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Cadu – 4°β / TIII TINEAS PITIRÍASE VERSICOLOR • Malassezia fufur. - MORFOLOGIA • Grupos celulares semelhantes a leveduras. • Paredes espessas. • Esféricas ou ovais. • Células leveduriformes podes estar misturadas com hifas curtas. • Nas culturas crescem colônias leveduriformes. - EPIDEMIOLOGIA • Pessoas saudáveis. • Mundo todo. • Maior prevalência em regiões tropicais e subtropicais. • Adultos jovens são mais afetados. • Não encontrado como saprófito na natureza. • Não afeta animais. • Infecção humana por transferência direta ou indireta de material queratínico de uma pessoa para outra. - SÍNDROME CLÍNICAS • Lesões são pequenas máculas hipo ou hiperpigmentads. - Irregulares. - Manchas despigmentadas bem delimitadas. • Todo o corpo pode ser afetado, especialmente região superior do tronco, braços, tórax, ombros, face e pescoço. • Interferência na síntese de melanina. - Lesões hipopigmentadas em pessoas de pele escura. - Pessoas de pele clara têm lesões rosadas a castanho-claras que ficam mais evidentes devido ao fato de que não adquires bronzeamento com a exposição ao sol. • Pouca ou nenhuma reação do hospedeiro. • Lesões assintomáticas. - Prurido brando em infecções graves. • Infecção dos folículos pilosos causa folicutlite, perifoliculite e abscessos dérmcios. - Complicação rara. - DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Visualização direta dos elementos fúngicos no exame microscópio das escamas epidérmicas. • Cultura pode ser feita. - TRATAMENTO • Cura pode ser espontânea. • Geralmente crônica e persistente. • Uso tópico de azóis ou xampu com sulfeto de selênio. • Infecção mais generalizada faz uso de cetoconazol ou itraconazol orais. INFECÇÕES SUPERFICIAIS Cadu – 4°β / TIII TINEA NIGRA • Feo-hifomicose. • Hortaea werneckii. - MORFOLOGIA • Hifa dematiácea, septada, frequentemente ramificada. • Artrocnídios e células alongadas com brotamento. - EPIDEMIOLOGIA • Condição tropical ou subtropical. • Inoculação traumática do fungo nas camadas superficiais da epiderme. • Maior prevalência em África, Ásia e Américas Central e do Sul. • Crianças e adultos jovens mais afetados. - Maior incidência em mulheres. - SÍNDROMES CLÍNICAS • Mácula isolada, irregular e pigmentada. - Palma das mãos ou planta dos pés. • Sem descamação ou invasão dos folículos pilosos. • Não contagiosa. • Pouco ou nenhum desconforto, ou reação do hospedeiro. • Lesão pode parecer melanoma maligno. - Procedimento de biópsia ou excitação local podem ser evitados por exame microscópico das escamas da pele da área afetada. - DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Exame microscópico das escamas da pele. • Os elementos fúngicos detectados devem ser semeados em meio micológico com antibiótico. - Colônia leveduriforme. - TRATAMENTO • Terapia tópica. - Pomada de Whitfield, cremes com azóis e terbinafina. ESPOROTRICOSE LINFOCUTÂNEA • Sporothrix schenckii. - Dimórfico. -Ubíquo no solo e na vegetação em decomposição. • Infecção crônica caracterizada por lesões nodulares e ulcerativas ao longo dos linfáticos que drenam o sítio primário da inoculação. • Pode ocorrer disseminação. - Ossos. - Olhos. - Pulmões. - SNS é raro. MORFOLOGIA • Termodismorfismo. • Cultura em forma filamentosa cresce rapidamente. - Marrom ou preta. • Forma leveduriforme consiste em leveduras esféricas, ovais ou alongadas. EPIDEMIOLOGIA • Esporádica. Cadu – 4°β / TIII • Mais comum em climas mais quentes. • Relacionada com trabalho em floresta, mineração e jardinagem. • Inoculação traumática de solo, vegetais ou matéria orgânica contaminada com o fungo. • Transmissão zoonótica. SÍNDROMES CLÍNICAS • Local inicial da infecção aparece como nódulo pequeno que pode ulcerar. • Nódulos linfático aparecem após a lesão primária. - Cadeia linear de nódulos subcutâneos indolores que estendem ao longo do curso da drenagem linfática da lesão primária. • Nódulos podem ulcerar e liberar pus. • Lesões primárias podem ficar fixas sem disseminação linfática. • Lesões - Nodulares. - Verrucoides ou ulcerativas. - Podem lembrar processo maligno. