aula 30-08 lesão corporal

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11. Lesão Corporal (art. 129 do CP)
11.1. Lesão corporal leve ou simples (art. 129, 
 
A definição de lesão corporal leve é formulada por exclusão, ou seja, configura
quando não ocorre nenhum dos resultados previstos nos §§ 1
11.2. Lesão corporal grave (art. 129, § 1
 
A lesão corporal de natureza grave (ou mesmo a gravíssima) é uma ofensa à 
integridade física ou à saúde da pessoa humana, considerada
importante do que a lesão simples ou leve. 
 
a) Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias 
Deve-se compreender como tal toda e qualquer atividade regularmente 
desempenhada pela ví-tima, e não apenas a sua ocupação
enquadrando-se, inclusive, as atividades de lazer.
b) Perigo de vida 
É a concreta possibilidade de a vítima morrer em face das lesões sofridas. 
 
A doutrina e a jurisprudência majoritária consideram que, neste caso, somente 
pode haver dolo na conduta antecedente (lesão corporal) e culpa no tocante ao 
resultado mais grave (perigo de vida), pois, havendo dolo em ambas as fases, 
haverá tentativa de homicídio. 
 
Portanto, o tipo só admite o preterdolo, uma vez que, se houver dolo quanto ao 
perigo de vida, o agente responderá por tentativa de homicídio. 
 
c) Debilidade permanente de membro, sentido ou função 
Não se exige que seja uma debilidade perpétua, bastando que tenha longa 
duração. 
 
Ex.: perda de um dos dedos (membro); perda da visão de u
perda de um dos rins é debilidade permanente e não perda de função, pois se trata 
de órgão duplo. 
d) Aceleração de parto 
Significa antecipar o nascimento da criança antes do prazo normal previsto pela 
medicina. Nesse caso, é indispensável o conhecimento da gravidez pelo agente. 
 
Se, em virtude da lesão corporal praticada contra a mãe, a criança nascer morta, 
terá havido lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2
 
 
 
 
 
Faculdade Serra da Mesa
Recredenciada pela portaria MEC nº 888, de 1º de setembro de 2015,
Publicada no DOU em 02/09/2015.
Curso de 
Autorizado pela portaria MEC nº 177, de 13 de março de 2017.
11. Lesão Corporal (art. 129 do CP)
11.1. Lesão corporal leve ou simples (art. 129, caput
A definição de lesão corporal leve é formulada por exclusão, ou seja, configura
ocorre nenhum dos resultados previstos nos §§ 1o, 2
11.2. Lesão corporal grave (art. 129, § 1o) 
A lesão corporal de natureza grave (ou mesmo a gravíssima) é uma ofensa à 
integridade física ou à saúde da pessoa humana, considerada muito mais séria e 
importante do que a lesão simples ou leve. 
a) Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias 
se compreender como tal toda e qualquer atividade regularmente 
tima, e não apenas a sua ocupação
se, inclusive, as atividades de lazer. 
É a concreta possibilidade de a vítima morrer em face das lesões sofridas. 
A doutrina e a jurisprudência majoritária consideram que, neste caso, somente 
olo na conduta antecedente (lesão corporal) e culpa no tocante ao 
resultado mais grave (perigo de vida), pois, havendo dolo em ambas as fases, 
haverá tentativa de homicídio. 
Portanto, o tipo só admite o preterdolo, uma vez que, se houver dolo quanto ao 
rigo de vida, o agente responderá por tentativa de homicídio. 
c) Debilidade permanente de membro, sentido ou função 
Não se exige que seja uma debilidade perpétua, bastando que tenha longa 
Ex.: perda de um dos dedos (membro); perda da visão de um dos olhos (sentido); 
perda de um dos rins é debilidade permanente e não perda de função, pois se trata 
Significa antecipar o nascimento da criança antes do prazo normal previsto pela 
indispensável o conhecimento da gravidez pelo agente. 
Se, em virtude da lesão corporal praticada contra a mãe, a criança nascer morta, 
terá havido lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2o, V, do CP). 
Faculdade Serra da Mesa 
Recredenciada pela portaria MEC nº 888, de 1º de setembro de 2015, 
Publicada no DOU em 02/09/2015. 
Curso de Bacharelado em Direito 
Autorizado pela portaria MEC nº 177, de 13 de março de 2017. 
11. Lesão Corporal (art. 129 do CP) 
caput) 
A definição de lesão corporal leve é formulada por exclusão, ou seja, configura-se 
, 2o e 3o do art. 129. 
A lesão corporal de natureza grave (ou mesmo a gravíssima) é uma ofensa à 
muito mais séria e 
a) Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias 
se compreender como tal toda e qualquer atividade regularmente 
tima, e não apenas a sua ocupação laborativa, 
É a concreta possibilidade de a vítima morrer em face das lesões sofridas. 
A doutrina e a jurisprudência majoritária consideram que, neste caso, somente 
olo na conduta antecedente (lesão corporal) e culpa no tocante ao 
resultado mais grave (perigo de vida), pois, havendo dolo em ambas as fases, 
Portanto, o tipo só admite o preterdolo, uma vez que, se houver dolo quanto ao 
 
