Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ana Beatriz dos Reis – 6ª Fase, 2022.1 PRINCÍPIOS DA SEXUALIDADE HUMANA • A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto, a saúde física e mental → OMS • Médico → diminuir a ignorância e o preconceito com relação a sexualidade, homossexualidade, com relação as diferenças • Diferenças sempre existirão e devem ser respeitadas • Alterações neuroquímicas • Pesquisar ativamente? Sim! • 85% dos adultos desejariam discutir questões sexuais com um profissional de saúde • 71% acham que o medico não gostaria ou não teria tempo • Sexo: relaciona-se com as características fenotípicas, anatomia, cromossomos e hormônios • Sexualidade: envolve cultura, pensamentos, crenças, experiências evolutivas durante todo o período da vida • É um importante marcador de qualidade de vida • Influencia pensamentos, ações, integrações e, portanto, a saúde física e mental • É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. • A sexualidade não é sinônimo de coito ou de genitalidade e não se limita à presença ou não do orgasmo Definição de normalidade e patológico em sexualidade: • Biológico → funcionalidade X disfuncionalidade • Ciclos de resposta sexual • Apresenta diminuição de desejo sexual, diminuição da lubrificação, interferências de anorgasmia • Dor genitopélvica • Pode não ter desejo, mas conseguir ter ereção e/ou orgasmo, dentre outras alterações • Sociológico → praticado pela maioria da população • Pela proporção da população → curva modal (uma porção da população faz isso ou aquilo) • DSM-5: disfunção sexual, no ciclo de resposta, causando sofrimento a si ou parceria • Mescla parte psicológica e biologica • Psicológico → estado de satisfação intra e interpessoal • Está causando sofrimento na outra pessoa? Pode não estar tendo insight (se “esfregando” em uma pessoa sem consentimento, de forma que está causando sofrimento na outra pessoa, mas sem o juízo relacionado à isso íntegro) • Relações homoafetivas entre duas mulheres são as mais prazerosas • Disfunções sexuais podem ocasionar sintomas mentais e vice-versa? • A depressão possui redução do prazer em diversas esferas, incluindo a esfera sexual • Pode ser causa e consequência → distúrbios de humor gerados por falta de interesse no parceiro • Indivíduos susceptíveis → história prévia de disfunção sexual • Ansiedade e performance sexual → desejo hipoativo nas mulheres e DE e EP em homens • Piora da função sexual em outras culturas, momento estressores → inibição X excitação → o estresse pode causar ejaculação precoce, dificuldades na ereção (ansiedade de performance durante o ato) • Efeitos protetores da atividade sexual → inúmeros estudos demonstram fatores protetores com a atividade sexual, principalmente em idosos, aumentando a longevidade o Diminuição da incidência do CA de mama, de próstata → exemplo ANAMNESE: • Semi-dirigida • Esclarecimento e apoio → as questões são focadas nas queixas e na pessoa • Desejo → pensamentos, fantasias da pessoa. É um espectro, que podem ter em torno de 7x/dia • Frequência sexual e grau de excitação • Transtorno bipolar: se em mania, pode estar mais desinibido, podendo ter relações de forma intuitiva, extraconjugais, entre outros → como na maior parte da vida esses pacientes estão depressivos, geram dificuldades na relação • O que é considerado pouco? Uma vez a casa 2 semanas • Excitação → mais periférica. Como é a lubrificação, a turgência peniana • Masturbação • Jogos sexuais → antes, durante e depois do ato • Ereção matinal ou noturna • Tratamentos anteriores → Ana Beatriz dos Reis – 6ª Fase, 2022.1 • Evolução → episódio relevante na época (Recente/tardio) • Avaliação subjetiva • MEU/doenças presentes • Antidepressivos, antipsicóticos • Antihiperglicemiantes orais Queixas de efeitos colaterais de remédios e parada do medicamento → primeiro, ganha de peso é a principal causa. Depois, perda da libido Os primeiros ISRS são muito bons para pacientes com queixas de ejaculação precoce • Diagnóstico diferencial • Diagnóstico inicial • Exames complementares • Contrato e estratégia terapêutica → esclarecimento da terapêutica Primeiro → identificação do paciente e parceiro Segundo → pesquisar o desejo, excitação (responsividade do corpo pelo desejo) • Desejo: • Ausente, diminuído, situacional, espontâneas, aumentado, satisfatório, fantasias • Estímulo específico ou genérico que gera o desejo • Excitação: • Menores de 45 anos, mesmo com exames padrão-ouro (movimentos penianos durante o sono REM, por sonos eróticos, fluxo vascular peniano), não vão ter disfunções neurológicas endocrinológicas que estarão intervindo no desempenho, mas sim, causas psicológicas • Estresse de desempenho, por exemplo → disfunção erétil • Ansiedade de performance erétil • Pode levar a ideação suicida • Somatização → dores, esquiva (medo de frustrar de novo a parceira) • Orgasmo: Estado de hiperexcitação cerebral • Distúrbio de ejaculação → ejaculação não é a mesma coisa, mas são tratados como se fossem, pois vêm quase juntos • Pode ser prolongado ou precoce → relação com transtornos ansiosos • 30% dos homens possuem ejaculação precoce e 70% possuem ejaculação precoce desde as primeiras experiencias sexuais • Ejaculação retardada → mais incomum, fazendo DD com diabetes • Mulheres → média de 8 minutos para orgasmo • Homens → média de 2-3 minutos para orgasmo • Tardias → sem tempo definido, mas a relação fica cansativo para ambos, de forma que evitam ter relação sexual • Precoce → em média 1 min o Entre 1,5 e 7 dentro do normal • Dor genitopélvica → vaginismo, dispareunia e vulvodinea • Fisiologicamente, há contração dos músculos, incluindo os da vagina • Dor antecipatória, pro vezes impedindo a penetração → vaginismo auxilio da fisioterapia) • Inicio lento ou brusco? • Brusco, pode ser psicológico, achando que sempre não irá ocorrer a ereção. Entretanto, possui ereção matinal/noturna, mas não no ato • Lenta → progressiva, pela idade • Vivencias sexuais destrutivas? Violência sexual, traumas, criticas, exigências, relatos • Uso de substâncias, medicamentos • Grau de dificuldade do problema • Atitude do paciente em relação ao problema • Paciente está ativo, querendo resolver o problema? Adere ao tratamento? • Gráfico de avaliação mensal → eixo y com a dificuldade (0-10) do problema e eixo x com os meses → fazer o gráfico da evolução do problema o Pode relacionar parada da medicação → piora do humor → piora da função sexual Centros de regulação sexual → sistêmica límbico e hipotalâmico (núcleo supraóptico) Inibição → evitação sexual Desejo sexual → experiencia subjetiva de disposição sexual • Excitantes fisiológicos: • Testosterona • Drogas afrodisíacas • Estimulação física/genital • Excitantes psicológicos: • Parceiro atraente • Estimulação erótica • Fantasia • Amor • Namoro • Supressores fisiológicos: • Transtornos hormonais • Drogas com paraefeitos sexuais • Depressão • Inibidores psicológicos: • Parceiro não atraentes Ana Beatriz dos Reis – 6ª Fase, 2022.1 • Pensamentos negativos • Antifantasias • Emoções negativas • Estresse e raiva • Master e Johnson (1960) → avaliação presencial da resposta sexual • Modelo linear da resposta sexual • Excitação → platô → orgasmo • Ciclo da resposta sexual feminina → Modelo de Basson (2001) → fases superpostas em sequência variável Responsivo → conforme a intimidade, vai se reconstruindo com o passar do tempo, gerando ainda desejo sexual • Em relacionamentos de longa data, as mulheres iniciariam ou aceitariam a pratica sexual pelas mais variadas razões, sendo raro o desejo sexual espontâneo→ essas razões que desencadeariam no desejo sexual, e não o desejo sexual primitivo • Trata-se de um modelo de resposta circular que introduz um novo conceito – o conceito de intimidade emocional e que dá ênfase à interferência dos factores biopsico-socais na resposta sexual. Assim, a busca de intimidade emocional será o motivo pelo qual uma mulher sexualmente neutra se torna receptiva ao estímulo sexual. • Se esses estímulos forem percepcionados de forma positiva poderão desencadear desejo sexual e excitação, o que poderá consequentemente conduzir à satisfação física (orgasmo) e/ou satisfação emocional, sendo que estas reforçam a própria intimidade emocional do casal. • Deste modo, este modelo é capaz de explicar o motivo pelo qual algumas mulheres, sem desejo sexual espontâneo inicial, têm atividade sexual, o que ocorre mais frequentemente em mulheres com relações estáveis e prolongadas. • Basson deiniu ainda a existência de dois tipos de excitação, a excitação física (traduzida pela vasocongestão genital) e a excitação subjectiva (sentimento de excitação que antecede a resposta isiológica). Estas não têm correlação directa, podendo existir vasocongestão genital mesmo na ausência de excitação subjectiva e vice-versa. Daí se depreende a diiculdade no tratamento da disfunção da excitação sexual. • Primárias ou vitalícias: se existiram durante toda a vida • Secundárias ou adquiridas: se surgiram após período de funcionamento normal • Observar período de, no mínimo, 6 meses • Generalizadas: se ocorrem sempre • Situacionais: limitadas a parceria sexual específica ou a determinada situação circunstancial • Deve-se observar um período de, no mínimo, de 6 meses de sintomatologia e ocorrerem mais de 75% das vezes como critério indispensável para caracterização da patologia Ana Beatriz dos Reis – 6ª Fase, 2022.1 EPIDEMIOLOGIA: • Média da população mundial: • 31% homens • 43% mulheres • No brasil, é igual aos outros países → 50,9% homens e 48% homens • Incapacidade do individuo para participar do ato sexual com satisfação. Essa dificuldade deve ser persistente ou recorrente, além de vivenciada como algo indesejável, desconfortável e incontrolável • Falta: disfunção erétil, desejo sexual hipoativo, anorgasmia • Desconforto: ejaculação precoce • Excesso: impulso sexual excessivo → ninfomania • Dor: dispareunismo, vaginismo • O sexo saudável almeja a obtenção de prazer e/ou procriação • A parceria natural para essa pratica é um ser humano adulto e vivo • Avaliar se há sofrimento, risco e questões legais → insight preservado ou prejudicado? • Exibicionismo → tendência em expor os genitais em locais públicos • Voyeurismo → observação rotineira de pessoas em atividade sexual ou se despindo • Pedofilia → preferência sexual persistente por crianças • Sadomasoquismo → prefêrencia por atividade sexual que implica em sofrimento e dor física e/ou moral • Desejo irreversível de viver e ser aceito como pertencente ao sexo oposto, acompanhado geralmente de grande desconforto com relação ao sexo anatômico → disforia (transexualismo) • Sofrimento vivenciado por um individuo devido a um descompasso entre gênero designado ao nascimento e ao qual se identifica → disforia o Alterações na voz, nas brincadeiras, nas vestes e na maneira de se portar o Risco de suicídio parece estar aumentado nos transsexuais que passam pela cirurgia • Atualmente, sabe-se que nem sempre é acompanhada com desconforto dos órgãos genitais e suas características físicos, sendo chamado de incongruência de gênero • A incongruência de gênero não necessariamente envolve sofrimento e nem identificação completa com o binarismo homem-mulher • Podendo nomear-se como um “terceiro gênero”, “variante de gênero”→ não binário • Avaliar determinantes sociais • A saúde sexual é pesadamente influenciada por fatores individuais, familiares, comunitários, culturais, socioeconômicos, políticos • Menina com cromossomos XY → pode levar à alterações hormonais e psicogênicas ESPECTRO DO DESEJO SEXUAL: • Aversão, desejo hipoativo ou reduzido • Amor platônico/idealizado → nunca flertou com a pessoa, mas sabe mais dela do que de si mesmo • Autistas, esquizofrênicos • Fisiológico → dentro dos padrões típicos • Levemente elevado, mas funcional • Hedonismo/apetite errático → hiperssexualidade, compulsão sexual até o que chamamos de ninfomania ou satiríase • Sistema límbico hiperativo, pensando sempre em algo sexual • Pletismografia peniana → padrão ouro para avaliação de desejo sexual • Analisam movimentos penianos e clitorianos mediante estímulos Ana Beatriz dos Reis – 6ª Fase, 2022.1 • Presentes em países de primeiro mundo • Usado antigamente para avaliação de soldados homossexuais, para alistamento na guerra • Atualmente, pode ser usado para avaliação de pedofilia, judicialmente • Cromossomos XYY → maior agressividade, reagindo mais intensamente à estímulos HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS: • Primária ou secundária • Global ou situacional • Permanente ou transitória • Pseudodisfunção → Se consegue chegar ao orgasmo, mas apenas com masturbação, sem penetração - pode ser um problema, sem ser transtorno • Frequência e satisfação • Evolução da história de vida → algum fator gerou o transtorno • Características associadas: • Dor na atividade sexual • Problemas com orgasmo • Atividade sexual pouco frequente • Discrepâncias no desejo o Perguntar: “você já se tocou? Tentou se conhecer?”. Geralmente, acham vulgar, têm medo do que as pessoas irão pensar • Transtornos de humor • Técnicas sexuais pobres • Dificuldades no relacionamento • Preocupações frente à uma relação sexual? • Ficam se autoanalisando • Buscam formas de melhorar a performance • “transtorno de pânico” relacionado à performance sexual → ansiedade → esquiva da relação ORIENTAÇÃO SEXUAL: • Relacionado com o desejo sexual, e não em como o individuo se enxerga → direcionamento do desejo • Não adianta apenas ter atração, mas precisam se considerar homossexual, por exemplo • Interesse afetivo ou sexual por indivíduos • Assexuado → DD de desejo hipoativo • Assexuado não possui reações mediante estímulos. Já o hipoativo, sim, se estimulo mais excessivo • Comportamento sexual não é correlato perfeito de orientação sexual • Heterossexual, homossexual, bissexual ou pansexual (atração por pessoas de todos os gêneros → pessoas não binarias) • Pessoas homossexuais são 6-7x mais propensas a cometerem suicídio • Bissexuais também se incluem em maiores riscos Escala de Kinsey: • Fatores determinantes para disfunção sexual • Experiências traumáticas • insegurança • Depressão e ansiedade • Estimulação inadequada • Técnicas sexuais inadequadas • Envelhecimento • Prejuízo na auto estima • Informação inadequada • Religiosidade rígida • É um caso de transtorno sexual? • Diferenciar de problema sexual ou distúrbio sexual • Ausência ou dificuldade de orgasmo ao coito pela mulher, porém presente com estímulo direto Ana Beatriz dos Reis – 6ª Fase, 2022.1 • Bom tempo de latência intravaginal ejaculatória e percepção da fase pré gozo pelo homem, porém o incomoda a não existência • Mulher se sente bem, mas há discrepância na parceira
Compartilhar