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Planejamento tributário - Formas de Planejamento

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Planejamento Tributário
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. José Carlos Pereira Almeida
Revisão Técnica:
Prof.ª Me. Graziela de Faria Santos Soares
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Patrícia Leite Di Lorio
Formas de Planejamento
• Lucro Real;
• LALUR.
• Aprender sobre o Lucro Real, uma sistemática mais complexa e detalhista do que as 
anteriores estudadas.
• Acompanhe os exemplos apresentados, pois eles fazem com que as explicações fiquem 
mais claras, por isso entenda o passo a passo de cada exemplo proposto.
• Após ler o material didático, faça os exercícios propostos, somente através da prática é 
que você fixará todo ensinamento proposto. Pesquise além do material disponibilizado, 
isso enriquecerá seu conhecimento. Acessando todo material seu rendimento será muito 
melhor e mais proveitoso.
• Dúvidas? Estou à disposição, lembre-se disso. 
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Formas de Planejamento
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Formas de Planejamento
Contextualização
Leia esse artigo sobre a tributação anual ou trimestral do Lucro Real e veja se você con-
corda com o autor. Boa leitura! Prof. José Carlos
 Planejamento Tributário I: Lucro Real Anual e 
Lucro Real Trimestral - Qual a melhor opção?
Ricardo Américo do Prado* 
Transcorrido as festividades de final de ano e o fechamento contábil e fiscal do ano de 
2010, é chegado o momento dos profissionais que atuam nas áreas contábil, fiscal e 
tributária, efetuarem estudos e cálculos sobre as projeções de resultados das pessoas 
jurídicas para o ano de 2011, com o objetivo de fornecer dados e suportar a melhor 
opção do regime de apuração do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Pois bem, de acordo com a legislação tributária, as pessoas jurídicas possuem basica-
mente seis modalidades distintas de apuração do IRPJ e CSLL.
Os regimes de apuração do IRPJ e da CSLL são:
I. Lucro Real (anual e trimestral)
 Modalidade de tributação calculada sobre a apuração do resultado (lucro ou prejuízo) 
líquido contábil das pessoas jurídicas, acrescentando-se as adições (regra geral são as 
despesas não dedutíveis e provisões temporárias) e as exclusões (regra geral as recei-
tas não tributáveis e reversões de provisões temporárias). Normalmente essa tributação 
aplica-se para: (i) grandes empresas; (ii) determinados segmentos da economia, que utili-
zam incentivos fiscais; (iii) empresas que efetuam operações no comércio exterior e; (iv) 
empresas que são obrigadas pela legislação tributária a essa modalidade de tributação.
II. Lucro Presumido
 Modalidade de tributação calculada sobre o faturamento das pessoas jurídicas, com 
base em percentuais definidos na legislação tributária. Normalmente aplica-se para 
médias empresas e empresas que não são impedidas pela legislação tributária a optar 
por essa tributação.
III. Lucro Arbitrado
 Modalidade de tributação calculada sobre o faturamento das pessoas jurídicas, com base 
em percentual definido na legislação tributária. Normalmente é aplicada de ofício pelas 
autoridades fiscais quando não encontram ambiente de controle contábil adequado para 
a tributação do lucro conforme as regras previstas na legislação fiscal e comercial. No en-
tanto, também pode ser aplicada diretamente pelos representantes das pessoas jurídicas.
IV. Simples Nacional
 Modalidade de tributação calculada sobre o faturamento, com base em percentuais de-
finidos na legislação tributária. De acordo com o nível de faturamento os percentuais 
se alteram. Normalmente aplica-se para microempresas e empresas de pequeno porte, 
8
9
devendo ainda ser observadas todas as regras de enquadramento descritas na legislação 
tributária, verificando-se ainda se a atividade exercida pela pessoa jurídica é permitida 
pela legislação, bem como o limite de faturamento e, se não é obrigada a efetuar outra 
modalidade de tributação.
V. Imunes e/ou isentas
 Modalidade de tributação em que as pessoas jurídicas e as atividades por elas exercidas 
são imunes à tributação desde que descritas no texto da Constituição Federal do Brasil, 
ou ainda, isentas quando descritas no texto da legislação infraconstitucional.
VI. MEI - Microempreendedor Individual
 Modalidade de tributação em que o empreendedor individual é a pessoa que trabalha 
por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser empreendedor 
individual, é necessário faturar no máximo até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) 
por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter um em-
pregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. Além disso, 
o Empreendedor Individual será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos 
tributos federais (IRPJ, CSLL, PIS e Cofins). Pagará apenas o valor fixo mensal de R$ 
48,70 (comércio ou indústria) ou R$ 52,70 (prestação de serviços), que será destinado à 
Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, 
de acordo com o salário mínimo.
