 
aceitar sua conclusão sem qualquer 
fundamento. 
Aprovação e Grandeza: Ad 
Populum: O público alvo é o povo ou 
um grupo específico. 
→Expressões Patriotas: O ouvinte tende 
por "amor ao povo" ou necessidade de 
aprovação social, a concordar com aquilo 
que vai contra o que é apresentado como 
mal para o povo e aquilo que é a favor do 
que é apresentado como benéfico para o 
povo. 
→Apelo para o Esnobismo: Joga com o 
delírio de grandeza do ouvinte, de modo 
que, ao aceitar a conclusão ele receberá 
mais que uma aceitação social, mas um 
status elevado. 
→Argumento Eleiçoeiro: Aceitar uma 
conclusão porque todo mundo concorda 
com ela. 
Identificação/Repulsa: 
Ignoratio Elenchi Quando um 
argumento utilizado para provar A, é 
utilizado para fingir provar B porque as 
pessoas tendem a concordar facilmente 
com A. 
→Aprovação da Figura do Orador: A ou 
as premissas de A são tão desejáveis pelas 
pessoas, que o orador provoca um 
sentimento de identificação nelas unido a 
uma aprovação da figura do orador que as 
faz aceitar a conclusão de B com a ilusão 
de que está sustentada por premissas de 
B. 
→Repulsa: Quando A é facilmente 
indesejável pelas pessoas e o orador 
aproveita disso para intensificar a repulsa 
do auditório e colocar a negação de B 
como conclusão das premissas de A. 
Respeito: Ad Verecundiam: 
Aproveita do sentimento de respeito que 
as pessoas nutrem sobre uma 
determinada autoridade, para citá-la em 
função de sustentar uma afirmação que 
não diz respeito ao campo da própria 
autoridade. (Semelhante ao Ad Populum 
nesse aspecto) 
Incômodo/Entusiasmo: 
Acidente convertido: O 
demagogo direciona a atenção o 
interlocutor para casos atípicos de uma 
discussão, a fim de mexer com o ouvinte 
para que ele seja persuadido a generalizar 
apressadamente o caso. (Fulano bebeu tanto 
que entrou em coma alcoólico. Portanto, 
bebidas são nocivas a todos) → Misto de 
emoção e distração. 
Figuras Mistas: Figuras que 
misturam duas ou mais falácias em sua 
estratégia.(Eu que identifiquei) 
→Compaixão + Grandeza: Ad 
Misericordiam + Ad Populum 
O demagogo pode se aproveitar do 
ouvinte que se sente responsável por 
salvar todo mundo, uma vez que, tal 
ouvinte se deixa levar pela 
dó(primeiramente) e vê na estratégia de 
bancar o herói, uma forma de se 
engrandecer. 
→Desprezo e ou Ódio + Aprovação: 
Ad Hominem + Ad Populum 
O demagogo pode aproveitar do ouvinte 
que tem um grande medo de reprovação 
social para por meio de um Ad Hominem 
causar um repúdio a um terceiro, de 
modo que, se o ouvinte concordar com a 
negação do terceiro(ou da conclusão do 
terceiro), ele estará fugindo de uma forte 
reprovação social da maioria(Ad 
Populum) 
QUE APROVEITAM DA 
PREGUIÇA DE RACIOCÍNIO DO 
INTERLOCUTOR 
PERGUNTA COMPLEXA: 
Pergunta complexa, cuja a escolha de 
respondê-las implica em dar ao 
demagogo a afirmação que ele queria, seja 
ela pura e simples ou apropriada para 
fazer a inferência que lhe é interessante. 
(1) Perguntas que supõem resposta 
à pergunta anterior(Você parou de 
bater na sua esposa?) 
São desmontadas respondendo a 
pergunta anterior que se encontra 
implícita assim como todos os outros 
tipos são desmascarados ao dividira 
questão para que seja respondida. 
(2)Conjunção de perguntas(Você 
quer ser um bom menino e ir para a 
cama?) 
EXTRAIR RESPOSTA DE AMBAS: 
Geralmente o demagogo usa uma 
pergunta com a intenção de receber uma 
resposta X atrelada a uma outra pergunta 
que ele sabe que o interlocutor se sentirá 
desconfortável em não responder X. 
TRAZER A IDEIA DE UMA FALSA E 
NECESSÁRIA IMPLICAÇÃO ENTRE 
ELAS: Dado que uma conjunção necessita 
de mesma qualidade em seus dois 
conjuntivos para ter uma qualidade(seja 
falsa ou verdadeira/ afirmativa ou 
negativa), a conjunção de duas perguntas 
diferentes, induz o interlocutor a enxergar 
uma implicação entre elas que não existe. 
(3)Significar a resposta 
ADJETIVOS: Atrelar adjetivos que 
interessam ao demagogo à resposta 
esperada do interlocutor.(Você é um 
conservador irracional ou um radical 
fanático?) 
ATRELAMENTO DE CONSEQUÊNCIAS 
FALACIOSAS: Fazer uma pergunta 
atrelando uma consequência(que 
interessa ao demagogo) ao acontecimento 
em discussão.(Suas vendas aumentaram 
em consequência da sua publicidade 
equívoca?) 
IGNORATIO ELENCHI: Quando 
um argumento utilizado para provar uma 
conclusão, é utilizado para tentar 
sustentar uma conclusão diferente. Seja 
simplesmente trocando a conclusão, ou 
desviando do assunto que está sendo 
discutido. (Como o caso do deputado que 
diz que é a favor da política habitacional 
pois quer proporcionar uma moradia 
decente para todos) 
FALSA CAUSA: Argumento que 
tenta erroneamente estabelecer uma 
conexão causal. (Tambor que faz 
aparecer o sol e fulana que tomou a 
planta X e em 2 semanas tava curada da 
doença) 
(1)Atribuir a um evento, causa 
