Artigo finalizado Passagens dos inocentes

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INOCENTES PERSONAGENS: REPRESENTATIVIDADE E FUNÇÃO – ROMANCE PASSAGEM DOS INOCENTES DE DALCIDIO JURANDIR.
 
RESUMO
O presente artigo faz uma análise de todos os personagens do romance de Dalcildio Jurandir, conhecer suas representatividades, suas lutas e o percurso que é traçado por eles no decorrer da narrativa, com um enfoque principalmente nas personagens femininas que ganham grande destaque no romance. Desse modo abordaremos as pluralidade e singularidades dos personagens, trazendo à tona aspectos sociais, e as transformações que sofrem no romance, destacando sempre a que camada social pertencem, como se comportam e sua relevância dentro do enredo Dalcidiano.
Palavra-chave: Romance Dalcidiano, Enredo, Personagens.
1- INTRODUÇÃO
O presente trabalho vem retratar, a representatividade e função dos personagens do romance de Dalcidio Jurandir passagem dos inocentes. O grande enfoque da narração se, dar por uma parte de homens, mas também traz uma grande narrativa feminina o que se destaca na obra por intervir no papel desses homens, mas trazendo seus próprios dilemas em uma sociedade opressora, que eram vivenciadas por elas em areinha.
Os personagens são compostos por pluralidades, social, cor, estatura físicas, que revelam no decorrer do romance uma face das precariedades ignoradas pelo poder público, no cenário de caos e de sofrimento em uma realidade vivenciada pelos próprios personagens Dalcidianos.Em suma ,partimos da ideia de tentar entende-los e desvenda-los e trazer à tona suas denúncias, angústias, sua luta diárias para sobreviver em uma Amazônia “esquecida “ pelas autoridades em contraste com a realidade que assola esse povo.
2- PASSAGEM DOS INOCENTES PERSONAGENS DALCIDIANO.
Os personagens Dalcidianos englobam um extenso enredo, enquanto uns se destacam e tem uma história de luta e resistência, no entanto existe outros personagens que não tem ação efetiva no romance. Essas relações de gêneros que sustentam a história, revelando uma situação existencial que liga as personagens do romance, homens, mulheres e crianças.
Portanto ao longo do romance, percebemos que os personagens se entrelaçam em suas narrativas, cada um com suas características peculiares, que estão em busca de um sonho ou até mesmo se descobrindo em um universo diferente, vivendo em uma nostalgia entre presente e passado de memórias.
No romance conta com uma vasta rede de personagens, e aqui trouxemos todos em ordem alfabética.
Aguiar, Alaíde, Alberta, Alfredo, Almerindo, Almerinha, Amarílis, Ana de Nantes, Anália, Andreza, Antônia, Antonino, Antonio Emiliano, Aragão, Arlinda, Bem vinda, Bernabé, Belerofonte, Bibiano, Binns, Brasilino, Caraciolo; Ceará; Ceguinha, Comprade Benevenudo, Coronel Amoedo, Coronel Serra, D. Amélia, D. Cecé, D. Emília Alcântra, D. Fracia Alcântra, D. Inacia, D. Joaquina, D. Marcelina, D. Maria das dores, D. Preixa, D. romana, D. Rosalia, D. Teodora, Danilo, Diretora, Diva, Dolores, Dolorosa, Dona Romana, Doroteia, Dra. Morais, Drº. Bezerra, Drº. Juiz, Drº. Lustosa, Drº. Pensionista, Edmundo Menezes, Eleison, Elizário, Elza, Epaminondas, Esmael, Eusébio, Eutanásio, Ezequias, Ezequiel, Geralda, Gilberta, Gregoriano, Gumercindo, Idalina, Inere, Isaura, Lamarão, Lázaro, Leônidas;Leticia, Libânia, Licio, Luciola, Madame yara, Mãe Ciana, Mãe Maria, Magá, Major Alberto, Marai de Nazaré, Marcom, Maria do Céu, Maria dos Navegantes, Maria Emilia, Maria Eulália, Maria Miuda, Marrocos, Matias, Messias do Melo, Mestre Evaristo, Mestre Martinho, Moça do Gegerlim, Moça Jucirena, Natércia, Nhá Bernada, Nhá Laciola, Nhá Porcina, Nha Rosa, Ninita, Padinho Barbosa, Padre Daniel, Padre Pinheiro, Padrinho Barbosa, Pai Francisco, Prª Mª Loureiro Miranda, Primo Pio, Rabelinho, Raimundo Reis, Roldofo, Semínamis, Senhor Albuquerque, Serafina, Socorro, Superitendente Tiago, Teotónio, Tio Biniba, Tio Sebastiao, Tomásia, Vaqueiro, Velho Pedreiro, Vigilo Alcantara, Vitor Uéua, Wolflango, Zenaide.
