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Síntese Unidade 01

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
 INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
 Departamento de Geografia
	Disciplina: GEOGRAFIA POLÍTICA 
	Aluno: João Lucas Anselmo Eleutério – 3º Período (TNB)
	Professora: Célio Augusto da Cunha Horta
Síntese do artigo “GEOGRAFIA POLÍTICA E GEOPOLÍTICA: VELHAS E NOVAS CONVERGÊNCIAS”.
HORTA, C. A. C. Geografia política e geopolítica: velhas e novas convergências. In: GEOgraphia – Revistada Pós-graduação em Geografia da UFF. Ano VIII, n°15. Niterói/RJ: UFF/EGG; pp. 51-69, 2004.
A discussão acerca da diferenciação e demarcação dos termos geografia política e geopolítica é constante na academia, ou seja, pesquisadores possuem compreensões distintas em relação aos termos supraditos. 
Ressalta-se que as produções em geografia política e geopolítica podem ser divididas em três períodos, sendo eles: (i) clássico, iniciado no final do século XIX e início do século XX e finalizado no período interguerras; (ii) momento marcado pela hegemonia norte americana nas produções e pesquisas, iniciado no período pós-guerra até meados da década de 1970; e, (iii) geografia política renovada, considerado momento crítico da geografia, iniciado na década de 1970 até os dias atuais. 
Sabe-se que determinados pesquisadores (geógrafos, historiadores, cientistas políticos, dentre outros), aproximam os dois termos em questão, porém, outros pesquisadores tratam de demarca-los e assim distanciá-los. Para esse segundo grupo, considera-se que o problema se encontra ancorado no enfoque usado na caracterização histórica das produções em geografia política e geopolítica, onde o segundo termo é meramente reduzido ao período clássico. Sublinha-se que para tais autores a Geografia Política é isentada de qualquer participação direta no período referido, enquanto que, a geopolítica é reduzida a trabalhos ligados a geógrafos como Haushofer e Mackinder, sendo o primeiro responsável pelo periódico alemão Geopolitik. O vínculo da revista com a Alemanha Nazista fez com que alguns estudiosos considerassem a geopolítica como geografia da guerra e/ou geografia fascista. 
Contudo, outros geógrafos como Manuel Correia de Andrade e Hélio Evangelista, fazem questão de libertar a geopolítica do estigma de servir somente ao totalitarismo. Andrade considera relevante, porém negativo, o período sublinhado acima, entretanto, aclara que atualmente existem trabalhos geopolíticos que servem à uma corrente de pensamento de libertação de povos oprimidos e que problematiza a dominação da elite sobre classes menos favorecidas. Andrade ainda aponta o autor, Josué de Castro responsável pela publicação “Geografia da Fome”, como um dos principais nomes dessa geopolítica de vanguarda. Salienta-se que ao aprisionar a geopolítica no nazismo recria-se preconceitos pré-fabricados.
Assim, entende-se que os trabalhos em geografia política e geopolítica ao longo dos três períodos elucidados acima apresentam contradições e divergências, ou seja, estão longe de ser uma dicotomia maniqueísta. As produções são caracterizadas por serem variáveis e não opostas, sendo inclusive, equivocado apresentar somente as distinções entre ambas. Sendo assim, a exposição das semelhanças e diferenças se faz necessária. 
Entre as semelhanças vale destacar que assim como a geopolítica, a geografia política também elaborou (e ainda elabora) estudos destinados aos interesses de grupos hegemônicos voltados a dominação de povos, gêneros e etc. Deve-se reconhecer também que atualmente ambas elaboram trabalhos com ideias de desenvolvimento humano e social. Uma diferenciação significativa se dá pelo falo de que a geografia política é uma ramificação da geografia moderna e a geopolítica é ligada a ciência política. Dessa forma, provavelmente, a diferenciação entre a produção de ambas pode ser encarada no campo acadêmico e vocabular.
Considerando as diferenças e as semelhanças dos trabalhos de geografia política e geopolítica e, consequentemente, alicerçados nos lados positivos de cada uma, alguns geógrafos tentam fazer a aproximação de ambas, mas, ressalta-se que muitos pesquisadores fazem esse movimento por conveniência devido às exigências ocasionadas pelo contexto geopolítico mundial, além, ser totalmente parcial, já que a geopolítica clássica foi condenada a pena de morte. Além disso, tais pesquisadores simpatizam da ideia de que o fazer geografia política e geopolítica deve ser restringido ao meio acadêmico. 
No que concerne aos objetos de investigação nota-se que tanto a geografia política quanto a geopolítica, construíram e constroem trabalhos relacionados aos Estados nacionais e suas atuações internas e externas. Hélio de Araújo Evangelista afirma ainda que, a geopolítica foi conectada ao Estado e passou a ter um papel crucial na orientação das ações desse próprio Estado, ou seja, os trabalhos eram muito focados na relação Estado-território.
 Entretanto, geógrafos pesquisadores defendem que outras dimensões espaciais e suas relações devem ser objetos de pesquisa da geografia política e da geopolítica e ressaltam ainda que, os limites nacionais devem ser extrapolados nesses estudos. Bertha Becker afirma que as pesquisas em torno dos Estados seguem ainda muito relevantes, porém, outras territorialidades devem compor esse espectro de pesquisa e elenca algumas temáticas importantes que devem ser abarcadas nesses estudos como: a relevância da ecologia, a geografia urbana, a geografia agrária, dentre outros.

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