diversa 
(2)Considerar como causa e 
consequência apenas porque o 
primeiro precedeu o segundo 
PETIÇÃO DE PRINCÍPIO: 
Utilizar como premissa sua própria 
conclusão só que escrita de um jeito 
diferente. 
É falacioso pois: Não nasceu derivado 
de um propósito de provar a conclusão, 
mas apenas de fazer um raciocínio 
circular. 
Característica comum: O demagogo 
tende a querer mostrar que sua premissa 
e sua conclusão são aceitas pelas 
pessoas(Ad Populum). Mas, algo que é 
aceito não necessita de criar um 
argumento para ser provado, o que já um 
suspeita direcionada para esse argumento 
não possuir provas. 
ARGUMENTO PELA 
IGNORÂNCIA: Afirmar que: 
(1)Uma tese é verdadeira porque ainda 
não foi provado que é falsa 
ou que 
(2)Outra tese é falsa porque ainda não foi 
provado que é verdadeira 
Ad Ignorantiam depois do Ad 
Hominem: Dizer que podemos ter a 
falsidade segura, de tudo que a 
testemunha X apresentar(Ad 
Ignorantiam) pois ela foi desqualificada 
como mentirosa(Ad Hominem). 
Obs: O Ad Ignorantiam é utilizar a 
ignorância como premissa para uma 
conclusão. Se o FBI(que tem uma 
investigação criteriosa) resolver 
investigar se um sujeito é comunista e não 
conseguir provas disso, concluir que ele 
não é comunista não é extrair uma 
conclusão da ignorância. Afinal de contas, 
os agentes saíram da ignorância quando 
foram investigar. 
Obs 2: Lembre-se que não podemos 
considerar Ad Ignorantiam tudo que 
acontece no direito, afinal de contas, 
somos inocentes até que se prove o 
contrário. 
AD VERECUNDIAM: Não se 
sustenta uma conclusão com argumento 
de autoridade. Citação é algo apenas para 
dar mais força ao seu discurso. 
ACIDENTE: (É a exceção do Geral → 
Particular/ Onde o Pós- positivismo se faz 
necessário) Utilizar das circunstâncias e 
limitações do caso concreto para aplicar 
uma regra geral que, devido à situação 
específica do caso(acidente), não pode ser 
aplicada. 
Circunstâncias 
Acidentais(Explicação): São as 
circunstâncias que a regra geral parece 
abranger,(e o demagogo quer que você 
pense que abrange) mas não abrange de 
fato. Como por exemplo a condição (crua 
ou cozida) da carne em: → O que* eu 
compro ontem eu vou comer hoje. Eu comprei 
carne crua. Portanto, eu vou comer carne crua. 
*o que: Veja que "o que" já mostra que a 
referência em questão, é do objeto e não 
do objeto + sua condição. 
ACIDENTE CONVERTIDO: 
(Particular → Geral/ que não seguiu o 
método científico) O demagogo direciona 
a atenção o interlocutor para casos 
atípicos de uma discussão, a fim de mexer 
com o ouvinte para que ele seja persuadido 
a generalizar apressadamente o caso. 
(Fulano bebeu tanto que entrou em coma 
alcoólico. Portanto, bebidas são nocivas a 
todos) → Misto de emoção e distração. 
(2)Ambiguidade: Utilizar-se de 
palavras ou frases ambíguas para 
cometer uma falácia. 
EQUÍVOCO: 
(1)Significado Literal: Utilizar-se de 
palavras de significados literais diversos 
(que não estão com o mesmo significado 
na frase) e extrair uma inferência que 
necessitava de um significado único para 
ser extraída. (Pena) 
(2)Termos Relativos: Utilizar-se de 
termos cujo significado só é legítimo e 
completo quando considerado em relação 
a um contexto específico ao qual deve 
estar inserido, e, retirá-los do contexto 
como se não fosse mudar nada. (Elefante 
Animal Pequeno) (Bom) 
ANFIBOLOGIA: Quando a 
estrutura gramatical do enunciado 
permite diversas interpretações e o 
demagogo trata duas(ou mais) 
interpretações diferentes como se fossem 
uma só.(Marido que gosta mais de 
dinheiro do que a mulher) 
ÊNFASE: 
(1)"Vírgula": Mudança do significado 
original de um enunciado ao enfatizar 
palavras específicas (Woman without her 
man would be lost) 
(2)Citação Fora de Contexto: Citar o 
que alguém falou, mas retirando do 
contexto original e enfatizando palavras 
que não estavam enfatizadas. 
COMPOSIÇÃO: Conferir as 
propriedades das... 
(1)partes para o todo: Se as peças 
dessa máquina são leves, a máquina é 
leve. Se cada cena dessa peça teatral, é 
artística, a peça teatral como um todo, é 
artistica. 
(2)dos elementos para a coleção de 
elementos: Se um ônibus consome mais 
gasolina que um carro, todos os ônibus 
consomem mais gasolina que todos os 
carros. 
DIVISÃO: Conferir as propriedades… 
(1)do todo para as suas partes: Se a 
empresa X é muito importante, o Sr. 
Alfredo que trabalha na empresa X, é 
muito importante. 
(2)da coleção de elementos para os 
elementos: Se os estudantes 
universitários estudam Medicina, Direito, 
Nutrição etc. Então, cada estudante 
universitário, estuda todas essas 
matérias. 
FALÁCIAS FORMAIS 
Por Lucas d’Ávila 
Distribuição: Algo feito pela 
proposição quando ela se refere a 
todos os membros da classe 
designada pelo termo em questão. 
A: Todo S é P 
Refere-se a todos os 
membros S, mas nada diz 
sobre todos os membros P. 
 
