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Estudo Pré-Prova - Bovinocultura de Leite

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Bovinocultur� d� Leit� 🐄
Professor� Camil� Cunh� - 2023/ Gabriel� Garci�
HISTÓRIA E IMPORTÂNCIA DA
BOVINOCULTURA DE LEITE
Histórico
1930 --> O leite era tido como importante
forma de nutrição
1950 --> Aumento notável na produção
Início da exigência de inspeção sanitária de
produtos de origem animal --> 2001 criou-se a
primeira Instrução Normativa sobre a
comercialização de leite
Características da produção
Não há padrão de produção (tanto para
manejo de alimentação quanto para ordenha)
Produção deve ser sazonal: no BR a maioria
das produções é a campo --> animais passam
fome na seca
Há uma produtividade média de 2,62
litros/ano/vaca
Variado grau de formação dos produtos
Qualidade da matéria prima é questionável
Importância da agropecuária
- Geração de emprego
- Sustentabilidade da indústria láctea
- Sustentabilidade em áreas rurais
- Qualidade de vida no campo
- Mais de 600 milhões de pessoas vivem em
propriedades rurais
- Empresas, profissionais, produtos rurais
- O leite é o terceiro produto que mais oferece
nutrientes
Importância do leite
● Sucessão familiar
● Fixação do homem no campo
● Propriedade X empresário rural
● Tirador de leite X produtor de leite
● Atividades secundárias (queijo, iogurte)
Leite
● Composição: 3,5% de gorduras, 3,5% de
proteínas, 4,7% de glicose, 0,8% de
minerais, 87,6% de água, 12,5% de
lactose
● Alimento de fácil acesso
● Nutrientes para todas as camadas sociais
Nutrição humana
● A gordura do leite favorece a absorção de
vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K)
● Melhoria das funções imunológicas ao
consumir (menor formação de células
cancerosas, menor risco de ação
hipertensiva)
● Minerais: cálcio, potássio
● Proteína
● Vitaminas (A, D, E e K)
O agronegócio do leite
● Em 2000 eram produzidos – de 500
milhões de toneladas de leite de vaca e
em 2020 aumentou aproximadamente
46%, chegando em 718 milhões de
toneladas.
● Brasil está na 3º posição de maiores
produtores de leite de VACA, perdendo
apenas para o EUA e índia.
Se considerar a produção de leite em geral, o
Brasil fica em 4º.
Cai na prova: renda é o maior direcionador
do consumo de lácteos no Brasil
Oscilações do preço do leite ao produtor
Depende de:
● Variações climáticas.
● Balanço de oferta e demanda.
● Consumo instável.
● Dependência de outras cadeias (como
agricultura- soja e milho).
Se aumenta esses insumos, aumenta todo o
resto, gerando menor consumo de produtos
“menos importantes” como iogurtes,
queijos...
Brasil as vezes importa leite, leite em pó,
queijos, doce de leite da Argentina e Uruguai
por ser mais barato, o que é ruim para os
produtores.
Preço competitivo desses países com o BR.
Faz com que a balança comercial do leite viva
em negatividade.
BR quase não exporta e ainda importa uma %.
Balança comercial -- exportação – importação.
Fatores que afetam a oferta mundial de leite
Aumento da produção de leite por vaca e por
lactação.
Aumento do rebanho.
Preços de insumos e commodities.
Fatores que afetam a demanda mundial de
leite
● Aumento do consumo pela população.
● Aumento da população.
● Melhoria da renda nos países
emergentes;
● Mudança nos hábitos alimentares.
● Redução de preços relativos de produtos
concorrentes ou substitutos.
Principais entraves
● Baixo nível tecnológico.
● Falta de gestão profissionalizada.
● Baixa escala de produção.
● Baixa produtividade.
Alimentação deficiente.
Falta de controle zootécnico.
Rebanhos não especializados.
Condições gerais de higiene não satisfatórios.
Entraves para a produção no MS
● Ausência de incentivos ao produtor.
● Falta de assistência técnica adequada.
● Preços muito baixos para o produto.
● Alta tributação estadual.
● Energia cara.
● Baixo consumo.
● Sobrevivência das indústrias.
● Maioria são pequenos produtores.
CARACTERIZAÇÃO E EXTERIOR
DE BOVINOS LEITEIROS
Características de bovinos leiteiros
● Cabeça: bem constituída, proporcional ao
corpo, narinas amplas e olhar vivo.
● Pescoço: largo, descarnado, unido
suavemente ao tórax, garganta, papada e
peito.
● Cernelha: aguda, costelas bem separadas
com osso amplo, plano e profundo.
● Flanco: profundo e refinado, formando a
cunha com o corpo do animal, tendo
como base a cabeça.
● Costado: forte, largo, profundo,
apresentando costelas arqueadas
● Ventre: amplo
● Tórax: grande e profundo com peito
amplo
● Dorso: reto e forte, com lombo amplo
● Anca: larga e bem modelada, sem
excesso de gordura, quase nivelada,
implante da cauda suave e nivelada,
implante da cauda suave e nivelada com
a linha dorsal
● Distância entre ísquios: bem separadas e
descarnadas, deixando espaço suficiente
para o úbere e seus ligamentos
● Pernas e cascos: osso plano e forte,
descarnados, bem aprumados e com
coxas magras. Jarrete modelado,
apresentando curvatura natural, cascos
redondos com talão profundo
● Veias mamárias: grandes, largas,
tortuosas e ramificadas
● Tetos: tamanho uniforme, com
aproximadamente 10 cm, de longitude e
diâmetro mediano, cilíndricos, bem
separados
Úbere
● Longo, largo e moderadamente profundo,
com ligamentos fortes. Os quartos devem
ser bem equilibrados. Deve ser macio,
flexível e elástico
● Quanto mais marcada as divisões, melhor
está sendo o ligamento para sustentar o
úbere
● Úbere grande nem sempre é bom pois
pode haver acúmulo de gordura,
diminuindo tecido que irá produzir leite
Classificação linear
● 1925 no Canadá e 1929 nos EUA:
animais puros de origem
● 1960 Brasil
● Início: medida subjetiva da
capacidade de produção da vaca
● Necessidade de entender as
características de uma vaca leiteira
moderna e longeva
● Aparência geral, temperamento
leiteiro, capacidade corporal e
sistema mamário
● Classificação linear = classificação
para tipo = classificação morfológica
● Metodologia utilizada para avaliação
individual dos animais, analisando as
medidas de conformação,
comparados a um padrão de tipo
considerada ideal, estabelecido para
uma determinada raça
● “Ferramenta” para melhorar a
conformação das vacas do rebanho
e aumentar a produção
● Vacas true type
Conformação
● Conjunto de características de
grande importância que o produtor
de leite deve saber e compreender
ao lidar com a criação de um
rebanho bom e resistente
● Por que estudar?
