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Semana 2 1º Manifestações clínicas do refluxo gastroesofágico nas diferentes fases da vida. 2º Como preencher uma declaração de nascido vivo. Entendendo a escala de APGAR. ______________________________________________________________________________________________ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DRGE NAS DIFERENTES FASES DA VIDA O refluxo gastroesofágico (RGE) consiste na passagem do conteúdo do estômago para o esôfago, com ou sem exteriorização em forma de regurgitações e/ou vômitos. É um evento fisiológico normal que ocorre em todos os indivíduos, principalmente em bebês, nos quais resolve espontaneamente no primeiro ano de idade, na maioria dos casos. Pode ser um processo considerado normal, fisiológico, que ocorre várias vezes ao dia em lactentes, crianças, adolescentes e adultos, quando não ocasiona sintomas. A doença do refluxo gastroesofágico – DRGE - ocorre quando o refluxo causa sintomas ou complicações, que se associam a problemas e a alterações na qualidade de vida do paciente DRGE EM CRIANÇAS: O refluxo fisiológico do lactente raramente inicia antes de 1 semana de vida ou após os 6 meses. O RGE é a condição que mais comumente acomete o esôfago e uma das queixas mais frequentes em consultórios de Pediatria e de Gastroenterologia Pediátrica. É normal vomitar e regurgitar nos primeiros meses de vida. Se a criança estiver ganhando peso adequadamente e não tiver sintomas são chamados “vomitadores felizes”, pois vomitam ou regurgitam e estão sempre bem, sem sintomas e crescendo normalmente. Portanto, o refluxo é essencialmente uma consequência de mecanismos normais de acontecimentos normais da vida do bebê e em alguns casos, a minoria merece tratamento. Esse processo acontece porque ele ainda apresenta imaturidade nos principais mecanismos anti- regurgitação, o que se associa ao fato de ficar na posição mais deitada e sempre ingerir maior quantidade ou volume de alimentos. O refluxo se torna doença quando começa a atrapalhar o crescimento e o desenvolvimento normal da criança ou quando piora a qualidade de vida do lactente. Nestas situações, sua presença está relacionada à: perda de peso ou ainda dificuldades para ganho de peso, choro, irritabilidade, recusa alimentar, anemia e vômitos com sangue. Todos esses pontos podem ser sintomas de refluxo-doença. Isso acontece porque o ácido que volta do estômago está vencendo os mecanismos de defesa e está fazendo mal para o esôfago ou provocando alguma lesão e desencadeando os sintomas. Existem alguns grupos com maior risco para apresentar a doença do refluxo (DRGE). Entre eles, estão os formados por crianças que tem problemas neurológicos, prematuros, obesos e portadores de doenças pulmonares, como a fibrose cística ou displasia broncopulmonar. Também estão mais suscetíveis os que apresentam ou tiveram malformações congênitas do sistema digestório (hérnia hiatal, hérnia diafragmática, atresia esofágica, fistula traqueoesofágica). DRGE EM ADULTOS E IDOSOS: Numerosos fatores podem contribuir para o refluxo se tornar patológico, merecendo destaque as aberturas ou relaxamentos transitórios do esfíncter inferior do esôfago. Esses relaxamentos ocorrem independentemente da deglutição e podem estar relacionados com hipotensão do esfíncter. Outra causa facilitadora da DRGE é a presença de hérnia de hiato, principalmente de grande tamanho. As principais manifestações clínicas típicas da DRGE são divididas em típicas e atípicas: São considerados sintomas típicos: Pirose: também chamada de azia, é a sensação de queimação na região central do peito, que pode irradiar da parte superior do estômago até o pescoço. Regurgitação: definida como a percepção do fluxo do conteúdo gástrico refluído para boca. As manifestações atípicas da DRGE são: Dor torácica não cardíaca (DTNC); Globus faringeus Asma; Tosse crônica; Fibrose pulmonar idiopática; Apneia do sono. ______________________________________________________________________________________________ COMO PREENCHER UMA DECLARAÇÃO DE NASCIDO VIVO. A Declaração de Nascido