E: Nenhum S é P 
Se o todo de S está excluído 
de P, o todo de P está 
excluído de S. 
 
I: Algum S é P 
Nada diz sobre a totalidade 
de S, nem sobre a totalidade 
de P 
 
O: Algum S não é P 
Quando alguma coisa é 
excluída de uma classe, a 
referência é sobre a 
totalidade dessa classe no 
que diz respeito àquela coisa. 
Ex: Se eu estou excluído de 
uma classe, eu estou 
excluído dela como um todo 
e não apenas de uma parte 
dela. 
2º Ex: Se alguém está 
proibido de entrar no país, 
está proibido de circular em 
qualquer parte daquele país. 
Portanto, o país inteiro. 
Falácias "Formais" 
De "Negativas" 
 
Falácia das premissas 
exclusivas: Quando o silogismo 
apresenta 2 premissas negativas. 
 
Extrair conclusão afirmativa de 
premissa negativa: Quando o 
silogismo apresenta uma premissa 
negativa, mas a conclusão é 
afirmativa. 
 
 
De Distribuição 
 
Termo médio não distribuído: 
Quando o termo médio não está 
distribuído em na premissa maior 
nem na menor. 
 
Ilícito maior: Quando o termo 
maior está distribuído na 
conclusão mas, não está na 
premissa maior. 
 
Ilícito menor: Quando o termo 
menor está distribuído na 
conclusão mas, não está na 
premissa menor, 
 
 
Informais 
 
Falácia existencial: Quando o 
silogismo apresenta uma 
conclusão particular mas,duas 
premissas universais. 
 
Dos 4 Termos: Quando o 
argumento possui mais de 3 
termos ou um dos termos é usado 
em sentido diferente do já 
colocado. Costuma ser o termo 
médio. 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS LÓGICOS 
APLICADOS AO DIREITO 
Por Lucas d’Ávila 
Princípio da Identidade 
 
Antes de começar citando 
Dantes, gostaria de fazer um 
retorno a Irving Copi. Em seu 
capítulo Lógica Simbólica, da obra 
Introdução à Lógica, Copi afirma 
que ser aqueles que definiram a 
Lógica como ciência das leis do 
pensamento, sustentaram que 
existem “três leis fundamentais do 
pensamento, as quais são 
necessárias e suficientes para que 
o pensar se desenvolva de maneira 
correta”. 
Assim, o enunciado que 
traduz o Princípio da 
Identidade(entendido como uma 
das leis do pensamento) é: “Se 
qualquer enunciado é verdadeiro, 
então ele é verdadeiro”, traduzido 
para a lógica simbólica como p ⊃ p. 
Onde, caso verificado a verdade de 
p, teremos como implicação o 
próprio p. A Princípio da Identidade 
afirma que p ⊃ p é verdadeiro. 
Portanto, esse enunciado 
condicional é entendido como uma 
tautologia onde sua forma só tem 
exemplos de substituição 
verdadeiros(se fomos transferir 
para uma tabela de verdade). 
Passando para o livro 
verdadeiramente indicado para o 
assunto, segundo Dantes: “Uma 
coisa é o que ela é”. Tal proposição 
pode ser apoiada na afirmação de 
Platão: “uma ideia é igual a ela 
mesma”. Sua aplicação no mundo 
jurídico, pode ser traduzida para: 
todo objeto de conhecimento do 
mundo jurídico é igual a ele mesmo. 
Sabemos que o objeto da ciência 
jurídica é a norma jurídica. Assim, a 
melhor aplicação do princípio da 
identidade no direito é o 
reconhecimento de que uma norma 
jurídica é idêntica a ela mesma. 
Sabemos, também que a conduta 
humana, segundo Kelsen, somente 
se enquadra como norma jurídica 
se estiver determinada nestas 
como pressuposto ou 
consequência. Assim, o que é 
proibido é proibido, e o que não é 
proibido está permitido. Norteado 
por esse mesmo princípio estão as 
normas que definem termos, de 
forma que, não se pode deles, 
conceber significado diferente do 
que são. O artigo 121 do Código 
Civil dispõe que, “Considera-se 
condição a cláusula que, derivando 
exclusivamente da vontade das 
partes, subordina o efeito do 
negócio jurídico a evento futuro e 
incerto.” Assim, a condição é o que 
está descrito no artigo 121 e nada 
além disso. Observa-se aqui que a 
delimitação do termo condição nos 
permite analisar um objeto e, ao 
perceber que ele destoa do descrito 
no artigo 121, não é condição. 
Condição é condição, toda 
condição é idêntica a ela mesma. O 
mesmo ocorre no artigo 538 do 
Código Civil ao descrever doação: 
“Considera-se doação o contrato 
em que uma pessoa, por 
liberalidade, transfere do seu 
patrimônio bens ou vantagens para 
o de outra.” Assim, qualquer 
situação que destoa da redação do 
artigo 538, (como um contrato onde 
uma pessoa não transfere seu 
patrimônio bens ou vantagens para 
a outra) não pode ser considerado 
doação. Doação é doação, 
precisamos ter isso muito bem 
delimitado. Por último, é possível 
citar o art 1.172 que define gerente: 
“Considera-se gerente o preposto 
permanente no exercício da 
empresa, na sede desta, ou em 
sucursal, filial ou agência.” Nem 
preciso repetir que gerente é 
gerente. O artigo 1.172 é de suma 
importância para afastarmos os 
não-gerentes da definição de 
gerente. A = A e não A = não-A. 
Gerente = Gerente. 
 