Esses personagens vão sendo descrito no enredo de forma aleatória e complexa, que deixa o leitor desnorteado e ao mesmo tempo deslumbrado com o desenrolar de cada história que está sendo narrada. Apesar de Alfredo ser o protagonista do enredo narrativo, podemos observar uns grandes números de mulheres que colaboram para o desenvolvimento do romance, contribuindo assim de forma marcante para a construção do enredo. Entre elas podemos destacar Dona Amélia, Celeste, Doroteia, Andreza etc...
Através do conjunto das narrativas é possível destacar alguns personagens que ganham destaque como.
2.1 Alfredo
No romance passagem dos inocentes, Alfredo o personagem principal do ciclo do extremo norte, agora já adolescente com cerca de 14 anos, mestiço, que está em constante descoberta. Nesse romance, Alfredo continua a sua saga no sonho de estudar em Belém em busca de um futuro melhor, após sua frustração com a ruína que ocorreu com a família Alcântara no romance anterior “Belém do Grão-Pará”, agora adolescente ganha uma nova chance de voltar a capital, por meio de dona Celeste ( D. Cecé) sobrinha do Major Alberto. No decorrer do romance Alfredo se depara com diversas situação que desmentem uma visão superficial tida a respeito da Amazônia ribeirinha e da Amazônia urbana (Belém), fica claro que o personagem Alfredo é um meio do autor Dalcídio Jurandir retratar a verdadeira face da Amazônia com sua pobreza, sua desigualdade social e o abandono da massa que viviam em periferia da grande Belém.
2.2 Dona Amélia
Mãe de Alfredo, filha de Bibiano e esposa do major Alberto, D. Amélia é uma mulher negra que tem um passado muito sofrido, e que projeta no seu filho Alfredo tudo aquilo que ela queria para si, por isso dentro da narrativa ela é uma mulher, uma mãe que sempre busca um futuro melhor par seu filho. Jurandir deixa bem explicito essa representação de dona Amélia, o que ela queria ser, como não teve estudo busca no filho esse feito e.
Onde estivesse era ela sempre, tão despida, e aquele filho, na cidade, podia voltar, um dia, de diploma, um doutor, e com pouco um juiz, meter um qualquer branco no chinelo não podia, um dia? Até onde ia o filho dela, e quem era? De quem a filiação? Um puro neto do meu. Do teu, do nosso parceiro, o velho Bibiano, Sobrinho de Quem?. (JURANDIR, p.13 1984).
Dona Amélia, sabia se Alfredo estudasse nunca ninguém ia tira dele, não ia ser como ela sem estudo, e todo ia ter orgulho dele. Em uma passagem do romance chove nos campos de cachoeira o narrador assim descreve a personagem: 
D. Amélia era uma pretinha de Muaná, neta de escrava, dançadeira de coco, de isguetes nas Ilhas, cortando seringa, andando pelo Bagre, perna tuíra, apanhando açaí, gapuiando, atirada ao trabalho como um homem. Viu a mãe morrer de uma recaída de papeira, sem recursos, a palhoça caindo, a prostituição, o pai golado dizendo besteiras na hora do enterro, mas Amelinha firme não se deu por achada. Tinha perdido um filho levado pelo sucuriju nas Ilhas. (JURANDIR, 1991, p.78).
Jurandir descreve D. Amélia como uma mulher guerreira, sofredora porém ao mesmo tempo batalhadora, que apesar das condições vidas oprimida, a falta de recursos e a morte da mãe, D. Amélia não “se deu por achada”, manteve-se firme na busca de sua subsistência por meio dos seus trabalhos, sem cair na prostituição. Até que o Major convidou-a para ir morar com ele em Cachoeira do Arari, mesmo contra a vontade das filhas de seu primeiro casamento.
2.3 Cecé.
