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Júlia Assis Silva - Turma IV alfa HERPESVÍRUS Microbiologia CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS ● ● Herpesvírus tipo 1→ causa herpes oral. ● Herpesvírus tipo 2→ sintomas genitais. ● Herpesvírus tipo 3→ causa varicela ou catapora e herpes zóster. ● Esses 3 tipos pertencem a subfamília alfa. ● Herpesvírus tipo 5→ citomegalovírus. Faz parte da subfamília beta. ● São agrupados em famílias→ alfa, beta e gama. ● São vírus com tropismo para sistema nervoso, principalmente em casos de imunodeficiência. ● Quais as características da família? Latência, contém DNA como material genético, envelopados, icosaédricos, transmissão através de fluídos corporais. ● 1 ● Latência ● Persistência do vírus no organismo animal (em vários tecidos e células) sem multiplicação, não resultando em progênie viral infecciosa. ● A infecção latente pode ser ocasionalmente reativada por situações de estresse, ocasiões em que o vírus é re-excretado pelo hospedeiro e pode se disseminar para indivíduos suscetíveis. ● Está replicando como pró-vírus, pois todas as vezes que a célula multiplica ele também, nesse caso só não está formando novos vírus. ● Uma vez infectado por um herpesvírus, o hospedeiro permanece portador do vírus por toda a vida. ● Esses vírus tem tropismo forte para sistema nervoso, as reativações seguem caminho dos nervos, sistema nervoso é local de latência. Principalmente a reativação do herpesvírus tipo 3. CITOMEGALOVÍRUS ● É a causa mais comum de infecção congênita em todo o mundo, com taxas que variam de 0,2 a 2,2%. ● Normalmente é um vírus benigno. 2 ● ● Características virais: icosaédrico, envelopado, com DNA fita dupla e linear (semelhante ao DNA do hospedeiro, por isso consegue se incorporar ao nosso material genético). Família Herpesviridae e sub-família Betaherpesvirinae. ● Herpesvírus do tipo 5 (HHV-5). ● Transmissão: por fluídos como urina e saliva, transplante de órgãos, transfusão de sangue, relações sexuais, amamentação e gravidez. Normalmente a infecção ocorre até os 5 anos em creches. ● ⇒ Em transplantados ocorre muita reativação. ● ⇒ A principal diferença para a transmissão do HIV é a possibilidade de transmitir via urina e saliva e a taxa de transmissão por sangue no HIV é muito alta, diferente da citomegalovirose porque tem pouca carga viral, diferente do HIV que tem carga altíssima principalmente na fase aguda e na fase de doença. ● ⇒ Tomar cuidado com gestantes e com transplantados (os 3 primeiros meses são cruciais pois 54 a 92% dos casos de transplante de pulmão positiva para a doença, tanto reativação quanto infecção primária, de rim é 60-100% e 30-70% emmedula óssea). Fazer tratamentos preventivos pois a reativação é muito grande. ● ⇒ Faz o tratamento preventivo pois apesar de existirem testes eles podem dar falsos negativos pela baixa quantidade de anticorpos. ● Se transmite por transfusão porque não testa banco de sangue? Pois é uma doença presente em grande parte da população de forma latente, por isso se fosse impedir todas as pessoas infectadas de doarem ninguém doaria. Ciclo 3 ● ● 1° fase (4h)→ produção de proteínas regulatórias. ● Nas 4 primeiras horas ele só aumenta o metabolismo celular, replica o máximo que puder antes de ser capturado, produz proteínas regulatórias para aumentar a replicação das células, regulando elas para que elas multipliquem com a frequência aumentada. ● 2° fase (8h)→ produção de DNA polimerase viral. ● 3° fase (12h)→ produção de proteínas estruturais e montagem de novos vírus. ● É um vírus de replicação rápida, muito mais rápido que o HIV, em 24 horas faz ciclo replicativo completo, porém nem sempre um vírus que multiplica