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Cultura do pus ou do tecido infectado. • Confirmação pela conversão da fase filamentosa para a leveduriforme. • No tecido aparece como levedura. TRATAMENTO • Iodeto de potássio via oral. • Itraconazol em pequenas doses. - Pacientes não responsivos podem tomar doses maiores. • Fluconazol usado se o paciente não tolerar outros agentes. • Remissão espontânea é rara. • Eficaz aplicação local de calor. CANDIDÍASE • Micose oportunista. • Espécies - C. albicans. - C. glabrata. - C. parapsilosis. - C. tropicalis. MORFOLOGIA • Células leveduriformes ovais. - Apenas C. glabrata não produz hifas verdadeiras e pseudo-hifas. • Colônias brancas em culturas. • C. albicans e outras espécies podem sofrer alterações de fenótipo em que uma única cepa pode sofrer alteração reversível entre tipos morfológicos. - A frequência de alteração fenotípica é mito alta para que causar mutações genéticas e muito baixa para ser atribuída à conversão em massa, por meio da qual todas as células da população mudam seu fenótipo em resposta a sinais provenientes do ambiente. - Esse processo de conversão funciona como um modo de resposta individual e rápido às mudanças do microambiente. - As alterações de fenótipo explicam a capacidade de C. albicans sobreviver em diferentes microambientes no hospedeiro. Cadu – 4°β / TIII EPIDEMIOLOGIA • Colonizam humanos e animais de sangue quente. • Primeiro sítio de colonização é o TGI. • Podem ser comensais na vagina e na uretra, na pele e sob as unhas. • C. albicans mais comum. • Em pessoas sadias a Candida pode fazer parte da microbiota natural da cavidade oral. - A taxa de pessoas nessa condição aumenta em hospitalizados, portadores de infecção pelo HIV, usuários de próteses dentárias, diabéticos, pacientes sob quimioterapia, pacientes sob terapia com antibióticos e crianças. • Qualquer pessoa pode ser portadora de uma ou mais espécies em seu TGI. - Os níveis de colonização podem aumentar até serem detectáveis como doenças ou causar circunstâncias em que os mecanismos de defesa microbiana do hospedeiro sejam comprometidos. • Principal fonte de infecção é o próprio paciente. - Em decorrência disso, a maioria das candidíases são infecções endógenas, em que a microbiota normal comensal do hospedeiro se aproveita da oportunidade para causar infecção ao haver enfraquecimento das barreiras do hospedeiro. • A transferência do microrganismo da mucosas do TGI para a corrente sanguínea precisa de um crescimento exacerbado e prévio na quantidade de leveduras no seu habitat comensal, em conjunto com uma brecha na integridade da mucosa do TGI. • • Transmissão exógena - Soluções contaminadas. - Nutrição parenteral. - Transdutores de pressão vascular. - Válvulas cardíacas. - Córneas. - De profissionais da área da saúde para pacientes. As mãos dos profissionais são potenciais reservatórios - De paciente para paciente. • Infecções genitais, cutâneas e orais quase sempre envolvem C. albicans. • C. albicans e parapsilosis predominam como agentes de infecções sanguíneas entre lactentes e crianças. - Em idosos predomina por C. glabrata. • As diferenças nos números e tipos de espécies de Candida são influenciadas por idade, imunossupressão, exposição a drogas antifúngicas ou diferenças nas técnicas de controle de infecção. • Falhas na vigilância sanitária quanto a precauções no controle das infecções e no cuidado apropriado de cateteresvasculares podem causar mais infecções por C. parapsilosis, que é a principal espécie isolada das mãos de profissionais de saúde e que causa frequente fungemia relacionada a cateter. • Certos indivíduos hospitalizados têm maior risco de contrair candidemia durante hospitalização por causa do comprometimento de suas condições. • Hospitalização na UTI proporciona uma oportunidade para transmissão de Candida entre os pacientes, sendo um fator de risco adicional independente. SÍNDROMES CLÍNICAS • Qualquer sistema orgânico pode ser afetado. • Infecções variam do comprometimento superficial mucocutâneo até disseminação envolvendo órgãos-alvo. • Infecções da mucosa podem se limitar à orofaringe ou estender por todo o TGI. • Nas mulheres a mucosa vaginal também é um local comum de infecção. Cadu – 4°β / TIII • As infecções geralmente são observadas em pessoas com imunossupressão local ou generalizada ou nos ambientes que favorecem o crescimento exagerado da Candida. • Formas de apresentação - Manchas brancas semelhantes a queijo na superfície da mucosa. - Pseudomembranoso: mucosa sangra quando raspada. - Eritematoso: áreas planas, vermelhas e doloridas. - Leucoplasia: espessamento esbranquiçado e irremovível do epitélio. - Quelite angular: fissuras dolorosas nos cantos da boca. • Pode ocorrer infecção generalizada nas dobras cutâneas onde a pele é ocluída e úmida. - Essas infecções são erupções vesicupostulares, eritematosas e pruriginosas. • Onicomicose e paroníquia podem ocorrem em ambiente de microbiota mista. • Podem ocorrer lesões cutâneas durante a disseminação hematogênica. • Candidíase crônica é rara e resulta de deficiência na capacidade de resposta de LT. - Ocorrem graves e irreversíveis lesões mucocutâneas, além de envolvimento das unhas e vaginite. - As lesões são granulomatosas, podendo ficar extensas e desfigurar o paciente. • Envolvimento do trato urinário pode se caracterizar pela colonização assintomática da bexiga até abscessos renais por causa da disseminação