Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>ADAPTAÇÕES A VIDA EXTRA UTERINA</p><p>“A Transição do feto à vida pós natal envolve substituição definitiva do ambiente protetor intra – uterino por um meio relativamente hostil, onde os substratos energéticos e nutricionais, até então fornecidos pela mãe, passam a ser de responsabilidade do feto, assim como as trocas gasosas”</p><p>Dutra, Adauto( 2006)</p><p>- Adaptações dos sistemas</p><p>SISTEMA DE RESPIRAÇÃO</p><p>Respiração Fetal</p><p>· Antes do nascimento apenas uma pequena fração do sangue fetal passa através do concepto;</p><p>· A placenta é o órgão responsável pela oxigenação;</p><p>· Não há troca gasosa – a perfusão pulmonar não é tão importante;</p><p>· Os vasos sanguíneos que perfundem e drenam os pulmões fetais estão marcadamente contraídos;</p><p>· Ao invés de o sangue dirigir aos pulmões fetais, a maior parte dele é, então desviada através do canal arterial para a aorta;</p><p>SHUNT</p><p>· Forame oval é a comunicação entre câmaras cardíacas o sangue circula pelo coração sem ser oxigenado via hematose (a oxigenação é placentária).</p><p>· Ducto arterioso ou canal arterial estabelece conexão entre artéria aorta e artéria pulmonar.</p><p>Ao nascer: primeiro há os movimentos respiratórios o líquido pulmonar fetal é reabsorvido os alvéolos expandem-se as arteríolas pulmonares dilatam-se aumenta o fluxo sanguíneo para os pulmões o canal arterial fecha-se.</p><p>Os pulmões :</p><p>· São os responsáveis pela oxigenação;</p><p>· As trocas gasosas mantém a homeostase;</p><p>· Manter PO2 = 50 mmhg;</p><p>· A liberação de bradicinina para o fechamento do canal;</p><p>· Inicia-se o processo de perfusão/difusão.</p><p>SISTEMA CIRCULATÓRIO: “A Placenta não mais existe, preciso irrigar o pulmão, cérebro e tecidos...Os vasos umbilicais não são mais necessários, o esfíncter no ducto venoso se contrai, e todo o sangue é obrigado a passar pelo fígado”</p><p>TERMORREGULAÇÃO</p><p>Aspectos gerais:</p><p>· A manutenção da temperatura corporal é regulada pela interação entre a temperatura ambiental e a perda de calor corporal.</p><p>· O neonato tem uma capacidade limitada para regular a temperatura (hipotálamo); e a regulação térmica é um dos fatores críticos na sobrevivência e estabilidade do RN.</p><p>· Imediatamente após o nascimento a temperatura central do RN a termo cai 0,3º C por minuto, daí a necessidade da manutenção da temperatura corporal para o sucesso da adaptação extra-uterina.</p><p>Gordura Marrom:</p><p>· A principal fonte de geração de calor no RN é a gordura marrom (maior sensibilidade à mobilização e "queima" gerando calor quando há necessidade).</p><p>· FRIO – NORA – LIPÓLISE no depósito de gordura;</p><p>· O RN usa a gordura marrom para a termogênese.</p><p>· A gordura marrom é mais abundante no RN (2 a 6% do peso corpóreo) que no adulto.</p><p>· A gordura marrom é mais abundante no pescoço, região interescapular, mediastino, ao redor dos rins e supra-renais.</p><p>Mecanismo de perda de calor do recém-nascido para o ambiente:</p><p>1. Evaporação: ao nascer o líquido amniótico evapora de sua pele;</p><p>2. Condução: por contato direto com superfície fria;</p><p>3. Radiação: por meio de radiação para superfícies frias distantes;</p><p>4. Convecção: por meio de corrente de ar frio ou encanado;</p><p>Características do RN em relação a produção de calor:</p><p>· A mais importante defesa do Rn contra o frio é a produção de calor pela gordura marrom, o prematuro tem menos gordura marrom que o de termo.</p><p>· O recém-nascido raramente apresenta atividade muscular involuntária (calafrio) e tem atividade muscular voluntária limitada;</p><p>· O RN possui grande superfície corporal em relação ao peso, possui instabilidade vasomotora; capacidade metabólica limitada, escassez de gordura subcutânea para promover isolamento térmico.</p><p>Ambiente Térmico Neutro:</p><p>· É aquele em que a produção de calor é igual a perda de calor, permitindo que o RN mantenha temperatura corporal estável e utilize quantidade mínima de calorias.</p><p>· Fatores assistenciais como: procedimentos, agitação, estresse, uso de fototerapia, podem alterar a temperatura ideal do RN.</p><p>· A axila é o local mais apropriado para aferir temperatura, pois se aproxima da temperatura interna (diferença de 0,5º a 1º C). Quando é utilizado sensor de pele, pode-se recorrer a região abdominal próxima ao fígado devido a maior concentração de sangue.</p><p>Sistema Endócrino</p><p>Adaptação endócrina:</p><p>· CORTISOL</p><p>Aumento da síntese do surfactante pulmonar;</p><p>Aumento da reabsorcão do líquido pulmonar;</p><p>Diminuição da sensibilidade do CA para prostaglandinas, facilitando seu fechamento;</p><p>Aumento da conversão de T4 para T3(surfactante);</p><p>Indução de maturação das enzimas p/ transporte no intestino delgado;</p><p>Estimulação da maturação das enzimas hepáticas.