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Devolutiva 7

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RELACIONAR AS ESTRUTURAS DO SISTEMA LÍMBICO E 
AUTONÔMICO COM O MEDO E A ANSIEDADE 
→ Existem estímulos que produzem medo, dentre estes, independentemente do contexto (medo incondicionado). 
Sons muito fortes e súbitos, altura, escuridão e até mesmo estímulos visuais grandes, não identificados, que surgem 
de repente na parte superior do campo visual, têm esse efeito incondicionado 
→ Outros estímulos causadores de medo, são condicionados. Em algum momento foram associados a situações 
ameaçadoras e tomaram-se “avisos” de que elas podem estar prestes a acontecer novamente. Exemplos? O rosto 
de uma pessoa que alguma vez nos causou uma experiência ameaçadora, o ruído de uma freada associado a uma 
colisão iminente, cheiro de um cachorro que alguma vez nos tenha mordido. Os seres humanos têm também medos 
“implícitos”, aqueles cuja causa não podem descrever com precisão, porque não foram capazes de percebê-la 
conscientemente quando expostos a ela em associação a alguma situação ameaçadora ou apenas desagradável 
→ O medo que sentimos pode ser rápido e passageiro ou mais lento e duradouro. Nos dois casos, tudo depende da 
natureza do estímulo que o provoca. As vezes estamos distraídos, e um ruído súbito provoca-nos um susto, que 
desaparece quando percebemos que o estímulo é inócuo e já cessou. Outras vezes o estímulo é realmente 
ameaçador, e permanece nas redondezas, prolongando o medo. Mas há situações em que o estímulo é virtual: não 
está necessariamente presente, embora possa acontecer a qualquer momento. Nesse caso, o medo prolonga-se 
mais ainda. Quando isso ocorre continuamente durante muito tempo o sentimento se transforma em um estado de 
tensão ou estresse, uma emoção chamada ansiedade. Alguns indivíduos apresentam um estado patológico de 
ansiedade que lhes causa uma sensação de desastre e morte iminente, sem que haja qualquer causa externa 
identificável: é a síndrome do pânico. Podemos concluir que o sentimento normal de medo é uma emoção de 
intensidade e duração variáveis entre o sobressalto e a ansiedade 
→ A existência de estímulos causadores de medo, ainda que virtuais, indica que as regiões neurais envolvidas 
devem conectar-se com os sistemas sensoriais. Em outras palavras: as reações de medo têm um lado aferente 
→ Mas as reações de medo envolvem também atos comportamentais e manifestações fisiológicas como a maioria 
das emoções, indicando a existência de vias eferentes motoras e viscerais. A pessoa com medo geralmente se sente 
ameaçada: para afastar a ameaça realiza um repertório estereotipado de comportamentos e ajustes fisiológicos que 
visam a prepará-la para um esforço físico intenso que poderá resultar em luta ou fuga. São as reações imediatas. O 
indivíduo torna-se extremamente alerta e assume uma postura defensiva, em geral com a musculatura do tronco 
tensa, pronta para movimentos bruscos, e os braços semifletidos na frente do corpo. 
→ Tamanho esforço físico exige ajustes fisiológicos imediatos e preventivos. A frequência cardíaca se acelera e 
ocorre vasoconstrição cutânea, aumentando e direcionando o fluxo sanguíneo para os músculos e o sistema 
nervoso. A respiração também se acelera e as vias aéreas dilatam-se, resultando em aumento da oxigenação do 
sangue e dos tecidos. Cessa o peristaltísmo digestivo, não necessário nesse momento, e pode ocorrer sudorese, 
possibilitando o aumento das trocas de calor com o ambiente externo. Ocorre também aumento dos linfócitos 
circulantes, por estimulação do sistema linfático, bem como aumento da produção e do acúmulo de glicose por 
ativação hormonal. Todo esse conjunto é acionado pela divisão simpática do sistema nervoso autônomo 
→ As ações comportamentais veiculadas pelo sistema motor somático e os ajustes fisiológicos veiculados pelo 
sistema nervoso autônomo, então, representam o lado eferente dos circuitos neurais envolvidos com as reações 
emocionais. Conclui-se que o “coração” desses circuitos deve envolver regiões e vias que possam receber os 
estímulos externos e internos que provocam o medo, e outras que possam programar as ações das vias eferentes. 
 
