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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Clínica Cirúrgica I Professor (es): Período: 202302 Turma: Data: N1 ESPECÍFICA_CC 1_26SET2023.2 RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 09385 - CADERNO 001 1ª QUESTÃO Enunciado: O preparo do paciente pré-operatório é etapa de suma importância para o bom desfecho do procedimento cirúrgico. Analise as assertivas abaixo, relacionadas ao preparo do sítio cirúrgico: I - A tricotomia deve ser realizada no local a ser operado , sempre na véspera da cirurgia, com o cuidado de utilizar lâminas estéreis e descartáveis para sua realização. II - A antissepsia do local a ser operado deve ser realizada com sabão detergente antisséptico, seguido da antissepsia com álcool, independente do local a ser abordado. III - Soluções formuladas a base de álcool iodado podem desencadear alergias na pele e não devem ser aplicadas em regiões como genitálias, face e mucosas. Está correto o que se afirma em: Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Apenas III está correta. (alternativa B) I e II estão corretas. (alternativa C) Apenas I está correta. (alternativa D) II e III estão corretas. Resposta comentada: Formulações a base de álcool não devem ser utilizadas em äreas como genitália, face e mucosas. A tricotomia com aparação dos pêlos deve ser realizada no momento da cirurgia e já no centro cirúrgico. GOFFI, Fábio Schmidt. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiológicas e técnicas da cirurgia. São Paulo: Atheneu, 2007. MARQUES, R. G. Técnica operatória e cirurgia experimental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 1 de 12 2ª QUESTÃO Enunciado: Ao final da cirurgia, a família aguarda ansiosa pela saída da criança do centro cirúrgico. A criança tinha tido um trauma ocular e seria submetida a uma cirurgia de descolamento de retina. Mas ao receber a criança os pais notaram que o curativo estava no olho direito e pediram explicações, já que a cirurgia era para ser no olho esquerdo. Surpreendentemente a família foi notificada que a cirurgia foi suspensa porque o anestesista havia anestesiado o olho saudável. Embasado nas metas internacionais de segurança ao paciente, como esta situação poderia ter sido evitada? Alternativas: -- Resposta comentada: A situação acima descrita poderia ter sido evitada, executando a Meta 4 (Metas Internacionais da Segurança do paciente) com medidas adotadas para redução do risco de eventos adversos que podem acontecer antes, durante e depois das cirurgias. A lateralidade (qual olho a ser operado) poderia ser resolvida com a confirmação ANTES da anestesia e da cirurgia. A pessoa que coordena a Lista de Verificação, ou outro membro da equipe, pediria a todos os presentes na sala de operações para pararem e confirmarem, verbalmente, o nome do doente, a cirurgia a ser realizada, o local da cirurgia e, se apropriado, o posicionamento do doente, a fim de evitar operar o doente errado no local errado. Referência: Lista de verificação de segurança cirúrgica da OMS: http:www.who.int/patientsafety/ safetysurgery/checklist/en/index.html, Organização Mundial de Saúde 2009 3ª QUESTÃO 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 2 de 12 Enunciado: A cirurgia de remoção de vesícula do paciente M.S.F. foi indicada pelo S.M. Toda a equipe estava na sala e já à disposição para iniciar o procedimento. Após a J.L. garantir que o paciente estava anestesiado e os sinais vitais estabilizados, A.N. ajudou paramentar a equipe cirúrgica e P.B. fez a antissepsia e colocou os campos operatórios. Durante a cirurgia, R.T. ajudou nas manobras de afastamento dos tecidos e cortou os fios excedentes. C.R. atenta, manteve as agulhas e fios preparados para cada momento do procedimento cirúrgico. Em um dado momento, o S.M. teve um contratempo e P.B. assumiu a cirurgia e R.T. continuou ajudando a cortar os fios excedentes. Felizmente a cirurgia finalizou sem mais intercorrências. Correlacione a coluna de nomes com a coluna de papéis de cada um integrante da equipe relatada acima e defina a relação correta. INTEGRANTE PAPEL 1 S.M. A