Princípio da Não 
Contradição 
 
Segundo Copi, o princípio da 
Contradição, também chamado de 
Princípio da Não Contradição é 
expresso pelo imperativo de: 
“Nenhum enunciado pode ser 
verdadeiro e falso ao mesmo 
tempo”. Tal princípio, portanto é 
mesmo que afirmar a falsidade do 
enunciado p.~p. Afinal de contas, 
sabemos que para um conjunção 
ser verdadeira, é necessário que 
ambos os termos nela encontrados 
se mostrem verdadeiros. Se, um só 
termo do enunciado conjuntivo for 
falso, já é o suficiente para 
constatar a falsidade do enunciado 
p.~p por completo. Sabemos que, 
ao fazer a tabela de verdade deste 
enunciado constatamos que ele só 
possui exemplos de substituição 
falsos. Afinal, sendo p verdadeiro, a 
negação de p será falsa e, sendo p 
falso, a negação de p será 
verdadeira. Não encontramos em 
momento algum, uma situação em 
que ambos os termos desse 
enunciado conjuntivo de mostram 
verdadeiros ao mesmo tempo. 
Portanto, todo e qualquer 
enunciado desse tipo se mostrará 
contraditório. Afinal, sendo p 
verdadeiro, a negação de p será 
falsa e, sendo p falso, a negação de 
p será verdadeira. 
Ao aplicarmos tal princípio 
no direito podemos entender cada 
um dos termos como normas que 
obviamente se mostram 
contraditórias. Assim, a afirmação 
de validade conjunta de duas 
normas contraditórias é falsa. Afinal 
de contas, se uma norma contradiz 
a outra, não podem ambas 
possuírem validade. Dantes afirma 
que “Duas normas de Direito 
contraditórias não podem ser 
ambas válidas”. A contradição de 
normas, segundo Dantes, 
geralmente é afastada de acordo 
com a aplicação da regra lex 
posteriori derrogat priori (lei 
posterior derroga lei anterior). No 
entanto, vou me concentrar aqui 
apenas em mostrar leis que se 
contradizem entre si, de forma que 
o entendimento é que ambas não 
podem possuir validade 
conjuntamente. Há também uma 
outra manifestação de contraditório 
no direito quando nos deparamos 
com normas constituídas de uma 
proposição E(negação universal) 
seguidas de uma proposição I 
(afirmativa particular). Ora, o que 
eu nego do todo, eu nego das 
partes (isso nos leva a outro 
princípio que será analisado mais 
adiante), todavia, normas como 
essas estão negando todas as 
partes ao mesmo tempo que 
afirmam uma dessas mesmas 
partes. Sem sombra de dúvidas, 
uma contradição evidente mas que 
é aceita por Dantes afirmar que se 
trata no plano da lógica “do possível 
e do impossível” 
Um exemplo desse tipo de 
contradição (negação universal e 
afirmativa particular) pode ser 
observado no inciso VIII do Art. 5º 
da Constituição Federal: “Todos 
são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos 
seguintes:” mais adiante “ninguém 
será privado de direitos por motivo 
de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as 
invocar para eximir-se de obrigação 
legal a todos imposta e recusar-se 
a cumprir prestação alternativa, 
fixada em lei” Ora, quando a 
Constituição diz que “ninguém será 
privado de direitos” ela está 
negando tal tipo de privação a 
todos os cidadãos brasileiros por 
qualquer um dos motivos 
elencados. Ao negarmos para o 
todo, negamos para as partes (dito 
de nenhum, mas esse princípio não 
é o princípio em questão aqui). 
Assim, ao afirmar uma possível 
situação onde há é possível privar 
alguém de direitos se evocar esses 
motivos para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta e 
recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei, a lei está 
se mostrando contraditória. Entre 
esses dois “termos” contraditórios, 
pelo princípio da não contradição 
teríamos certeza que não poderiam 
ambos serem válidos 
conjuntamente. No entanto, tais 
esses tipos de contradição no 
direito, são admitidos, pois, como 
Dantes afirma, se trata na lógica do 
possível e do impossível. Sob 
mesmo raciocínio segue o inciso XI 
do artigo 5º da Constituição: “a 
casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, 
ou, durante o dia, por determinação 
judicial;” O artigo nega qualquerpossibilidade de alguém penetrar 
em casa alheia sem o 
consentimento do morador e logo 
após valida uma situação de 
praticar tal conduta quando em 
caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, 
ou, durante o dia, por determinação 
judicial. Por último, e seguindo o 
mesmo raciocínio, inciso XII do 
mesmo artigo 5º da Constituição “é 
inviolável o sigilo da 
correspondência e das 
comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, 
por ordem judicial, nas hipóteses e 
na forma que a lei estabelecer para 
fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal”. O 
artigo nega qualquer violação ao 
sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações 
telefônicas e logo após valida uma 
situação de praticar tal conduta 
quando em último caso, por ordem 
judicial, nas hipóteses e na forma 
que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução 
processual penal. 
Antes de passar para a os 
próximos exemplos de Princípio da 
Não Contradição, gostaria de 
introduzir o Princípio da Exclusão 
do Meio, afinal de contas, os 
exemplos que usarei para o 
princípio da exclusão do meio são 
exemplos de contradição onde há a 
exclusão do meio. Assim, peço 
para que além dos exemplos 
citados acima de contradição, os 
que citarei abaixo sejam 
entendidos tanto como princípio da 
não contradição quanto como 
princípio da exclusão do meio. 
 
Princípio da Exclusão do 
Meio 
 
O princípio da exclusão do 
meio é entendido pela afirmação de 
que: “Ou um enunciado é 
verdadeiro ou ele é falso” é uma 
afirmação verdadeira. Ou seja, todo 
enunciado disjuntivo da forma p v 
~p é verdadeiro. Assim, temos por 
consequência que todo enunciado 
dessa forma é uma 
tautologia(forma de enunciado que 
só possui exemplos de substituição 
verdadeiros). Como já se sabe, 
uma disjunção, seja em significado 
velt ou em significado aut, carrega 
em que comum que se verdadeira, 
então ao menos um de seus termos 
é verdadeiro. Portanto, ao 
substituirmos p por uma norma e ~p 
por uma norma que contradiz a 
primeira norma, temos que, entre 
duas normas contraditórias, ao 
menos uma será válida. Isso é de 
fundamental importância para 
distinguir o que diz o princípio da 
contradição com o que diz o 
princípio da exclusão do meio. 
Enquanto o primeiro afirma que a 
afirmação conjunta de da validade 
de duas normas contraditórias é 
falsa, o segundo diz que entre 
essas duas normas contraditórias, 
é verdadeira afirmação de que ao 
menos uma delas será válida. 
Assim, podemos entender que o 
Princípio da Contradição se 
manifesta quando deparamos com 
duas normas contraditórias e temos 
ciência de que elas não podem ser 
válidas conjuntamente. Enquanto 
que, o princípio da exclusão do 
meio nos dá a certeza de que ao 
menos uma dessas normas 
contraditórias será válida. A 
concretização da validade de ao 
menos uma dessas 
normas(Exclusão do meio) e a 
consequente negação de que 
ambas podem ser válidas 
conjuntamente(Não Contradição) 
pode ser verificada na aplicação da 
regra lex posteriori derrrogati prori 
onde lei anterior que versar sobre 
mesmo conteúdo que que a lei 
posterior de forma contraditória, 
prevalece a lei posterior. Assim, 
entendemos que a lei posterior é a 
“ao menos uma das normas” que 
será válida no princípio da exclusão 
do meio e a revogação da lei 
anterior retira do mesmo plano a 
afirmação de duas leis contrárias 
conjuntamente(o que sabemos que 
é falso: Princípio da Não 
Contradição). 
Assim irei mostrar em cada 
um dos exemplos leis contraditórias 
entre si onde a “ao menos uma que 
será válida” é a lei mais nova, 
portanto a lei posterior: 
 