 No presente texto encontra-se abordado somente a tributação na modalidade do Lucro 
Real (anual e trimestral).
Lucro Real
 As pessoas jurídicas que estão obrigadas à apuração do lucro real conforme determina 
a legislação tributária são as que possuem as seguintes características:
T enham auferido receita bruta total no ano calendário anterior igual ou superior a 
R$ 78.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou o limite proporcional ao número de 
meses nos casos de início de atividades em outra data que não o mês de janeiro;
Instituições financeiras;
Tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
 Usufruírem de benefícios fiscais relativos a isenção ou redução do imposto, como por 
exemplo, os calculados com base no lucro da exploração (empreendimentos localizados 
nas regiões Norte-SUDAM e Nordeste-SUDENE) e também os incentivos fiscais relati-
vos à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, dentre outros;
Optarem por recolher o IRPJ mensal pelo regime de estimativa (lucro real anual);
Exercerem a atividade de Factoring;
 Se dediquem à construção, incorporação, compra e venda de imóveis que tenham regis-
tro de custo orçado, nos termos das normas aplicáveis a essas atividades;
 Seja Sociedade de Propósito Específico, formada por Microempresas e Empresas de 
pequeno porte, optantes pelo Simples Nacional;
9UNIDADE Formas de Planejamento
Explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do 
agronegócio.
Períodos de apuração e recolhimento
 O Lucro Real possui duas periodicidades distintas de apuração, sendo que as pessoas 
jurídicas podem optar por uma delas:
a) Lucro Real trimestral - apuração efetuada por meio de balanços trimestrais, encer-
rados respectivamente nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de 
dezembro de cada ano-calendário;
b) Lucro Real anual - por meio de estimativas mensais ou por meio de balanço de sus-
pensão ou de redução, e ainda com a apuração de ajuste anual do lucro real ao final 
do período de apuração (31 de dezembro de cada ano-calendário).
 É importante ressaltar que o recolhimento por estimativa mensal, ou ainda, por meio 
de balanço de redução ou suspensão, corresponde à opção pelo lucro real anual, muito 
embora os recolhimentos sejam mensais, referem-se às antecipações do IRPJ e CSLL 
devidos até o momento em que for efetuado o ajuste anual ao final do período de apu-
ração em 31 de dezembro.
 Em relação ao lucro real trimestral, a apuração é definitiva ao final de cada trimestre e 
não existe a possibilidade de efetuar o recolhimento mensal por estimativa. O IRPJ e a 
CSLL são recolhidos no último dia do mês posterior ao encerramento do trimestre, ou 
ainda, em três quotas iguais e sucessivas que devem ser recolhidas no último dia útil do 
mês posterior ao encerramento do trimestre em relação à primeira quota, e a segunda 
e a terceira quotas serão pagas respectivamente nos meses subsequentes, devendo ser 
acrescidas de juros Selic.
Vantagens e desvantagens: Lucro Real Anual ou Lucro Real Trimestral?
 Os autores Hiromi Higuchi, Fábio Hiroshi Higuchi e Celso Hiroyuki Higuci em sua obra: 
“Imposto de Renda das Empresas - Interpretação e prática” que já se encontra na 35ª. 
edição em 2010, citam na página 25 que o lucro real trimestral não traz uma só vanta-
gem, mas traz muitas desvantagens, como a da limitação na compensação dos prejuízos 
fiscais e a possibilidade de cometer mais infrações fiscais.
 De fato, na prática a maioria das empresas opta pela apuração e pagamento do IRPJ e 
CSLS pelo lucro real anual com o objetivo de utilizar o cálculo mensal por estimativa ou 
suspender e/ou reduzir o pagamento da estimativa de acordo com os resultados acumu-
lados que apurar em balanços ou balancetes levantados especificamente para esse fim.
 A Receita Federal do Brasil publicou o resultado da arrecadação federal de dezembro de 
2017, demostrando o total dos recolhimentos dos tributos arrecadados nos anos de 2016 
e 2017. Nessa demonstração podemos verificar que ao compararmos os recolhimentos 
de IRPJ CSLL entre “estimativa mensal” e “declaração de ajuste” (que se refere à opção 
pelo lucro real anual) e “balanço trimestral” (que se refere à opção pelo lucro real trimes-
tral), constatamos que a modalidade de lucro real trimestral representou apenas 9,98% 
em 2017 e 10,52% em 2016 do total recolhido, conforme abaixo:
10
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Descrição
2017 % 2016 %
RS milhões
Balanço Trimestral 11.598 9,98% 12.499 10,52%
Estimativa Mensal 95.095 81,85% 95.366 80,30%
Declaração de Ajuste 9.495 8,17% 10.892 9,18%
Total 116.188 100,00% 118.757 100,00
Fonte: https://goo.gl/eiFDFm
 Podemos verificar pelo resultado divulgado acima que o lucro real trimestral é pouco 
utilizado pelas empresas. Sem dúvida, o maior motivo é justamente o receio da limitação 
da compensação de prejuízo fiscal de trimestres anteriores com somente 30% do lucro 
tributável gerado no(s) outro(s) trimestre(s).