Longevidade dos animais→ lucratividade e
produtividade dos rebanhos leiteiros
Herdabilidade das características de
longevidade é baixa
Seleção para longevidade→ características
morfológicas→ redução do descarte
involuntário e aumento na vida útil do animal;
causas de descarte involuntário: falhas na
reprodução (vaca com problema no casco não
realiza monta, ou seja, não indica cio para IA),
mastite (úbere caído, tetos descentralizados),
pneumonia, casco
Características de uma vaca longeva
Alta produção de leite com alta porcentagem
de gordura e proteína
Vida útil ou produtividade longa
Boa conformação de úbere que reduz a
indecência de mastite
Ausência, ou mínimo de problemas de
reprodução
Conversão alimentar eficiente para produção
de leite
Boa conformação de cascos
Ser saudável e de boa resistência, o que
minimiza a incidência de doenças
Objetivo da classificação linear
Conhecer melhor os animais do rebanho e
valorizar os que irão permanecer por mais
tempo produzindo
Maior conhecimento dos criadores no
momento da venda e compra de animais
(seleção)
Auxiliar no acasalamento, pois o criador
saberá quais características necessita de maior
ênfase no melhoramento genético
Auxiliar no descarte
É essencial nas provas de touros (teste de
progênie)
Estimar os parâmetros genéticos
(herdabilidade, correlações, repetibilidade)
Programas de melhoramento genético das
raças
Sistema de classificação
● Canadense
● Brasileiro
● Francês
No Brasil:
Holandês: atualização do modelo canadense
Jersey: canadense
Girolando: brasileiro, muito parecido com o
canadense
O que avaliar?→ canadense
4 compostos: garupa, força leiteira, pernas e
pés, sistema mamário
23 características lineares→ escore linearde
1 a 9
Composto força leiteira
Equilíbrio entre força e características leiteiras
Costelas arqueadas e abertas
Largura do peito adequada
Estatura
Altura do solo até o topo da coluna, na última
vértebra lombar e início da garupa
○ 1. Baixa
○ 5. Intermediária
○ 9. Alta
Nivelamento da linha superior
○ 1. Baixa
○ 5. Nivelada
○ 7. Ideal
○ 9. Alta
Está relacionado com a força que o animal
possui no lombo
Largura de peito
Medida no local em que os antebraços se
unem ao corpo
○ 1. Estreito
○ 5. Intermediário
○ 9. Largo
Profundidade corporal
Costelas largas, espaçadas
Distância entre o topo da espinha e piso
corporal na última costela
○ 1. Rasa
○ 5. Intermediária
○ 9. Profunda
Angulosidade
Maior importância
Ossos planos e chatos
Costelas em direção ao úbere anterior
Cabeça descarnada
Pescoço comprido, fino, feminino
Sem gordura na garganta e base do peito
1. Sem angulosidade
5. Intermediária
9. Alta angulosidade
Importância da angulosidade
Produção leiteira aumenta com maior
angulosidade
Escore de condição corporal
Anda a cada 0,25
Observar local de inserção da cauda, formação
da cunha, tuberosidade dos ossos e vértebras
Composto garupa
Relacionado com a facilidade no parto
Garupas amplas, largas, compridas, em visão
lateral e posterior, sem acumulo de gordura
● Fertilidade
● Mobilidade
● Suporte ao sistema mamário
● Ângulo de garupa
● Maior importância
● Nivelamento entre íleos em relação a
ponta dos ísquios
● Invertida: pode causar distocia no parto
● Intermediária: ísquios um pouco abaixo
dos íleos
● Muito inclinado: vaca mais fraca, gyr são
mais inclinados naturalmente
Largura de garupa
● Distância entre pontas dos
ísquios, medir distancia
● Quanto mais larga melhor, para
facilitar o parto
Força de lombo
● Vertebras lombares bem
definidas, mais altas que as
pontas dos ileos
● Quanto mais alto o ísquio é em
relação ao íleo mais fraco
● Quanto mais retilíneo melhor
● Fraco
● Intermediário
● Forte
Pernas e pés
○ Relação com resistência às doenças do
casco
○ Locomoção com liberdade de movimento
○ Mobilidade e saúde para demonstrar cio
○ Posição das pernas vista posterior
○ Mais importante
○ Relação com solidez e saúde dos cascos
○ Cascos devem estar paralelos
○ Pernas retas e paralelas, muito fechada
não tem espaço pro úbere além de
atrapalhar no sistema de ordenha
Posição das pernas vista lateral
● Curvatura na região do jarrete por visão
lateral
● Traça linha imaginária da coxa até o chão
(prof falou que tem uma régua correta
para medir)
● 1. Muito reta
● 5. Intermediaria
● 9. Muito curva
Ângulo de casco
● Pés posteriores
● Ângulo formado entre a pinça e a sola do
casco
● 45° ideal
● 1. Baixo
● 5. Intermediário
● 9. Muito em pé
Altura do talão
● Pés posteriores
● Região posterior do casco
● Raso
● Intermediário
● Alto - quanto mais alto também mais alto
o ângulo do casco, então precisa ser alto
mas não TÃO alto
Qualidade óssea
● Grau de superfície limpa e plana na
ossatura da canela, jarrete e região da
coxa
● Grosseira
● Intermediária
● Ideal
Composto sistema mamário
● Maior importância
● Inserções fortes, equilíbrio e capacidade
● Tetos de comprimento intermediário,
localizados centralmente em cada quarto
mamário
● Divisão moderada na visão lateral e
separação bem marcada (sulco) entre
quartos na visão posterior
● Profundidade intermediária
● Textura que indique elasticidade e alta
capacidade de produção
● Úbere saudável, resistente, fácil
descida do leite, suporte altos
volumes com ligamentos e inserções
fortes
Inserção de úbere anterior
● Mais importante
● Força da inserção dos quartos
anteriores na parede abdominal do
animal
● Inserção firme e suave, quartos bem
balanceados
○
○
Colocação dos tetos posteriores
● Base dos tetos devem estar
localizados no centro do quarto
mamário
○
○
Colocação dos tetos anteriores
● Base dos tetos devem estar
localizados no centro do quarto
mamário
Comprimento dos tetos
● Comprimentos observado nos tetos
anteriores
Profundidade do úbere
● Medida da distância entre a ponta do
jarrete até o piso do úbere
● Comum os ligamentos perdem força
ao longo da vida e o úbere se tornar
mais
● Correlação genética com CCS = 0,37 a
0,52
● Correlação genética com mastite
clínica = 0,45 a 0,52
● Úbere profundo g CCS maior (células
de defesa da vaca no leite) g mastite
subclínica g isso ocorre por que
predispõe o úbere a entrar em
contato com sujidades
Textura do úbere: textura leve, pregueado e
elástico
Ligamento mediano
● Profundidade da separação dos
quartos marcada no piso do úbere
● Principal suporte
Altura do úbere: distância entre a base da
vulva e ponto onde inicia o tecido secretor,
vaca holandesa é fácil de ver, quanto maior
essa distância mais chance de ficar flácido
Largura do úbere posterior
● Medida tomada no topo do tecido
secretor
● Ideal 21cm
Pontuação final do sistema
canadense/brasileiro holandês
● Fraca
● Regular
● Boa
● Boa para mais
● Muito boa
● Excelente
● No Brasil usa-se o sistema holandês
mas atualizado, tem muito a ver com
o tipo de sistema de produção, por
exemplo, no Brasil a criação extensiva
é mais comum diferente no exterior
que os animais ficam confinados o
ano todo, então por isso pernas e pés
tem um peso menor para gente
Sistema canadense para Jersey
● Garupa diminui por que Jersey tem
boa fertilidade, mais precoce
● Sistema brasileiro para Girolando
● Agrupados de forma diferente e com
peso diferente
● Também é a avaliado caracterização
leiteira: feminilidade, ângulos
● Auxiliares de avaliação para girolando:
temperamento (já que possui uma
linhagem zebuína), facilidade de parto
e de ordenha
Sistema francês (não é cobrado em prova)
● 3 compostos avaliados
● Sistema mamário 50%: distância de
jarrete, altura da inserção traseira,
inserção anterior, profundidade de
sulco, comprimento de teto
● Capacidade corporal 20%:
profundidade de corpo, largura de
peito, largura de ísquios
● Membros 30%: vista traseira e lateral
RAÇAS DE BOVINOS LEITEIROS
Raça é um agrupamento de indivíduos da
mesma espécie que possuem características
semelhantes e transmissíveis
Origem das raças
Europa (taurinos): Bos taurus taurus, ano
1532
Índia (zebuínos)
Bos tauros indicus, ano 1868
Acostumados com temperaturas mais baixas
→ não significa que não podem ser usados no
brasil, clima temperado
Raças taurinas
Características
● Clima temperado
● Alta produção de leite
● Alta persistência de lactação
● Adaptadas à ordenha mecânica
● Facilidade de ordenha
● Docilidade
Holandês
1530 a 1535
Raça padrão
Mais facilidade para mobilizar reserva e
produzir leite
Alta produção
Alta exigência nutricional
Pelagem preta e branca, ou vermelha e branca
550 a 600 kg fêmea e 900 a 1000 kg macho
Conforto térmico
Principal problema
Não apresenta boa tolerância ao clima
tropical, principalmente com temperatura
acima de 26°C, alta incidência de radiação
solar e alta umidade do ar
Estresse térmico gera diminuição de
imunidade
Necessárias instalações para adequar a
temperatura e conforto
Produção superiores a 8.000 kg/lactação
Corpo desenvolvido, comprido e largo,
abdômen amplo com alta capacidade de
ingestão de alimentos
Úbere desenvolvido, com boa conformação e
irrigação sanguínea
