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Colisão inelástica Turma: PU7B Autor: Thais de Paula Avelar Data: 11/03/2021 Resultados O experimento tratado neste relatório retrata uma colisão inelástica. Como esse procedimento foi feito à distância, os dados obtidos foram fornecidos pelo professor Leonardo Teixeira, como é possível observar na Tabela 1. Tabela 1 – Dados obtidos no experimento Fonte: Autoria própria Os dados da Tabela 1 foram utilizados para calcular a altura média alcançada a cada quique realizado pela bola de borracha, e a incerteza desse valor. Para calcular a altura foi feita uma média aritmética entre os valores medidos no experimento, e a incerteza foi obtida através da Equação 1. ∆ℎ = [ 1 𝑛(𝑛−1) × ∑ (ℎ𝑖 − ℎ̅)² 𝑛 𝑖=1 ] 1 2⁄ (1) Em que ∆ℎ é a incerteza da altura, 𝑛 é o número de elementos, ℎ𝑖 é a altura obtida e ℎ̅ é a altura média. O resultado da altura média para cada observação e sua incerteza podem ser vistos na Tabela 2. Tabela 2 – Altura média pós colisão Altura pós colisão (m) (±0,01) 1 1,55 2 1,20 3 0,92 4 0,73 5 0,52 6 0,42 Fonte: Autoria própria Observação Altura pós colisão (m) h1 h2 h3 h4 h5 h6 1 1,57 1,19 0,90 0,75 0,49 0,44 2 1,53 1,23 0,94 0,69 0,53 0,43 3 1,56 1,19 0,90 0,74 0,56 0,42 4 1,57 1,17 0,91 0,73 0,52 0,43 5 1,52 1,20 0,93 0,75 0,51 0,39 A construção do gráfico deve ser feita de modo a mostrar a altura que a bola atinge em função dos quiques que realiza. Para isso, é possível utilizar a Equação 2. Foi necessário fazer sua linearização para gerar o gráfico, como mostrado na Equação 3. ℎ𝑛 − ℎ𝑜 × 𝑟 2𝑛 (2) ln(ℎ𝑛) = ln(ℎ𝑜) + 2 ln(𝑟) 𝑛 (3) Em que ℎ𝑛 é a altura alcançada após o quique, ℎ𝑜 é a altura da qual a bola é solta, 𝑟 é o coeficiente de restituição e 𝑛 é o número de quiques. Para aplicar um ajuste linear no gráfico, a Equação 3 leva em consideração o logaritmo natural das alturas alcançadas pela bola. Esse valor aplicado a cada altura é apresentado pela Tabela 3. Tabela 3 – Logaritmo natural das alturas alcançadas Fonte: Autoria própria A Tabela 3 foi utilizada para obter o gráfico, construído através do software SciDAVis. O gráfico é apresentado pela Figura 1. Figura 1 – Gráfico obtido a partir da Tabela 3 Fonte: Autoria própria n Ln(𝒉𝒏) 1 0,43825 2 0,18232 3 -0,08338 4 -0,31471 5 -0,65393 6 -0,86750 Ao analisar a equação obtida com o gráfico da Figura 1 e a Equação 3 é possível observar uma semelhança. Ao compará-las, pode-se aferir que o x representa o 𝑛, o y equivale ao ln(ℎ𝑛) o parâmetro A corresponde a 2ln(𝑟) e o parâmetro B é o ln(ℎ𝑜). Essas relações estão representadas abaixo. 1. x = 𝑛 2. y = ln(ℎ𝑛) 3. A = 2ln(𝑟) 4. B = ln(ℎ𝑜). O coeficiente de restituição pode ser obtido através da relação 3. Ao fazer os cálculos, obtém-se o valor de 0,876. Por se tratar de um procedimento experimental, o resultado calculado está sujeito a certa incerteza. O valor dessa incerteza foi calculado a partir da Equação 4. ∆𝑟 = √∆𝐴2 × ( 𝑑𝑟 𝑑𝐴 ) 2 (4) Em que ∆𝑟 é a incerteza do coeficiente de restituição, r é a constante de restituição, A é o parâmetro A obtido na construção do gráfico e ∆𝐴 é sua incerteza. O valor obtido para a incerteza de 𝑟 foi de (±0,023). Assim, o valor da constante de restituição é de (0,876±0,023). Discussão de resultados A partir do resultado encontrado para a constante de restituição é possível perceber que houve perda de energia cinética durante o experimento. Isso porque, ao ser abandonada de uma altura ℎ𝑖 em relação