LEI N o 10.406, DE 10 DE 
JANEIRO DE 2002 
Art. 194. O juiz não pode 
suprir, de ofício, a alegação de 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.406-2002?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.406-2002?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.406-2002?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.406-2002?OpenDocument
prescrição, salvo se favorecer a 
absolutamente incapaz. 
LEI Nº 11.280, DE 16 DE 
FEVEREIRO DE 2006. 
Art. 3º O art. 219 da Lei nº 
5.869, de 11 de janeiro de 1973, 
Código de Processo Civil, passa a 
vigorar com a seguinte redação: 
"Art. 219. 
........................................................
.......... 
.............................................
..................... 
§ 5º O juiz pronunciará, de 
ofício, a prescrição. 
.............................................
....................." (NR) 
 
Aqui temos uma primeira lei 
que afirma que o juiz não pode 
suprir, de ofício, a alegação de 
prescrição e depois coloca uma 
exceção para essa afirmação(mas 
isso agora, não nós é relevante). O 
ponto é que, temos conjuntamente 
uma outra lei que o juiz 
pronunciará, de ofício, a prescrição. 
Ora, ou o juiz pode se pronunciar 
de ofício quanto a prescrição ou ele 
não pode. Estamos evidentemente 
diante de duas normas 
contraditórias. O princípio da não 
contradição nós garante que 
ambas não podem ser válidas e, o 
princípio da exclusão do meio que 
dessas duas, ao menos uma é 
válida. Assim, essa dúvida é 
afastada pela regra lex posteriori 
derrrogati prori. Onde a lei 
posterior(LEI Nº 11.280, DE 16 DE 
FEVEREIRO DE 2006.) revoga lei 
anterior (LEI N o 10.406, DE 10 DE 
JANEIRO DE 2002). Portanto, O 
juiz pronunciará, de ofício, a 
prescrição. 
A mesma lógica serve para 
os seguintes exemplos retirados do 
Pacote Anti Crime: 
 
DECRETO-LEI No 2.848, DE 
7 DE DEZEMBRO DE 1940. 
Art. 75 – O tempo de 
cumprimento das penas privativas 
de liberdade não pode ser superior 
a 30 (trinta) anos. 
LEI Nº 13.964, DE 24 DE 
DEZEMBRO DE 2019 
Art. 75. O tempo de 
cumprimento das penas privativas 
de liberdade não pode ser superior 
a 40 (quarenta) anos. 
Ora, ou o limite da pena é 30 
anos, ou o limite da pena é 
quarenta anos, não podemos 
afirmar os dois conjuntamente. 
Portanto, estamos diante de 
normas que se contradizem entre si 
.O princípio da não contradição nós 
garante que ambas não podem ser 
válidas e, o princípio da exclusão 
do meio que dessas duas, ao 
menos uma é válida. Assim, essa 
dúvida é afastada pela regra lex 
posteriori derrrogati prori. Onde a 
lei posterior(LEI Nº 13.964, DE 24 
DE DEZEMBRO DE 2019) revoga 
lei anterior (DECRETO-LEI No 
2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 
1940). Portanto, o limite da pena é 
40 anos. 
 
Art. 51 – Transitada em 
julgado a sentença condenatória, a 
multa será considerada dívida de 
valor, aplicando-se-lhes as normas 
da legislação relativa à dívida ativa 
da Fazenda Pública, inclusive no 
que concerne às causas 
interruptivas e suspensivas da 
prescrição 
Art. 51. Transitada em 
julgado a sentença condenatória, a 
multa será executada perante o juiz 
da execução penal e será 
considerada dívida de valor, 
aplicáveis as normas relativas à 
dívida ativa da Fazenda Pública, 
inclusive no que concerne às 
causas interruptivas e suspensivas 
da prescrição. 
 
Aqui, entendo estar diante 
de duas normas contraditórias 
entre si, pois a primeira não diz que 
a multa será executada perante o 
juiz da execução penal enquanto 
que a segunda diz. Então, ou temos 
a ausência da execução da multa 
perante o juiz da execução penal ou 
temos a execução da multa perante 
o juiz da execução penal ambos 
são contraditórios entre si. A 
explicação para esse exemplo 
segue a mesma lógica da 
explicação dos exemplos 
anteriores. São artigos de leis 
diferentes, de forma que o segundo 
é do pacote anti crime, portanto 
mais novo e revoga o anterior. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.280-2006?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.280-2006?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.bak2#art219%C2%A75
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.280-2006?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.280-2006?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.406-2002?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.406-2002?OpenDocument
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http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.406-2002?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEL%202.848-1940?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEL%202.848-1940?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEL%202.848-1940?OpenDocument
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http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.964-2019?OpenDocument
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Princípio da Razão 
Suficiente: 
 
Segundo Dantes “Todo juízo 
verdadeiro precisa de uma razão 
suficiente”. De modo que “A razão 
é suficiente quando basta por si só 
para servir de apoio completo ao 
juízo a fim de torná-lo plenamente 
verdadeiro”. Como defende 
Leibniz: “todas as coisas devem ter 
uma razão suficiente pela qual são 
o que são, e não são outra coisa”. 
Ao passarmos para o cenário do 
Direito, notamos que as “coisas” 
pelas quais Leibniz falava são as 
normas, e a motivo pelo qual estas 
são e não são outra coisa são as 
normas hierarquicamente 
superiores às primeiras. 
Sabemos que na atual 
configuração do ordenamento 
jurídico brasileiro, a norma de 
hierarquia mais alta é a 
Constituição Federal. Sendo esse, 
o motivo pelo qual surgem as 
demais normas de hierarquia 
inferior e ela. Ora, todo o nosso 
ordenamento, se constrói a partir 
de uma interpretação à luz da 
Constituição. Assim, de modo 
breve e resumido, temos que razão 
suficiente de qualquer norma é sua 
norma hierarquicamente superior. 
A seguir, apresentarei 
algumas normas(“coisas”) e sua 
norma hierarquicamente superior 
(seu fundamento, a “razão pela 
qual elas são e não são outra 
coisa”): 
 
Art. 5º Todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
 
XXIII - a propriedade 
atenderá a sua função social; 
Art. 1.228. O proprietário tem 
a faculdade de usar, gozar e dispor 
da coisa, e o direito de reavê-la do 
poder de quem quer que 
injustamente a possua ou detenha. 
§ 1 o O direito de propriedade 
deve ser exercido em consonância 
com as suas finalidades 
econômicas e sociais e de modo 
que sejam preservados, de 
conformidade com o estabelecido 
em lei especial, a flora, a fauna, as 
belezas naturais, o equilíbrio 
ecológico e o patrimônio histórico e 
artístico, bem como evitada a 
poluição do ar e das águas. 
 