 Essa limitação ocorre porque o IRPJ e CSLL, calculados na opção do lucro real trimes-
tral, são efetuados de maneira isolada, sendo apurações definitivas em cada trimestre, 
daí decorre o receio de não conseguir compensar 100% do saldo de prejuízo fiscal 
apurado em um determinado trimestre com o lucro apurado em outro(s) trimestre(s), 
principalmente para as empresas que possuem resultados sazonais ou a incerteza de 
gerar resultados constantes durante o ano.
 Na apuração com base no lucro real anual não cabe observar o limite de 30% do lu-
cro tributável a ser compensado com prejuízo fiscal gerado no próprio ano-calendário 
(somente em relação à prejuízos gerados em anos anteriores), porque nos balanços ou 
balancetes levantados para fins de suspensão ou redução do imposto de renda apura-se 
o resultado acumulado desde o mês de janeiro, de modo que os prejuízos de um mês 
são automaticamente absorvidos por lucros de outro, sem nenhuma restrição. O sistema 
mais flexível, portanto, (via de regra) e a opção mais vantajosa na maioria das vezes é o 
lucro real anual, com base na estimativa mensal e no critério de suspensão ou redução 
do imposto. No entanto, como toda regra tem exceções, existem alguns casos em que 
o lucro real trimestral será mais vantajoso, e por esse motivo, discordo quando os reno-
mados autores citados no texto declaram que não existe nenhuma vantagem na opção 
do lucro real trimestral.
Destaco abaixo alguns casos em que o lucro real trimestral revela-se como a me-
lhor opção:
 Quando a empresa apurar prejuízos constantes e crescentes no ano, ou seja, apurar 
prejuízos em todos os trimestres e tiver valores de IR na fonte retidos, quer seja por ter 
aplicações financeiras, quer seja pela prestação de serviços, quer seja por efetuar venda 
de mercadorias e produtos para órgãos públicos. Nesses casos as retenções ocorridas 
nos trimestres, poderão, a partir do trimestre seguinte, ser considerados como saldo 
negativo de IRPJ e CSLL e ser atualizados monetariamente pela taxa de juros Selic, 
contribuindo ainda com a geração de resultados financeiros;
 Quando a empresa apurar lucros constantes e crescentes no ano, ou seja, apurar lucros 
em todos os trimestres, nesse caso haverá maior prazo p/ pagamento e/ou compen-
sação de IRPJ e CSLL, gerando melhores resultados com a atualização monetária dos 
recursos disponíveis. O maior prazo para recolhimento do IRPJ e CSLL poderá ser de 
até 60 dias a mais nessa opção;
11
UNIDADE Formas de Planejamento
Se empresa iniciar as atividades a partir de 01 de outubro de cada ano, dessa forma 
haverá apenas uma única apuração em dezembro, ao invés de três apurações que seriam 
efetuadas no lucro real anual (outubro, novembro e dezembro).
 A empresa que apurar lucro em janeiro e necessitar de maior prazo para recolhimento 
de IRPJ e CSLL, ao optar pelo lucro real anual, terá que recolher aos cofres públicos 
federais no dia 28 de fevereiro, e se optar pelo lucro real trimestral, o prazo para pa-
gamento será 30 de abril. Ressaltando que, se nos próximos trimestres for apurado 
prejuízo não haverá a compensação imediata dos lucros gerados no primeiro trimestre, 
mas limitados a 30% do lucro.
 Concluindo: recomendo a análise caso a caso, empresa a empresa, com todo o critério 
possível, para tomar a melhor decisão e trazer ganhos reais para as empresas. Por esse 
motivo é extremamente importante que as projeções de resultados e das bases de cálcu-
lo tributáveis do ano em curso reflitam os números mais próximos possíveis da realidade 
a fim de não tomar provocar a decisão equivocada no momento de exercer a opção.