rápido causa doença, pois se chama atenção do sistema imune e vai ser eliminado. ● Normalmente as pessoas entram em latência e depois reativam em casos de imunossupressão, é difícil numa primeira infecção já ter a doença. ● O período de incubação é de 4 a 12 semanas. ● Não sabemos o período de transmissão pois a maioria das pessoas pega durante a infância. Manifestações clínicas ● Imunocompetentes: a maior parte dos casos é assintomática, mas pode haver reativação ou reinfecção causando→mononucleose, febre, tosse, epigastralgia, cefaléia, indisposição e raramente esplenomegalia, adenopatia, exantema inespecífico, anemia e desordens gastrointestinais e nervosas. ● Os sintomas mais comuns são os mesmos de outras infecções virais tornando a doença imperceptível a não ser que seja os casos mais graves. 4 ● Imunocomprometidos (recém-nascidos de baixo peso, pacientes oncológicos, HIV +, pacientes com anemia falciforme, leucemia mieloide crônica e transplantados) → pode haver a infecção congênita e principalmente casos de reativação em pacientes HIV positivos. ● ⇒ Em pacientes oncológicos há aumento das células reguladoras, por isso é comum ter reativação da doença. ● Transplantados: hepatite, complicações cardíacas, trombocitopenia, rejeição aguda ou crônica do órgãos transplantado, anemia hemolítica e pneumonia, com evolução potencialmente fatal. ● ⇒ Aumenta a rejeição aguda, principalmente por células da resposta inata (sistema complemento) pois no início da citomegalovirose há muita resposta inata que reconhece padrões e não diferencia o vírus do órgão transplantado. Tratar com antivirais. ● Infecção congênita: prematuridade, hepato-esplenomegalia, hepatite ictérica, pneumonia intersticial, microcefalia, calcificações intracranianas, coriorretinite e deficiência da acuidade visual (40-60% nos sintomáticos e 7-15% nos assintomáticos) e auditiva. ● HIV +: retinite, exantemas inespecíficos, lesões ulcerativas, colites, meningoencefalite, mielopatia e pneumonia intersticial. ● ⇒ Nesses casos a contagem de TCD4 baixa ainda mais. Diagnóstico ● Isolamento viral : era a técnica considerada padrão ouro para o diagnóstico. ● ⇒ A urina era o principal fluido utilizado para o cultura e isolamento do CMV, apesar de ser feito também em tecido de biópsia. ● ⇒ Porém, a dificuldade de realização da técnica, aliada a demora do resultado (pacientes HIV + e imunossuprimidos precisam que seja rápido), fez com que optassem por outros métodos. ● Sorologia: técnica mais usada para a triagem populacional→ imunoensaio enzimático (ELISA) ou quimioluminescência. Determinam níveis de anticorpos IgM e IgG anti-CMV, marcadores de infecção aguda e crônica, respectivamente. ● Quais as limitações dos imunoensaios? pacientes HIV + não produzem anticorpos pois não tem linfócitos TCD4 o teste dá falso negativo. Não dá pra saber se tem reativação viral, infecção crônica pois o IgM fica positivo até 2 anos após a infecção primária. ● ⇒ Em grávidas o IgM continuar positivo por esse tempo é um problema pois infecções agudas são mais graves→ Fazer o teste de avidez (se tiver IgG com alta 5 avidez quer dizer que o IgM é residual). ● RT-PCR: resultado em 6 horas. ● Imunofluorescência: anticorpos monoclonais dirigidos contra a proteína viral pp65. Teste para acompanhamento de transplantados, resultado em 3 horas. ● Vale a pena fazer avaliação da medula? geralmente não faz pois a doença é benigna, tem tratamento e a punção é invasiva, mas consegue verificar a latência. Latência ● ● Os sítios preferidos para latência são o SNC e a medula óssea. ● O vírus replica (causando alta viremia em algum momento) e depois se espalha e um dos locais que ele chega antes de sumir é a medula