Susceptíveis a doenças infecciosas e
parasitárias
Indicados para propriedades que apresentam
sistemas de produção com manejo intensivo
É a raça taurina mais utilizada nos
cruzamentos com raças zebuínas no Brasil→
resistência + produção
Jersey
Ilha de Jersey, Inglaterra – 1896
Pelagem parda com variação de pardo escuro
ao amarelo claro
Pequeno porte
Produção média de cerca de 6000 kg em 305
dias de lactação
Elevado teor de sólidos no leite
2% a mais que outras raças
Alto teor de gordura, mais de 5%→ bom para
produção de derivados: ao fabricar queijo, por
exemplo, exige menos quantidade de leite
Mais rústica dentre as raças europeias
Pouco mais resistente a carrapatos e
temperaturas altas, mas > 26ºC é alto
Dócil450 kg fêmeas e 500kg machos
Precoce, alta fertilidade e longevidade
Pagamento diferenciado do laticínio por conta
do teor de sólidos ou produção de derivados
Há cruzamento de holandês com jersey para
diminuir o tamanho do animal e,
consequentemente, gastar menos com
alimentação (ocorre muita distocia de parto)
Produz menos que a holandesa, mas devido a
maior quantidade de sólidos pode ter o
mesmo gasto energético para produção
Pardo suíço
Suíça
Pelagem parda clara a cinzenta escura, bom
arqueamento de costelas, ventre
desenvolvido, úbere volumoso e de boa
conformação, peitos bem implantados de
tamanho mediano, pernas fortes e cascos
resistentes
Animais rústicos e com alta fertilidade e
longevidade
Produção acima de 6230 l/lactação
Dócil
Produção acima de 6.000 litros por lactação
Fêmeas 750 kg
Animais rústicos e com alta fertilidade e
longevidade
Bem adaptados ao clima tropical
Sistemas intensivo ou semi-intensivo
Principais desvantagens das raças europeias
● Não toleram bem o clima tropical
● Mais susceptíveis a parasitas
● Mais susceptíveis a doenças
● Cascos mais frágeis
● Menor rentabilidade em sistemas
rústicos
28/03
Raças zebuínas
Características
● Adaptadas às condições tropicais
● Resistência a ecto e endoparasitas
→ se misturar com taurinas,
diminui a características
● Alta eficiência alimentar a pasto
→ conseguem converter bem
nutrientes no pasto
● Boa habilidade materna→
dificuldade em liberar leite na
ausência do bezerro (ordenha
com bezerro ao pé ou aplicação
de ocitocina)
Gir
Índia, chegou ao Brasil em 1911
Seleção gir leiteiro (1960): raça de dupla
aptidão (serve para corte e para leite: não é
muito boa para as duas coisas)→ começaram
a selecionar leiteiras
Possuem pelagem variada, apresentam corpo
amplo e relativamente comprido, úbere bem
desenvolvido com tetas bem distribuídas e
simétricas: linhagem gir leiteiro
Produção média de 2500 a 5500 kg em 305
dias
Excelente adaptação as condições climáticas
brasileiras, eficiência produtiva, rusticidade e
longevidade produtiva e reprodutiva
Dócil→ a partir do contato humano: depende
do manejo
Menor exigência nutricional para mantença
Facilidade de parto
Adaptada a produção à pasto
Sistema semi-intensivos ou extensivos
Menos sensível a parasitas
Versátil em cruzamentos
Das raças zebuínas é a mais utilizada em
cruzamento
Gir + holândes = girolando
Guzerá
Índia, chegou no Brasil em 1870
Elevada rusticidade e capacidade de
sobrevivência a condições climáticas extremas
Grande porte, com chifres grandes em forma
de lira, pelagem variando entre tonalidades de
cinza, com tons pardos e/ou prateador e
pelagem da cabeça, pescoço, quartos
posteriores e extremidades mais escura
Dupla aptidão→ há processo de
melhoramento ocorrendo para a
diferenciação de corte e leite
Corpo longo, relativamente comprido e o
úbere bem desenvolvido
Média de produção de leite em 305 dias é de
aproximadamente 2000 a 3500 kg
Linhagens melhoras para leite são bem
adaptadas a condições de clima tropical,
possuem boa habilidade materna e
rusticidade
Sindi
Origem no Paquistão, chegou no Brasil em
1952
Pequeno porte e pelagem vermelha, variando
do mais escuro ao amarelo-alaranjado
O úbere é volumoso, com tendência e se
tornar pendente; tetos muitas vezes grossos
→ sofreu pouco melhoramento até hoje
Regiões mais secas
Produção de leite média é de 1700 a 2500 kg
em 305 dias
Idade ao primeiro parto de 31,3 meses→
necessário melhorar
Ideal baseado em holandês é de 24 meses
(tolerância maior ao zebuíno: 27-28 meses)
Intervalo de parto de 13 meses→ ideal é 12
meses
Principais desvantagens das raças zebuínas
Ordenha com bezerro ao pé: dificulta ordenha
higiênica
Temperamento mais agressivo
Lembrança da pessoa que maltratou quando
era bezerra
Estresse leva menor liberação de ocitocina
Menor produção de leite
Menor persistência na lactação: persistência é
a habilidade em manter a produção o mais
próximo possível do pico por mais tempo
Raça sintética: Girolando
Brasil
Gir x holândes
Aliar a alta capacidade de produção de leite
da raça holandesa à rusticidade da raça gir:
complementariedade de raças e heterose→
para que os filhos sejam melhores que os pais
Boa produtividade, alta fertilidade e bom
vigor
Melhoramento genético
½ sangue só é possível a partir de puros
sangue gir x holândes
½ sangue + ½ sangue = não gera um ½ sangue
5/8 HG x 5/8 HG = 5/8 HG→ raça girolando:
maior complementariedade das
características produtivas e de saúde, com
grande capacidade de transmissão às
gerações seguintes
Atualmente qualquer cruzamento é raça
girolando, mas teoricamente apenas os 5/8
são
¼ HG: 1 parte de 4 partes é holandês = 25%
holandês e 75% gir
7/8 HG = 87,5% holandês
5/8 HG = 62,5% holandês e 37,5% gir
Bom nível de produção em diferentes
sistemas de manejo e de condições climáticas
Média da produção de leite em 305 dias é de
aproximadamente 5000 kg
Produção das raças
Escolha da raça
Existe raça ideal para determinado sistema?
Observar:
Nível tecnológico dos sistemas de produção
Sistema com fornecimento de braquiária, sal
minera, capim: girolando, singi, gir
Manter girolando em ambiente fechado, com
temperatura controlada: não compensa
financeiramente pelos gastos vs. produção
Genética de raças mestiças é limitada: não
adianta oferecer muito concentrado (irão
engordar)
Clima
Taurinas não aguentam o sol
Frio não é muito problema (apenas para
bezerros)
Raças e temperaturas: se passar temperatura,
vaca já inicia mecanismos para se manter
resfriada (buscar sombra, beber mais água,
comer menos→ se não tiver possibilidade
desses mecanismos, começa o estresse)
Topografia do terreno
Tipos de forrageiras que vão ser tolerantes em
região montanhosa podem não ser suficientes
para suprir demanda energética que as vacas
precisam
Se é montanhoso o caminho para ordenha:
gasta mais energia→mais comida ou desviar
energia que era pra produzir leite para
caminhada
Preço dos animais: se terá condições de
manter a genética
Mão-de-obra
Preferência pessoal do produtor
Capacidade de investimento
Zebuínas x taurinas: zebuínas mais adaptados
a regiões tropicas e utilizam com eficiência
alimentos de baixa qualidade nutricional
Confinamento: produção máxima dos animais
ou qualidade do leite→ alta produção e alta
qualidade de sólidos do leite
Pastejo: animais medianos, em que a
produção é menor que a do confinado, porém
apresentam maior rusticidade, sendo mais
tolerantes a erros de manejo e adversidades
climáticas sem grandes prejuízos em produção
Holandesa não tolera erros: diminui muito a
produção
MELHORAMENTO GENÉTICO EM
BOVINOS LEITEIROS
Introdução
É o pilar da produção animal
Objetivo: chegar ao melhor fenótipo, que
aumente a produção de leite, por exemplo, ou
a quantia de sólidos no leite
Fenótipo = genótipo + ambiente + (genótipo x
ambiente)
Fatores necessários para se observar ao tomar
decisões quanto ao rebanho leiteiro: raça,
produtividade, capacidade de estruturação da
fazenda
Como direcionar o melhoramento genético?
Direcioná-lo ao objetivo do produtor, seja ele:
● Produção de leite
● Teor de sólidos
● Persistência da lactação
● Resistência aos parasitas
● Fertilidade
● Saúde do úbere
● Características de conformação
linear
Agrupando-se em:
Características produtivas: produção, teor de
sólidos (gordura), teor de proteínas
Características reprodutivas: fertilidade,
precocidade, facilidade de parto, IEP, idade ao
primeiro parto
Características funcionais: conformação de
úbere e aprumos, características lineares,
forma e inserção de úbere e tetos, estrutura
óssea
Importância econômica
Depende do objetivo
Pode aumentar produção, pode aumentar
teor de sólidos
Características herdáveis
Longevidade não é herdável
● O que é: produção, teor de
sólidos, conformação de úbere,
força leiteira, morfofisiologia
corporal no geral
● É improdutivo cruzar animal que
possui herdabilidade baixa, apesar
de suascaracterísticas serem boas
Objetivo do melhoramento genético:
modificar a proporção de certos genes, sendo
que, dependendo do ambiente (clima,
alimentação, manejo, etc.) em que o animal
será criado, estas (s) características (s) de
interesse serão expressas de modo a
maximizar os lucros do produtor.