Apresentação dos personagens ao leitor acontece quando o irmão de Dona Amélia o Ezequiel dá uma festa em sua chegada, inclusive Dona Cecé, que fugiu no navio trombetas quando era moça, pertencente a uma família tradicional, porém decadente que carrega consigo um grande segredo do passado de sua adolescência, que lhe causara muita angústia e acarretou em sua fuga no navio trombetas, também destaca em sua narrativa o patriarcalismo exercido sobre a mulher que pondera até nos dias atuais.
A d. Cecé é uma mulher da segunda década do século XX, pôs ciclo da borracha , no enredo da narrativa Dalcidiano observa-se ambiguidadeda personagem ora denominada de Cecé e Celeste, o que remete diferentes fases de sua vida. Cecé criança que cresceu pelo campo aberto de Muaná a Cecé jovem fugitiva do navio trombetas e a Celeste casada com Antonino Emiliano e mãe de um menino chamado Belorofonte. 
Essa personagem especifica, em certos momentos costuma, ceder às convenções sociais vivida por ela. Ela deixa essa passividade social a fugir, gerando assim a possibilidade de sair do meio em que vivia, apesar de voltar pra lá. O que acaba trazendo memorias de seu passado distante; dai percebemos que “pelo olhar é que captamos a imagem, e é através dele que a retemos e aguardamos para um reconhecimento ou evocação posterior.”(VIANA, 1995, p.24).
Esses olhares de dona Cecé e remetido por suas bagagens, a mala que fica guardada com seus vestidos, tudo isso aponta para a distância entre o mundo de sua imaginação e o mundo cultural em que ela faz parte.
2.4 Arlinda.
No romance passagem dos inocentes, Arlinda é descrita como uma menina interiorana órfã, que é doada pelo seu tio para morar com dona Celeste em Belém, e tem um grande destaque na narrativa pois remete à ideia de uma personagem-criança com a inocência usurpada por conta das responsabilidades a ela atribuída.
2.5 Bibiano.
Bibiano pai de Amélia, avô de Alfredo, homem trabalhador, humilde, um artesão (paneiro, cesto), onde tirava o sustento que criou e alimentou seus filhos, ama vive entre as árvores (miritizeiros) não quer nem ouvir falar em se mudar de areinha. “da feita que fiquei, fiquei, [...] daqui eu mudar? Concordo, me mudo, mas de canela esticada, boca dura, levado de pé junto para aquele sempre nosso rumo.”(JURANDIR, p. 02, 1984).
Bibiano senhor idoso, que andava de banda, se queixava dos rins, devido estar muito tempo sentado tecendo paneiros e cestos, negro, magro, era pobre, interiorano todos os dias ao amanhecer passeava no comércio de seu Epaminondas para tomar um goró (uma dose de cachaça). Contudo tinha um amor pelo seu neto Alfredo, Bibiano amava viver em Areinha, no subúrbio da vila (Muaná). Sua casa era toda de miriti “o paredame da cozinha, varanda, fundos, porta, janela”.(JURANDIR p.02, 1984)
3- REPRESENTAVIDADE E FUNÇÃO DAS PERSONAGENS FEMININAS 
É interessante apontar dentro da narrativa a representatividade dessas personagens no romance, desse modo emerge a ideia principal de como no romance Dalcidiano as mulheres ganham destaque, e com elas ficam evidenciadas suas lutas árduas e a face do patriarcalismo é posta à tona, como afirma Santos (1995, p.224)
“ Escrava absoluta das convenções sociais, a mulher no início do século tinha um horizonte reduzido.A situação social dela se resumia ,as missas dominicais ,reuniões de caridade [...]ser submissa e calar diante do marido e dos parentes eram limitações impostas à mulher.[...]Por todos os lados as regras eram rígidas e imperativas .As mulheres que fugiam a esse padrão eram consideradas devassas.”
Dessa forma fica constatado que através dos seus romances, Dalcídio Jurandir denuncia e ao mesmo tempo da voz para suas personagens, retratando desse modo as mazelas e a opressão sofridas por essas mulheres, dando espaço para denunciar a condição que lhe são submetidas. Uma das personagens femininas muito marcante no romance de Dalcildio Jurandir passagem dos inocentes, é dona Celeste, uma mulher frustrada e insatisfeita com a vida que leva ao lado do marido Antonino Emiliano, uma mulher que no passado fugiu para tentar livrar-se de toda essa repressão imposta pela família tradicional. Mas atualmente busca em suas memórias um jeito de se sentir viva e de refazer suas experiências e identidade como podemos vê em um fragmento do romance. 