 
 
Neurobiologia do Medo 
→ Uma estrutura funciona como botão de disparo das reações emocionais: a amígdala. Essa estrutura do lobo 
temporal é chamada de complexo amigdaloide porque reúne vários núcleos componentes que podem ser 
associados em 3 grupos distintos: o grupo basolateral; grupo central; e grupo corticomedial, assim 
denominado porque apresenta uma estrutura laminada semelhante ao córtex cerebral. As conexões do complexo 
amigdaloide o colocam em posição ideal para essa função proposta de botão de disparo das reações de medo. 
Assim, verificou-se que o grupo basolateral recebe extensas projeções dos sistemas sensoriais: áreas associativas 
visuais e auditivas dos lobos occipital e temporal, e áreas associativas multissensoriais do lobo parietal. Também 
recebe projeções do tálamo auditivo e visual e talvez também do tecto mesencefálico. Desse modo, por suas 
conexões aferentes, a amígdala basolateral está capacitada a receber os estímulos causadores do medo 
→ Além disso, internamente os núcleos do grupo basolateral emitem projeções ao grupo central, que é o elo de 
saída do complexo. Os axônios que emergem do grupo central estabelecem conexões com o hipotálamo e os 
núcleos bulbares reconhecidamente envolvidos com as manifestações fisiológicas do medo, e com uma região do 
mesencéfalo chamada grísea periaquedutal ou substância cinzenta periaquedutal, principal organizadora das 
reações comportamentais correspondentes. 
→ Já são numerosas as evidências experimentais e clínicas obtidas pelos neurocientistas, que confirmam a hipótese 
de que a amígdala seria o botão disparador acionado pelos estímulos causadores de medo. Em animais, registrou-se 
a atividade elétrica e a atividade metabólica dos neurônios da amígdala basolateral, e constatou-se que ambas 
aumentam quando se aplicam estímulos ameaçadores. Os estímulos mais simples (sons intensos e súbitos, sombras 
grandes e indistintas movendo-se no campo visual superior) chegam à amígdala diretamente através das vias 
sensoriais, com a participação do tálamo e possivelmente também do tecto mesencefálíco 
→ Estímulos mais complexos (geralmente condicionados) devem ser primeiro analisados pelo córtex cerebral para 
depois serem veiculados à amígdala — os auditivos, pelo córtex do giro temporal superior e adjacências, e os 
visuais, pelo córtex inferotemporal e pelas regiões associativas do lobo temporal medial. Estímulos ainda mais 
complexos, como certas situações sociais que nos provocam medo ou ansiedade, são veiculados à amígdala através 
dos cortices pré-frontal e cingulado. Essas diferentes vias aferentes que conduzem as informações causadoras de 
medo à amígdala estabelecem uma gradação evolutiva, dos estímulos mais simples de medo incondicionado que 
constituem o repertório estereotipado de um grande número de vertebrados, até os mais complexos que produzem 
medo condicionado, com reações variáveis e adaptatívas muito comuns nos seres humanos. 
→ Os estímulos causadores de medo chegariam ao “botão de disparo” (amígdala basolateral) através do tecto 
mesencefálico e do tálamo sensorial, do córtex associativo uni ou multissensorial, ou de regiões pré-frontais e 
cinguladas. Uma via mais rápida viria diretamente do tálamo e tecto, para estímulos grandes e súbitos que 
demandam reação comportamental imediata. Uma via mais lenta seria veiculada pelo córtex, para estímulos mais 
sutis que requerem discriminação perceptual mais fina e reações comportamentais mais elaboradas. Filtrados na 
amígdala basolateral, os estímulos eficazes ativariam a amígdala central, encarregada cie distribuir comandos para o 
hipotálamo, a grísea periaquedutal e o tronco encefálico, respectivamente, responsáveis por: ativar os circuitos de 
comando do sistema nervosoautônomo, endócrino e também imunitário; ativar os núcleos e as vias descendentes 
do sistema motor no tronco encefálico; e ativar os sistemas ascendentes difusos do tronco encefálico. Resultariam 
desse processo os ajustes fisiológicos característicos do medo e as reações comportamentais correspondentes, além 
de uma reação de alarme geral resultante da ativação difusa do córtex cerebral. O sentimento de medo, seria o 
resultado da troca de informações entre o complexo amigdaloide e regiões corticais através do córtex cingulado, por 
meio de numerosas conexões recíprocas 
→ A participação do complexo amigdaloide nas reações de medo envolve, além do disparo das manifestações 
fisiológicas e reações comportamentais correspondentes, um componente importante de memória. O medo 
condicionado é uma forma de memória implícita que depende inteiramente da amígdala, dotada dos circuitos 
adequados, e, de sinapses capazes de plasticidade. Mas é interessante notar, também, que a amígdala modula a 
memória explícita segundo a influência de estímulos emocionais relevantes. Lembramos melhor de fatos que 
tenhamos vivido, quando eles tiveram um peso emocional. A modulação emocional da memória explícita é 
possibilitada pelas conexões que existem entre o complexo amigdaloide e o córtex que fica em tomo do hipocampo. 
→ As conexões que a amígdala recebe do córtex pré-frontal veiculam a participação funcional deste no 
processamento neural das emoções expressas na face e nos gestos corporais de pessoas com quem interagimos 
diariamente. Interpretar as emoções dos outros é parte essencial da vida social, empregada no planejamento de 
nosso comportamento e de nossas ações. A tomada de decisões que temos que realizar a todo momento depende 
desse tipo de avaliação emocional. 
→ Utilizando a razão (o córtex pré-frontal) podemos interferir sobre nossas próprias emoções, controlando-as em 
certa medida, e modulando o comportamento em função das necessidades. Se você receber uma notícia (boa ou 
má) em um ambiente formal, tenderá a reagir mais contidamente do que se a receber em casa. Ocorre maior 
ativação do córtex pré-frontal nas situações em que o indivíduo tenta minimizar o impacto emocional de algo 
negativo, resultando em uma diminuição da ativação da amígdala! Com base nesses dados, acredita-se que o córtex 
pré-frontal seja um modulador (geralmente inibidor) da amígdala, controlando a sua influência sobre as estruturas 
que disparam as manifestações fisiológicas e os comportamentos emocionais. 
→ Pacientes com lesões no córtex pré-frontal ventromedial, e no córtex orbitofrontal, apresentam um certo 
“aplanamento emocional” (incapacidade de sentir as emoções e de utilizá-las para orientar suas decisões). Com 
base nisso, é possível supor que essas regiões do córtex determinam a nossa personalidade afetiva, ou seja, o modo 
como em geral lidamos com as emoções - alguns mais calmamente, outros mais impulsivamente. E interessante 
também o fato de que a atuação do córtex pré-frontal é lateralizada: o hemisfério direito processa de forma mais 
eficiente as emoções negativas, e o hemisfério esquerdo, as emoções positivas. É o que se pode concluir da 
ressonância magnética funcional de indivíduos que assistem a clipes que induzem medo, nojo e outras emoções 
negativas, ou então clipes que induzem emoções positivas: no primeiro caso, o córtex pré-frontal direito aparece 
mais ativo, e no segundo caso, o oposto. 
 