Vivo (DN), criada em 1990, é documento padronizado pelo Ministério da Saúde (MS) e de uso obrigatório em todo o território nacional para que ocorra o registro civil da criança. Os formulários são pré- numerados, apresentados em três vias e devem ser preenchidos para todos os nascidos vivos, quaisquer que sejam as circunstâncias de ocorrência do parto: hospitais, maternidades, serviços de urgência/ emergência, domicílio, vias públicas, veículos de transporte, etc. Nascimento vivo: “é a expulsão ou extração completa, do corpo da mãe, independentemente da duração da gestação, de um produto de concepção, o qual, depois da separação, respire ou dê qualquer outro sinal de vida, tal como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical estando ou não desprendida a placenta. Cada produto de um nascimento que reúna essas condições se considera como uma criança viva” (Organização Mundial da Saúde, 1995). Óbito Fetal ou Nascido Morto ou Natimorto: “é a morte de um produto da concepção, antes da expulsão ou da extração completa do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez. Indica o óbito o fato de o feto, depois da separação, não respirar nem apresentar nenhum outro sinal de vida, como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária”. (Organização Mundial da Saúde, 1995). O Ministério da Saúde é responsável pela impressão e distribuição gratuita dos formulários da DN a todas as Secretarias Estaduais e Municipais da Saúde Cada formulário de DN é composto de 3 vias e cada uma delas tem o seguinte destino: Via branca: de acordo com o responsável pela emissão da DN, seguirá o fluxo descrito abaixo: o Estabelecimentos de Saúde que realizam partos, enviar para Supervisão Técnica de Saúde de sua região. o Cartórios de Registro Civil da capital e profissionais cadastrados que prestam assistência nos partos domiciliares, encaminhar para Gerência do SINASC. Via amarela: Entregar ao pai ou responsável legal para assentamento do nascimento em cartório e obtenção da certidão de nascimento. Via rosa: Arquivar no prontuário da gestante ou do recém-nascido. Parto domiciliar em que, posteriormente, mãe ou recém-nascido, recebam assistência hospitalar: o estabelecimento de saúde prestador da assistência preencherá a DN. Parto domiciliar sem assistência ou realizado com profissional não cadastrado na SMS: o Cartório de Registro Civil da capital preencherá a DN, com os dados fornecidos pelo declarante. Parto domiciliar com assistência de profissional da saúde cadastrado na SMS: O próprio profissional preencherá o formulário da DN. A DN pode ser preenchida por pessoa previamente treinada para esse fim: enfermeiro, membro da equipe de enfermagem, médico, pessoal administrativo. O registro das informações no hospital pode ser dificultado pelo fluxo inadequado, em especial, quando diferentes pessoas coletam e preenchem os dados da DN. É imprescindível haver comunicação entre os setores responsáveis a fim de evitar distorções ou o não preenchimento de algum campo. Com a inclusão de novos campos na DN e exclusão das impressões polegar da mãe e plantar do RN, fica contraindicado o preenchimento da DN no pré-parto, durante o parto e pós-parto imediato. Recomenda-se que o preenchimento da declaração seja feito: Por uma única pessoa No mínimo após a segunda avaliação do RN realizada pelo neonatologista, que ocorre geralmente 6 horas após o nascimento, ou próximo à alta da mãe. Outros aspectos que devem ser observados: A DN não pode conter rasuras. Caso isto ocorra, as três vias devem ser anuladas e devolvidas à Secretaria Municipal da Saúde para conferência e cancelamento; O preenchimento deve ser feito com letra legível (cursiva ou de forma), utilizando caneta esferográfica; Nenhumcampo deverá ser deixado em branco, exceto o bloco VIII, exclusivo para uso dos cartórios. Quando a informação for ignorada, preencher com traço (-). BLOCO I – Recém nascido: Campo 1 : Nome do Recém-Nascido Preencher por extenso, sem abreviações, o nome da criança escolhido pela família. Esclarecer que o nome informado na DN será aquele que constará na Certidão