</p><p>Assistência ao RN normal na sala de parto</p><p>· O RN precisa adaptar-se bem às alterações extra-útero;</p><p>A equipe multidisciplinar tem papel importante nesta transição, mantendo e monitorando a oxigenação, hidratação, nutrição, eliminação, higiene, termorregulação, além de atuar na prevenção e detecção precoce de complicações, oferecendo ao recém-nascido um ambiente seguro.</p><p>Cuidados imediatos</p><p>O primeiro passo da assistência ao recém-nascido em sala de parto consiste no preparo do ambiente para receber o RN, seja ele normal ou patológico.</p><p>MATERIAL MÍNIMO NA SALA DE PARTO:</p><p>· 	Berço c/ fonte de calor radiante; campos cirúrgicos aquecidos; estetoscópio; aspirador; fonte de O2; laringoscópio; cânulas endotraqueais; fio-guia; aspirador de mecônio; Ambu@; adesivo p/ fixar cânula; guedel; Clamp; tesoura estéril; material p/ cateterização da veia umbilical; equipo de micro-gotas; dispositivos venosos.</p><p>MEDICAMENTOS:</p><p>Adrenalina; BIC; Expansor (SF 0,9%); etc</p><p>Recepção</p><p>· Campo Estéril aquecido;</p><p>· Posição de Trendeleburg;</p><p>· Fonte de calor radiante ou corpo materno;</p><p>· Enxugar a face e trocar os campos úmidos, se RN vigoroso;</p><p>Procedimentos</p><p>· CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL: secciona-se o cordão a mais ou menos 3 cm e a ligadura deve ser a 2 cm da parede abdominal.</p><p>· IDENTIFICAÇÃO DO RN: pulseira e impressão plantar.</p><p>· EXAME FÍSICO: realizado pela equipe médica e de enfermagem;</p><p>· MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS: peso, estatura, perímetros cefálico, torácico e abdominal;</p><p>· PROMOÇÃO DO INÍCIO DA LACTAÇÃO (1º contato);</p><p>Escala de APGAR</p><p>· Desenvolvida para avaliar a vitalidade, a higidez e também as condições futuras do RN.</p><p>· Indica a necessidade de reanimação e o tipo de procedimento a ser empregado;</p><p>· A contagem é feita no 1º e 5º minuto após o nascimento;</p><p>· Constituída de cinco sub-testes;</p><p>· É dada uma pontuação de 0; 1 e 2;</p><p>· Pontuação máxima de 10 pontos;</p><p>· 90%dos partos normais: atinge uma pontuação de 7 ou mais;</p><p>· Pontuação de 4 ou menos: atenção médica imediata.</p><p>Desobstrução de vias</p><p>· Posição Tredelemburg com decúbito lateral</p><p>· Limpeza da face</p><p>· Aspiração das VAS na ordem boca-narinas, se necessário. Aspiração gástrica: após estabilização dos movimentos. A aspiração de VAS não é considerada rotina.</p><p>Conduta no RN VIGOROSO</p><p>· Coto Umbilical; assepsia com álcool 70% ou Clorexedina alcoólica 0,5%</p><p>· Profilaxia da oftalmia e vulvovaginite gnocócica;</p><p>· Permeabilidade nasal e do trato gastrintestinal;</p><p>· Profilaxia da doença hemorrágica do RN;</p><p>· Identificação;</p><p>· Exames de rotina: tipagem e VDRL.</p><p>- Procedimentos:</p><p>· PROFILAXIA DA INFECÇÃO GONOCÓCICA: solução de nitrato de prata a 1%. Removido excesso para prevenir a conjuntivite química;</p><p>· PROFILAXIA DA DOENÇA HEMORRÁGICA DO</p><p>· RECÉM-NASCIDO: vitamina K 2 mg por via oral (Rn a termo) ou 1 mg (0,1 ml) por IM ou EV (Rn pré-termo ou patológico); Pode ser no A. C.;</p><p>· COLETA DE EXAMES: tipagem sangüínea, fator Rh, Coombs direto, VDRL, entre outros;</p><p>· PREENCHIMENTO DAS FICHAS;</p><p>· TRANSPORTE A UNIDADE DE ALOJAMENTO CONJUNTO</p><p>- Banho</p><p>· A técnica do banho do RN varia de acordo a cada instituição hospitalar;</p><p>· O Banho deve ser realizado num tempo mínimo para não expor o neonato ao frio que pode levar a hipotermia;</p><p>· Maior perda de calor pela cabeça;</p><p>· O recém-nascido deve ser enxugado gradativamente;</p><p>· A água deve ser potável em temperatura agradável;</p><p>· Uso de sabão glicerinado;</p><p>· Uso de solução de clorohexidina a 2% em alguns casos;</p><p>· Usar compressa estéril como toalha;</p><p>· Ao final do banho o RN deve ser aquecido</p><p>e vestido.</p><p>- Curativo do coto umbilical</p><p>· Examinar o coto quanto a fase de cicatrização, presença de sangue, secreção, odor fétido e área periumbilical.</p><p>· Nunca tentar remover o coto;</p><p>· Aplicar álcool absoluto com cotonete e gaze, retirando o excesso;</p><p>· Manter o coto descoberto para evitar proliferação de microorganismos;</p><p>- Termorregulação</p><p>· A criança deve ser mantida com temperatura em torno de 36,5º C</p><p>· Monitorização da temperatura</p><p>· Formas utilizadas para diminuir a perda de calor: contato pele a pele com genitora, colchões térmicos, cobertura com plásticos, uso de gorros, luvas e meias.</p><p>image6.PNG</p><p>image1.PNG</p><p>image2.PNG</p><p>image3.PNG</p><p>image4.PNG</p><p>image5.PNG</p>

Mais conteúdos dessa disciplina