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DOENÇA CELÍACA INTOLERÂNCIA À LACTOSE Intolerância permanente ao glúten, fração proteica encontrada no trigo, cevada e centeio. → Mecanismos autoimunes. • Atinge todas as idades, mas compromete principalmente crianças de 6 meses a 5 anos; Agregação familiar: 2 a 20% parentes de 1º grau afetados. Má absorção ou má digestão da lactose – resultante da hipolactasia → diminuição da atividade da enzima lactase na mucosa do intestino delgado. •No mundo, mais de 50% dos adultos são intolerantes à lactose. ❖ Classificação: • Primária: tendência natural do organismo em diminuir a produção de lactase com o avançar da idade; • Secundária: diminuição enzimática secundária a doenças intestinais (comum em crianças); • Congênita: deficiência congênita da enzima. FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA Glúten ingerido – resposta inflamatória na mucosa do intestino → a Transglutaminase tecidual (presente na mucosa intestinal) retira radicais amina das moléculas de glutamina do glúten → transformando-se em ácido glutâmico (possui afinidade pelas moléculas HLA DQ2 e HLA DQ8) → formação do complexo HLA-ácido glutâmico → complexo reconhecido como “antígeno” pelas células apresentadoras (MHC II) → estímulo de linfócitos T (resposta imune adaptativa) → destruição da mucosa intestinal. Lactose não hidrolisada em galactose e glicose → permanência no intestino; • Efeito osmótico → Aumenta carga do fluído → Aumenta o peristaltismo → Diarreia → Síndrome da má absorção. •Bactérias fermenta a lactose → Ácido lático e outros gases voláteis → Irritabilidade intestinal; Aumento da pressão osmótica → dificulta absorção de água e eletrólitos → Inchaço abdominal e flatulência → Síndrome da má absorção. QUADRO CLÍNICO QUADRO CLÍNICO • Forma clássica: diarreia crônica + distensão abdominal e perda de peso; Dermatite herpertiforme (rara, porém patognomônica de DC); • Forma atípica: oligossintomático; manifestações digestivas podem estar ausentes; • Forma assintomática (silenciosa): alterações sorológicas e histológicas da mucosa do intestino delgado, compatíveis com DC, associada à ausência de manifestações clínicas; • Diarreia; • Náusea e às vezes vomito; • Dor abdominal; • Fezes volumosas e aquosas; • Inchaço; • Flatulência; • Estatorreia. DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO • Sorologia: Antitransaminase IgA (teste de escolha); Antiendomísio IgA; Anti-DPG IgA e IgG; • EDA sempre deve ser feita na suspeita de DC em pacientes com sorologia + ; biópsia da mucosa duodenal em suas porções proximal (bulbo) e distal (após papila de Vater). • Classificação de MARSH: Tipo 0: normal; Tipo 1: lesão infiltrativa; Tipo 2: Lesão hiperplásica; Tipo 3a: Atrofia vilositaria leve; Tipo 3b: atrofia vilositaria moderada; Tipo 3c: Atrofia vilositaria grave; Tipo 4: Atrofia total. ❖ Diagnóstico diferencial: intestino irritável, intolerância à lactose, doença intestinal inflamatória, giardíase, hiperproliferação bacteriana. • Teste de lactose: paciente ingere de 25 a 50 g de lactose e os sintomas são avaliados por duas a três horas; • Curva glicêmica: coletada a glicemia em jejum e depois é feito uma curva; se houver absorção da lactose, a glicemia se eleva de 1,4 mol/L ou mais; • Teste respiratório do hidrogênio expirado: paciente sopra o basal – ingere lactose – sopra novamente → considerado positivo quando o ocorre aumento de hidrogênio expirado em 20ppm do valor basal. Diagnóstico diferencial: Alergia ao leite; Doenças inflamatórias intestinais (Retocolite Ulcerativa Idiopática e Doença de Crohn); Doença celíaca. TRATAMENTO TRATAMENTO • Suspensão do glúten na dieta. Na fase inicial limitar a ingestão de laticínios. Medicamentos para correção de carências (ác. Fólico; vit. K; Vit. B12). Exclusão total e definitiva da lactose da dieta; Suplementação enzimática de lactase como alternativa para consumir laticínios esporadicamente. RELAÇÃO DA DC COM A INTOLERÂNCIA À LACTOSE INTOLERÂNCIA À LACTOSE X ALERGIA À PROTEINA DO LEITE A lactase é uma enzima produzida pelas vilosidades do intestino delgado. Na DC pode ocorrer a atrofia das vilosidades intestinais o que resulta na diminuição das enzimas presentes na região. Ao afetar a produção da enzima lactase pode-se iniciar um processo de intolerância à lactose. A intolerância é um processo secundário à deficiência da enzima da enzima lactase, responsável pela digestão da lactose; A alergia ao leite envolve mecanismos imunológicos contra as proteínas do leite (caseína, alfa-lactoalbumina, beta-lactoglobulina); Causa proctite e a proctocolite POLÍTICAS PÚBLICAS: A lei 10.674/03, prevê a obrigatoriedade das inscrições “contém glúten” ou “não contém glúten” em alimentos industrializados e comercializados no Brasil; Deve-se capacitar a equipe de atenção básica, fortalecer a PNAB e protocolos para que os diagnósticos sejam mais precisos; IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA: Um estudo com celíacos investigou qual são suas maiores preocupações: comer em restaurantes; ter que ler rótulos de alimentos; exclusão social; falta de alternativas alimentares. Os pacientes intolerantes à lactose enfrentam preocupações parecidas, porém, pacientes que desenvolveram intolerância quando adultos, tem dificuldade para se adaptar ao novo padrão alimentar. Ambos necessitam de acompanhamento
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