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Adaptações fisiológicas do recém-nascido
Antes do nascimento o feto é absolutamente dependente da mãe para suas funções vitais. Após o
nascimento, e com o clampeamento do cordão umbilical, o recém-nascido necessita assumir as fun-
ções fisiológicas, antes realizadas pela placenta, passando pelo período de transição que compreen-
de suas primeiras 24hrs de vida. Após o nascimento, ocorrem simultaneamente em todos os siste-
mas corporais do recém-nascidos, ajustes fisiológicos dos sistemas orgânicos e a viabilidade do con-
cepto dependerá de sua rápida e adequada adaptação à vida extra-uterina, onde as principais e
imediatas adapatções da transição são a respiratória, circulatória e a térmica.
• Adaptação Cardiovascular
Desde o início do desprendimento materno, com o clampeamento do cordão umbilical, as princi-
pais modificações são o desaparecimento da circulação placentária, o que aumenta a resistência da
circulação fetal. A veia cava superior e inferior com sangue venoso preenchem o átrio direito e o
ventrículo direito e em seguida vão para as artérias pulmonares (tronco pulmonar), levando o san-
gue até os pulmões. Os alvéolos pulmonares inicialmente estão cheios de fluidos que vão ser substi-
tuídos por ar e com isso esses fluidos vão ser empurrados para os capilares. Com o aumento de oxi-
gênio nos alvéolos, as arteríolas que antecedem o capilar se dilatam, diminuindo a resistência (an-
tes os pulmões tinham alta resistência) e com isso mais sangue venoso consegue entrar no coração
o que faz com que a pressão de todo o lado direito diminua.
Ao passar por todos os alvéolos o sangue vai obter oxigênio (sangue arterial), e os capilares (veias
pulmonares esquerdas e direitas) vão mandar o sangue para dentro do átrio esquerdo. Com as bai-
xas pressões do lado direito do coração, alto volume sanguíneo entrando no AE, faz com que o FO-
RAME OVAL seja “empurrado” e essa válvula se fecha devido a essa diferença de pressões (isso
acontece nos primeiros minutos que o bebe está fora da mãe).
Passando pelo AE e depois VE, o sangue rico em O2 vai para a artéria aorta. O DUCTO ARTERIOSO é
uma ligação entre a aorta e a artéria pulmonar. Nas primeiras horas de vida esse ducto sofre uma
constrição dos músculos neste canal arterial, principalmente devido ao aumento da circulação de
O2 na corrente sanguínea e pela remoção da placenta que produz prostaglandinas e ao ser retirada
esses níveis diminuem. Seguindo o caminho pela aorta o sangue vai fluir para todo o corpo e para
as artérias umbilicais, que vão sofrer constrição devido a alta taxa de O2 e baixa quantidade de
prostaglandinas.
O clampeamento do cordão umbilical para o fluxo sanguíneo (coagulação) através do DUCTO VENO-
SO fechando funcionalmente essa estrutura. Após o nascimento a veia e as artérias umbilicais não
mais transportam o sangue e se obliteram. O fechamento funcional das estruturas cardíacas fetais
acontece progressivamente e completa-se em torno de um a dois dias de vida, sendo que o fecha-
mento anatômico pode durara semanas.
• Adaptação Respiratória
Durante a gravidez, o feto tem seu sangue oxigenado e gás carbônico eliminado através da placenta
uma vez que seus pulmões estão inativos. Logo após a expulsão, o recém-nascido deve estabelecer
sua respiração através dos alvéolos, substituindo o líquido pulmonar por ar atmosférico de maneira
apropriada no primeiro minuto de vida. No decorrer da 24º e 30º semana de gestação, é produzido
surfactante pelas células alveolares, que diminui a tensão superficial, evitando o colabamento dos
alvéolos ao término da expiração, facilita as trocas gasosas e o esforço respiratório é reduzido.
O início da função respiratória é estabelecido por estímulos como a dor e luminosidade, sendo que
a primeira respiração deve ocorrer nos primeiros 20 segundos após o parto. Após os primeiros mi-
nutos de vida, com a expulsão de cerca de 1/3 do líquido pulmonar pela boca e nariz devido a com-
pressão do tórax ao passar pelo canal vaginal e os 2/3 restantes do líquido são reabsorvidos pela cir-
culação pulmonar e pelo sistema linfático. Após o nascimento com a compressão mecânica do tórax
e expulsão do líquido pulmonar ocorre uma descompressão do tórax, criando-se assim uma pressão
negativa que traz o ar para dentro dos pulmões, o fluxo sanguíneo aumenta consideravelmente cer-
ca de oito a dez vezes. A completa expansão pulmonar e distribuição do ar pelos alvéolos ocorre
quando o recém-nascido chora, porque o choro cria uma pressão intratorácica positiva, mantendo
os alvéolos abertos.
• Adaptação Térmica
O organismo materno é responsável pela manutenção da temperatura fetal, e ao ser expulso, o ne-
onato sofre um brusco impacto térmico, tendo que se ajustar ao novo ambiente através da termo-
gênese. Logo após o nascimento a criança deve ser colocada em um berço de calor radiante e ser
completamente enxuta, principalmente na cabeça onde a touca pode ser eficaz contra o resfria-
mento. É muito importante manter o recém-nascido aquecido porque este possui uma labilidade
térmica, onde o frio (ou até mesmo o calor em excesso), podem provocar alterações metabólicas,
como perda excessiva de calorias e acidose metabólica, que dificultam adaptação à vida extrauteri-
na.
Ganho de calor: As crianças nascidas a termo possuem depósitos de gordura marrom, que repre-
sentam cerca de 2 a 6% do peso do recém-nascido, e se localizam principalmente no pescoço, regi-
ão interescapular, mediastino, ao redor dos rins e das supra-renais. Esses depósitos são muito vas-
cularizados e enervados, quando sofrem estresse pelo frio, aumentam a produção de noradrenalina
que atua nesses depósitos estimulando a lipólise e gerando calor.
A perda de calor pode acontecer por 4 mecanismos:
• Evaporação é a perda de água através da pele e a principal forma de perda de calor e de-
pende da temperatura, umidade e velocidade do ar.
• Convecção é a perda de calor da pele do recém-nascido para o ar ao seu redor e depende
da temperatura e velocidade do ar. Para minimizar esses efeitos não deve haver corrente de
ar no ambiente onde se encontra o RN.
• Condução é a perda de calor para superfícies mais frias que estão em contato direto com o
corpo e pode ser minimizada quando se usam campos secos e aquecidos durante a recep-
ção. O contato pele a pele entre mãe e bebê, sob cobertor, é uma prática importante usada
para minimizar a perda de calor ao nascimento.
• Radiação é a perda de calor para objetos ou superfícies mais frias que não estão em contato
com o corpo do bebê.

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