Opção pelo Lucro Real Anual ou Trimestral
 A legislação tributária prevê a forma através da qual as pessoas jurídicas devem efetuar a 
opção do lucro real anual ou lucro real trimestral. A opção deve ser efetuada de acordo 
com o pagamento do IRPJ e CSLL utilizando os códigos DARF ś conforme definido pela 
Receita Federal do Brasil, descritos abaixo:
Código Darf Regime de Tributação
0220 IRPJ - PJ obrigadas ao Lucro Real - Entidades não Financeiras - Balanço Trimestral
1599 IRPJ - PJ obrigadas ao Lucro Real - Entidades Financeiras - Balanço Trimestral
2319 IRPJ - PJ obrigadas ao Lucro Real - Entidades Financeiras - Estimativa mensal
2362 IRPJ- PJ obrigadas ao Lucro Real - Entidades não Financeiras - Estimativa Mensal
3373 IRPJ - PJ não obrigadas ao Lucro Real - BalançoTrimestral
5993 IRPJ - PJ não obrigadas ao Lucro Real - Estimativa Mensal
6012 CSLL - Demais PJ que apuram o IRPJ com base em Lucro Real - Balanço Trimestral
2484 CSLL - Demais PJ que apuram o IRPJ com base em Lucro Real - Estimativa Mensal
2030 CSLL - Entidades Financeiras - Balanço Trimestral
2469 CSLL - Entidades Financeiras - Estimativa Mensal
Dessa forma, a opção pelo Lucro Real poderá ser efetuada:
• por ocasião do recolhimento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou ao mês 
de início de atividade (seja por estimativa ou por balanço de redução ou suspensão);
• por ocasião do recolhimento do imposto apurado trimestralmente, correspondente 
ao 1º trimestre ou ao trimestre em que for gerado lucro tributável ou ainda ao trimes-
tre de início da atividade empresarial.
No caso de a pessoa jurídica apurar prejuízos poderá formalizar a opção para o mo-
mento em que tiver que efetuar o primeiro recolhimento devido no ano, ressaltando que 
uma vez efetuada a opção, a mesma será irretratável por todo o ano-calendário. Mesmo 
que o pagamento da estimativa referente ao mês de janeiro tenha sido efetuado após o 
prazo de vencimento (28 de fevereiro) a opção será válida, obviamente nesse caso have-
rá o pagamento de multa e juros devido ao fato de o recolhimento ter ocorrido em data 
posterior ao do vencimento.
12
13
Referências
HIGUCHI, Hiromi, Fábio Hiroshi e Celso Hiroyuki. Imposto de Renda das Empresas 
- Interpretação e prática. 35. ed. Rio de Janeiro: IR Publicações Ltda., 2010.
Sítio: www.receita.fazenda.gov.br
Sítio: www.fiscosoft.com.br - (lucro real - roteiro de procedimentos)
Sítio: www.iobonline.com.br
13
UNIDADE Formas de Planejamento
Lucro Real
Aprendemos sobre o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Arbitrado e 
deixamos para esta Unidade, a explicação é apenas do Lucro Real, que é uma sis-
temática mais complexa e que exige um maior conhecimento contábil.
A RFB disponibilizou um estudo em junho de 2016 demonstrando o perfil das 
empresas com base nas declarações prestadas no ano calendário de 2014, vejamos:
Conforme se verifica, apenas 3% das empresas no ano calendário de 2014, 
apuraram seus tributos pelo Lucro Real, e a grande maioria, 74% delas são tribu-
tadas pelo Simples Nacional, que compreende as micro e as empresas de pequeno 
porte, conforme você já aprendeu. Logo, o restante, 21% são tributadas pelo Lucro 
Presumido.
Na última consolidação das informações da DIPJ que a Receita Federal publicou 
(ano de 2005) apesar do contingente pequeno, as empresas do Lucro Real eram as 
que mais contribuíram na totalidade da arrecadação, neste período apenas 5% das 
empresas apuraram seus tributos pelo Lucro Real, 70% delas eram tributadas pelo 
Simples Nacional, e 25% tributadas pelo Lucro Presumido.
Regime de Apuração do IRPJ
DIPJ 2006 – Ano calendário 2005
Receita nº de empresas
Lucro Real 2.964.060,20 79,85% 164.023 4,80%
Lucro Presumido 381.012,68 10,26% 794.946 23,29%
Simples 229.044,61 6,17% 2.282.132 66,85%
Imunes e Isentas 138.049,48 3,72% 172.731 4,85%
Total 3.712.166,97 100% 3.413.832 100%
Fonte: Consolida DIPJ 2006 - RFB (2013)
14
15
Consolidando as duas informações, é perceptível que apesar de um contingente 
pequeno de empresas tributadas pelo Lucro Real (5%), são elas que auxiliam em 
quase 80% a receita nacional, por este motivo são as empresas com maior expres-
são e que exigem maior controle formal na legislação do imposto de renda.
