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⠀ 
AUTOR(ES):​ PEDRO HENRIQUE FONSECA VELOSO, GRACIELLE PEREIRA BRAGANÇA, ANA CLARA 
GONÇALVES AGUIAR, ELAINE COTRIM COSTA e ROSY MARY DOS SANTOS ISAIAS. 
O​RIENTADOR(A):​ ISLAINE FRANCIELY PINHEIRO DE AZEVEDO 
 
Técnicas de preparo de material para aulas práticas de Anatomia Vegetal: 
inserção da Botânica na educação com as plantas do Semiárido Mineiro 
 
Introdução 
A Botânica é uma das áreas que apresentam maior dificuldade de assimilação de conteúdos no processo de 
ensino-aprendizagem. A dificuldade maior dos professores e o desinteresse dos alunos quando o assunto é o estudo da 
anatomia vegetal soma-se à falta de aulas práticas e materiais didáticos que visem facilitar esse aprendizado. No 
entanto, quando abordadas de forma mais didática, a morfologia e a anatomia vegetal podem ser utilizadas como base 
fundamental para o entendimento do papel das plantas na manutenção dos serviços ecológicos, nos diferentes 
ecossistemas (Nascimento et al. 2017). Partindo deste pressuposto, trabalhar com técnicas mais simplificadas no 
preparo de material para aulas práticas e com espécies nativas da região, torna o estudo de anatomia vegetal mais fácil e 
prazeroso. Esta é, uma oportunidade de trabalhar com a anatomia vegetal de forma mais didática, simples e rica em 
informações sobre espécies a região local. O objetivo deste trabalho foi montar um protocolo, utilizando técnicas mais 
simples no preparo de lâminas permanentes para abordar as principais características de duas espécies nativas do 
Semiárido Mineiro e produzir um lâminário didático para aplicação no ensino público. 
Material e Métodos 
As amostras vegetais de duas espécies; ​Caryocar brasiliense ​(Pequi) e ​Spondias tuberosa (Umbú), ​foram coletadas no 
campus sede da Universidade Estadual de Montes Claros, onde foi produzido duplicatas de exsicatas, que ficaram por 
um período de 8 dias em estufa, após este tempo algumas folhas de uma das duplicatas foi submetida ao processo de 
conservação em álcool 70º. 
Para visualização dos tecidos vegetais foram realizadas três técnicas: 
​Dissociação de epidermes: Uma parte do material foi imerso em hipoclorito de sódio durante 24 - 48 horas, lavado 
com água e posteriormente corado com azul de metileno 0,5%. As lâminas foram montadas com gelatina glicerinada de 
Kaiser (Kraus e Arduin, 1997). 
Análises anatômicas: Fragmentos de uma parte do material foi cortando em aproximadamente 1 cm​2​, colocado em 
dentro de um isopor fino de 1cm², e cortado transversalmente a mão livre com movimentos lineares á fim de obter um 
corte bem fino que possibilita a visualização de todos os tecidos (Kraus e Arduin, 1997). 
Maceração do material. Para a separação das células e visualização dos elementos de aso e fibras, parte do material 
foi imerso em hipoclorito durante 96 horas, posteriormente as células foram separadas com o auxílio de um pincel. 
a) Cortes à mão livre: ​O corte é feito de forma mais simplificada, onde com o uso de lâmina de barbear, se faz 
cortes finos de variados tipos; peradérmico, transversal ou longitudinal. 
1 .Com o material fresco ou conservado em álcool 70°, faça cortes na nervura central da folha, de 
aproximadamente 1cm². 
2. Posteriormente, coloque a amostra entre um isopor de mesmo tamanho (corta-se o isopor fino ao meio) e com 
o auxílio de uma lâmina de barbear faça cortes de forma linear, para que não danifique o material, sempre 
umedecendo a amostra após um corte, coloque os cortes feitos em água (muitos cortes). 
3. Após todo o processo, pegue os cortes mais finos, aparentemente transparentes e coloque em hipoclorito de 
sódio ou água sanitária por no máximo 5 minutos (a função do hipoclorito é a despigmentação do material), 
lave o material em água (pelo menos duas ou três vezes). 
b) Coloração: ​Técnica utilizada para identificar diferentes componentes dos tecidos vegetais. ​(Tabela. 1). 
Em um recipiente coloque o corante (safrablau, azul de metileno ou azul de toluidina), coloque os cortes lavados 
para corar. 
1. Seguindo o tempo de coloração de acordo com o protocolo apresentado na Tabela 1. 
c) Montagem de lâminas: ​A montagem propriamente dita, produção de um laminário. 
⠀ 
1. Lâminas permanentes: 
Desidratar o material em álcool 70%, 80%, 90% e 100% e conservarem Acetado de Butila PA até a 
confecção das lâminas. Para montagem das lâminas, inserir 3 a 4 gotas de verniz vitral em cima dos cortes e 
depois posicionar a lamínula. Esperar a secagem por 48 horas. 
 
2. Lâminas semipermanentes: 
Inserir 3 a 4 gotas de gelatina glicerinada em cima dos cortes e depois posicionar a lamínula. Esperar a secagem 
por 24 horas. 
3. Lâminas não permanentes: 
 Inserir 3 a 4 gotas de água em cima dos cortes e depois posicionar a lamínula. Analisar rapidamente. 
 