 
Não se exige que seja uma debilidade perpétua, bastando que tenha longa 
m dos olhos (sentido); 
perda de um dos rins é debilidade permanente e não perda de função, pois se trata 
Significa antecipar o nascimento da criança antes do prazo normal previsto pela 
indispensável o conhecimento da gravidez pelo agente. 
Se, em virtude da lesão corporal praticada contra a mãe, a criança nascer morta, 
 
 
 
11.3. Lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2
Todas as circunstâncias qualificadoras elencadas neste parágrafo são tanto dolosas 
quanto pre-terdolosas, com exceção da circunstância contida no inciso V (aborto), 
que é necessariamente preterdolosa.
a) Incapacidade permanente para o trabalho 
Trata-se de inaptidão duradoura para exercer qualquer atividade laborativa lícita. A 
permanência não significa perpetuidade. 
 
Nesse contexto, diferentemente da incapacidade para as ocupações habituais, 
exige-se atividade remunerada, que implique sustento, portant
financeiro para o ofendido. 
 
b) Enfermidade incurável 
É a doença irremediável, de acordo com os recursos da medicina na época do 
resultado, causada na vítima.
c) Perda ou inutilização do membro, sentido ou função 
Perda implica destruição ou privação de algum membro (ex.: corte de um braço), 
sentido (ex.: aniquilamento dos olhos) ou função (ex.: ablação da bolsa escrotal, 
impedindo a função reprodutora). 
 
No tocante a órgãos duplos, ter
ambos, por exemplo, cegueira ou surdez total. Nessa hipótese, há a perda total da 
visão ou audição. Quando se der a supressão de apenas um órgão, estaremos 
diante da hipótese de debilidade (art. 129, § 1
totalmente abolida, por exemplo, surdez em apenas um dos ouvidos. 
 
d) Deformidade permanente 
Deformidade é o dano estético de certa monta. Permanente é a deformidade 
indelével, irreparável. Entende
de ser corrigida pelo transcurso do tempo. 
Ex.: perda de orelhas, mutilação grave do nariz, entre outros.
e) Aborto 
Nesta hipótese, o agente, ao lesionar a vítima, não quer nem mesmo assumir o 
risco do advento do resultado agravador aborto. 
 
Portanto, para que possa s
gravíssima, não pode ter sido objeto de dolo do agente, pois, nesse caso, terá de 
responder pelos dois crimes, lesão corporal e aborto, em concurso formal 
impróprio, ou, ainda, por aborto qualificado, se a l
 