Assim, percebemos que a 
razão suficiente para o artigo 1.228 
prever que, o direito de propriedade 
deve ser exercido em consonância 
com as suas finalidades 
econômicas e sociais, está no Art. 
5º - XXIII da constituição que prevê 
que a propriedade atenderá a sua 
função social. 
 
XXXII - o Estado promoverá, 
na forma da lei, a defesa do 
consumidor; 
LEI Nº 8.078, DE 11 DE 
SETEMBRO DE 1990. 
Dispõe sobre a proteção do 
consumidor e dá outras 
providências. 
 
Da mesma forma, podemos 
dizer que a LEI Nº 8.078, DE 11 DE 
SETEMBRO DE 1990 que dispõe 
sobre a proteção do consumidor 
tem o seu fundamento no incíso 
XXXII do mesmo artigo 5º da 
Constituição que prevê que o 
Estado promoverá, na forma da lei, 
a defesa do consumidor. 
 
XXII - é garantido o direito de 
propriedade; 
 
 Art. 1.225. São direitos 
reais: 
I - a propriedade; 
 
Afirmação semelhante pode 
ser feita do artigo 1.225 que define 
a propriedade como um direito real. 
Onde sua razão suficiente, o motivo 
pelo qual ele é o que é e não é outra 
coisa está na garantia do direito de 
propriedade pelo inciso XXII do 
artigo 5º da Constituição. 
 
Princípio da Causalidade: 
 
O princípio da causalidade, 
segundo Dantes, é enunciado por: 
“A todo evento, corresponde um 
evento anterior, ao qual está ligado 
de tal maneira que se um não 
ocorre o outro não se verifica”. 
Assim tomei a liberdade para tentar 
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expressar esse princípio por meio 
da lógica simbólica onde sei que 
posso estar correndo o risco de 
estar enganado: p ⊃ q. De forma 
que o antecedente(“evento 
anterior”) é representado por “p” e o 
consequente(evento no qual 
Dantes fala em sua frase citada) 
representado por “q”. Ora, 
sabemos que esse enunciado se 
trata de um enunciado condicional 
e, todo enunciado condicional se 
trata de uma afirmativa de: caso p 
se verifique, então q. 
Desse princípio tiramos duas 
consequências. A primeira diz que 
desaparecida a causa(“evento 
anterior”), desaparece o efeito 
(“evento”). A partir daí tiramos a 
segunda consequência segundo 
Dantes: “Todo objeto que não pode 
ser afastado sem que o efeito cesse 
deve ser considerado como causa 
ou parte da causa”. 
Sabemos que a natureza é 
regida por essa lei de causa e efeito 
e, no direito, o princípio da 
causalidade se verifica no 
fenômeno da imputação: “Se A, 
então B dever ser.” Segundo 
Kelsen, a imputação não consiste 
noutra coisa senão a conexão entre 
o ilícito e a consequência do ilícito. 
Assim, podemos dizer que a causa 
(aqui no fenômeno da imputação) 
descrita como o antecedente em p 
⊃ q e o “evento anterior” no 
enunciado de Dantes, é o ato ilícito, 
a conduta que vai contra o 
ordenamento jurídico. E, a 
consequencia descrita como o 
consequente em p ⊃ q e “evento” 
na frase de Dantes, é a 
consequência do ilícito, portanto a 
sanção correspondente à conduta 
contrária ao ordenamento jurídico 
que “deve ser” aplicada. Assim, 
toda e qualquer norma que 
descreve uma uma conduta 
contrária ao ordenamento jurídico e 
a ela impõe uma sanção deve ser 
entendida como um exemplo do 
princípio da causalidade no direito. 
 Assim, o artigo do Código 
penal que define o homicídio(Art. 
121) pode ser entendido como um 
exemplo de princípioda 
causalidade no direito a partir do 
fenômeno da imputação. “Matar 
alguém: Pena - reclusão, de seis a 
vinte anos.” Aqui temos a descrição 
de uma conduta que contraria o 
ordenamento jurídico(matar 
alguém). Portanto, se essa conduta 
se verificar, reclusão de 6 a 20 anos 
deve ser a sanção. Veja que esse 
artigo nada mais é que um exemplo 
do “Se A é, B deve ser” onde matar 
alguém é a conduta antecedente, 
que causará a reclusão de 6 a 20 
anos consequente. Assim, afastada 
a causa(a conduta do homicídio), 
são afastados os efeitos(a pena de 
6 a 20 anos). Do mesmo modo 
podemos dizer do artigo 129 CP 
que define o crime de Lesão 
Corporal: “Ofender a integridade 
corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a 
um ano.” Onde temos a descrição 
de uma conduta que contraria o 
ordenamento jurídico(Ofender a 
integridade corporal ou a saúde de 
outrem). Portanto, se essa conduta 
se verificar, detenção de três 
meses a um ano deve ser a sanção. 
Ofender a integridade corporal ou a 
saúde de outrem é causa para a 
detenção de três meses a um ano. 
Onde afastada a causa(ofensa à 
integridade corporal ou a saúde de 
outrem), são afastados os 
efeitos(detenção de três meses a 
um ano). Para finalizar, temos o 
artigo 147(também do Código 
Penal) que define o crime de 
ameaça “Ameaçar alguém, por 
palavra, escrito ou gesto, ou 
qualquer outro meio simbólico, de 
causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de um a seis 
meses, ou multa.” Onde temos a 
descrição de uma conduta que 
contraria o ordenamento 
jurídico(Ameaçar alguém, por 
palavra, escrito ou gesto, ou 
qualquer outro meio simbólico, de 
causar-lhe mal injusto e grave). 
Portanto, se essa conduta se 
verificar, detenção, de um a seis 
meses, ou multa deve ser a sanção. 
Ameaçar alguém, por palavra, 
escrito ou gesto, ou qualquer outro 
meio simbólico, de causar-lhe mal 
injusto e grave é a causa para 
detenção, de um a seis meses, ou 
multa. Onde afastada a causa(a 
conduta da ameaça), são afastados 
os efeitos(detenção, de um a seis 
meses, ou multa). 
 
