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Estrabismo e ambliopia - Oftalmologia


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Milena Marques 145 
 
Oftalmo – Estrabismo e Ambliopia 
Introdução: 
Revisão dos músculos extraoculares: 
 
• Reto medial → III nervo → adução 
• Reto lateral → VI nervo → abdução 
• Reto superior → III nervo → elevação / adução/ 
intorção 
• Reto inferior → III nervo → deprime/ adução/ 
extorção 
• Obliquo superior → IV nervo → intorção / 
depressão / abdução 
• Obliquo inferior → III nervo → extorção / elevação 
/ abdução. 
 
 
Estrabismo: 
Definição: perda do alinhamento ocular 
Outras definições: 
 Ortotropia – presença do alinhamento ocular 
 Florias – estrabismo latente (visto sob 
movimentação ocular/fechamento de um olho) 
 Tropias – estrabismo manifesto (visto ao olhar 
simples) 
Movimentos oculares: 
• Duções – movimentos monoculares do olhar 
(apenas um olho) 
 
• Versões - movimentos conjugados do olhar. 
 
• Vergências – movimentos disjuntivos do olhar 
(desconjugados) 
 Convergência – movimento de ambos os olhos para 
dentro 
 Divergência – movimento de ambos os olhos para 
fora. 
 
O gráfico B é o que é aceito atualmente. 
Milena Marques 145 
 
Leis inervacionais: 
• Lei de Sherrington – a inervação que recebe o 
músculo ativado é igual a que recebe o músculo 
inibido (agonista e antagonista) 
• Lei de Hering – ambos os olhos recebem a mesma 
inervação (juntas) 
Quando o equilíbrio realizado por essas duas leis se 
perde temos a presença do estrabismo. 
Classificação dos estrabismos: 
1 – Segundo direção do desvio: 
• Endotropia/ endoforia ➔ para dentro 
• Exotropia / exoforia ➔ para fora 
• Hipertropia / hiperforia ➔ vertical 
2 – Variação do ângulo do desvio 
• Comitantes ➔ não varia o ângulo nas posições do 
olhar 
• Incomitante ➔ varia conforme o movimento, ou 
seja, ao analisar o movimento o estrabismo 
aparece. 
3 – Etiologia 
• Essenciais 
o Acomete crianças, pois não se conhece uma 
causa definitiva 
o Maioria 
• Paralíticos 
o Músculos comprometidos 
o Músculos III, IV, VI nervo 
o Paralisia do III nervo (oculomotor) ➔ 
presença de ptose, presença de exotropia e 
comprometimento da pupila (midríase) 
• Miogênicos 
o Distrofia mio-tônica, miastenia gravis 
• Restritivos 
o Relacionado com trauma, fratura de 
órbita... 
Via óptica: 
Aspectos sensoriais 
• Fusão = capacidade do córtex 
visual juntar duas imagens em 
uma. 
o Para se ter a fusão é 
necessário que a 
imagem esteja focada 
na fóvea. 
• Confusão = imagens que não 
estão posicionadas sobre a 
fóvea, fazendo com que o individuo veja uma 
sobreposição de imagens (fenômeno transitório) 
• Diplopia = quando com o decorrer do tempo uma 
outra área da retina (que não a fóvea) passa a fazer 
o papel de fóvea com a concentração da imagem, 
fazendo com que o individuo veja duas imagens 
(fenômeno permanente) 
• Supressão = a criança tem um cérebro mais 
adaptável, assim ao ter a presença de diplopia ela 
desenvolve a supressão, que é um fenômeno 
cortical, que apaga a imagem do olho desviado. 
o Fenômeno dinâmico, permanente, 
alternante, intermitente em condições 
habituais de visão, fenômeno cortical. 
o Um adulto não tem supressão, ele 
apresenta diplopia. 
 
• Ambliopia = surge a partir do fenômeno de 
supressão. Falta de consolidação da AV consecutiva 
a carência de estímulo ou a presença de estímulos 
inadequados atuando em um período crítico de 
desenvolvimento 
o É a diminuição uni ou bilateral da AV sem 
lesão orgânica ou com uma lesão orgânica 
desproporcional a baixa AV. 
o É uma doença que só acontece na infância. 
(primeiros anos de vida) 
o Período crítico de desenvolvimento = até 
os 5 anos de vida. → período de 
plasticidade cortical 
Propedêutica do estrabismo: 
1 – Anamnese – antecedentes pessoais, parto, 
familiares 
2 – Inspeção – observar quando a criança entra. 
3 – Acuidade visual – teste de Teller 
4 – Reflexos: 
Milena Marques 145 
 
• Reflexo de Hirschberg e Método de Hirschberg 
o Centralização de um foco luminoso na 
pupila. 
o Lanterna a 33 cm 
o Observar reflexo na córnea. 
▪ Convergente → foco para fora da 
pupila 
▪ Divergente → foco para o lado de 
medial da pupila. 
 
 
• Cover teste (ela comentou que era bem 
importante) 
o Ocluir um dos olhos da criança e observar o 
tipo e a magnitude do movimento ocular 
que isto provoca 
o Faz o diagnóstico de estrabismo 
o Pode se medir o ângulo do desvio 
neutralizando o movimento ocular com 
prismas 
 
o Ocluir um dos olhos: observar tipo e 
magnitude do movimento ocular provocado 
o Condições para o teste: 
▪ Colaboração 
▪ Fixação central 
▪ AV mínima 
• Krimsky 
o Mede o ângulo do desvio centralizando o 
reflexo corneano com prismas. 
5 – Exame da motilidade ocular 
• Exame das duções 
• Exame das versões 
• Convergência/ divergência 
6 – Refração → fundamental 
7 – Biomicroscopia 
8 – Fundo de olho/ fixação → fundamental 
Tratamento do estrabismo: 
• Objetivos básicos: 
o Conseguir a melhor AV em cada olho 
o Alinhamento dos eixos oculares 
o Visão binocular 
1 – Acuidade visual 
• Refração 
• Ambliopia -> oclusão 
2 – Alinhamento ocular 
• Óculos 
• Cirurgia 
• Drogas 
3 – Visão binocular 
• Fusão/ estereopsia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Milena Marques 145 
 
Ambliopia 
• Causada pela privação de estímulo 
• Vulnerabilidade 
o 1-2 meses → 18 meses 
o 18 meses → 8 anos 
• Incidência: 2-5% na população geral 
• Diagnóstico: A diferença de 0,3 ou 30% de 
acuidade visual entre os dois olhos ou acuidade 
visual igual ou menos que 0,5 uni ou bilateral, 
descartada as causas orgânicas e refrativas, é que 
caracteriza a ambliopia. 
• Classificação – etiologia 
o Estrábica 
 Forma mais comum de ambliopia 
 80% estão relacionados com esotropias e 20% com 
exotropias 
 Geralmente unilateral. 
o Refrativa 
 Ametropia bilateral 
 Anisometropia (hipermetropia, miopia) 
o De privação ou ex anópsica 
 Diversas causas (ex – retinoblastoma, catarata 
congênita) 
 Necessidade de tratamento precoce 
Tratamento da ambliopia 
• Oclusão 
o Oclusão do “olho bom” para que o olho 
doente passe a ter estimulo adequado que 
permita corrigir ou melhorar a AV 
o Tratar a causa orgânica 
o Correção opticas

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