 
DESCREVER A SÍNTESE, AÇÃO E TÉRMINO DOS 
NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS NO MEDO E ANSIEDADE 
→ O medo é provocado por estímulos repentinos que surgem diante do indivíduo, mantêm-se durante um certo 
tempo e depois desaparecem. Em algumas circunstâncias, entretanto, o medo toma-se crônico, seja porque o 
estímulo incondicionado se mantém, porque surgem estímulos condicionados que prolongam os efeitos iniciais, ou 
porque o indivíduo desenvolve uma expectativa de perigo ou ameaça futura. O medo crônico pode resultar em 
estresse e ansiedade 
→ Geralmente se usa o termo estresse quando se pode identificar uma causa geradora de medo crônico. O termo 
ansiedade é geralmente reservado a um estado de tensão ou apreensão cujas causas não são necessariamente 
produtoras de medo, mas sim da expectativa de alguma coisa (nem sempre ruim) que acontecerá no futuro 
próximo. É o que sentimos quando esperamos uma pessoa querida que chegará brevemente de viagem após uma 
ausência prolongada, ou quando nosso time se prepara para jogar a partida decisiva do campeonato. Como essas 
diferenças são sutis, os termos ansiedade e estresse são muitas vezes empregados como sinônimos 
→ As manifestações de ansiedade e estresse são consideradas reações normais até o ponto em que começam a 
provocar sofrimento no indivíduo. Daí em diante ocorrem ansiedade patológica generalizada e outros distúrbios 
emocionais, como a síndrome de pânico e as fobias. Na ansiedade generalizada, o indivíduo vive muitos meses sob 
tensão constante sem causa aparente, o que lhe provoca distúrbios orgânicos de vários tipos. Na síndrome de 
pânico ocorrem crises episódicas de ansiedade extrema, que duram cerca de 1 hora, provocando intenso medo de 
alguma coisa que o indivíduo não consegue definir, e uma sensação de desastre e morte iminentes. As fobias, 
diferentemente, têm uma causa determinada, embora para a maioria das pessoas elas sejam inócuas: medo 
extremo de certos objetos, animais ou situações comuns, raios e relâmpagos, doenças corriqueiras e até mesmo 
aglomerações em lugares públicos e ambientes fechados. Em todos esses casos, o sentimento é acompanhado das 
manifestações comportamentais e fisiológicas características do medo, em grande intensidade 
→ Na ansiedade e no estresse, os ajustes fisiológicos extrapolam o âmbito do sistema nervoso autônomo e atingem 
o sistema endócrino e imunitário. Por isso tomam-se mais duradouros. A ativação da divisão simpática, que causa 
taquicardia, taquipneía, sudorese e outras manifestações, causa também a estimulação da medula da glândula 
adrenal, cujas células secretam adrenalina e noradrenalina. Ambos são hormônios simpático miméticos (mimetizam 
as ações da divisão simpática do SNA). A liberação desses hormônios na corrente sanguínea irá acentuar e prolongar 
as manifestações fisiológicas citadas. 
→ Além disso, sob ativação contínua da amígdala e por retroação da concentração sanguínea aumentada de 
adrenalina e noradrenalina, o hipotálamo passa a secretar hormônios liberadores do hormônio adrenocorticotrófico 
(ACTH), acionando urna cadeia endócrina característica. Assim, o ACTH ativará o córtex adrenal, provocando a 
secreção sistêmica de hormônios giicocorticoides, que têm efeitos sobre o metabolismo da maioria das células do 
organismo. Estas realizam a transformação de diferentes moléculas orgânicas em açúcares, especialmente a glicose 
e o glicogênio, armazenados no fígado para prover o organismo de uma fonte rapidamente mobilizável de energia. 
Ocorre entretanto que os glicocorticoides têm também ação anti-imunitária e anti-inflamatória, podendo provocar 
queda da resistência às infecções. Esse efeito pode explicar a ocorrência de úlceras gastroduodenais nos pacientes 
estressados crônicos, já que essas úlceras são causadas ou agravadas por bactérias, que deixam de ser então 
eficazmente combatidas pelo sistema imunitário. A cronificaçâo dos efeitos fisiológicos, causada pela ansiedade, 
pode também aumentar a suscetibilidade do indivíduo a doenças respiratórias e cardiovasculares, sendo 
especialmente determinante da ocorrência de infarto do miocárdio. 
→ Os modelos experimentais da ansiedade são validados pela suscetibilidade do animal experimental ao emprego 
de drogas ansiolíticas, como os benzodiazepínicos e outras, e, quando associados a lesões e estimulação elétrica 
seletivas, podem revelar o s fundamentos neurobiológicos desse processo emocional. Desse modo se determinou o 
envolvimento das vias serotoninérgicase noradrenérgicas originadas no tronco encefálico, atribuindo-lhes a função 
de paralisar o comportamento do animal nas situações de medo (congelamento). O sistema anatômico que conecta 
os núcleos da rafe mediana (serotoninérgicos) e o locus ceruleus (noradrenérgico) com a área septal e o hipocampo 
passou a ser chamado sistema de inibição comportamental. Postulou-se assim que a ansiedade poderia ser causada 
pela hiperativacão dessas vias, e a consequente hiperatividade das sinapses serotoninérgicas e noradrenérgicas. Os 
benzodiazepínicos e outros agentes ansiolíticos atuariam justamente inibindo a taxa de renovação desses 
neurotransmissores, além de outras ações coadjuvantes 
 
