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Retocolite ulcerativa Doença caracterizada pela formação de úlceras e inflamações na mucosa do reto e cólon. Inicia no reto e progride para o cólon, sendo continua. Quadro Clínico Fases de surtos e remissão. Tenesmo Urgência para defecar Doença de Crohn Doença que acomete da boca ao anus, causando uma inflamação generalizada transmuralmente no trato gastrointestinal de forma descontinua. Pode causar estenose do TGI e fistulas com a pele. Idade do diagnostico A1 Antes de 16 anos A2 Entre 17 e 40 anos A3 Acima de 40 anos Localização L1 Ileal L2 Colônica L3 Ileocolônica L4 D. isolada do TGI superior Comportamento B1 Não estenosante nem penetrante B2 Estenosante B3 Penetrante P Doença perianal Fases de surto e remissão, que podem ocorrer em locais diferentes. Estenosante: obstrução intestinal Penetrante: fistulas e abscessos Acometimento perianal Disfagia – se formação de úlceras gástricas B12 – se acometimento ileal São doenças crônicas idiopáticas imunomediadas (não é autoimune). A junção da predisposição genética com irritações e inflamações intestinais causadas por hábitos de vida gera uma resposta imune exacerbada. Acometem, principalmente, caucasianos entre 15 e 40 anos. Fatores de risco: Predisposição genética: história familiar + modificações genéticas (DC: NOD2/CARD15 e RCU: HLA DRB1) Dieta ocidental – rica em carboidratos e lipídeos e com poucas fibras Disbiose: gastroenterites bacterianas ou uso elevado de antibióticos na infância Tabagismo* *Risco para doença de Crohn e proteção para retocolite ulcerativa. Retocolite ulcerativa Doença de Crohn Colite indeterminada: quando o quadro do paciente não permite diferenciar entre as duas. Fatores de mal prognostico: o Jovem o Doença perianal o Ulceras profundas o Colite extensa o Estenose/fístula o Acometimento ileal> 100 cm o Associação com CEP o Corticoide ao diagnostico o Envolvimento do TGI superior Quadro Clínico Manifestações em comum: Diarreia inflamatória crônica – diarreia >4 semanas com sangue, muco e pus nas fezes. Anemia Dor abdominal Júlia Malta Braga MED 01 FCM/TR Perda ponderal Desnutrição Espondilite (relacionada ao HLA B27) Eritema nodoso Episclerite Conjuntivite Exames complementares Laboratoriais Anemia ferropriva ou sem alterações. PCR e VHS elevados. P-ANCA + Calprotectina e lactoferrina fecal aumentada em crises e normal em recidivas, permitindo acompanhamento da doença. Colonoscopia Mayo 0 Mucosa intestinal normal Mayo 1 Eritema, redução do padrão vascular, leve friabilidade Mayo 2 Acentuado eritema, perda do padrão vascular, friabilidade, erosões Mayo 3 Sangramento espontâneo, ulcerações Histopatológico São identificadas alterações inflamatórias ou ulcerosas nas criptas da mucosa intestinal. Laboratoriais Anemia megaloblástica – se acometimento ileal. PCR e VHS elevados. ASCA + Calprotectina e lactoferrina fecal aumentada em crises e normal em recidivas, permitindo acompanhamento da doença. Colonoscopia Ulceras profundas em padrão de pedras de calcamento, pois são próximas, mas espaçadas. Histopatológico Há formação de granuloma não caseoso. Lesões não são restritas a mucosa. Sangue: Hemograma, PCR, VHS, ASCA, P –ANCA. Fezes: calprotectina fecal e lactoferrina Colonoscopia e/ou endoscopia Histopatológico Manifestações extra intestinais – acometem ¼ dos pacientes: Artralgia Artrite periférica Pioderma gangrenoso Uveíte Colangite esclerosante primaria (ocorre mais