“A partir daquela fuga ,refazia sua vida anterior ao Trombetas, de menina e moça, agora revista e constituída, segundo aquela viagem .Sabia que foi a bordo que descobriu o seu verdadeiro mundo e logo perdido, onde vislumbrou um caminho e logo desfeito, um fio que apanhou e no mesmo instante lhe fugiu sem sonho, aquela tocha de santelmo, azulada e esverdeando no mastro do Trombetas acesa pelo pampeiro que veio caindo pela baía. Ah fogo que não queimou o navio, vento que não carregou comigo.” (JURANDIR, 1984,p.101).
Podemos observar que ao fugir anos atrás no navio Trombetas, dona celeste buscava mais que qualquer coisa sua liberdade ,e quando ela consegue fugir, acreditara que conseguiu realizar seu sonho tão almejado, mais sua liberdade foi tão repentina como a “chama de santelmo"(fenômeno meteorológico que ocorre em ocasiões de fortes trovoadas, pequenas descargas elétricas com irradiações luminosa),muito passageira.
4- ANÁLISE DE DADOS DOS PERSONAGENS.
Afim de levantar o enfoque sobre os personagens que trazem sua representatividade e função na narração, e assim promovendo as mais diversas pluralidades do enredo Dalcidiano. Conseguimos identificar uma grande porcentagem de personagens do Romance Passagem dos Inocentes.
4.1 Análise de Gênero do Romance.
A análise dos personagens masculinos e femininos se dará por contagem da leitura do romance personagem dos inocentes.
Gráfico 1
Na narração foram contabilizados 122 (cento e vinte e dois) personagens entre homens e mulheres. Dessa coleta de dados 60 (sessenta) são homens, que tem uma faixa de 49% de representação no enredo narrativo. A maior parte 62 (sessenta e dois) são de personagens femininos que são de 50%. No gráfico acima deixamos uma porcentagem de 1% para possível personagem que possa ter passado despercebido na análise.
4.2 Análise de idade desses personagens.
No romance Dalcidiano temos todos tipos de personagens, e suas diferenças em relação a idade. No enredo narrativo temos criança, jovens, adultos e idosos. 
Gráfico 2
Na relação do gráfico, acima estão apresentados, as crianças e adolescentes de 0 (zero) à 14 (quatorze) anos que 33 (trinta e três) que representa 27%. Os personagens adultos são 60(sessenta) que representa 49% do enredo das narrativas. Os idosos são representados no enredo com 10%, que são 12 (doze) idosos. Na narrativa passagem dos inocentes temos também aquele personagem que são apenas citados, não tem ação efetiva no enredo que representam 14% que são 17(dezessete) personagens. Temos que considerar a margens de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, pois durante a análise do romance Dalcidiano, podem ter passado algum personagem despercebido.
4.3 Relação de cor e raça dos personagens do romance.
A narração e as histórias contadas no romance remetem que sua maioria são preto e mestiços. Porém encontramos na análise de leitura as seguintes fototipos branco, preto, pardo e mestiços que são personagem filho de pai ou mãe branco ou preto, que é no caso do Alfredo personagem principal do romance.
Gráfico 3
A maior parte dos personagens Dalcidiano do romance, passagem dos inocentes são pretos com 57%, a segunda parte vem pelos pardos com 17%, mestiço são de 14% e o branco são de 12% a minoria descrita no romance. A margem de erro segue de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
4.1 relação de renda.
A maioria dos personagens no romance passagem dos inocentes são pobres. O que está na classe média alta, não são ricos, mas sim tem uma vida sustentável ou mais confortável.
Gráfico 4
