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Interpretação textual com habilidades sobre o gênero dissertativo


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Hallanna Christhynne Alves de Sena 23.02
Texto - Herói na contemporaneidade
 Quando eu era criança, passava todo o tempo desenhando super-heróis.
 Recorro ao historiador de mitologia Joseph Campbell, que diferenciava as duas figuras públicas: o herói (figura pública antiga) e a celebridade (a figura pública moderna). Enquanto a celebridade se populariza por viver para si mesma, o herói assim se tornava por viver servindo sua comunidade. Todo super-herói deve atravessar alguma via crucis. Gandhi, líder pacifista indiano, disse que, quanto maior nosso sacrifício, maior será nossa conquista. Como Hércules, como Batman.
Toda história em quadrinhos traz em si alguma coisa de industrial e marginal, ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. Os filmes de super-herói, ainda que transpondo essa cultura para a grande e famigerada indústria, realizam uma outra façanha, que provavelmente sem eles não ocorreria: a formação de novas mitologias reafirmando os mesmos ideais heroicos da Antiguidade para o homem moderno. O cineasta italiano Fellini afirmou uma vez que Stan Lee, o criador da editora Marvel e de diversos heróis populares, era o Homero dos quadrinhos.
        
Toda boa história de super-herói é uma história de exclusão social. Homem-Aranha é um nerd, Hulk é um monstro amaldiçoado, Demolidor é um deficiente, os X-Men são indivíduos excepcionais, Batman é um órfão, Super-Homem é um alienígena expatriado. São todos símbolos da solidão, da sobrevivência e da abnegação humana.
            Não se ama um herói pelos seus poderes, mas pela sua dor. Nossos olhos podem até se voltar a eles por suas habilidades fantásticas, mas é na humanidade que eles crescem dentro do gosto popular. Os super-heróis que não sofrem ou simplesmente trabalham para o sistema vigente tendem a se tornar meio bobos, como o Tocha-Humana ou o Capitão América.
Hulk e Homem-Aranha são seres que criticam a inconsequência da ciência, com sua energia atômica e suas experiências genéticas. Os X-Men nos advertem para a educação inclusiva. Super-Homem é aquele que mais se aproxima de Jesus Cristo, e por isso talvez seja o mais popular de todos, em seu sacrifício solitário em defesa dos seres humanos, mas também tem algo de Aquiles, com seu calcanhar que é a kriptonita. Humano e super-herói, como Gandhi.
            Não houve nenhuma literatura que tenha me marcado mais do que essas histórias em quadrinhos. Eu raramente as leio hoje em dia, mas quando assisto a bons filmes de super-heróis eu lembro que todos temos um lado ingênuo e bom, que pode ser capaz de suportar a dor da solidão por um princípio. 
 CHUÍ, Fernando. Adaptado de http://fernandochui.blogspot.com.
1 - A argumentação se estrutura por meio de diferentes mecanismos discursivos. No quarto parágrafo, o mecanismo empregado consiste na apresentação de:
(X) opinião apoiada em exemplos
(B) alegação partilhada por muitos
(C) construção caracterizada como dialética
(D) definição baseada em elementos válidos.
2 - A utilização de testemunhos autorizados, como o de Fellini, é uma conhecida estratégia retórica. O uso dessa estratégia produz, no texto, o efeito de:
(A) oposição entre estilos diversificados
(B) exemplificação de opiniões variadas
(C) delimitação de um contraponto temporal
(X) confirmação dos posicionamentos do autor.
TEXTO: MATAM OU ENGORDAM?
 Tem uma coisa que os adultos dizem que eu tenho certeza de que aborrece as crianças:
        “Vá lavar as mãos antes de comer! Ela está cheia de micróbios. Não coma esse troço que caiu no chão! Lave logo o machucado, senão os micróbios tomam conta!” Daí a criança vai logo pensando: “Coisa chata essa de micróbio!” E eles vão ficando com essa fama de monstrinhos, sempre prontos a atacar em caso de desleixo.
Mas sem micróbios e bactérias também não dá para viver, porque há um montão deles que são essenciais para manter vida em nosso planeta. Quando a gente vai lavar as mãos antes de comer fica até meio desapontado, pois não vê micróbio nenhum. E acha aquilo um exagero. É que os micróbios são microscópicos.
        Os micróbios – não há como negar – são responsáveis por uma série de aborrecimentos: gripe, sarampo, tifo, malária, febre amarela, paralisia infantil e um bocado de coisas mais. Mas também há inúmeros micróbios benéficos, que decompõem o corpo morto das plantas e animais, transformando suas moléculas complexas em moléculas pequenas, aproveitáveis na nutrição das plantas.
        O vilão de nossa história, portanto, não é totalmente malvado. Se ele desaparecesse, nós também acabaríamos junto com e Adaptado: (Ciência hoje das crianças. Rio de JSBPC, ano 6. n. 30, p. 20-23).
01 - O assunto do texto é:
a)    A chatice dos micróbios.
b)    A falta dos micróbios.
X)    O papel dos micróbios.
d)    O desaparecimento dos micróbios.
Desc. - Identificar um tema ou sentido global de um texto.
02– Leia o trecho abaixo retirado do texto:
No trecho: “... mas também há inúmeros micróbios benéficos, que decompões o corpo morto das plantas e animais...”, a palavra grifada significa:
a)    Que fazem mal.
b)    Que causam aborrecimentos.
X)    Que fazem bem.
d)    Que provocam doenças.
Desc. 5 Inferir o sentido de palavra ou expressão.
03 – Na frase: “E eles vão ficando com essa fama de monstrinhos, sempre prontos a atacar em caso de desleixo.” O termo destacado refere-se:
a)    Adultos.
b)    Crianças.