Por este motivo, dedicamos esta unidade integral a explicação do Lucro Real, 
então vamos iniciar nossa unidade?
Nesse sentido, podemos conceituar Lucro Real, sendo o resultado líquido apu-
rado na escrituração comercial, ajustado pelas adições, exclusões e compensações 
admitidas ou impostas pela legislação tributária. Essas adições e exclusões são re-
gistradas no livro LALUR.
O Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) é um livro fiscal exigido pela le-
gislação do imposto de renda (art. 262 do RIR/99). Conforme o modelo aprovado 
pela IN SRF nº 28/78, o LALUR, é dividido em duas partes distintas (cada uma 
delas deve conter 50% das folhas) reunidas em um só volume encadernado, a saber: 
• Parte A, destinada aos lançamentos de ajustes do lucro líquido do período de 
apuração e à transcrição da demonstração do lucro real. Nessa parte é que 
apuramos a base de cálculo do imposto.
• Parte B (cuja numeração é sequencial à da Parte A), destinada ao controle 
dos valores que foram ajustados na Parte A que devam influenciar a deter-
minação do lucro real de períodos de apuração futuros e não constem da 
escrituração comercial.
É importante esclarecer que qualquer empresa pode optar pelo Lucro Real, po-
rém existem algumas que são obrigadas, conforme determina a Lei. 9.718/98 em 
seu artigo 14:
Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas:
I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de 
R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao 
número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; (Reda-
ção dada pela Lei nº 12.814, de 16 de maio de 2013) (Vide parágrafo 
único do art. 9º, da Lei nº 12.814/2013)
II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, 
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, 
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, socie-
dades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras 
de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, 
cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização 
e entidades de previdência privada aberta;
III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do 
exterior;
IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios 
fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
15
UNIDADE Formas de Planejamento
V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento 
mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, 
de 1996 ;
VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de 
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, sele-
ção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de 
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de presta-
ção de serviços (factoring).
VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, 
financeiros e do agronegócio. ( Incluído pela Lei nº 12.249, de 11 de 
junho de 2010) (Vide Lei nº 12.249/2010, art. 139, inc I, d)
Diferentemente da sistemática do lucro presumido, pela qual se apura a base 
de cálculo do IR a partir dos valores globais da receita bruta da pessoa jurídica, na 
tributação pelo método do lucro real chega-se à base de cálculo do imposto através 
do lucro contábil da empresa, ajustado pelas adições, exclusões e compensações 
previstas pela legislação.
Quanto à opção pela forma de tributação, igual ao Lucro Presumido, tal esco-
lha é confirmada através do primeiro recolhimento do imposto de renda, e essa 
identificação é feita pelo código do DARF, e novamente: uma vez escolhida essa 
sistemática, deve ser adotada para o ano calendário integral.
Porém na sistemática do Lucro Real, existem 2 formas de apuração: (1) Lucro 
Real Trimestral e (2) Lucro Real Anual. Vamos estudar cada uma dessas opções:
1 - Lucro Real Trimestral
Se a empresa optar pelo período trimestral deverá, apurar a base de cálculo do 
imposto de renda e da contribuição sobre o lucro líquido nos resultados apurados 
em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro.
2 - Lucro Real Anual
Já na sistemática anual, o recolhimento será mensal. Todo mês o contribuinte 
deverá calcular o IRPJ e a CSLL pela estimativa e pelo lucro ajustado, para que 
possa beneficiar-se da opção de recolher dentre os dois o menor, ou ainda suspen-
der o pagamento.
Se a empresa adotar a estimativa, deve apurar seus impostos com os mesmos 
percentuaisdo Lucro Presumido. Já pelo lucro ajustado, a partir das informações do 
Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE) efetuará os ajustes necessários no 
LALUR apurando o Lucro Real Tributário. Vamos ver na prática como isso funciona:
→ A empresa Tudo de Bom Ltda. é uma prestadora de serviço optante do 
Lucro Real Anual. 
16
17
1° Inicialmente vamos analisar a Demonstração do Resultado do Exercício – 
DRE. Na tabela abaixo, visualizamos a receita bruta e o resultado contábil, 
este servirá de base para a elaboração do LALUR, vejamos:
2° Dessa forma, como já dissemos, o Lucro Real permite que a empresa mensal-
mente pague pelo IRPJ (15% e o adicional) e CSLL via estimativa ou através 
do Balancete de Suspensão. Vamos analisar, primeiramente, como é o paga-
mento pela receita bruta:
Perceba, que utilizamos as informações do DRE (receita bruta) e calculamos o 
IRPJ e a CSLL da mesma maneira do Lucro Presumido. Veja, a empresa Tudo de 
Bom Ltda. é uma prestadora de serviço, logo seu percentual de estimativa será de 
32% tanto para o IRPJ quanto para a CSLL, e mais, como o pagamento é mensal, 
o adicional é calculado sobre o valor que excede R$ 20.000,00/mês.