11.4. Lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3
O evento morte não deve ser desejado, nem ter o agente assumido o risco de 
causá-lo, sob pena de responder pelo crime de homicídio. Em outras palavras, 
trata-se de típico crime preterdoloso, em que o agente desenvolve conduta com 
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Recredenciada pela portaria MEC nº 888, de 1º de setembro de 2015,
Publicada no DOU em 02/09/2015.
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11.3. Lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2o) 
as as circunstâncias qualificadoras elencadas neste parágrafo são tanto dolosas 
terdolosas, com exceção da circunstância contida no inciso V (aborto), 
que é necessariamente preterdolosa. 
a) Incapacidade permanente para o trabalho 
e de inaptidão duradoura para exercer qualquer atividade laborativa lícita. A 
permanêncianão significa perpetuidade. 
Nesse contexto, diferentemente da incapacidade para as ocupações habituais, 
se atividade remunerada, que implique sustento, portanto, acarrete prejuízo 
 
b) Enfermidade incurável 
É a doença irremediável, de acordo com os recursos da medicina na época do 
resultado, causada na vítima. 
c) Perda ou inutilização do membro, sentido ou função 
destruição ou privação de algum membro (ex.: corte de um braço), 
sentido (ex.: aniquilamento dos olhos) ou função (ex.: ablação da bolsa escrotal, 
impedindo a função reprodutora). 
No tocante a órgãos duplos, ter-se-á a perda quando houver a supressão de 
ambos, por exemplo, cegueira ou surdez total. Nessa hipótese, há a perda total da 
visão ou audição. Quando se der a supressão de apenas um órgão, estaremos 
diante da hipótese de debilidade (art. 129, § 1o, III, do CP), pois a função não foi 
ida, por exemplo, surdez em apenas um dos ouvidos. 
d) Deformidade permanente 
Deformidade é o dano estético de certa monta. Permanente é a deformidade 
indelével, irreparável. Entende-se por irreparável a deformidade que não é passível 
o transcurso do tempo. 
Ex.: perda de orelhas, mutilação grave do nariz, entre outros. 
Nesta hipótese, o agente, ao lesionar a vítima, não quer nem mesmo assumir o 
risco do advento do resultado agravador aborto. 
Portanto, para que possa se caracterizar a qualificadora da lesão corporal 
gravíssima, não pode ter sido objeto de dolo do agente, pois, nesse caso, terá de 
responder pelos dois crimes, lesão corporal e aborto, em concurso formal 
impróprio, ou, ainda, por aborto qualificado, se a lesão em si mesma for grave. 
11.4. Lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3
O evento morte não deve ser desejado, nem ter o agente assumido o risco de 
lo, sob pena de responder pelo crime de homicídio. Em outras palavras, 
pico crime preterdoloso, em que o agente desenvolve conduta com 
Faculdade Serra da Mesa 
Recredenciada pela portaria MEC nº 888, de 1º de setembro de 2015, 
Publicada no DOU em 02/09/2015. 
Curso de Bacharelado em Direito 
Autorizado pela portaria MEC nº 177, de 13 de março de 2017. 
) 
as as circunstâncias qualificadoras elencadas neste parágrafo são tanto dolosas 
terdolosas, com exceção da circunstância contida no inciso V (aborto), 
e de inaptidão duradoura para exercer qualquer atividade laborativa lícita. A 
Nesse contexto, diferentemente da incapacidade para as ocupações habituais, 
o, acarrete prejuízo 
É a doença irremediável, de acordo com os recursos da medicina na época do 
destruição ou privação de algum membro (ex.: corte de um braço), 
sentido (ex.: aniquilamento dos olhos) ou função (ex.: ablação da bolsa escrotal, 
á a perda quando houver a supressão de 
ambos, por exemplo, cegueira ou surdez total. Nessa hipótese, há a perda total da 
visão ou audição. Quando se der a supressão de apenas um órgão, estaremos 
, III, do CP), pois a função não foi 
ida, por exemplo, surdez em apenas um dos ouvidos. 
Deformidade é o dano estético de certa monta. Permanente é a deformidade 
se por irreparável a deformidade que não é passível 
Nesta hipótese, o agente, ao lesionar a vítima, não quer nem mesmo assumir o 
e caracterizar a qualificadora da lesão corporal 
gravíssima, não pode ter sido objeto de dolo do agente, pois, nesse caso, terá de 
responder pelos dois crimes, lesão corporal e aborto, em concurso formal 
esão em si mesma for grave. 
11.4. Lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o) 
O evento morte não deve ser desejado, nem ter o agente assumido o risco de 
lo, sob pena de responder pelo crime de homicídio. Em outras palavras, 
pico crime preterdoloso, em que o agente desenvolve conduta com 
 
 
dolo em relação a determinado resultado, mas, por culpa, acaba produ
resultado mais grave. 
 