Correlações genéticas
Ponto negativo do excesso de melhoramento:
vacas diminuíram sua fertilidade, a
reprodução do gado leiteiro se encontra
prejudicada
Aumento do leite diminui o teor de sólidos de
forma progressiva se não repostos – se
aumentar produção suplementar animal
(quando mais volume, mais diluído)
Quais as ferramentas para melhorar o
rebanho?
Seleção e cruzamento
Seleção
Decisão de permitir que os melhores
indivíduos de uma geração sejam pais da
geração subsequente
Objetivo: melhoria e/ou fixação de uma
característica de importância selecionar
animais com características desejáveis
Parâmetros genéticos que influenciam na
seleção: herdabilidade e diferencial de seleção
(o quanto o rebanho atual é melhor que o
original após seleção)
Cruzamento
Acasalamento de indivíduos pertencentes a
raças ou espécies diferentes, cruzar raças
diferentes para unir características desejáveis
diferentes (vaca com conformação boa mas
produção baixa pode ser cruzada com vaca de
conformação média e produção alta)
Objetivo: complementaridade de raças e
heterose
O que determina o sucesso dos cruzamentos:
heterose (presença de características
melhores nos filhos que nos pais, medida) e
complementaridade de raças (melhores
características de 2 raças em um mesmo
animal, fenômeno)
Tipos de cruzamento
Cruzamento simples: acasalamento de duas
raças puras com produção de geração de
mestiços ou F1
Ex: meio sangue HOLANDÊS-GIR, associação
de maior resistência a ectoparasitas,
tolerância ao calor e rusticidade que
HOLANDÊS e maior precocidade e maior
aptidão leiteira que GIR
Heterose máxima: quando se passa para o
rebanho 50% das características da raça
(meio-sangue possui heterose máxima)
Cruzamento absorvente/contínuo: raça
“nativa” é absorvida pelo uso contínuo de
reprodutores da raça julgada superior
● Substituição da raça nativa
● Animais se tornam puros por
cruza
● Fêmeas de reposição
● Animal 31/32 já é considerado
puro por cruza
Cruzamento alternado simples: uso alternado
de reprodutores de 2 raças diferentes a cada
geração
● Reposição de fêmeas
● Boa heterose
● Maior pressão de seleção - rebanho
melhora mais rápido
● Macho bom para corte
Cruzamento alternado modificado: uso
alternado de reprodutores com reposição do
touro europeu (2 ou mais)
● Maior grau de sangue europeu
● Falta de padronização racial do
rebanho
Cruzamento tricross: utilização de uma
segunda raça europeia nos cruzamentos de
um animal holandês e um zebu (3 animais
utilizados na cruza)
● Bom nível de heterose
Formação de uma nova raça
● Girolando!!!
● 3/8 H + 5/8 G
Meios de formação:
Como escolher o melhor cruzamento?
Depende: condições ambientais, necessidades
de produção, objetivos exploratórios
Programas de melhoramento genético
Teste de progênie: desempenho de touros a
partir da performance média de suas filhas
que estão distribuídas em diferentes rebanhos
Maior confiabilidade
Touros provados: melhores
Seleção genômica
Descobrir quais os genótipos de um animal
para determinadas características
Marcadores de DNA associados às
características de importância econômica
Sequenciamento do genoma bovino: chips de
genotipagem com grande número de
marcadores distribuídos em todo o genoma
Genotipagem: primeiro dia de vida ou mesmo
antes do nascimento. Genotipagem +
fenotipagem
Programas de melhoramento genético no BR
Começou por busca de melhores
características raciais (1), características
melhores de produção (2) e busca por maior
eficiência (3)
1975: primeiro programa --> Programas de
teste de progênie para leite - Embrapa Gado
de Leite
Identificar a melhor composição genética de
bovinos para a produção de leite a ser
utilizada nas condições de manejo
predominantes no Brasil.
1985: Programa Nacional de Melhoramento
do Gir Leiteiro (PNMGL)
Parceria público-privada
Testes de progênie: avaliação genética de
machos e fêmeas para produção de leite,
constituintes do leite (gordura, proteína e
sólidos totais), estimativas individuais de
parentesco médio da população, genotipagem
para os genes da beta-caseína (leite A2),
kappa-caseína e beta-lactoglobulina e
avaliação genética para características lineares
de conformação e manejo.
Avaliação de touros jovens
Aplicação de técnicas de seleção genômica
1997: Programa Nacional de Melhoramento
da Raça Girolando
Associação Brasileira dos Criadores de
Girolando, Embrapa Gado de Leite,
produtores selecionados e EPAMIG
Testes de progênie: aumento do número de
touros em teste, maior participação de
rebanhos colaboradores e incorporação de
tecnologias semelhantes às adotadas no
PNMGL, como utilização de técnicas
genômicas no trabalho de seleção
Sumário de touros
● Informações para cada
característica avaliada (produção,
composição do leite,
conformação, manejo, etc) são
apresentadas habilidade prevista
de transmissão (PTA)
● A escolha depende de quais PTAs
são adequadas para os objetivos
de seleção da fazenda.
A escolha do touro:
1. Mérito genético
2. Pedigree
3. Preço do sêmen
4. Confiabilidade da prova
5. Objetivos do programa de seleção
● De 5 a 8 reprodutores diferentes a
cada 6 meses, dependendo do
tamanho da propriedade
Resumo:
● A seleção e/ou cruzamentos são
ferramentas úteis no processo de
melhoramento genético de
rebanhos leiteiros.
● Os cruzamentos podem ser
simples, triplo, alternado simples,
alternado modificado ou
absorvente/contínuo.
● Os sumários de touros auxiliam o
produtor na escolha do
reprodutor/sêmen e trazem os
resultados dos testes dos
programas de melhoramento
genético.
● É necessário que se garanta as
condições de manejo e ambiente
que permitam aos animais
expressar seu potencial.
Não existe uma raça e/ou um tipo de
cruzamento ideal para todas as situações, mas
sim aquele que atende aos objetivos e
exigências de cada produtor/sistema de
produção.
CRIA DE FÊMEAS LEITEIRAS
Por que cuidar das bezerras? - se tornarão
vacas produtoras de leite, são o futuro da
produção
Há pesquisas que comprovam que se uma
bezerra teve pneumonia, não terá a mesma
capacidade produtiva que poderia ter
Influência materna
O cuidado com a cria começa desde que
foram escolhidos os acasalamentos que a
geraram→ devemos cuidar desde antes de
nascer
Cuidados pré-parto
Pré-parto é até 21 dias antes do parto
Respeitar período seco:
60 dias antes do parto
“Dar um descanso para a vaca”→ descanso
celular da glândula mamária (importante para
a glândula se preparar): importante para o
colostro (devido a placenta, a imunidade da
mãe não é passada por ela e a ingestão de
colostro é necessária)
Nesse período é realizado algumas ações para
que a vaca não produza leite
1º: tirar aporte nutricional (basicamente
concentrado)
2º: tirar estímulo da produção (parar de tirar
leite)
Piquete/maternidade: limpo, seco, boa
ventilação, disponibilidade de água, comida e
sombra
Manejo do escore de condição corporal –
ideal ao parto é 3
Vacinação: anticorpos que serão passados
pelo colostro
Cuidados ao parto
Partos distócicos com intervenção tardia:
geram bezerros menos resistentes, com baixo
vigor, menor ingestão de colostro, dificuldade
de controle da temperatura corporal e baixo
nível de anticorpos
Parto costuma acontecer em 2-3h→ se
ultrapassar: distocia
Menos resistentes
Baixo vigor Menor ingestão de colostro
Dificuldade de controle da temperatura
corporal
Baixo nível de anticorpos
Cuidados pós-parto
Separar da mãe?