Observação: Para montagem de lâminas utilizamos as colorações de Safrablau, Azul de toluidina e Azul de metileno 
para a montagem de lâminas permanentes, semipermanentes e não permanentes, respectivamente. 
Resultados e Discussão 
As fotomicrografias obtidas foram identificadas e mostraram-se aptas para o ensino de anatomia vegetal no ensino 
básico, mostrando características de duas espécies vegetais do semi-árido norte mineiro. 
 
O Pequi, ​Caryocar brassiliense ​apresentou estômatos paracíticos na face abaxial, o mesofilo apresentou camadas de 
parênquimas com uma grande concentração de cristais de oxalato de cálcio e, concentração de tricomas. Estas, 
características estão relacionadas a uma redução da água por evaporação. A nervura central tem, diversos feixes 
vasculares em arranjo colateral (RAMOS et al., ​2015) (Fig. 1). Os elementos de vaso e fibras também foram 
identificados, as fibras com um formato mais linear e os vasos condutores com um formato que lembra um fio de 
telefone. 
No Umbu, ​Spondias tuberosa ​as características foliares são diferenciadas como: ​estômatos anomocítico, uma única 
camada de parênquima paliçádico e, mais camadas de parênquima lacunoso. Também apresenta cristais de oxalato de 
cálcio entre os parênquimas, possuindo feixes vasculares em arranjo colateral (SILVA et al., 2008; 
NASCIMENTO-SILVA 2007), (Fig. 2). apresentando fibras e elementos de vaso, similares ao do pequi. 
Ambas espécies possuem características como: a concentração de tricomas, que estão relacionadas ao armazenamento 
de água e podem estar associadas ao meio em que vivem, com constante restrição hídrica. Com a identificação e 
observação dessas estruturas anatômicas de espécies típicas da região, é possível relacionar suas características com o 
ecossistema onde os alunos estão inseridos de forma mais didática, facilitando o entendimento dos assuntos 
relacionados à Botânica. 
Conclusão/Conclusões/Considerações finais 
As lâminas produzidas são de suma importância para o estudo da anatomia vegetal, pois determinadas estruturas são 
mais didáticas além da sua capacidade de instigar a curiosidade de quem observa as estruturas, mostrando se assim um 
ótimo meio de trabalhar a anatomia vegetal em sala de aula. 
Agradecimentos 
Agradecemos ao laboratório de Anatomia vegetal da Universidade Federal de Minas Gerais, pela oportunidade de 
trabalhar com a produção de lâminários para fins didáticos, aos Programas de Pós-graduação em Biologia vegetal,Universidade Federal de Minas Gerais e Programa de Pós-graduação em Botânica Aplicada, Universidade Estadual de 
Montes Claros pelo apoio. 
Referências 
BOEGER, M.R.T.; Gluzezak, R.M.; Pil, M.W.; Goldenberg, R. &Medri, M. Variabilidade morfológica foliar de ​Miconia sellowiana​ (D.C) Naudin (Melastomataceae) em 
diferentes fitofisionomias no Estado do Paraná. Revista Brasileira de Botânica. 2008. 
KRAUS JE, M Arduin 1997 Manual básico de métodos em morfologia vegetal. EDUR,Seropédica. 
NASCIMENTO-SILVA, O.; PAIVA, J. G. A. Estudos morfológicos e anatômicos em folhas adultas de ​Spondias tuberosa ​Arruda 
(AnacardiaceaeLindley). ​BoletínLatinoamericano y del Caribe de Plantas Medicinalesy Aromáticas​, v. 6, n. 2, p. 36-43, 2007. 
RAMOS, Bárbara Helena et al. Anatomia e micromorfometria de folhas de Caryocar brasiliense. ​Rodriguésia​ , Rio de Janeiro, v. 66, n. 1, p. 87-94, março de 2015. 
SILVA, O. N.; CHINALIA, L. A.; PAIVA, J. G. A. Caracterização Histoquímica dos Folíolos de Spondias tuberosa Arruda (AnacardiaceaeLindl.). Revista Caatinga 21 
(3): 62- 68. 2008. 
 TUFFI SANTOS, L.D. et al . Características da epiderme foliar de eucalipto e seu envolvimento com a tolerância ao glyphosate.​ Planta daninha​, Viçosa, v. 24, n. 3, p. 
513-520, Sept. 2006.​ 
⠀ 
 ​AZEVEDO, M. A.; GUERRA, V. N. A. ​Mania de bater:​ a punição corporal doméstica de crianças e adolescentes no Brasil. São Paulo: Iglu, 386 p. 2001. 
CORANTE TEMPO PARA AÇÃO CARACTERISTICAS DA COLORAÇÃO 
Safrablau 
9:1 , Azul de Astra e Safranina 
5 minutos Parede celulósica azul e lignificada vermelho 
Azul de Toluidina 
0,05g em 100ml de tampão pH 4,0 
5 minutos Parede celulósica roxo e lignificada azul 
Azul de Metileno 
1%= 1g em 100ml de água destilada 
ou filtrada 
1 minuto no corante e devido à 
intensa coloração, colocar 4 minutos 
em álcool 70º 
Parede celulósica azul e lignificada azul escuro 
 
 
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