 
Princípio da Tríplice 
Identidade: 
 
O princípio da Tríplice 
Identidade, segundo Dantes, 
dispõe que “Duas coisas idênticas 
a uma mesma terceira(coisa) são 
idênticas entre si” da mesma 
afirmativa podemos tirar uma forma 
negativa: “Duas coisas das quais 
uma é idêntica e a outra não é 
idêntica à mesma terceira são 
diferentes entre si”. Esse princípio é 
conhecido na matemática e pode 
ser expresso por: 
 
A = C 
B = C 
A = B 
Onde as “coisas idênticas” 
(A e B) a uma “terceira coisa” são 
iguais entre si. Já a forma negativa 
que deriva desse princípio, tomei a 
liberdade de representar de tal 
forma: 
 
A = C 
B ≠ C 
A ≠ B 
 
Onde as coisas das quais 
uma(A) é idêntica(=) a uma 
terceira(C) e a outra(B) não é 
idêntica(≠) a uma mesma 
terceira(C), são diferentes entre si 
(A ≠ B). 
Verificamos portanto, que 
precisamos que essa terceira coisa 
seja a mesma coisa tanto no 
primeiro enunciado (A = C) quanto 
no segundo enunciado(B = C ou B 
≠ C) afinal de contas, se C for 
empregado em um sentido no 
primeiro enunciado e em outro 
sentido no segundo enunciado, o 
terceiro enunciado (A = B ou A ≠ B) 
não se verifica. 
Assim, podemos dizer que, 
empregar a Lei C sobre B pois A é 
igual, sob certo aspecto, a B e à A 
se aplicou a lei C, é uma aplicação 
do princípio da Tríplice Identidade. 
Do mesmo modo, podemos 
dizer que, não é possível aplicar a 
lei C à B pelo simples fato de à A ter 
se aplicado a lei C, pois lei A e lei B 
são diferentes entre si. 
Interessante observar, que 
sempre é repetida a mesma 
expressão: “sob certo aspecto”. 
Esse aspecto foi definido pelo CPC 
em seu artigo 377, parágrafo 
segundo: 
§ 2º Uma ação é idêntica a 
outra quando possui as mesmas 
partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo pedido. 
Assim, o tão citado “aspecto” 
da tríplice identidade, no direito 
processual civil(para definir uma 
ação idêntica) é descrito pelas 
“mesmas partes, mesmas causa de 
pedir e mesmo pedido”. Assim, 
podemos dizer que o primeiro 
exemplo citado(artigo 377 § 2º) é o 
pontapé inicial para elencarmos os 
próximos dois exemplos: 
Ementa: 
COISA JULGADA. 
"TRÍPLICE IDENTIDADE". 
Conforme dispõe o art. 337, §§ 1º e 
2º do CPC, ocorre coisa julgada 
quando repetida ação já decidida 
por sentença de que não caiba 
recurso, com as mesmas partes, 
causa de pedir e pedido, chamada 
de "tríplice identidade". 
Configurada a tríplice identidade de 
partes, impõe-se o reconhecimento 
da coisa julgada. 
(TRT-4 - ROT: 
00217207620175040006, Data de 
Julgamento: 10/03/2020, 2ª Turma) 
Observamos aqui que a 
própria ementa cita o princípio da 
tríplice identidade para identificar 
uma ação idêntica e por 
consequência dá-la por repetida. 
Ter bem delimitado que a ação é 
repetida, por sua vez, é o que nos 
possibilita definir coisa julgada. 
 
Sob mesma lógica, opera a 
ementa seguinte: 
AÇÃO RESCISÓRIA - 
OFENSA À COISA JULGADA - 
ERRO DE FATO - 
INOCORRÊNCIA - O inciso IX do 
artigo 485 do CPC contempla não 
erro de direito, mas erro de fato, 
que decorre de inadvertência do 
Juiz, que deixa de examinar 
aspecto relevante da causa. - Para 
que se configure a coisa julgada, é 
indispensável que haja identidade 
da lide, o que ocorre quando são os 
mesmos sujeitos que contendem a 
respeito do mesmo bem da vida e 
pela mesma causa. Há, por 
conseguinte, exigência de uma 
tríplice identidade: identidade de 
sujeitos, identidade do pedido e 
identidade da causa de pedir. 
Inexistindo a necessária identidade 
de parte (eadem personae) entre a 
ação originária e anterior ação 
indenizatória proposta contra o 
mesmo réu, não há que se 
reconhecer configurado o 
pressuposto de rescisão previsto 
no inciso IV do artigo 485 do CPC. 
(TJ-MG 
200000030448550001 MG 
2.0000.00.304485-5/000(1), 
Relator: BEATRIZ PINHEIRO 
CAIRES, Data de Julgamento: 
14/03/2002, Data de Publicação: 
19/04/2002) 
Tal ementa deixa claro: 
“Para que se configure a coisa 
julgada, é indispensável que haja 
identidade da lide, o que ocorre 
quando são os mesmos sujeitos 
que contendem a respeito do 
mesmo bem da vida e pela mesma 
causa” Inclusive, a ementa se 
utiliza disso para afirmar que não 
há como reconhecer pressuposto 
de rescisão entre a ação originária 
e anterior ação indenizatória 
proposta contra o mesmo réu. 
Assim, podemos dizer que a 
constatação de ação idêntica se dá 
da seguinte forma: (de acordo com 
o princípio da tríplice identidade) 
Partes da ação A = Partes da 
ação B 
Causa de pedir da ação A = 
Causa de pedir da ação B 
Pedido da ação A = Pedido 
da ação B 
Ação A = Ação B 
 
Onde partes, causa de pedir 
e pedido, operam como se fosse o 
“C” do primeiro exemplo que dei 
para definir o princípio da tríplice 
identidade. Bom, encerro os 
exemplos da tríplice identidade por 
aqui. Ainda que todos versem sobre 
ações idênticas, são diferentes 
entre si em suas aplicações. 
Portanto, entendo que completei os 
3 exemplos. 
 