Padrão ouro de criação de bezerro atualmente
é separar da mãe
É possível ter ideia do nível de colostragem
porque é dado
Ligação materno-filial (lamber) ocorre 5h após
parto: é mais doloroso tirar após issoEstresse é maior se os dois ficam juntos após
alguns dias: tirar com 3 dias aumenta
incidência de mugidos de ambos
Depende da raça: zebuínas diminuem
produção de leite sem o bezerro por perto
Pode-se trazer o bezerro para ela ver ou
aplicar ocitocina (hormônio que provoca
contração para que o leite seja liberado)
Pontos negativos da aplicação exógena da
ocitocina: aplicação incomoda vaca,
“dependência” de ocitocina (ela aprende que
a agulha é estimulo), atrasa ordenha, exógena
é 50x mais forte que natural e excita demais
Custo da ocitocina depende: ela não é cara
(dose alta é 0,07 mL), mas o que poderia ficar
caro é a troca de agulha (sabemos que não
acontece)
Ideal é não precisar de bezerro ao pé ou
ocitocina: mais possível com raças holandesa,
pardo suíço, vacas mestiças (3/8...)
O que a professora recomenda: separar
bezerro, tentar tirar ocitocina aos poucos da
vaca (não é legal ficar levando bezerro para
ordenha devido a higiene)
Se vai ser separado da mãe, é necessário
realizar atitudes que a mãe faria: secar
bezerro, levar a um “berçário” com
temperatura adequada, boa cobertura de
cama
Observar obstrução das mucosas
Escore de vitalidade e colostragem
Cura do umbigo
Pesagem, avaliação da altura e identificação
Escore de vitalidade
Realizar ao nascimento
Indicador de estado de saúde geral do animal
ao nascer --> realizar nos primeiros momentos
de vida, antes da colostragem
Não é toda fazenda que consegue fazer: não
pode atrasar colostragem por causa do escore
Tabela da Universidade de Guelph
Identificar bezerro que está em vermelho para
monitorar
Colostragem
O primeiro passo para uma boa criação de
bezerra que garantirá boas vacas
Transferência de imunidade passiva
Quantidade de colostro fornecido é baseado
no peso do bezerro: ideal é pesar
Bezerro holandês: 38-40 kg
Bezerro girolando: 33-35 kg
Redução do risco de mortalidade
Melhoras da taxa de ganho
Eficiência alimentar
Redução da IPP: para que ela tenha mais
gestações durante a vida útil→ fazer atingir
puberdade mais cedo→ ela não pode ficar
doente para que ganhe mais peso
rapidamente
Melhora da produção futura
Funções do colostro
Imunológica: transferência de imunoglobulina
Nutricional: elevado teor de sólidos totais,
gorduras, etc
Somatogênica: fatores de crescimento
Qualidade do colostro
Colostro que possui quantia de
imunoglobulinas superior a 50 mg/ml +
contaminação bacteriana inferior a 100.000
UFC/ml --> higiene na ordenha!!! (em
propriedades grande vale a pena comprar
pasteurizador: não perde qualidade
imunológica)
Colostro: leite da primeira ordenha
Leite de transição: próximas ordenhas
Colostro fermentado é ruim (perde
qualidade), mas se o leite congelado for
descongelado em temperatura ideal continua
sendo de boa qualidade
Avaliação da qualidade
Colostrômetro
Vermelha: 20mg/ml de IgG
Amarelo: 21 a 50mg/ml
Verde: com mais de 51mg/ml de IgG
Lactodensímetro
● até 1,034 g/mL: ruim
● 1,035-1,046g/mL: intermediário
● >1,047g/mL: alta qualidade
Refratório de Brix- 25%
● Bom: acima de 22%
● Excelente: acima de 25%
Tratamento térmico do colostro
Fornecimento de colostro
Qualidade + tempo + quantidade.
10% PV nas primeiras 2 horas de vida + 5% PV
nas próximas 4 horas de vida: bezerro não
mama muito nas primeiras horas, mas se não
mamar o colostro deve-se passar sonda.
Uma colostragem eficiente oferece uma
imunidade passiva muito alta nos primeiros
dias de vida até os 25 dias, reduzindo
gradativamente
Uma colostragem ineficiente promove baixa
imunidade passiva nos primeiros dias de vida,
dos 3 aos 25, sendo necessária a imunidade
ativa do organismo para proteger o bezerro
Não é possível garantir os 3 pilares da
colostragem se não separar bezerro da mãe
→ se não separar, pelo menos uma pessoa
deve observar o tempo que o bezerro está
mamando
Como avaliar a TIP? (transferência de
imunidade passiva)
● Avalia-se através da mensuração
das proteínas séricas por um
refratrômetro
● > 6,2 g/dL: Excelente transferência
de imunidade passiva (ideal)
● 5,8 – 6,1 g/dL: Transferência boa
● 5,1 – 5,7 g/dL: Transferência
razoável
● < 5,1 g/dL: Falha na transferência
(FTIP)
Pode-se utilizar refratômetro de Brix para TIP
Excelente: ≥ 9,4%
Bom: 8,9 – 9,3%
Regular: 8,1 – 8,8%
Ruim: < 8,1%
Para avaliar, realizar coleta de sangue até 24 a
48h pós colostragem --> centrifugar ou deixar
descansar --> visualizar no refratômetro
Importante para monitorar bezerro
Banco de colostro: para o congelamento do
colostro deve-se indicar seu dia de coleta, o
número da vaca coletada e qual a ordenha
Congelar colostro de vacas que produziram
um colostro de boa qualidade a mais
Em garrafa pet ou em placas (placas é mais
rápido o descongelamento)
Realizar anotações na embalagem: data de
congelamento, valor do Brix
Para descongelar: banho maria em
temperatura máxima de 54º C
Colostro em pó: uma alternativa para a falta
de colostro, mas é caro
Cura do umbigo
Iodo 10% (tintura de iodo de 5 a 10%) de 2 a 3
vezes por dia, por 3 a 5 dias, até a região estar
completamente desidratada (umbicura e mata
bicheira não são adequados)
Pode utilizado como recipiente é o mesmo do
pré-dipping, escuro com alumínio em volta
Não cortar umbigo fora, chances de infecções
são até piores
O umbigo funciona como porta de entrada
para diversos agentes e podem causar
diversas alterações dependendo da via de
eleição, sendo elas:
Veia: pode causar abcesso hepático,
septicemia, diarreia
Artéria: septicemia, poliartrite, pneumonia,
encefalite
Úraco: cistite, nefrite
Pesagem + avaliação da altura
Antes de oferecer colostro o ideal é realizar a
pesagem para porcionar quantidade de
colostro (difícil ter balança na propriedade,
pesagem feita aproximada com fita para medir
perímetro torácico)
Controle da altura é importante para saber se
animal cresceu sem ganhar peso
Identificação: brincos são a forma mais
comum de identificação, devem ser colocados
no mesmo dia do nascimento, a caneta para
escrita no brinco é própria para isso (Aflex)
Alojamento do recém-nascido: secar bezerro,
colocar em local seco, sem vento, com cama
protegida das temperaturas adversas e macia,
e inicialmente o ideal é estar sozinho
Alojamento de bezerras
Sistema coletivo ou sozinha, no sistema
coletivo fica mais sociável, no entanto, há o
favorecimento do risco de infecções, mamada
cruzada (ocorre por fome, ou quando animal
mama muito rápido), deve ser higiênica,
estimula consumo de ração precoce; isolado é
possível monitorar ingestão, diminui risco de
infecções, mas, também, sociabilidade e
quantia de ingesta
Casinhas tropicais: animal preso por corrente
com um bom perímetro para andar, protege
do sol, mas não da chuva, é móvel
Amochamento
Realizado de 30 a 60 dias, ideal o quanto
antes
Processo manual, com retirada mecânica com
ferro quente ou por uso de substância
cáustica para cair estrutura com o tempo
Processo mecânico deve ocorrer com
anestésico + AINES + analgésico (aplicação da
medicação por 3 dias, anestésico somente no
procedimento)
Ocorre para evitar traumatismos entre os
animais e tratadores
Remoção de tetos supranuméricos
Realizado de 30 a 60 dias
Pode atrapalhar futuramente na ordenha,
pela dificuldade em ordenhar o teto, e, além
de aumentar riscos de infecção, pode ser uma
característica desclassificatória para
reprodução
Para o procedimento: anestesia + tesoura
Manejo alimentar
Preconizar maior ganho de peso (virar vaca
mais rápido, cria e recria não dão dinheiro ao
produtor)
Nasce de 32 a 40 kg, no fim do
desaleitamento é que deve ter, no mínimo,
dobrado seu peso corporal, ideal chegar em
100-110 kg
Quantidade e qualidade
Dieta líquida
Fontes: leite integral (melhor para o bezerro,
opção mais cara), leite não comercializável
(leite de mastite ou de vaca que está em tto,
pode causar diarreia, desregular a flora ou