Como descrito no gráfico a maioria são pobres com 82%, aqueles que muitas vezes tem só que comer no dia ou nem tem. Essa realidade da região ribeirinha marajoara e no subúrbio de Belém como e descrito pelo Alfredo. As mortes, as aparências das pessoas e suas causas angustiantes apresentada pela expressão dos rostos das pessoas. Em uma passagem do romance “Alfredo descreve a figura de um velho que ele via sempre, no caminho da escola que ele chama de espantalho, as ruas sem saneamento básico, as casas, enfim essa descrição acontece tanto Muaná quanto em Belém.” (JURANDIR, 1984)
Os personagens que tem uma vida confortável, podemos dizer assim são bem poucas chega em 14% . tem também aqueles 4%, personagem que são citados não tem ação efetiva no enredo narrativo. 
CONCLUSÃO
O Romance passagemdos Inocentes este sendo o quinto romance do ciclo do extremo norte de Dalcídio Jurandir. Através das observações de um narrador onisciente e das situações vividas pelo personagem Alfredo, protagonista do romance, nos deparamos com duas realidades reescrita no Romance. Na primeira somos apresentados a uma paisagem ribeirinha na qual podemos nota a pobreza e a falta de perspectivas, o sofrimento humano onde o progresso não alcança, um lugar entre a solidão e o isolamento social, onde somos apresentados ao preconceito por cor e origem, às opressões e a falta de liberdade vividas por alguns personagens do romance. Lugar este, onde Alfredo tem maio contato a família de sua mãe dona Amélia e também onde ganha uma nova oportunidade de voltar a capital. 
Ao chegamos na segunda parte do romance, que é marcada pela chegada de Alfredo a Belém, O autor nós traz a um subúrbio precário, com abandono social no qual o ser humano é privado de qualquer direito de cidadania, em meio a esse ambiente de calamidade pública, Alfredo consequentemente teria sua visão que tanto idealizava agora distorcida pelo ambiente grotesco e abandonado pelas autoridades públicas. 
No seu quinto romance, Dalcídio Jurandir buscou mostrar por meio da literatura as diferenças faces escondidas no interior amazônico, seus romances tem de fato grande valor histórico, pois, em suas narrativas o autor relaciona fatos de um período pós borracha a sua obra, mostrando a decadência de um projeto e as consequências trazidas por ele, ao menos tempo que as “aventuras” de Alfredo e destaca as superação e representação de diferentes personagens, dando grande ênfase as diferentes personagens femininas da sua obra. 
REFERÊNCIA 
JURANDIR, Dalcídio. Chove nos Campos de Cachoeira. Belém. Cjup/Secult, 1991.. Marajó. Belém: CEJUP, 1992.
JURANDIR, Dalcidio. Passagem dos inocentes. Belém Pará: Falangola, 1984.
SANTOS, Eunice. Mulher mercadoria. In. Álvares, Maria Luiza Miranda; D’inção, Maria Angela (orgs.) A mulher existe?; uma contribuição ao estudo da mulher de gênero na Amazônia. Belém: GEPEM, 1995.
VIANA, M.J.M. do sótão à vitrine: Memorial de mulheres. Belo horizontes: ed. UFMG, 1995.
Raça e Cor
Raça e cor dos personagens passagem dos inocentes	.	
Preto	Pardo	Branco	Mestiço	70	20	15	17	Coluna2	
Preto	Pardo	Branco	Mestiço	Coluna1	
Preto	Pardo	Branco	Mestiço	
Descrição de Renda dos personagens.	
Pobre	Classe média alta 	Personagens apenas citados no romance	100	17	5	
Relação de Personagens masculino e femenino
Relação de Personagens masculino e femenino	
Masculinos	Femeninos	Personagens que podem ter passado despercebidos na análise	60	62	1.4	
Relação de crianças, adolescentes, adultos e idosos
Relação de idade de personagens do romance Dalcidiano.	
Criança e Adolescentes de 0 à 14 anos.	Adultos de 18 à 44 anos.	Idosos 45 à 70 anos.	Personagens que são apenas citados.	33	60	12	17	Coluna1	
Criança e Adolescentes de 0 à 14 anos.	Adultos de 18 à 44 anos.	Idosos 45 à 70 anos.	Personagens que são apenas citados.	Coluna2	
Criança e Adolescentes de 0 à 14 anos.	Adultos de 18 à 44 anos.	Idosos 45 à 70 anos.	Personagens que são apenas citados.	
INOCENTES PERSONAGENS: REPRESENTATIVIDADE E 
FUNÇÃO
 