ao chão, a bola se choca com o solo e parte de sua energia é dissipada. Quando não há dissipação de energia o coeficiente de restituição equivale a 1. Como calculado neste relatório, o coeficiente de restituição (𝑟) desse experimento vale (0,876±0,023). Ao subtrair 𝑟 de 1, obtém-se o valor de 0,124 ou 12,4% para a energia cinética dissipada. O coeficiente de restituição se apresenta como uma proporção entre a altura alcançada pelo objeto após a colisão e a altura inicial, como enunciado pela relação a seguir: 1. 𝑟2 = ℎ1 ℎ𝑜 = ℎ2 ℎ1 = ℎ3 ℎ2 = ℎ4 ℎ3 … Ao analisar a relação acima é possível obter ainda mais relações, como apresentado abaixo. 1.1. ℎ1 = 𝑟² × ℎ𝑜 1.2. ℎ2 = 𝑟² × ℎ1 1.3. ℎ3 = 𝑟² × ℎ2 Ao substituir ℎ1 pelo valor da relação 1.2 , obtém-se a relação 1.4. 1.4. ℎ2 = 𝑟² × 𝑟² × ℎ𝑜 Fazendo o mesmo para a relação 1.3, relativa ao ℎ3, obtém-se a relação 1.5. 1.5. ℎ3 = 𝑟² × 𝑟² × 𝑟² × ℎ𝑜 Esse processo pode ser feito para 𝑛 alturas diferentes. Analisando o padrão entre as relações 1.4 e 1.5 é possível aferir a Equação 5. ℎ𝑛 = ℎ𝑜 × 𝑟 2𝑛 (5) Outro ponto importante levantado durante o experimento foi a diferença de altura máxima alcançada por três bolas de diferentes coeficientes de restituição. Essa diferença pode ser observada pela Figura 2. Figura 2 – Diferença da altura máxima alcançada por três bolas diferentes Fonte: Professor Leonardo Teixeira Primeiramente, pode-se observar que todas as bolas tiveram parte da energia dissipada, já que não voltaram para a posição inicial após seu abandono. Assim, pode-se afirmar que nenhuma das bolas possui o coeficiente de restituição igual a 1, e todas elas apresentam uma colisão inelástica com o solo. O coeficiente de restituição está relacionado com a perda de energia envolvida no experimento. Se o coeficiente é alto, a energia dissipada após a bola ser lançada é pequena, fazendo com que ela atinja uma grande altura após o quique. Quando o coeficiente é baixo o contrário acontece; a energia dissipada é grande e a altura alcançada pela bola é pequena. Assim, pode-se concluir que a bola 3 apresenta o menor coeficiente de restituição, e a bola 1 o maior, como apresentado pela relação a seguir: 1. 𝑟1 > 𝑟2 > 𝑟3 Por fim, é necessário discutir a respeito da utilização da câmera nesse experimento. Apesar de não ser um item obrigatório para a realização desse experimento, a câmera possibilita a gravação do processo, permitindo uma melhor observação da altura que a bola alcança. Isso ocorre porque o vídeo pode ser colocado em câmera lenta para uma observação mais minuciosa ou pausado nos momentos desejados, por exemplo. Assim, a utilização da câmera facilita o experimento e possibilita a obtenção de resultados mais certeiros do que os aferidos apenas com a observação sem recursos tecnológicos. Conclusão O objetivo primordial deste trabalho era encontrar a constante de restituição de uma bola de borracha a partir da realização de um experimento, o que foi alcançado. Além disso, foi analisado como o valor desse coeficiente influencia na altura atingida pela bola após sua colisão com o solo. Observou-se que, quanto mais próximo de 1 for o coeficiente de restituição, maior será a altura alcançada pela bola após tocar o chão; quanto mais próximo de 0, menor a altura atingida. Para esse experimento foi obtido um valor final de (0,876±0,023) para o coeficiente de restituição, com 12,4% de dissipação de energia.
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