gerar resistência no bezerro por conta do uso
de antibióticos, oferecer somente aos mais
fortes),colostro ou leite de transição
fermentado (odor fermentado, temperatura
ambiente de 25 graus, fermentação não pode
ser de muitos dias, bactérias acabam lisando
carboidratos, proteínas e gorduras),
sucedâneo
Sucedâneo:
Boa digestibilidade
Não deve conter proteínas e carboidratos de
origem vegetal
20-22% proteína, 10-15% gordura, baixa fibra
Anticoccidianos, probióticos, prebióticos e
ácidos orgânicos
Fácil diluição, sem empedramento, cor clara e
odor agradável
12,5 a 17,5% sólidos
Ótima opção, mas os de boa qualidade são
caros e podem ser antiprodutivos, comparar
com preço do leite integral
Aleitamento natural x aleitamento artificial
O artificial, podendo ser realizado em
mamadeira, balde com bico, deve estar com
temperatura controlada, leite gelado pode até
promover diarreias nos bezerros, deve estar por
volta dos 39 graus e deve ser oferecido no
mínimo 2x ao dia
Mamada no balde faz com que animal perda o
reflexo de sucção e mame muito rápido, em
grandes quantidades, não sacia
Maior entrave: higiene
Goteira esofágica: independe da posição do
animal mamar para seu mau funcionamento,
é de ordem nervosa, não angular (conecta
esôfago ao abomaso)
Volume de fornecimento
Sistema convencional
10% peso ao nascer - 4 L/dia é passado!!,
sabe-se, hoje em dia, que o ideal é calcular
relacionado ao peso
60 dias
Sistema intensivo
15 a 20% peso ao nascer
Maior ganho de peso e potencial de produção
60 a 90 dias
Sistema a vontade: > 20% peso ao nascer
Sistema intensivo programado
Maiores volumes nas primeiras semanas
Redução gradativa e começar a oferecer
concentrado
Desaleitamento menos estressante
Fornecimento de água: bezerro deve e pode
beber água desde o primeiro dia de vida
Dieta sólida
Concentrado
Momento de desenvolvimento do rúmen -
ácido butírico estimula desenvolvimento das
papilas
Ideal iniciar no 1º dia de vida, feito até depois
do quinto dia
Quantidades crescentes
Desenvolvimento de papilas
Ótima qualidade: 20 - 22% PB, 80% NDT, 15 -
25% FDN, 6 - 20% FDA
Deve ser peletizado, mais grosseiro, para não
causar pneumonia aspirativa (pó)
Volumoso
Depois dos 30 dias
Manutenção do pH pela saliva e estímulo à
ruminação
Desaleitamento
● Idade
● Peso (meta)
● Consumo de concentrado (1,5%
PN)
Métodos: abrupto (utilizado no passado) ou
gradual (ideal)
Acompanhamento do crescimento
● IPP adequada
● Pesagens mensais
● Ganho de peso
NOVILHAS DE RECRIA LEITEIRA
Fase de transição
Minimizar o estresse do desaleitamento (a
mudança de ambiente e manejo é muito
estressante)
Abrigo individual x coletivo --> cria individual
gera muito stress quando animal convive na
recria coletiva
Na fase de cria há leite, concentrado e
volumosos de qualidade e na recria não há
nada disso - importância de realizar uma fase
de transição bem feita
Fornecer volumoso no cocho até 2 meses
após o desaleitamento
Evitar oferecer cana (péssima digestibilidade)
Recria de novilhas leiteiras
Lembrar que novilhas de recria serão, em
breve, produtoras
Desaleitamento até o primeiro parto
Futuras matrizes
IPP reduzido – desafio no Brasil
Período pré-púbere: 3 aos 9-11 meses
Púbere: 11-12 meses
Fatores determinantes: peso (Holandesa de
260 a 310 kg nessa fase, Jersey é precoce e
atinge de 200 a 240 kg, girolando de 320 a 340
kg), raça, nível de alimentação
Peso à puberdade: 45% do peso a idade
adulta
Peso à IA ou primeira cobertura: 55% do peso
a idade adulta
IPP: 82% do peso adulto
Efeito do nível de alimentação na idade e peso
corporal na puberdade
Crescimento alométrico das glândulas
mamárias ocorre antes da puberdade e no
terço final da gestação, significando que as
glândulas mamárias crescem mais que o resto
do corpo, tendendo a ser um importante
limitador do potencial de produção --> nesta
fase há, portanto, um grande número de
alvéolos --> altas taxas de ganho de gordura
na fase alométrica pode fazer com que tecido
adiposo se agrupe nos alvéolos, diminuindo o
número de alvéolos funcionais/produtores
(dos 3 aos 9 meses)
O ganho de peso deve ser estimulado até os 3
meses de gestação
Maior complicação é na pré-puberdade
A composição do ganho gere esse processo,
relação entre proteína metabolizável e energia
metabolizável na dieta (o tanto de
componentes que o animal consegue
absorver para utilizar)
Manejo nutricional de novilhas leiteiras
Ideal na alimentação da vaca holandesa: 41
gramas de PMet/Mcal de Emet, 16 a 17% de
PB na dieta
O ideal nas raças é não ultrapassar o ganho de
60 gramas por dia na fase de crescimento
alométrico (holandesas podem ganhar mais)
IPP é por volta dos 24 meses
Nível de ganho de peso para não afetar a
glândula mamária depende da raça
Alimentar novilhas vai além de atender suas
exigências
Manejo deve ser realizado em lotes
Levando em consideração o tamanho do
rebanho e as instalações disponíveis
Importante agrupar animais que se alimentam
da mesma coisa, economicamente mais
positivo
Animais com 120 dias possuem o rúmen mais
desenvolvido e já podem receber dieta de alta
energia, com 70 a 80% de NDT, 16 a 18% de
PB
Já oferecer cana, ureia (com cautela) em
pequenas porções
Produtos alternativos para reduzir o custo da
dieta
Oferecer dieta com alta energia até os 180
dias do animal pois, após isso, rúmen já está
completamente desenvolvido
Manejo pré-parto: melhor nutrição, deve
haver um manejo diferenciado dos demais
animais para viabilizar uma boa produção de
leite, dieta do pré-parto deve possuir os
mesmos componentes do pós-parto
(qualidade no pós deve ser a melhor, melhor
que a do pré, mas os ingredientes devem ser
os mesmos)
Recria de novilhas a pasto
Requerimento de matéria seca e proteína por
um novilho para recria/engorda dos 150 aos
450 kg de PV
Atenção ao pasto e aos animais
Manejo para maior qualidade:
remoção do material senescente e velho
aumentar a disponibilidade ou melhorar a
acessibilidade a perfilhos imaturos
alta relação folha:colmo
Pastejos com lotação acima da capacidade do
pasto por curtos períodos (2 a 3 dias) -->
rebaixar a altura do pasto
Diferimento: “guardar” pasto, reservar área de
pasto nas águas para o período de seca
Adubações
Suplementação: quantidade e tipo de
suplemento --> tipo de gramínea, estação do
ano e desempenho esperado dos animais, na
seca somente o pasto não basta, animais
passam fome
Comportamento de pastejo
É possível projetar idade ao primeiro parto
entre 24 a 28 meses em sistema de pastejo
Manejo nutricional de recria de novilhas para
prenhez aos 25-27 meses
Nascimento – Desmama – Primeira seca
(oferecer proteinado de 0,1 a 0,3% de PV) -
Águas - Segunda seca (oferecer novamente
proteinado de 0,1 a 0,3 % de PV) - 25-27
meses (100% de prenhez)
Obrigatório oferecer proteinado nas secas
para garantir o parto
Manejo nutricional de recria de novilhas para
prenhez ao 18-20 meses
Deve-se retirar uma época de seca e aumentar
o ganho de peso antes do parto
Nascimento – Desmama – Primeira seca
(oferecer proteinado de 0,1 a 0,3% de PV) -
Águas (oferecer novamente proteinado de 0,1
a 0,3 % de PV) - 18-20 meses (100% de
prenhez)
Manejo nutricional de recria de novilhas para
prenhez aos 14-16 meses
Nascimento – Desmama – Primeira seca
(suplementação de 0,4 a 0,5% de PV) - Águas
(intensificar ganho de peso) - 14-16 meses
(100% de prenhez)
Por que não mandam todas as vacas para a
EM? Pois, se todas empenhassem ao mesmo
tempo, produziram ao mesmo tempo e teriam
uma grande época sem produção, inviável
para o produtor
Avaliação da recria
Mesma avaliação realizada na cria: peso,
perímetro torácico, altura de cernelha, largura
de garupa, ECC
Altura de cernelha --> 130 a 140 cm para IA
(holandesa)
CONTA: é realizada para descobrir qual deve
ser o ganho médio de peso na época da recria,
após a desmama
Exemplo: Uma criação de vacas holandesas,
que pesam 104 kg na desmama e possuem 85
dias. Qual deve ser o ganho médio de peso na
recria para que atinjam idade ao primeiro
partoaos 23 meses?