X)    Micróbios.
d)    Adultos e crianças.
Desc. 15 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para sua continuidade.
PARA INTERPRETAR MELHOR.
 Aquisição à vista. A Bauducco, maior fabricante de panetones do país, está negociando a compra de sua maior concorrente, a Visconti, subsidiária brasileira da italiana Visagis. O negócio vem sendo mantido sob sigilo pelas duas empresas em razão da proximidade do Natal. Seus controladores temem que o anúncio dessa união - resultando numa espécie de AmBev dos panetones - melindre os varejistas.  (Cláudia Vassallo, na Exame, dez./99).
1) As duas empresas de que fala o texto são: 
a) Bauducco e Visagis 
b) Visconti e Visagis 
c) AmBev e Bauducco 
X) Bauducco e Visconti 
e) Visagis e AmBev
2) A aproximação do Natal é a causa: 
a) da compra da Visconti 
X) do sigilo do negócio 
c) do negócio da Bauducco 
d) do melindre dos varejistas 
e) do anúncio da união.
3) Uma outra causa para esse fato seria: 
a) a primeira colocação da Bauducco na fabricação de panetones 
b) o fato de a Visconti ser uma multinacional 
c) o fato de a AmBev entrar no mercado de panetones 
X) o possível melindre dos varejistas 
e) o fato de a Visconti ser concorrente da Bauducco
4) Por “aquisição à vista” entende-se, no texto: 
a) que a negociação é provável. 
b) que a negociação está distante, mas vai acontecer. 
c) que o pagamento da negociação será feito em uma única parcela. 
d) que a negociação dificilmente ocorrerá. 
x) que a negociação está próxima.
Leia o texto abaixo:
Os filhos podem dormir com os pais? (Fragmento) 
Maria Tereza – Se é eventual, tudo bem. Quando é sistemático, prejudica a intimidade do casal. De qualquer forma, é importante perceber as motivações subjacentes ao pedido e descobrir outras maneiras aceitáveis de atendê-las. Por vezes, a criança está com medo, insegura, ou sente que tem poucas oportunidades de contato com os pais. Podem ser criados recursos próprios para lidar com seus medos e inseguranças, fazendo ela se sentir mais competente. 
Posternak – Este hábito é bem freqüente. Tem a ver com comodismo – é mais rápido atender ao pedido dos filhos que agüentar birra no meio da madrugada; e com culpa – “coitadinho, eu saio quando ainda dorme e volto quando já está dormindo”. O que falta são limites claros e concretos. A criança que “sacaneia” os pais para dormir também o faz para comer, escolher roupa ou aceitar as saídas familiares. (ISTOÉ, setembro de 2003 -1772.).
1 - O argumento usado para mostrar que os pais agem por comodismo encontra-se na alternativa:(X) a birra na madrugada é pior. (B) a criança tem motivações subjacentes.
(C) o fato é muitas vezes eventual. (D) os limites estão claros.
Leia o texto: Necessidade de alegria 
O ator que fazia o papel de Cristo no espetáculo de Nova Jerusalém ficou tão compenetrado da magnitude da tarefa que, de ano para ano, mais exigia de si mesmo, tanto na representação como na vida rotineira. 
Não que pretendesse copiar o modelo divino, mas sentia necessidade de aperfeiçoar-se moralmente, jamais se permitindo a prática de ações menos nobres. E exagerou em contenção e silêncio. 
Sua vida tornou-se complicada, pois os amigos de bar o estranhavam, os colegas de trabalho no escritório da Empetur (Empresa Pernambucana de Turismo) passaram a olhá-lo com espanto, e em casa a mulher reclamava do seu alheamento. 
No sexto ano de encenação do drama sacro, estava irreconhecível. Emagrecera, tinha expressão sombria no olhar, e repetia maquinalmente as palavras tradicionais. Seu desempenho deixou a desejar. 
Foi advertido pela Empetur e pela crítica: devia ser durante o ano um homem alegre, descontraído, para tornar-se perfeito intérprete da Paixão na hora certa. Além do mais, até a chegada a Jerusalém, Jesus era jovial e costumava ir a festas. 
Ele não atendeu às ponderações, acabou destituído do papel, abandonou a família, e dizem que se alimenta de gafanhotos no agreste. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei.2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 56).
1 - Qual é a informação principal no texto “Necessidade de alegria”?
(A) A arte de representar exige compenetração.
(B) O ator pode exagerar em contenção e silêncio.
(x) O ator precisa ser alegre.
(D) É necessário aperfeiçoar-se.
O mercúrio onipresente
(Fragmento)
Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter descoberto tudo o que é preciso para controlá-los, eles voltam a atacar. Quando removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge nos encanamentos envelhecidos. Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários, contaminam o lençol freático. Mas ao menos acreditávamos conhecer bem o mercúrio. Apesar de todo o seu poder tóxico, desde que evitássemos determinadas espécies de peixes nas quais o nível de contaminação é particularmente elevado, estaríamos bem. [...]. 
Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma série de estudos recentes sugere que o metal potencialmente mortífero está em toda parte — e é mais perigoso do que a maioria das pessoas acredita. (Jeffrey Kluger. IstoÉ. nº 1927, 27/06/2006, p.114-115).
1 - A tese defendida no texto está expressa no trecho:
(A) as substâncias tóxicas, em aterros, contaminam o lençol freático.
(B) o chumbo da gasolina ressurge com a ação do tempo. 
(C) o mercúrio apresenta alto teor de periculosidade para a natureza.
(x) o total controle dos venenos ambientais é impossível.