Caso essa empresa recolha o IRPJ e a CSLL pela receita bruta o ano todo, deve 
na apuração de Dezembro, obrigatoriamente, efetuar o ajuste anual. Mas o ideal é 
efetuar um planejamento tributário mensalmente, assim, a empresa deve calcular 
seus tributos via estimativa, conforme demonstrado acima e deve comparar com o 
cálculo do balancete de suspensão, vamos ver como isso funciona?
3° Para calcular o Lucro Real Tributável, precisamos elaborar o LALUR, neste 
exemplo não vamos considerar nenhuma adição ou exclusão, ok? Veremos 
isso mais para frente.
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UNIDADE Formas de Planejamento
Acompanhe minha explicação: partimos do resultado do período apurado na 
DRE. Neste exemplo específico não faremos nenhuma adição ou exclusão, logo 
o lucro real tributável será idêntico ao resultado do período, porém, a partir de 
Fevereiro, acumulo esse resultado, assim minha base de cálculo em Fevereiro, por 
exemplo, será o resultado de janeiro + fevereiro.
Idêntico procedimento adota-se no valor a pagar. Veja, em Janeiro a empresa re-
colheu de IRPJ - R$ 1.504,88 e de CSLL – R$ 902,93, perceba que como acumu-
lamos o resultado tributável, também descontamos o valor pago no mês anterior, 
logo, em Fevereiro, o valor a recolher de IRPJ foi de R$ 5.160,60, mas a empresa 
em Janeiro já havia recolhido R$ 1.504,88, logo o débito da apuração de Fevereiro 
será por diferença: R$ 3.655,73 e isso serve para todos os meses e também para 
a CSLL.
Agora, vamos comparar qual o melhor método para ser adotado:
Neste exercício identificamos que a adoção, em todos os meses, pelo Balancete 
de Suspensão é a melhor opção. Mas atenção, se em algum mês a empresa adotar 
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o recolhimento via receita bruta – estimativa, sua base de cálculo será apenas o 
valor do mês em questão e não haverá desconto do valor já pago dos tributos, ok? 
O procedimento de acumular receita e abater o que já foi pago, só ocorre quando 
se adota o Balancete de Suspensão, ok?
Vamos visualizar essa explicação de outra maneira:
A planilha acima demonstra o valor a pagar de IRPJ adotando o método pela re-
ceita bruta (estimativa) onde NÃO HÁ VALORES ACUMULADOS – coluna verde. 
Já a coluna rosa, demonstra o cálculo do valor a pagar pelo Balancete de Suspen-
são que pode resultar em uma redução ou até mesmo suspensão do pagamento. 
Vamos lá:
• Em janeiro é mais viável o recolhimento pelo Balancete de Suspensão, onde 
recolhemos R$ 8.000,00
• Já Fevereiro, ao adotar a sistemática da Estimativa – Receita Bruta, a empresa 
economiza R$ 2.000,00, isto porque pela estimativa pagou-se R$ 10.000,00 
e pelo Balancete teria pago (mesmo descontando os R$ 8.000,00 de Janeiro) 
– R$ 12.000,00. 
• Em Março, foi mais vantajoso retornar ao Balancete de Suspensão, pois re-
colheu R$ 7.000,00 ao invés de R$ 15.000,00.
• Idêntica situação para o mês de Abril.
• Agora, preste atenção ao mês de Maio, veja que todos os valores antecipados 
ultrapassaram em R$ 5.000,00 o valor devido deste mês. Isto significa que no 
resultado acumulado, já paguei ao fisco mais do que a empresa devia, então 
posso SUSPENDER o pagamento deste mês.
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UNIDADE Formas de Planejamento
• Em Junho, volta-se ao recolhimento da Receita Bruta, perceba que para des-
cobrir o valor a pagar pelo Balancete, mantenho minhas antecipações no total 
de R$ 35.000,00 que foi o valor que eu recolhi, ok?
Vamos fazer diversos exercícios para compreender a sistemática do Lucro Real, 
mas antes precisamos aprender mais ainda sobre essa forma de tributação do lucro. 
Passamos, agora, as principais adições e exclusões para determinar a base de 
cálculo do IRPJ e CSLL do Lucro Real.
LALUR
Lembra-se da DRE apresentada no início da explicação? Pois bem, alguns re-
gistro contábeis nesta demonstração podem figurar diminuindo ou aumentando o 
resultado do período, resultando no lucro contábil.