Vacas holandesas têm peso médio adulto de
600 kg
Peso ao primeiro parto deve ser 82% do peso
adulto
Peso ao primeiro parto: 600 x 0,82 = 492 kg
Peso que precisam ganhar na recria: 492 – 104
kg = 388 kg
IPP: 23 meses = 23 x 30,5 dias = 701,5 dias
devem ter
Dias da recria: 701,5 – 85 = 616,5 dias
GMD: 388/616,5 dias = 0,629 kg/dia ou 629
gramas por dia
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Tipos de sistemas
O tipo de instalação a ser implantado depende
do sistema de manejo adotado
Sistema Extensivo
Exploração dos recursos naturais de forma
extrativa, tendo por base geralmente um
baixo custo de investimentos em benfeitorias
e terra
Explora os recursos naturais sem muitos
investimentos em instalações, equipamentos
ou custos de mão-de-obra
Desvantagem: não há suplementação
Produção a pasto
Vantagens:
Redução do nível de estresse do animal
(depende, as vezes pelo baixo nível de
cuidado com a propriedade o bem-estar é
questionável)
Melhor resposta em sanidade, produção e
reprodução
Eliminação de custos com adaptação do
animal às instalações
Redução da mão-de-obra
Consumidor busca produto “natural”
Sistema Semi-intensivo
Difere do sistema anterior pela
suplementação da alimentação
São necessários maiores investimentos em
instalações e na conservação dos alimentos
O produtor procura animais mais
selecionados, com características mais
produtivas
Suplementação
Produção de leite aumenta necessidade de
suplementação extra
Aumento dos custos/vaca/dia
Viabilidade econômica dependerá de: custo
da suplementação, preço do leite, resposta (kg
de leite por kg de suplemento)
Sistema Intensivo
Uso racional e intensivo da terra
São necessários altos investimentos
Geralmente empregado em regiões próximas
aos centros consumidores, e em que o custo
da terra e da mão-de-obra são elevados
Produção em confinamento
Escala de produção: produção máxima para
diluir os altos custos (laticínios requer metas)
Alto investimento em instalações
Meta: crescimento do rebanho de 10% ao ano
Requisitos para sistema confinado
● Proximidade dos centros
consumidores
● Investimento em qualidade
● Regularidade na entrega
● Organização na negociação do
preço
Alternativas para o custo elevado
● Utilizar o desmame precoce
(máx. até 60 dias de idade)
● Limitar a quantidade de leite a 6
litros/bezerra/dia
● Considerar substitutos do leite
(sucedâneo é caro, considerar
valor de um de qualidade com o
valor do leite integral)
● Avaliar o uso de concentrados
comerciais para bezerros
● Considerar o pastejo como
alternativa de fornecimento de
volumoso
● Avaliar o balanceamento da
dieta, evitando o fornecimento
excessivo de nutrientes
● Caso a alimentação estiver
adequada e o crescimento não,
● avaliar o ambiente e a sanidade
INSTALAÇÕES PARA BOVINOS
LEITEIROS
Planejamento das Instalações
1. Metas e objetivos
2. Sistema de criação
3. Características dos animais
4. Distribuição dos prédios
5. Durabilidade
6. Intensidade de mecanização
prevista
7. Quantidade e qualidade da
mão-de-obra
Princípios básicos a serem considerados
1. Área/animal
2. Ventilação/aeração
3. Iluminação
4. Higiene
5. Segurança e conforto para os
colaboradores (a maioria da
equipe dorme na propriedade)
Modelo da instalação
Finalidade da exploração
● Produção de leite→ tipo do leite
● Venda de reprodutores e matrizes
Custo e durabilidade→ qual o custo da
estrutura e qual a durabilidade das
construções - 20 anos para instalação e 5 a 15
anos para equipamentos
Fatores importantes para avaliar:
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
TAMANHO DO REBANHO
NÍVEL DE PRODUÇÃO
NÍVEL TÉCNICO DA EXPLORAÇÃO
EFICIÊNCIA DA MÃO DE OBRA
Localização
Área disponível→ região mais alta do terreno,
ensolarado e protegido contra ventos,
levemente inclinado de 1 a 3%
Topografia→ boa drenagem e firme
Solo e vegetação
Vias de comunicação e acesso→ verificar a
necessidade de obras como pontes, viadutos,
etc., visando principalmente a distribuição do
produto
Rede de energia elétrica→ recomendável,
porém pode-se usar energia alternativa como
biogás, óleo diesel ou solar em propriedades
pequenas e tecnificadas
Água→ boa qualidade e quantidade
Recursos humanos qualificada→ em
quantidade suficiente e com bom treinamento
Mercado→ para consumo do produto
Disponibilidade de insumos
Infra estrutura política e social→ apoio,
incentivo
Orientação
A construção do barracão deve ser realizada
no sentido leste-oeste para o correto
aproveitamento do sol
Piso
Terra (chão batido)→manutenção difícil e
higiene de baixa qualidade, gera lamaçal
Pedra→manutenção constante, machucam e
prejudicam casco dos animais
Concreto→ com desnível de 2% e canaletas
rasas e largas para permitir o escoamento
pluvial e de águas de lavagem, ideal, de forma
ripada:
Ripado→ 10 cm de espessura e inclinação de
1% no sentido do comprimento
Ranhuras superficiais a cada 5-7 cm com 2x2
cm
Tipo de estrutura
Cocho
Superfície lisa, cantos arredondados e drenos
com tampões no fundo para não promover
desperdícios
Declive de 1% no sentido do comprimento
Cobertura à altura média de 1,80 m
Comprimento: 0,70 a 0,80 m/vaca
Altura do piso: 5 cm, parte de acesso: 35 cm,
parte posterior: 45 cm, profundidade útil: 30
cm, largura interna: simples de 50 a 60 cm ou
duplos de 90 cm
Contenção acima do cocho→ 1,40 m acima
do piso – para animal não entrar
completamente no cocho, canzil trava vacas
Cocho direto na pista→ 8 a 15 cm acima dos
pés dos animais -
Espaço entre cocho→ 60 a 80 cm por animal
Suprimento de água
Deve ser limpa e fresca
Disponível em quantidade a todos os
momentos por toda a instalação
Para consumo e higienização
Previsto nos pastos, nos currais e demais
instalações
Na forma de aguadas (represas ou açudes) ou
em bebedouros
Bebedouro
10 a 15 cm lineares/vaca
Altura 60 a 75 cm e o comprimento de acordo
com o formato volume de água necessário,
para não gerar lamaçal em volta
Piso de concreto com 1,8 m de largura em
torno dos bebedouros
Corredores
Permitir menores distâncias e favorecer o
fluxo de animais, pessoas e equipamentos
Evitar acúmulo de barro
Devem ser largos (10-12 metros de
comprimento)
Cobertura do galpão
Pé direito→ no mínimo 3 metros
Inclinação de 30%
Lanternim (abertura no topo do galpão para
saída de ar quente)
Beiral (protege da chuva)
Alta pluviosidade: usar pé direito mais baixo
ou aumentar beirais
Telhado de 2 águas: abertura com 10% da
largura e sobreposição de telhado com 5% (da
largura)
Piquetes
● Área de 50 m2 /animal
● Declividade
● Dispor de sombra
Instalações nos sistemas a pasto
Centro de manejo ou curral de alimentação→
60 a 80 m2 por animal
Pastos divididos em piquetes com áreas de
descanso, sombra, árvores, sombrite
4 m2 por vaca e pé-direito 4 m
Instalações nos sistemas confinados
Razões do confinamento de bovinos leiteiros:
Disponibilidade limitada das áreas
Potencial limitado e
estacionalidade/sazonalidade das pastagens
Criações em condições adversas de clima
Exploração do máximo potencial genético das
vacas
Alta produtividade e persistência da lactação
São sistemas modernos e atualmente
recomendados para o confinamento de
bovinos leiteiros
Existem quatro tipos: 1. Free Stall 2. Tie Stall
3. Loose Housing 4. Compost Barn
Free Stall
A área de repouso possui baias individuais
enfileiradas numa quantidade de 1,1/animal
Pé direito de 4 a 4,5 m
A cama pode ser de vários materiais, como:
palha de cereais, maravalha ou serragem,
raspa de terra fresca, areia (retirada da cama,
colocada no sol para secar e reutilizada),
esterco curtido, tapete de borracha (cama
deve ser limpa sempre, gasta o pneu e fica
solada diminuindo o conforto para o animal, a
sujeira das baias pode influenciar no
desenvolvimento de mastite, deveria ser
reposto continuamente, mas acaba sendo
muito caro), outros
A cama deve ser limpa regularmente,
podendo ser trocada semestralmente ou até