Segundo auxiliar 2 J.L. B Primeiro auxiliar 3 A.N. C Anestesista 4 P.B. D Cirurgião 5 R.T. E Circulante 6 C.R. F Instrumentador 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 3 de 12 Alternativas: (alternativa A) 1-D, 2-B, 3-F, 4-A, 5-B, 6-C (alternativa B) 1-A, 2-C, 3-E, 4-D, 5-B, 6-F (alternativa C) (CORRETA) 1-D , 2-C, 3-E, 4-B, 5-A, 6-F (alternativa D) 1-B, 2-E, 3-F, 4- D,5-A, 6-C 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 4 de 12 Resposta comentada: S.M é o cirurgião J.L é o anestesista A.N. o circulante da sala P.B. o primeiro auxiliar R.T. o segundo auxiliar C.R. a instrumentadora As atribuições do cirurgião se iniciam no pré-operatório e continuarão até o acompanhamento pós-operatório do paciente. Ele que indica a intervenção cirúrgica, decide sobre o momento mais oportuno para sua realização, executa o ato operatório e assume qualquer tipo de complicação. O primeiro auxiliar complementa diretamente o desempenho do cirurgião e frequentemente, ele é o responsável pelo preparo pré-operatório imediato do paciente na sala cirúrgica e por realizar a anti-sepsia e colocação dos campos operatórios. Ele deve proporcionar boa visualização do campo operatório com compressas, afastadores e outros instrumentos e ante a impossibilidade eventual e inesperada do cirurgião, ser capaz de assumir inteiramente o procedimento. Na ausência do segundo auxiliar, realiza corte do excedentes dos fios de sutura. O Segundo auxiliar nas manobras de afastamento, realiza o corte do excedente dos fios de sutura, propicia maior liberdade ao primeiro auxiliar para exercer suas funções e substitui o primeiro auxiliar ou instrumentador durante o procedimento se for necessário. O anestesista faz visita pré-anestésica para inteirar-se das condições clínicas do paciente e da operação proposta e deve inteirar-se com o cirurgião sobre a estratégia planejada. Ele tem garantir a disponibilidade de via adequada para infusão endovenosa e controle da pressão arterial média e outros parâmetros e ministrar técnica anestésica que julgar mais apropriada para o ato que se propõe realizar O instrumentador deve conhecer os instrumentos necessários para cada operação e preparar a mesa de instrumentos, os dispondo em ordem e manter preparadas as agulhas e fios adequados a cada tempo da cirurgia. O circulante auxilia no encaminhamento do paciente para a SO e da maca para a mesa cirúrgica, garantindo a privacidade dos pacientes. Auxilia na paramentação da equipe cirúrgica e abre corretamente os materiais estéreis. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: GOFFI, Fábio Schmidt. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiológicas e técnicas da cirurgia. São Paulo: Atheneu, 2007. 4ª QUESTÃO 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 5 de 12 Enunciado: A escolha do fio cirúrgico adequado é indispensável para uma boa cicatrização, visto que cada fio tem sua particularidade. Nesse sentido, analise as assertivas abaixo, relacionadas aos fios cirúrgicos, e marque a opção correta. Alternativas: (alternativa A) Os fios inabsorvíveis são sempre a primeira escolha para sutura de pele e aponeuroses. (alternativa B) Os fios multifilamentares, apresentam maior memória, necessitando um número maior de nós para fixação. (alternativa C) Os fios absorvíveis em geral, possuem tempos semelhantes de absorção e força tênsil. (alternativa D) (CORRETA) Os fios monofilamentares geram menor reação tecidual e costumam ter melhor resultado estético. Resposta comentada: Os fios absorvíveis possuem grande variação em seu tempo de absorção e força tênsil. Os fios monofilamentares desencadeiam menor reação tecidual , levando a um melhor resulatdo estético. Fios multifilamnetares apresentam menor memória e menor necessidade de nós para fixação. GOFFI, Fábio Schmidt. Técnica cirúrgica: bases anatômicas,fisiológicas e técnicas da cirurgia. São Paulo: Atheneu, 2007. CIOFFI, William. Atlas de Traumas e Técnicas Cirúrgicas em Emergência. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595156661. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156661/. Acesso em: 28 mar. 2023 MARQUES, R. G. Técnica operatória e cirurgia experimental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 5ª QUESTÃO Enunciado: Em um centro cirúrgico, um estudante de medicina observou que a equipe de médicos e enfermeiros que se encontravam na sala operatória estavam utilizando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como tocas e máscaras. Além disso, notou que o cirurgião principal, o auxiliar e o instrumentador estavam de óculos, realizaram a escovação cirúrgica das mãos, utilizaram luvas estéreis, fizeram uso de instrumentos cirúrgicos estéreis e lançaram mão de agentes antissépticos durante o preparo da pele do paciente. Com base no caso apresentado e sobre os conceitos de antissepsia e assepsia, assinale a alternativa correta: 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 6 de 12 Alternativas: (alternativa A) O uso de luvas estéreis e a esterilização completa dos instrumentos cirúrgicos envolveu o conceito de antissepisa. (alternativa B) A utilização de agentes antissépticos na pele do paciente pode ser considerada uma técnica de assepsia. (alternativa C) O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) como óculos de proteção foi essencial para garantir a assepsia da sala operatória. (alternativa D) (CORRETA) A escovação das mãos exigiu a utilização de técnicas de antissepsia, visando a redução de microrganismos na pele da equipe cirúrgica. Resposta comentada: Antissepsia envolve a redução de microrganismos na pele do paciente e da equipe cirúrgica, enquanto assepsia envolve a criação de um ambiente cirúrgico estéril. Ambos os conceitos são fundamentais para prevenir infecções e garantir a segurança do paciente durante procedimentos invasivos. A utilização de agentes antimicrobianos na pele do paciente pode ser considerada um ato de antissepsia. O uso de luvas estéreis é um e a esterilização completa dos instrumentos cirúrgicos envolve o conceito de assepisa. A escovação das mãos requer a utilização de técnicas de antissepsia, visando a redução de microrganismos na pele da equipe cirúrgica. (CORRETO) O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) como óculos de proteção é realizado para reduzir o risco de contaminação e não para assepsia. Referência MORIYA I, MODENA JLP. ASSEPSIA E ANTISSEPSIA: TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO. MEDICINA (RIBEIRÃO PRETO). 2008; 41 (3): 265-73. 6ª QUESTÃO Enunciado: Um determinado paciente foi submetido à cirurgia urológica que necessitou abertura da bexiga. Para rafia da parede vesical, no entanto, foi utilizado o fio de sutura Poliglactina 910. Consideradas as suas propriedades e as características do órgão envolvido, a escolha da Poliglactina 910 se baseou principalmente no fato de: 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 7 de 12 Alternativas: (alternativa A) gerar pouca reação inflamatória, por não conter antígenos e pirógenos, favorecendo a cicatrização. (alternativa B) (CORRETA) ter absorção completa, em tempo previsível, sem deixar elemento litogênico, formador de cálculo. (alternativa C) ser multifilamentar, com maior flexibilidade e maleabilidade, o que o torna seu manuseio mais fácil. (alternativa D) possuir pequena capilaridade, pela associação de acido lático, dificultando a penetração de fluidos. Resposta comentada: Dentre as várias recomendações sobre a escolha de um fio de sutura, uma “diz respeito ao uso de material estranho na presença de fluidos corporais com alta concentração de cristalóides e em que possa ocorrer a litogênese, como nos tratos urinário e biliar. Em suturas nesses locais, deve-se optar pelo uso de material absorvível em médio espaço de tempo, como fios de ácido poliglicólico ou poliglactina 910, e, ao menos teoricamente, nunca utilizar fios não absorvíveis que possam atuar como nicho para precipitação de cristalóides e formação de cálculos”. - MARQUES, R. G. Técnica operatória e cirurgia experimental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 7ª QUESTÃO Enunciado: Um paciente chega ao serviço de pronto socorro com história de uma queda de bicicleta há 1 hora. Refere que bateu a cabeça em pequenas pedras