na retocolite ulcerativa): são estenoses de via biliar que levam a colestase. - ↑ bilirrubina indireta Risco aumentado de formar trombos – TEP ou TVP Exames complementares Perda ponderal Desnutrição Espondilite (relacionada ao HLA B27) Eritema nodoso Episclerite Conjuntivite Classificação Classificação da Truelove & Witts: classifica a colite em leve, moderada e grave. Leve Moderado Grave Número de evacuações com sangue/dia < 4 ≥ 4 ≥ 6 Pulso < 90 bpm 90 >90 Temperatura <37,5°C 37,8 >37,8 Hemoglobina >11,5 g/dl ≥ 10,5 <10,5 VHS <20 mm/h 30 >30 PCR Normal 30 >30 1. Proctite leve: aminossalicilato supositório 2. Colite leve – moderada: aminossalicilato oral + supositório. a. Refratário ao tratamento: corticoide desmame imunomoduladores 3. Colite moderada a grave: corticoide desmame imunomoduladores a. Refratário: imunobiológicos 4. Refratário a imunobiológicos: proctocolectomia total + bolsa ileal. Classificação CDAI: soma média deve ser multiplicada pelo fator equivalente. 2 x média do número de evacuações liquidas ou pastosas/dia. 5 x Dor abdominal em média 0 – ausente 1 – leve 2 – moderada 3 – aumentada 7 x Sensação de bem-estar 0 – ótimo 1 – bom 2 – regular 3 – mau 4 - péssimo 20 x Complicações: artrite ou artralgia, uveíte ou irite, estomatite ou eritema nodoso ou pioderma gangrenoso, fissura anal, fistula ou abscesso perianal, outras fistulas, T>37,8°C. 30 x Consumo de antidiarreicos (0 – sim 1 – não) 10 x Massa abdominal 6 x Déficit do hematócrito (Peso antigo – peso atual/peso ideal) x 100 1. Doença leve a moderada: corticoide imunomodulador a. Refratário: imunobiológicos 2. Doença grave: Imunobiológicos com ou sem imunomodulador e corticoide. a. Refratário: cirurgia de acordo com o local acometido. Fatores importantes para a escolha da medicação: padrão de recorrência, gestantes, acessibilidade, grau de compreensão, manifestações extra intestinais e a segurança/toxicidade dos medicamentos. Opções terapêuticas: Aminossalicilatos: mesalazina e Sulfassalazina. São antibióticos tópicos usados via retal. – RCU Corticoides: prednisona e hidrocortisona. Induzem a remissão. Devem ser moderados devido aos efeitos colaterais. Imunomoduladores: azatioprina e Metotrexato. Promovem a modulação a resposta inflamatória, sendo usados na terapia de manutenção após a retirada do corticoide. Imunobiológicos: atuam na cascata inflamatória, modulando-a. São terapias de manutenção mais potentes, promovendo uma maior imunossupressão. Devem ser iniciadas apenas após um screening infeccioso. o Anti-TNF: infliximabe e adalimumabe o Anti-integrina: vedolizumabe o Anti-interleucinas: ustequimumabe o Inibidor da JAK: tofacitinibe Tratamento Classificação Exames de imagem Deve ser realizado em pacientes com suspeita de doença de Crohn para avaliação do intestino delgado, não abordado pela colonoscopia. EnteroTC com contraste EnteroRM com contraste – é a melhor opção Cápsula endoscópica USG intestinal Colite fulminante: 1. Internação 2. Analgesia – evitando opióides devido a lentificação dos movimentos peristálticos. 3. Hidratação e correção de distúrbio hidroeletrolíticos 4. Profilaxia para tromboembolismo venoso – heparina 5. Diagnostico diferencial: Retossigmoidoscopia com biopsias a. Afastar infecções por c. difficile e CMV. 6. Corticoide venoso – hidrocortisona 100 mg 6/6h ou 8/8h 7. Imunobiológicos – infliximabe ou ciclosporina 8. Avaliação da cirurgia
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