Todavia, devido à legislação do IRPJ e CSLL alguns desses valores podem ser 
não dedutíveis, logo devem ser adicionados ou excluídos ao resultado, pelo Lalur.
O Livro de Apuração do Lucro Real, também conhecido pela sigla Lalur, é um 
livro de escrituração de natureza eminentemente fiscal, criado pelo Decreto – Lei nº 
1.598, de 1977, conforme previsão do § 2º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976, 
e alterações posteriores, e destinado à apuração extracontábil do lucro real sujeito 
à tributação pelo imposto de renda em cada período de apuração, contendo, ainda, 
elementos que poderão afetar os resultados de períodos futuros.
Estão obrigadas à escrituração do Lalur todas as pessoas jurídicas contribuintes 
do imposto de renda com base no lucro real, inclusive aquelas que espontaneamen-
te optarem por esta forma de apuração.
Adições
As principais adições são:
• Pagamentos a sociedade civil de prestação de serviços controlada, direta ou in-
diretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes ou controladores 
da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos;
• Depreciação de bem que tenha sido objeto de depreciação acelerada a título 
de incentivo fiscal;
• Contribuição Social sobre o Lucro (CSL);
• Parcela da soma das despesas com contribuições para entidades de previdên-
cia privada ou Fundo de Aposentadoria Programada individual ou, que exceder 
ao limite de 20% do total dos salários dos empregados;
• Perdas apuradas em operações realizadas nos mercados de renda variável;
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• Depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação impostos, taxas, 
seguros, contraprestações de arrendamento mercantil e aluguel de bens, mó-
veis ou imóveis, não relacionados intrinsecamente com a produção ou com a 
comercialização dos bens e serviços;
• Resultado negativo da avaliação, pela equivalência patrimonial, de investimen-
tos relevantes (participações societárias) em sociedades coligadas ou controla-
das;
• Multas por infrações fiscais, salvo as de natureza compensatória (multas de 
mora) e as impostas por infrações de que não resulte falta ou insuficiência de 
pagamento de tributo;
• Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores;
• Gratificações e participações no resultado ou nos lucros atribuídas a dirigentes 
ou administradores 
• Prejuízos e perdas em operações realizadas no exterior, 
• Despesas com brindes;
• Perdas decorrentes de créditos não liquidados que houverem sido computadas 
no resultado sem observância dos limites e das condições previstas na legisla-
ção;
• Prejuízo por desfalque, apropriação indébita ou furto, praticados por empre-
gados ou terceiros, se não houver sido instaurado inquérito administrativo nos 
termos da legislação trabalhista ou apresentada queixa perante a autoridade 
policial 
• Juros pagos ou creditados, relativos a empréstimos, a empresa controlada ou 
coligada;
Exclusões
Já as principais exclusões são:
• Resultado positivo da avaliação,pela equivalência patrimonial, de participa-
ções societárias em sociedades coligadas ou controladas, 
• Lucros e dividendos recebidos de participações societárias não sujeitas à ava-
liação pela equivalência patrimonial; 
• Perdas em operações nos mercados de renda variável;
• Ganho de capital auferido na alienação de bens do Ativo Permanente realizada 
no período-base (venda a longo prazo); 
• Juros produzidos por Notas do Tesouro Nacional (NTN). 
Assim, temos dois resultados distintos quando aplicamos as exclusões ou adições 
determinadas pela legislação do IR:
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UNIDADE Formas de Planejamento
Fonte: Prof. Shcoueri
Assim, a fórmula básica para apuramos o Lucro Real é:
Fonte: Prof. Shcoueri
Outra característica que temos na apuração pelo Lucro Real é a figura de preju-
ízos fiscais, vamos aprender sobre isso?
Prejuízos Fiscais
Atenção, antes de aprender sobre prejuízo fiscal é bom ter bem claro o conceito 
a diferença entre:
• O prejuízo contábil origina-se na contabilidade, sendo sua compensação efe-
tuada com lucros contábeis futuros.
 De acordo com os artigos 167 e 189 da Lei nº 6.404/76, o prejuízo contábil 
apurado no exercício será, obrigatoriamente, absorvido pelos lucros acumu-
lados, pelas reservas de lucros, reserva legal e pela reserva de capital, nessa 
ordem, não podendo, no entanto, ser compensado com a reserva de correção 
monetária do capital social, uma vez que a legislação determina que esta reser-
va deve ser capitalizada. Não havendo saldo credor em nenhuma das contas 
referidas, o valor negativo apurado no resultado do exercício permanece na 
conta “prejuízos acumulados”, inexistindo prazo para sua compensação.