de um terreno baldio. Apresenta um ferimento cortante na face, que se inicia no supercílio direito e se estende até a linha média, fazendo um semicírculo na região frontal. O cirurgião que o atende deve abordar o ferimento da seguinte maneira, antes de realizar a sutura: Alternativas: (alternativa A) Tricotomia do supercílio e antissepsia com clorexidina alcoólica. (alternativa B) Tricotomia do supercílio e lavagem com PVPI degermante. (alternativa C) Degermação com PVPI degermante e antissepsia com clorexidina aquosa. (alternativa D) (CORRETA) Degermação com clorexidina degermante e enxague com soro fisiológico. 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 8 de 12 Resposta comentada: O preparo da pele deve ser feito em duas fases: degermação e antissepsia, utilizando-se em ambas as fases, soluções com o mesmo princípio ativo. (Então não se mistura no mesmo processo, o iodo e a clorexidina) MARQUES, R. G. Técnica operatória e cirurgia experimental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Pag.291 Os cílios e sobrancelhas nunca deverão ser removidos no preparo pré-operatório da pele. (Então a tricotomia não deve ser realizada nesse caso) SAVASSI-ROCHA, Paulo R.; SANCHES, Soraya Rodrigues de A.; SAVASSI-ROCHA, Alexandre L. Cirurgia de Ambulatório. MedBook Editora, 2013. P.12. E-book. ISBN 9786557830215. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 19 ago. 2023. 8ª QUESTÃO Enunciado: Durante uma cirurgia de reconstrução de trânsito intestinal, o cirurgião se depara com diversas situações e deve utilizar corretamente os conceitos e instrumentais cirúrgicos. Sobre essas ações, avalie as assertivas abaixo: I. Ao fazer uma incisão no abdômen, o cirurgião está realizando uma diérese utilizando comumente o bisturi. II. Ao separar delicadamente aderências teciduais, está também realizando uma forma de diérese, muitas vezes com o auxílio de uma tesoura. III. Quando o cirurgião controla um sangramento de um vaso sanguíneo, ele está executando a hemostasia, frequentemente com o uso de uma pinça hemostática. IV. Utilizar uma pinça de kocher para controlar um sangramento é uma técnica comum de hemostasia. V. Fechar uma incisão usando suturas é uma ação de síntese, onde se utiliza o porta-agulha. VI. As suturas manuais são muitas vezes utilizadas para diérese em cirurgias abdominais. Alternativas: (alternativa A) II, III, IV estão corretas (alternativa B) I, III, V estão corretas (alternativa C) II, IV, V estão corretas (alternativa D) (CORRETA) I, II, III, V estão corretas 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 9 de 12 Resposta comentada: Esta questão apresenta situações relacionadas à avaliação e aplicação dos conceitos de diérese, hemostasia e síntese durante uma cirurgia de reconstrução de trânsito intestinal. Vamos analisar cada assertiva e avaliar o gabarito correto (alternativa b): I) Correta. A realização de uma incisão no abdômen é um exemplo clássico de diérese, o processo de corte e separação de tecidos para acessar a área de interesse. II) Correta. Separar delicadamente aderências teciduais é outra forma de diérese, pois envolve a separação de tecidos que estão aderidos. A tesoura é um instrumento comum para essa finalidade. III) Correta. Controlar o sangramento de um vaso sanguíneo é um aspecto crucial da hemostasia, que envolve a cessação do sangramento. IV) Incorreta. Utilizar uma pinça de Kocher para controlar sangramento é um exemplo de preensão, não de hemostasia. A hemostasia envolve técnicas para parar o sangramento, enquanto a preensãoenvolve segurar ou agarrar tecidos. V) Correta. Fechar uma incisão com suturas é uma ação de síntese, que envolve a aproximação e união de tecidos previamente separados. O porta-agulhas é um instrumento comum para manipular as agulhas de sutura. VI) Incorreta. As suturas manuais são usadas para a síntese, não para a diérese. Na diérese, os tecidos são separados para acessar a área operatória, enquanto na síntese, os tecidos são unidos após a conclusão da cirurgia. GOFFI, Fábio Schmidt. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiológicas e técnicas da cirurgia. São Paulo: Atheneu, 2007. 