 
 
 
CLASSIFICAR E APRESENTAR OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 
Transtorno de Ansiedade de Separação 
→ Medo ou ansiedade impróprios e excessivos em relação ao estágio de desenvolvimento, envolvendo a separação 
daqueles com quem o indivíduo tem apego, evidenciados por três (ou mais) dos seguintes aspectos: 
1. Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras 
importantes de apego. 
2. Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou de perigos envolvendo figuras importantes de 
apego, tais como doença, ferimentos, desastres ou morte. 
3. Preocupação persistente e excessiva de que um evento indesejado leve à separação de uma figura importante de 
apego (p. ex., perder-se, ser sequestrado, sofrer um acidente, ficar doente). 
4. Relutância persistente ou recusa a sair, afastar-se de casa, ir para a escola, o trabalho ou a qualquer outro lugar, 
em virtude do medo da separação. 
5. Temor persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho ou sem as figuras importantes de apego em casa ou 
em outros contextos. 
6. Relutância ou recusa persistente em dormir longe de casa ou dormir sem estar próximo a uma figura importante 
de apego. 
7. Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação. 
8. Repetidas queixas de sintomas somáticos (p. ex., cefaleias, dores abdominais, náusea ou vômitos) quando a 
separação de figuras importantes de apego ocorre ou é prevista. 
 