óssea, atingindo a célula CD34 (progenitora de células do sistema imune) quando ela prolifera o vírus proliferam junto e elas não expressam nenhum tipo de MHC. ● Na reativação os vírus saem da medula e vão pro corpo causar manifestações. ● No sistema nervoso tem pouca ativação do sistema imune, pois neurônios não expressam MHC I e não tem efeito citotóxico. Tratamento ● Antivirais. O foscarnete é o menos utilizado pela alta hepatotoxicidade HERPES SIMPLES ● HSV 1 e 2 estão associados a gengivoestomatite herpética primária, herpes labial 6 recorrente e herpes intraoral recorrente. ● Não tem cura pois as terapias atuam apenasna sua fase ativa. ● Características virais: vírus de DNA, tem capsídeo e envelope. ● HHV-1: regiões oral, facial e ocular ● HHV-2: genitais ● Transmissão por contato direto ou indireto com fluidos contaminados. Perguntas ● Pode existir intercâmbio entre eles? Sim. ● Nesse caso as manifestações seriam as mesmas? As lesões seriam muito parecidas mas em menor intensidade pois não é o habitat natural do vírus. ● Poucos tratamentos são capazes de eliminar o vírus! Dentre eles temos Aciclovir!→ Falso, este medicamento controla as manifestações mas o vírus fica integrado no DNA. Ele inibe a polimerase viral que faz novas fitas de DNA e como o vírus não consegue usar nossa DNA polimerase ele não replica. VARICELA E HERPES ZÓSTER ● Causadas pelo HHV-3. ● Tem que ter tido a varicela, pois a zóster é a reativação desse vírus. ● Transmissão: contato direto com gotas ou aerossóis contaminados como também secreções do trato respiratório. ● Vacina: existe uma vacina contra herpes zóster para idosos, a partir de 60 anos, que é quando tem a maior reativação, não tem disponível no SUS, e vacina contra varicela para crianças na tetraviral (caxumba, sarampo, rubéola e varicela. ● A zóster é tratada com analgésicos. Perguntas ● Uma pessoa com Zoster pode transmitir a doença? Não pode transmitir a zoster, mas pode transmitir o vírus pois a zoster é a manifestação, a pessoa tem zoster depois da reativação do herpesvirus 3 tem que ter manifestado a catapora primeiro. Então o vírus é transmitido para a nova pessoa e causa a catapora, que tem a manifestação mais exuberante e tem mais vírus. ● Quais as manifestações do zóster? São mais intensas, apesar de serem menos disseminadas, ocorrem no eixo de algum nervo, principalmente ocular, torácico e no couro cabeludo, ocorre apenas de um lado e para na linha medial do corpo. ● Qualquer vírus pode causar latência e consequentemente a zoster? Todos os 7 vírus dessa família causam latência, mas só o tipo 3 causa a zoster, que vem do veículo de latência dele. ● O número de pessoas que manifestam zoster é alto? não é alto se comparado a outras doenças, pois quase todo mundo tem varicela e poucas pessoas reativam como zóster devido ao sistema imune. ● A.F.S, 80 anos, não se recorda da catapora, agora possui manifestação compatível. É possível diferenciar infecção primária de reativação? Sim, na catapora a manifestação é mais difusa, não dói, coça, e tem feridas com diferentes estágios de cicatrização. A zoster vem só de um lado, dói e o tratamento é mais lento. ● Quais as possíveis complicações da herpes Zoster e como evitá-las? Irradiação para outras zonas e outros nervos, paralisia, perda de mobilidade, afetam a musculatura. As complicações são neuralgia pós-herpética e problemas oftálmicos. ● Neuralgia pós-herpética:mesmo quando os sintomas somem de tempo em tempo tem a reativação dos sintomas, não das lesões mas a dor volta novamente pois o vírus permanente no corpo, se a dor volta e em outros lugares pode ser que ele esteja se espalhando 8
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