–
 
ROMANCE PASSAGEM DOS INOCENTES DE 
DALCIDIO JURANDIR.
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO
 
 
O presente artigo faz uma análise de todos os personagens do romance de Dalcildio 
Jurandir, conhecer suas representatividades, suas lutas e o percurso que é traçado por 
eles no decorrer da narrativa, com um enfoque principalmente nas personagens 
femininas 
que ganham grande destaque no romance. Desse modo abordaremos as 
pluralidade e singularidades dos personagens, trazendo à tona aspectos sociais, e as 
transformações que sofrem no romance,
 
destacando sempre a que camada social 
pertencem, como se comportam e
 
sua relevância dentro do enredo Dalcidiano.
 
Palavra
-
chave: 
Romance Dalcidiano, Enredo, Personagens.
 
 
 
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INTRODUÇÃO
 
 
O presente trabalho vem retratar, a representatividade e função dos personagens 
do romance de Dalcidio Jurandir passagem dos inocentes
. 
O 
grande enfoque da narração 
se, dar por uma parte de homens, mas também traz uma grande narrativa feminina o que 
se destaca na obra por intervir no papel desses homens, mas trazendo seus próprios 
dilemas em uma sociedade opressora
, que eram vivenciadas por 
elas em areinha.
 
Os personagens são compostos por pluralidade
s,
 
social, cor
,
 
estatura físicas
, que 
revelam no decorrer do romance uma face das precariedades ignoradas pelo poder 
público, no cenário de caos e de sofrimento em uma realidade vivenciada pelos 
próprios 
personagens Dalcidianos.
Em 
suma 
,partimos 
da 
ideia
 
de tentar entende
-
los
 
e desvenda
-
los 
 
e trazer 
à
 
tona 
suas denúncias, angústias, 
sua
 
luta diárias para sobreviver em uma 
Amazônia 
“esquecida “
 
pelas autoridades e
m contraste com a realidade 
que assola 
esse 
povo.
 
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PASSAGEM DOS INOCENTES PERSONAGENS DALCIDIANO
.
 
Os personagens Dalcidianos englobam um extenso enredo, enquanto uns se 
destacam e tem uma história de luta e resistência
, no entanto existe 
outros 
personagens 
que não tem ação efetiva no 
romance. Essas relações de gêneros que sustentam 
a história, 
INOCENTES PERSONAGENS: REPRESENTATIVIDADE E 
FUNÇÃO – ROMANCE PASSAGEM DOS INOCENTES DE 
DALCIDIO JURANDIR. 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente artigo faz uma análise de todos os personagens do romance de Dalcildio 
Jurandir, conhecer suas representatividades, suas lutas e o percurso que é traçado por 
eles no decorrer da narrativa, com um enfoque principalmente nas personagens 
femininas que ganham grande destaque no romance. Desse modo abordaremos as 
pluralidade e singularidades dos personagens, trazendo à tona aspectos sociais, e as 
transformações que sofrem no romance, destacando sempre a que camada social 
pertencem, como se comportam e sua relevância dentro do enredo Dalcidiano. 
Palavra-chave: Romance Dalcidiano, Enredo, Personagens. 
 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho vem retratar, a representatividade e função dos personagens 
do romance de Dalcidio Jurandir passagem dos inocentes. O grande enfoque da narração 
se, dar por uma parte de homens, mas também traz uma grande narrativa feminina o que 
se destaca na obra por intervir no papel desses homens, mas trazendo seus próprios 
dilemas em uma sociedade opressora, que eram vivenciadas por elas em areinha. 
Os personagens são compostos por pluralidades, social, cor, estatura físicas, que 
revelam no decorrer do romance uma face das precariedades ignoradas pelo poder 
público, no cenário de caos e de sofrimento em uma realidade vivenciada pelos próprios 
personagens Dalcidianos.Em suma ,partimos da ideia de tentar entende-los e desvenda-
los e trazer à tona suas denúncias, angústias, sua luta diárias para sobreviver em uma 
Amazônia “esquecida “ pelas autoridades em contraste com a realidade que assola esse 
povo. 
2- PASSAGEM DOS INOCENTES PERSONAGENS DALCIDIANO. 
Os personagens Dalcidianos englobam um extenso enredo, enquanto uns se 
destacam e tem uma história de luta e resistência, no entanto existe outros personagens 
que não tem ação efetiva no romance. Essas relações de gêneros que sustentam a história,