 
 
Dictum de Nullo: 
 
O Dictum de Nullo, ou 
mesmo Dito de Nenhum, dispõe 
que tudo que eu nego a uma classe 
inteira ou grupo de objetos(portanto 
uma negação universal) eu estou 
negando de cada um dos objetos 
pertencentes àquela classe ou 
grupo. Por isso que podemos 
afirmar que uma negação 
universal(E) seguida por uma 
afirmativa particular(I) em normas 
jurídicas é uma contradição. Ora, 
como afirmo algo de uma parte logo 
após negar tudo do grupo do qual 
aquela parte pertence? Todavia, 
como já afirmou Dantes: “A 
circunstância de existirem 
prescrições contraditórias não 
destrói o princípio,” (da não 
contradição) “pois no plano da 
Lógica se cuida do possível e do 
impossível”. 
Assim, exemplos de Dito de 
Nenhum são verificados em 
normas jurídicas quandoessas 
deixam claro que ao negarem do 
todo estão negando também das 
partes. Tal situação pode ser 
verificada no artigo 19 da 
Constituição Federal: 
 Art. 19. É vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
I - estabelecer cultos 
religiosos ou igrejas, subvencioná-
los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles 
ou seus representantes relações de 
dependência ou aliança, 
ressalvada, na forma da lei, a 
colaboração de interesse público; 
II - recusar fé aos 
documentos públicos; 
III - criar distinções entre 
brasileiros ou preferências entre si. 
Assim, o artigo deixou claro 
que todas as condutas presentes 
em seus incisos são negadas para 
o todo(União) e consequentemente 
são negadas para as 
partes(Estados, Distrito Federal e 
Municípios). Mesma lógica ocorre 
em no artigo 150 da Constituição 
Federal, observe: 
Art. 150. Sem prejuízo de 
outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo 
sem lei que o estabeleça; 
II - instituir tratamento 
desigual entre contribuintes que se 
encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer 
distinção em razão de ocupação 
profissional ou função por eles 
exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos; 
III - cobrar tributos: 
…. 
Cortei o restante do artigo e 
coloque reticências, pois o ponto 
em questão aqui é o caput do 
artigo, pois apenas nele, já 
observamos que todas as condutas 
citadas posteriormente abaixo, 
serão vedadas ao todo(União), 
portanto vedadas às partes 
(Estados, Distrito Federal e 
Municípios). 
O Código Tributário também 
possui um artigo que opera sobre 
mesma lógica: 
 Art. 9º É vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
I - instituir ou majorar tributos 
sem que a lei o estabeleça, 
ressalvado, quanto à majoração, o 
disposto nos artigos 21, 26 e 65; 
II - cobrar imposto sobre o 
patrimônio e a renda com base em 
lei posterior à data inicial do 
exercício financeiro a que 
corresponda; 
III - estabelecer limitações 
ao tráfego, no território nacional, de 
pessoas ou mercadorias, por meio 
de tributos interestaduais ou 
intermunicipais; 
… 
Também cortei o final do 
artigo pois o ponto em questão aqui 
é o caput do artigo, onde, apenas 
nele, já observamos que todas as 
condutas citadas posteriormente 
abaixo, serão vedadas ao 
todo(União), portanto vedadas às 
partes (Estados, Distrito Federal e 
Municípios). 
 
Dictum de Omini: 
 
O Dictum de Omini ou 
mesmo Dito do Todo, em 
português, se afirma a partir de um 
enunciado muito simples. “Tudo 
que é verdadeiro de uma classe 
inteira de objetos, é verdadeiro de 
todos os objetos pertencentes a 
essa classe”. Assim, tudo que eu 
afirmo que uma classe ou grupo de 
objetos(portanto, de forma 
universal), eu estou afirmando de 
cada um dos objetos pertencentes 
a essa classe. Dessa forma, o Dito 
do Todo também pode mostrar 
enunciados contraditórios quando 
eu afirmo de uma grupo ou classe 
inteira de objetos(portanto de forma 
universal: A) e nego de uma parte 
dessa mesma classe ou grupo de 
objetos(de forma particular: I). Ora, 
como posso negar algo de um 
particular que já foi afirmado de 
todos os integrantes da classe a 
qual ele pertence? Mas como já 
discorremos no princípio anterior, 
prescrições assim no Direito não 
ferem o princípio da Não 
Contradição. 
Exemplos de dito do todo 
podem ser verificados em todas as 
normas que deixam claro que ao 
afirmarem do todo, estão afirmando 
das partes: 
Art. 20. São bens da União: 
... 
§ 1º É assegurada, nos 
termos da lei, à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios 
a participação no resultado da 
exploração de petróleo ou gás 
natural, de recursos hídricos para 
fins de geração de energia elétrica 
e de outros recursos minerais no 
respectivo território, plataforma 
continental, mar territorial ou zona 
econômica exclusiva, ou 
compensação financeira por essa 
exploração. 
 
Observe que o legislador 
dispõe “É assegurada, nos termos 
da lei, à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios” 
portanto independente das 
condutas posteriormente citadas, já 
sabemos que ao serem 
asseguradas para o todo(União) 
são também asseguradas para as 
partes(Estados, Distrito Federal e 
Municípios). 
 
Art. 77. Até o exercício 
financeiro de 2004, os recursos 
mínimos aplicados nas ações e 
serviços públicos de saúde serão 
equivalentes: 
... 
§ 4º Na ausência da lei 
complementar a que se refere o art. 
198, § 3º, a partir do exercício 
financeiro de 2005, aplicar-se-á à 
União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios o disposto 
neste artigo. 
 
Aqui, o legislador também 
decidiu por deixar claro que na 
ausência da lei complementar a 
que se refere o art. 198, § 3º, a 
partir do exercício financeiro de 
2005, os dispositivos daquele artigo 
serão aplicados para o todo(União) 
e portanto, para as partes(Estados, 
Distrito Federal e Municípios) 
 
Por último, cito um artigo 
com elementos diferentes dos 
citados anteriormente: 
 
Art. 2º São Poderes da 
União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário. 
 
Aqui, o todo são Poderes da 
União, de modo que dentro desse 
conjunto estão: Poder Legislativo, 
Poder Executivo e Poder 
Judiciário(Suas partes). 
Independência e co-harmonia que 
é afirmada para o todo(Poderes da 
União), também é afirmada para 
cada uma de suas partes: Poder 
Legislativo, Poder Executivo e 
Poder Judiciário.

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