de Nascimento. Sugerimos perguntar à mãe se o pai também concorda com o nome escolhido, para evitar cancelamento de DN. Campo 2 – Data e hora do Nascimento Registrar a data do nascimento: dia, mês e ano (dd/mm/aaaa) e a hora precisa em que ocorreu o parto, inclusive os minutos (hh/mm). Campo 3 – Sexo Assinalar com um “X” a casela correspondente ao sexo da criança. A opção “ignorado” só será aceita quando houver presença de anomalia congênita compatível, que deve ser informada nos campos 6 e 41. Campo 4 - Peso ao Nascer (em gramas) Informar o peso em gramas, preenchendo as quatro caselas. O peso pode ser tomado até a 5ª hora após o nascimento e ser incluído na DN. Ao digitar no SINASC, o peso ignorado deverá ser deixado em branco. Muita atenção para não confundir os valores do peso com a hora do nascimento !! Campo 5 - Índice de Apgar Anotar os valores medidos nos 1° e 5° minutos de vida. Se o dado for ignorado preencher a casela com traço. Ao digitar no SINASC, essa informação ignorada terá o código 99. A descrição do Índice de Apgar está no Anexo III Campo 6 – Detectada alguma anomalia ou defeito congênito? Este campo apresenta as opções de resposta: sim, não e ignorado. Na identificação de qualquer anomalia ou defeito congênito, preencher “sim” e descrevê-la no campo 41. BLOCO II - Local da Ocorrência: Relativo ao local onde ocorreu o parto Campo 7 - Local da Ocorrência É indispensável assinalar com um "X" a casela correspondente ao local onde ocorreu o parto: 1. Hospital: se o nascimento ocorreu em um estabelecimento de saúde que tem por finalidade básica prestar assistência médica permanente, em regime de internação. 2. Outros estabelecimentos de saúde: se o nascimento ocorreu em outros estabelecimentos que prestam atenção à saúde coletiva ou individual, que não sejam hospitais. 3. Domicílio: se o nascimento ocorreu no domicílio. 4. Outros: se o nascimento ocorreu em via pública, interior de veículo, escola, empresa, etc. 9. 5. Ignorado: se não for possível identificar onde ocorreu o nascimento ( ex.RN abandonado). Campos 8 a 12 – Estabelecimento de ocorrência do parto Informar nome do estabelecimento de saúde, número do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES e endereço completo de onde ocorreu o parto (logradouro, n°, CEP, município). Em caso de parto ocorrido em domicílio, via pública, outros, preencher sempre que possível o endereço onde ocorreu o fato (campos 8 a 12). BLOCO III - Mãe: Refere-se aos dados gerais da mãe e da história reprodutiva BLOCO IV – Nome e idade do pai BLOCO V - Gestação e Parto: Refere-se às características da gestação e do parto As informações dos campos 35 ao 40 devem ser baseadas no prontuário. BLOCO VI – Anomalia Congênita Este Bloco, com apenas um campo e de natureza descritiva, será preenchido quando o campo 6 do Bloco I tiver assinalada a opção “1. Sim”. Campo 41: Descrever todas as anomalias ou defeitos congênitos observados Devem ser informadas as anomalias ou defeitos congênitos verificados pelo responsável pelo parto ou pelo neonatologista. Devem ser registradas todas as anomalias observadas, sem hierarquia ou tentativa de agrupá-las em síndromes, priorizando a descrição constante da relação de códigos da Classificação Internacional das Doenças (CID-10) - 10ª revisão. O pediatra ou neonatologista saberá indicar corretamente o código da anomalia ou defeito congênito. Em caso de dúvida contatar a Gerencia do SINASC. BLOCO VII – Identificação do responsável pelo preenchimento da DN (Campos 42 a 47) Refere-se à identificação do responsável pelo preenchimento da DN, constando de seis campos. BLOCO VIII – Cartório (Campos 48 a 52) Este Bloco, com cinco campos, se destina a colher os dados referentes ao Cartório de Registro Civil onde foi efetuado o registro do nascimento, bem como o número e data do registro. A responsabilidade pelo seu preenchimento é exclusiva do Oficial do Registro Civil (Cartórios). ______________________________________________________________________________________________ ENTENDENDO A ESCALA DE APGAR
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