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Resenha ADM Estratégica II Em um primeiro momento, é válido destacar que o termo “estratégia“ vem sendo utilizado por companhias para explicar suas ações empresariais de forma indiscriminada, fazendo com que seja necessário utilizar os conceitos clássicos concebidos pelos teóricos da administração a fim de discutir sua aplicabilidade. Sendo assim, ao compreender a história do conceito de estratégia, observa-se que o termo destacado não possui uma definição universal, pois foi modificado ao longo das décadas por conta do redirecionamento do seu uso em relação aos espaços organizacionais. Diversos conceitos foram aplicados ao que conhecemos como “estratégia“, mas poucos estudos dedicaram-se ao conceito da estratégia como um processo contínuo, capaz de transformar estratégias emergentes em comportamento estratégico eficaz, como disse MARIOTTO, 2003. Após um conjunto de elementos teóricos, houve uma necessidade absurda de abrir espaços para novos modelos de análise a respeito à estratégia, tendo como ponto de partida que a convergência natural entre concorrentes emergem novas estratégias transformadoras. Os resultados das análises feitas a partir da conceituação evolucionista do conceito de estratégia foram realizados em partes que complementam-se entre si. Primeiramente, houve uma necessidade de explorar a construção histórica do termo estratégia para o delineamento estratégico das organizações contemporâneas. Posteriormente, houve uma necessidade de compreender os modelos de análise a partir do que conhecemos como as escolas de pensamento estratégico, para finalmente observamos os elementos na construção do termo “estratégia”. No segundo tópico do texto, os autores do artigo se determinam a pontuar o significado e conceito padrão da estratégica, mas que apesar disso, não é impedido de que haja um conjunto de visões distintas em relação à sua execução. A estratégia possui apenas um objetivo simples e direto compartilhado entre todos os autores: a projeção clara sobre onde a empresa quer chegar, onde ela está em relação a tal destino e quais medidas e ações devem ser tomadas para que isso seja alcançado, no entanto, possui da mesma forma uma gama de ramificações possíveis para que tal objetivo seja alcançado de forma plena. Seguindo adiante no texto, temos diversos exemplos de caminhos a serem seguidos dentro da estratégia sob a visão de diversos autores, tais como: Chandler, e sua teoria sobre a alocação de recursos como principal recurso e ação para organização; Ansoff, indo em contraposição à alocação de recursos e voltando o foco para o comportamento organizacional; Schendel e Hofer, onde pode ser assimilado a visão de Ansoff, pois a diferença de visões muda apenas entre os fatores “como fazer” e “o que fazer”, dando ênfase à organização interna sob seus recursos de ações internos que podem fazer efeito nos fatores externos, inclusive dando espaço até mesmo para uma análise SWOT, cujo analisa fatores externos em relação à empresa para sua organização de recursos internos. Sob outro prisma, é lícito dizer que o texto traz uma lição, um “mix”, de opções e caminhos que a estratégia pode seguir apenas por exemplos históricos dos seus precursores. Dessa forma, cada definição contribui com uma compreensão diferente para orientar a diversas formas de resoluções de uma organização em seu geral. Além disso, o autor nos traz com eficiência uma bela definição final da estratégia como um planejamento deliberado, proveniente de ações desejadas pela organização, como deve ser ocorrer corretamente. Desta forma, fica claro que além de suas definições e visões variadas, a estratégia possui o objetivo unanime de não apenas ter uma visão clara de onde se quer chegar, como também tal visão deve ser realizada em seu final para que se possa ser definitivamente chamada de uma estratégia de sucesso. Caso o contrário, não se passa apenas de algo emergente, proveniente de um erro da organização para que se aprenda algo. Com base nisso, pode-se concluir que o autor nos traz uma visão ampla em relação as possibilidades e ramificações existentes e para serem descobertas dentro do espaço da estratégia organizacional. A partir dos resultados da revisão histórica do conceito de “estratégia“ podemos discutir a respeito do pensamento estratégico em uma perspectiva evolucionista. Através da seleção de características diversas e orientações das proporções teóricas clássicas, é possível notar que os autores agruparam os estudos e os modelos utilizados em administração estratégica para formar as escolas do pensamento em estratégia, com o objetivo de compreender cada uma com suas particularidades, como também, oferecer elementos teóricos para estudos empíricos, sendo os modelos destacados: prescritivo, descritivo e integrativo. O modelo prescritivo nasce no campo organizacional através da necessidade de adequar a organização e o ambiente por meio de modelos gerenciais que propunham formar estratégias. Sendo assim, o modelo visava separar o estrategista ( executivo principal) dos implementadores ( funcionários) e sua execução deveria ocorrer de maneira simples e informal, com objetivo de levar simplicidade às organizações complexas e manter a estratégia explícita. Nesse sentido, por mais que esse modelo representasse uma visão mais clássica acerca da formação da estratégia, foi extremamente criticado, uma vez que ao separar a implementação da estratégia, tem como consequência mais o aumento do controle do que do planejamento nas organizações. Sendo assim, os modelos prescritivos eram inflexíveis em sua implementação e um tanto quanto limitados, fazendo com que fossem um risco para a organização que o implementasse, já que separar a formulação da estratégia faz com que o modelo se distancie do ambiente corporativo real, transformando o processo de formulação de estratégia em uma sequência de atividades de coleta, permitindo que a estrutura interna da organização estivesse erroneamente em segundo plano. Portanto, alguns exemplos de modelos prescritivos para serem destacados são: Modelo SWOT e Modelo Steiner. Por outro lado, levando em consideração as deficiências que foram averiguadas nas escolas de pensamento de estratégia que tinham o modelo prescritivo, alguns autores aprofundaram seus estudos para desenvolver um novo modo de se compreender a estratégia, que ficou conhecido como modelo descritivo. Dessa forma, o modelo descritivo tinha como princípio considerar a estratégia como um componente do ambiente organizacional complexo e imprevisível, sendo assim, seria necessário utilizar a subjetividade humana para dessa forma compreender o contexto externo e as capacidades internas para formulação da estratégia. Portanto, os modelos descritivos de análises de estratégias utilizam das forças existentes nos ambientes externos para se dar a sobrevivência organizacional. Ademais, o modelo integrativo assim como os agrupadores veem o mundo de forma mais simples e precisas, logo, os princípios desse modelo prega por deixar de lado as diferenças da variabilidade em prol do agrupamento global. Desse modo, as organizações geram as suas estratégias levando em consideração o meio em que elas estão inseridas, bem como, os estados contínuos dessa configuração geram períodos de transformação, dessa forma, podem ser explicados pelo ciclo de vida da organização. Sendo assim, o presente estudo mostrou que não existe na atualidade uma definição conceitual que possa ser ensinada como algo certo e determinado, uma vez que, os conceitos e modelos de análise não podem ser aplicados a todos os tipos de organizações. Dessa forma, as organizações não podem optar em utilizas apenas um modelo. Por fim, o artigo “Origens e Fundamentos do Conceito de Estratégia: de Chandler à Porter” é um estudo de fácil leitura, que cumpre com seu objetivo de proporcionar ao leito um aprofundamento sobre o conceito de estratégia, sua origem e fundamentos.
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