anualmente
Dimensões de cubículos para diversas
categorias animais
Dimensõesda baia do free stall recomendadas
para vacas leiteiras
O corredor de circulação deve ser concretado
com ranhuras
Esta área deve ser dimensionada em + 3,40
m2 / animal, com uma largura entre 2,40 a
3,60 m
A limpeza da área de circulação deve ser diária
e pode ser facilmente automatizada ou
manual
Corredor não deve ficar molhado para não
prejudicar casco dos animais
O comprimento do cocho na área de
alimentação varia com: o tipo de alimento
fornecido, o tempo de disponibilidade
Podendo variar de: 60-80 cm/ animal até
apenas 20 cm/ animal (neste caso deve estar à
disposição pelo menos 21h/dia)
A necessidade de ventiladores é fundamental
e deve ser realizada para o resfriamento do
ambiente e facilitar a circulação do ar, além de
conforto térmico dos animais também para
secagem das camas
Aspersores têm funcionalidade de conforto
térmico dos animais, através da aspersão de
água, em local longe das camas e longo,
portanto, da alimentação
Os animais são manejados em grupos
(produção, alimentação, gestação, etc)
podendo ser deslocados de um grupo para
outro de acordo com a necessidade
Na formação dos grupos devemos também
observar o comportamento social dos animais
e obedecer a seguinte escala de dominância
social: idade, peso/altura, tempo de
permanência
Tie Stall
Os animais não ficam muito em convívio
Amarrados por correntes
Pesquisa
Consumo diário individual
Péssimo bem-estar
Loose Housing
Possui uma pista para circulação Cama
conjunta de material orgânico
A área coberta deve ter uma cama com 10 cm
de profundidade e ser trocada a cada 10 a 15
dias
Deve-se prever o uso de 5 a 6 kg de
cama/animal/dia
O piso da área de circulação pode ser de terra
batida
O espaço é aberto
Compost Barn
Tem por característica deixar os animais livres
no estábulo
Embora continue confinada, a vaca circula à
vontade, interagindo com as outras, o que
possibilita que ela exercite seus instintos
sociais com o grupo
A principal característica do Compost Barn é a
utilização de cama orgânica cobrindo todo o
estábulo
O piso do estábulo é formado por material
orgânico que pode ser serragem e casca de
amendoim, ou outro material orgânico que
seja de baixo custo e de fácil disponibilidade
para o produtor
A cama fica em contato com o solo, com uma
altura entre 20 cm e 50 cm
As vacas defecam e urinam no material,
dando início ao processo denominado
“compostagem”, que controla a decomposição
de materiais orgânicos através de
microrganismos, precisam de oxigênio para
que isso ocorra
Os resíduos depositados pela vaca passam por
uma compostagem aeróbica (em contato com
o ar)
Para que isso ocorra de forma efetiva, a cama
deve estar sempre seca e passar por uma
constante aeração, o que é feito por meio de
ventiladores e com a escarificação (processo
de revolvimento da matéria da cama, remover
pelo menos 30 cm) duas vezes ao dia
Ventiladores devem ficar ligados o dia inteiro
Animais podem tomar banho com aspersores
na sala de espera da ordenha
Revolvimento do material com tratores e
enxadas mecânicas
O composto é removido e substituído de
tempos em tempos, deve ser removido
completamente de 6 a 12 meses
Dependendo do manejo, a cama pode ficar
até um ano sendo utilizada no estábulo
Ao substituir por um novo composto, o
material velho pode ser vendido como adubo
orgânico ou utilizado na propriedade para
fertilizar o solo, o que dá ao processo um
importante apelo ambiental
Parâmetros importantes: 43 a 65º C da cama
(realizar abertura na cama de 30 cm e medir
temperatura da parte mais medial), 45 a 55 %
de umidade (quando manuseada pelas mãos
não pode agrupar e formar bolos, deve
escapar entre os dedos), maciez, vacas sujas,
distribuição das vacas, CCS ou mastite
subclínica
Não há tantos problemas no casco como no
free-stall
Vacas estarem sujas é indicativo de manejo
errôneo, camas sujas ou muito úmidas
Observar locais em que vacas não se
distribuem, pode haver corrente de ar no local
ou problemas com a cama
Camas úmidas viabilizam o acometimento de
mastite
Vacas de altíssima produção sofrem com o
stress por conta do calor com esse tipo de
sistema
Deve haver um único acesso ao bebedouro,
animais devem passar pelo corredor para
chegar
No momento da alimentação, também há
barreiras de contenção para que vacas se
alimentem
Bezerreiro: as instalações desta categoria
precisam evitar: falta de higiene, umidade
excessiva, diferenças bruscas de temperatura,
correntes de ar canalizados
Sistemas praticados com bezerros
Baias individuais: até 60 dias de idade
(desaleitamento), dimensão: 1,00 X 1,50 m,
piso com 30 cm do solo, o leito em baixo deve
ter um desnível de 1% em direção da canaleta
e deve haver divisórias, permitindo que
visualizem uns aos outros, mas não entrem
em contato
Urina e fezes escorrem da cama e devem ser
retiradas, e o local higienizado, no caso de
cama de plástico, se forem de matéria
orgânica devem ser trocadas
Casinhas tropicais: ventilação, umidade,
chuva e inverno, ambiente limpo e seco,
campo bem drenado, forragem ou cama, 1,5 a
1,8 m2 /animal, individualização dos animais -
disseminação de doenças, saúde animal,
controle do consumo individual
● Principal vantagem é que são
móveis
Calf-Tel: casinhas pequenas e com curto
espaço para sair, permanecem
individualizados o tempo todo
Bezerreiro argentino: alguns aspectos para
melhorar as condições das instalações -->
separar individual até 2 meses de idade,
separação por idade, proteção contra os
ventos frios, camas secas, sombra no período
quente do dia
● Permanecem acorrentados e
corrente pode machucar e até
matar animais em alguns casos
Baias coletivas
● Em grupo
● Menos estressantes
● Dimensões→ 2,00 a 2,50 m² /
animal
● Manifestação de comportamentos
lúdicos
● Falta de controle individual de
alimentação
● Mamada cruzada ou não nutritiva
● Maior índice de disseminação de
doenças
Piquetes: animais livres no pasto limitados
somente por cercas, há problemas com a falta
de sombras
Maternidade e enfermaria
Deve ser previsto uma área de 3,6 a 4,2 m² /
animal
Próximo à casa do tratador
Piquete bem drenado com cobertura, sombra
com fornecimento do trato
Baias com 16m² / animal específicas para
nascimento
Sala de ordenha
Balde em pé: teteira gera vácuo para ordenha
dos tetos com abertura individual, mais
utilizada, principalmente em propriedades
mais simples
Espinha de peixe: animais de lado a lado de
forma inclinada, podem variar em números de
vacas, há um fosso para maior facilidade da
ordenha e conforto dos funcionários, leite vai
diretamente para tanque de resfriamento,
mais utilizado depois do balde em pé
Modelo de passagem “Walk Trought”: “fila
indiana”
Modelo de Portão ou Tandem: animais
entram, são ordenhados e saem, são livres,
individuais, neste modelo pode executar a
ordenha com bezerro ao pé
Lado a Lado: animais lado a lado, um portão a
cada lado dos animais de forma individual,
fosso no meio de duas correntes de animais
(cabem mais animais que a forma espinha de
peixe, mas, por ser mais caro, é menos
utilizado)
Carrossel: animais entram, há cocho na frente
em alguns, realizam ciclo completo e saem;
podem sair de ré, tem abertura em cada lugar
para ordenha, custo alto pois deve abranger
muitas vacas
Robotizada: animal come, robô faz leitura do
cordão, se animal estiver apto já é
encaminhado para ordenha e informa,
também, quanto tempo foi a última ordenha;
fluxo livre é mais barato, no entanto, requer
mais adaptação das vacas
Outras Benfeitorias
Sala do leite: onde o leite é armazenado
Currais/Tronco de Manejo: utilizado para
aplicações de vacinas, IA, diagnóstico
gestacional
Cômodo de ração/Silos/Fenis
Esterqueira/Manejo de Dejetos: transforma
esterco em adubo
Depósito/Farmácia/Escritório

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