No caso, o agente age com dolo em relação à lesão corporal, mas acaba 
produzindo, involuntari-amente, a morte da vítima.
A tentativa é inadmissível, pois o crime preterdoloso envolve a forma culposa e 
esta é totalmente incompatível com a figura da tentativa.
11.5. Violência doméstica (art. 129, § 9
 
Se a lesão for praticada contra a
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo
se o agente das relações domésticas, de coabi
será de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
 
Diversamente do que possa parecer, a qualificadora prevista no art. 129, § 9
CP não se limita a alcançar apenas vítima mulher, incidindo ainda que a vítima seja 
homem, por exemplo, a agressão prati
O art. 129, § 9o, do CP incid
grave, gravíssima ou seguida de morte, incidirá, ainda, causa de aumento de pena 
em 1/3, nos termos do art. 129, § 10. 
 
11.6. Lesão corporal contra a agente de segurança pública 
(art. 129, § 12, do CP) 
 
Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos
da CF/1988, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança 
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, 
a pena é aumentada de um a dois terços.
Trata-se de crime hediondo, conforme se extrai do art. 1
8.072/1990. 
11.7. Lesão corporal no contexto de violência doméstica e 
familiar contra a mulher (art. 129, §13, do CP)
 
Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condiçã
nos termos do §2o-A do art. 121 do CP, a pena será de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
 
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Publicada no DOU em 02/09/2015.
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dolo em relação a determinado resultado, mas, por culpa, acaba produ
No caso, o agente age com dolo em relação à lesão corporal, mas acaba 
amente, a morte da vítima. 
A tentativa é inadmissível, pois o crime preterdoloso envolve a forma culposa e 
esta é totalmente incompatível com a figura da tentativa. 
11.5. Violência doméstica (art. 129, § 9o) 
Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou 
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo
s relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, a pena 
será de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
que possa parecer, a qualificadora prevista no art. 129, § 9
CP não se limita a alcançar apenas vítima mulher, incidindo ainda que a vítima seja 
, por exemplo, a agressão praticada pelo agente contra o irmão.
, do CP incide se a lesão corporal for de natureza leve. Se for 
grave, gravíssima ou seguida de morte, incidirá, ainda, causa de aumento de pena 
em 1/3, nos termos do art. 129, § 10. 
11.6. Lesão corporal contra a agente de segurança pública 
(art. 129, § 12, do CP) 
Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos
tegrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança 
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 
arente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, 
a pena é aumentada de um a dois terços. 
e de crime hediondo, conforme se extrai do art. 1
11.7. Lesão corporal no contexto de violência doméstica e 
familiar contra a mulher (art. 129, §13, do CP) 
Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, 
A do art. 121 do CP, a pena será de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
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Recredenciada pela portaria MEC nº 888, de 1º de setembro de 2015, 
Publicada no DOU em 02/09/2015. 
Curso de Bacharelado em Direito 
Autorizado pela portaria MEC nº 177, de 13 de março de 2017. 
dolo em relação a determinado resultado, mas, por culpa, acaba produ-zindo 
No caso, o agente age com dolo em relação à lesão corporal, mas acaba 
A tentativa é inadmissível, pois o crime preterdoloso envolve a forma culposa e 
scendente, descendente, irmão, cônjuge ou 
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-
tação ou de hospitalidade, a pena 
que possa parecer, a qualificadoraprevista no art. 129, § 9o, do 
CP não se limita a alcançar apenas vítima mulher, incidindo ainda que a vítima seja 
cada pelo agente contra o irmão. 
e se a lesão corporal for de natureza leve. Se for 
grave, gravíssima ou seguida de morte, incidirá, ainda, causa de aumento de pena 
11.6. Lesão corporal contra a agente de segurança pública 
Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
tegrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança 
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 
arente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, 
e de crime hediondo, conforme se extrai do art. 1o, I-A, da Lei no 
11.7. Lesão corporal no contexto de violência doméstica e 
 
o do sexo feminino, 
A do art. 121 do CP, a pena será de 1 (um) a 4 (quatro) anos.