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) 
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível 
avaliação por outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas 
que não são familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de outros 
(p. ex., proferir palestras). 
B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente (i.e., 
será humilhante ou constrangedor; provocará a rejeição ou ofenderá a outros). 
C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade. 
D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade. 
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto 
sociocultural. 
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses. 
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
Transtorno de Pânico 
- Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou 
desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes 
sintomas: 
1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia. 
2. Sudorese. 
3. Tremores ou abalos. 
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento. 
5. Sensações de asfixia. 
6. Dor ou desconforto torácico. 
7. Náusea ou desconforto abdominal 
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio. 
9. Calafrios ou ondas de calor. 
10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento). 
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo). 
12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”. 
13. Medo de morrer. 
- Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características: 
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências (p. 
ex., perder o controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”). 
2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques (p. ex., comportamentos 
que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas). 
Transtorno de Ansiedade Generalizada 
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis 
meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). 
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. 
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos 
alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). 
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. 
2.Fatigabilidade. 
3.Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente. 
4.Irritabilidade. 
5.Tensão muscular. 
6.Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). 
D.A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativoou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
E.A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a 
outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo). 
 
DISCUTIR OS IMPACTOS DA ANSIEDADE NA VIDA E AS AÇÕES 
QUE AUXILIAM NO TRATAMENTO 
→ O seu estado psíquico pode comprometer sua saúde. Falando amplamente sobre ansiedade, podemos dizer que 
o ditado popular “sofrer por antecipação” capta bem o sentido desta perturbação. Estar constantemente 
apreensivo, inquieto, receoso ou até mesmo atormentar-se de forma antecipada para possíveis situações 
desagradáveis ou perigosas, são características de crises de ansiedade. 
 
→ No parágrafo anterior, temos uma palavra chave importante para descrever crises de ansiedade, essa palavra é 
“possíveis” (…situações desagradáveis…). No contexto, podemos qualificar que a ansiedade atua como um sistema 
de proteção, natural a manutenção da vida do ser humano, mas em quadros de crises de ansiedade isso é elevado a 
um nível extremo, ou seja, foge da psicologia humana. 
 
→ Os pensamentos em crises de ansiedade, podem beirar a insanidade criando cenários tenebrosos e 
completamente sufocantes, levando a pessoa a um limbo de sofrimento e angústia, por imaginar situações que na 
maioria das vezes são irreais e que podem ser altamente destrutivos. 
 
→ Essa turbulência mental pode afetar o comportamento das pessoas, fazendo com que elas se isolem ou evitem 
situações que podem ficar fora do seu controle. Isso é mais do que um senso de proteção, é se privar de quase todas 
as ocasiões que exigem uma certa dose de coragem, por exemplo: um encontro, uma entrevista de emprego ou 
dirigir. 
→ As crises de ansiedade quando em casos mais constantes e recorrentes podem ser classificados como TAG 
(Transtorno de Ansiedade Generalizada). Neste caso, o acometido pode desenvolver quadros ansiosos extremos, 
como ataques de pânico e ansiedade extrema sem circunstâncias determinadas ou motivos aparentes. Desta forma 
fica quase controlar impossível controlá-las, pois são imprevisíveis. 
→ No caso da TAG os sintomas são físicos e desencadeiam inúmeras respostas negativas do corpo como: 
nervosismo persistente, fadiga, perda da libido, palpitações (coração acelerado), transpiração, sensação de vazia e 
de perda de direção, desconforto epigástrico entre outros sintomas. Um forte indício deste transtorno é a pessoa se 
desprender da realidade e projetar a própria morte ou perda do autocontrole. 
 
→ Além de efeitos físicos a TAG também apresenta alguns sintomas neurológicos, como: perda de memória, 
irritação constante, falta de concentração e inquietação. 
→ Hoje é mais comum que o tratamento das crises de ansiedade seja medicamentosa. Cada medicamento 
dependerá de uma série de fatores para ser eficiente no tratamento: a própria aceitação do paciente (organismo), 
idade, estado clínico e outros fatores podem influenciar na superação da doença. 
O mais importante é que o paciente procure tratamento psicológico, um profissional poderá dar uma visão mais 
dinâmica da doença e trabalhar para superar os medos, autoafirmação, controle da mente e principalmente 
combater os agentes que desencadeadores do transtorno de ansiedade.

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