9ª QUESTÃO Enunciado: Um paciente foi encaminhado para uma cirurgia eletiva para a retirada de uma lesão na pele do braço direito. O cirurgião orientou o médico residente sobre a importância de manter as condições de assepsia e antissepsia adequadas durante todo o procedimento. Explique a diferença entre antissepsia e assepsia e justifique qual substância antisséptica adequada para o procedimento cirúrgico descrito no caso clínico. Alternativas: -- 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 10 de 12 Resposta comentada: A assepsia se refere à ausência total de micro-organismos em um determinado ambiente, enquanto a antissepsia é a aplicação de substâncias químicas em tecidos vivos ou superfícies da pele para matar ou inibir o crescimento de micro-organismos. Para escolher uma substância antisséptica adequada para um procedimento, é importante levar em consideração o tipo de procedimento, o local do corpo em que será realizado e a sensibilidade do paciente. Para a limpeza de ferimentos, uma solução de clorexidina ou iodopovidona seria mais apropriada, pois têm uma ampla atividade antimicrobiana e são menos irritantes para a pele. Tanto o PVPI (polivinilpirrolidona-iodo) quanto a clorexidina são amplamente utilizados como agentes antissépticos em procedimentos cirúrgicos. Eles são escolhidos porque são capazes de eliminar uma ampla variedade de microrganismos, incluindo bactérias, fungos e vírus. O PVPI é um antisséptico de amplo espectro que possui ação rápida e prolongada. Ele é altamente eficaz contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, fungos e vírus envelopados. Além disso, o PVPI possui baixa toxicidade e não causa irritação significativa na pele. Já a clorexidina é um antisséptico que possui uma ação residual prolongada, ou seja, sua ação antimicrobiana permanece por um período prolongado após a aplicação. Além disso, ela possui atividade contra uma ampla variedade de microrganismos, incluindo bactérias gram-positivas e gram-negativas, fungos e vírus. A clorexidina é menos irritante do que o PVPI. Referência: OLIVEIRA, Adriana Cristina de; SILVA, Maria Virginia Godoy da. Teoria e Prática na Prevenção da Infecção do Sítio Cirúrgico. São Paulo: Editora Manole, 2015. E-book. ISBN 9788520451588. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451588/. Acesso em: 08 mar. 2023. 10ª QUESTÃO Enunciado: Paciente, 32 anos, dá entrada no pronto atendimento apresentando ferida corto-contusa de aproximadamente 2 cm em região dorsal de primeiro dedo de mão direita após acidente com faca. Paciente apresenta sangramento ativo e dor. Marque a alternativa correta sobre o uso da anestesia antes de realizar a sutura: 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 11 de 12 Alternativas: (alternativa A) em razão do tempo necessário para realizar esta sutura e dor posterior ao procedimento, devemos realizar a anestesia com bupivacaína pois ela possui um tempo de ação maior. (alternativa B) (CORRETA) por se tratar de uma extremidade corporal (dedo), não deve ser realizada anestesia com vasoconstrictor pelo risco de necrose de extremidade. (alternativa C) em razão do sangramento ativo deve ser utilizada lidocaína com vasoconstrictor para facilitar a sutura e inibir o sangramento apresentado. (alternativa D) extremidades como dedos devem ser anestesiadas somente por bloqueio troncular, sendo contraindicada a anestesia por infiltração na ferida. Resposta comentada: Não deve ser utilizado anestésico local com vasoconstrictor em extremidades devido ao risco de necrose de pele. Esta é uma ferida de cerca de 2cm, a sutura será rápida e não há necessidade de um anestésico de longa duração como a bupivacaína. Não há contraindicação em se realizar infiltração anestésica da ferida em dedo, entretanto é mais utilizado o bloqueio troncular pela facilidade e eficácia da anestesia. Referência: GOFFI, Fabio Schmidt. Tecnica cirurgica: bases anatomicas, fisiologicas e tecnicas da cirurgia. Sao Paulo: Atheneu,2007 000093.850011.3c5b96.0870c6.19cdc0.78f7ed.593d71.cc51b Pgina 12 de 12
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