• O prejuízo fiscal, por sua vez, é o resultado negativo decorrente da apuração 
do lucro real, e compensável com lucros reais posteriores.
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 Diferentemente do prejuízo contábil, o prejuízo fiscal tem sua origem na deter-
minação do lucro real, ou seja, partindo-se do resultado do exercício, positivo 
ou negativo, são efetuados os ajustes de adição e exclusão na parte A do LA-
LUR, conforme determinação da legislação do Imposto de Renda.
Se, após estes ajustes, o resultado final apurado for negativo, será denominado 
prejuízo fiscal, e será controlado na parte B do LALUR, para futura compensação 
com o lucro real.
O lucro real apurado em cada período-base poderá ser reduzido pela compen-
sação de prejuízos fiscais de períodos-base anteriores, em no máximo 30% (trinta 
por cento).
A soma dos prejuízos fiscais não operacionais com os prejuízos fiscais decor-
rentes das atividades da pessoa jurídica, a ser compensada, não poderá exceder o 
limite de 30% (trinta por cento) do lucro líquido do período-base da compensação, 
ajustado pelas adições e exclusões previstas pela legislação do Imposto de Renda. 
Veja o exemplo do cálculo a seguir:
Vamos para outro exemplo, imagine que a empresa apura seus tributos pelo 
Lucro Real Trimestral, apresentou o seguinte resultado no 1º trimestre de 2012:
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UNIDADE Formas de Planejamento
Como apresentou prejuízo no 1º trimestre, não haverá recolhimento de IRPJ ou 
CSLL. Já no 2º trimestre a empresa, obteve lucro e se beneficiou da compensação 
do prejuízo anterior, vejamos:
Com a utilização de 30% do prejuízo fiscal, a empresa terá o seguinte saldo a 
compensar:
Veja, o limite de 30% no caso do Lucro Real Trimestral se dá no fechamento de 
cada trimestre, se a empresa apurar prejuízo no mês de março, por exemplo, pode-
mos consumir o prejuízo total, conforme demonstrado acima. 
Agora, se essa empresa estivesse no Lucro Real Anual, o limite de 30% deve ser 
considerado apenas de um ano para o outro. Perceba, no exemplo abaixo, que com 
a adoção da sistemática anual, caso haja prejuízo, esse valor será absorvido total no 
mês que temos lucro. Novamente: o limite dos 30% será utilizado de um ano para 
o outro, ok?
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No início da explicação, segregamos por Lucro Real Trimestral e Lucro Real 
Anual, vejamos de forma pontual as divergências entre trimestral e anual:
Lucro Real – Apuração Trimestral
- 4 Balanços Trimestrais distintos
- 1 Balanço Anual para fins societários
- Recolhimento Trimestral de IRPJ e CSLL
- 4 apurações definitivas (Balanço/DRE/LALUR/INVENTÁRIO)
- Se der prejuízo não recolhe nada
- Tem adicional de IRPJ se o lucro real do trimestre ultrapassar o limite de R$ 60.000,00
- Prejuízo fiscal limitado a 30% do lucro real apurado no trimestre.
Lucro Real – Apuração Anual
- Apuração anual definitiva em 31.12 de cada ano calendário
- 1 Balanço Anual para fins fiscais e societários
- 12 recolhimentos mensais de IRPJ e CSLL por estimativa
- Possibilidade de suspender ou reduzir os recolhimentos mensais
- Balancetes intermediários para suspender ou reduzir a estimativa mensal.
- Limite do adicional: R$ 240.000,00
- Prejuízo fiscal do período integralmente compensado.
Muito bem pessoal, finalizamos o aprendizado do Lucro Real, agora, para trei-
nar devemos realizar exercícios que fixarão nosso entendimento. 
Lembre-se se você tiver dúvidas entre em contato e peça ajuda, cada vez mais 
vamos complicar mais um pouco o aprendizado... então, não fique com dúvidas ok?
Até mais!
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UNIDADE Formas de Planejamento
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Sebrae/SP
Acesse o site do Sebrae/SP e veja a quantidade de materiais disponível para estudo. 
Um exemplo é o link Gestão Contábil: Planejamento Tributário e Fiscal, que traz 
diversas dúvidas sobre como prever as obrigações da empresa com o Estado.
Acesse, busque informação, atualize-se! Lembre-se o conhecimento adquirido é eter-
namente seu!
http://www.sebrae.com.br/
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Referências
BRASIL. Regulamento do Imposto de Renda - RIR/99 - Decreto n º 3.000, de 
26 de março de 1999. Disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br/Legisla-
cao/rir/default.htm 
MASSAMBANI, Terezinha. Planejamento Tributário Aplicação prática para 
gerar economia nas empresas. Cenofisco.
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