hematogênica. - Colonização da bexiga é rara, normalmente em pacientes com cateter de longa duração, diabético, com obstrução urinária ou que tenha tido procedimentos urinários anteriores. - Acometimento renal por causa de disseminação hematogênica pode causas abscesso renal, necrose papilar ou em bola fúngica na uretra ou na pelve renal. • Peritonite por Candida pode ser vista em casos de diálise peritoneal crônica ambulatorial ou após cirurgia do trato GI, vazamento anastomótico ou perfuração do intestino. Essas infecções podem permanecer localizadas no abdome, afetar órgãos adjacentes ou levar à candidemia. • Candidíase sistêmica pode ser aguda ou crônica, resultando geralmente em colonização de tecidos profundos, como vísceras abdominais, coração, olhos, ossos e articulações e o cérebro. A candidíase hepatoesplênica crônica pode ocorrer após fungemia oculta ou clinicamente perceptível, e se apresenta como um processo indolente marcado por febre, níveis elevados de fosfatase alcalina e lesões múltiplas no fígado e no baço. • Candidíase no SNC pode ocorrer como resultado da doença hematogênica ou estar associada a procedimentos neurocirúrgicos ou desvio ventriculoperitoneal. Clinicamente, esse processo pode simular uma meningite bacteriana, ou apresentar curso indolente ou crônico. • Processos cardíacos envolvendo Candida spp. resultam, em sua maioria, da colonização de prótese ou válvula cardíaca danificada, do miocárdio ou do espaço pericárdico. - Apresentação clínica lembra a endocardite bacteriana, com febre e alteração do murmúrio cardíaco. As vegetações são classicamente grandes e friáveis, e as embolias são mais comuns em endocardite causada por Candida spp. do que nas endocardites bacterianas. • Envolvimento ocular é frequente em pacientes com candidíase hematogênica, que desenvolvem quadros de coriorretinite e endoftalmite. • Infecções nos ossos e articulações causadas por Candida spp. são quase sempre sequelas de candidemia. - Essas infecções aparecem vários meses após o tratamento bem-sucedido da candidíase sistêmica. - Candidemia oculta ou “transitória” pode resultar na colonização de um foco ósseo que mais tarde se torna clinicamente aparente. - Osteomielite vertebral é comum, com dor local e febre baixa. Cadu – 4°β / TIII • Candidiase hematogênica seja, com mais frequência, uma infecção endógena oriunda dos tratos gastrointestinal ou geniturinário, ela também pode resultar do uso de cateteres contaminados. - Os microrganismos transferidos para o lúmen do cateter podem formar um biofilme em seu interior e, em seguida, disseminar-se na circulação. • Contaminação do cateter resultou na colonização de órgãos distantes, as consequências e os problemas no tratamento da infecção serão os mesmos que aqueles advindos de infecções oriundas de fontes endógenas. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Obtenção de material clínico apropriado que deve ser submetido ao exame microscópico direto e cultura. • Raspados de lesões cutâneas ou da mucosa podem ser examinados diretamente. • Cultura em meio micológico padrão permitirá o isolamento do microrganismo para subsequente identificação quanto à espécie. • Todos os outros tipos de infecção exigem cultura para diagnóstico, a menos que possam ser obtidas amostras de tecido para exame histopatológico. • Sempre que possível, lesões de pele devem ser biopsiadas e cortes histológicos devem ser corados. • A visualização das leveduras em brotamento ou das pseudo-hifas é o suficiente para o diagnóstico da candidíase. • Culturas de sangue, tecidos e de fluidos corporais estéreis também devem ser realizadas. TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE • Infecções da mucosa ou cutâneas podem ser tratadas com medicamentos tópicos diversos. • Terapia sistêmica oral dessas infecções pode ser realizada tanto com fluconazol quanto com itraconazol. • Colonização da bexiga ou cistite pode ser tratada com instilação direta de anfotericina B ou por administração oral de fluconazol. • Os tratamentos serão ineficientes se o cateter da bexiga não puder ser removido. • Infecções mais profundas exigem terapia sistêmica, e a escolha do tipo de terapia depende do tipo de infecção, da espécie e do estado geral do hospedeiro. • Em todos os casos, deve-se priorizar a remoção do foco da infecção, se possível. - Por isso, os cateteres vasculares devem ser removidos ou trocados, os abscessos devem ser drenados e qualquer outro material potencialmente infectado deve ser removido até a maior extensão possível. Dessa maneira, deve-se cuidar da reconstituição do sistema imunológico do paciente. • Evitar o uso de agentes antimicrobianos de amplo espectro, manipular cuidadosamente os cateteres e seguir rigorosamente as regras de controle de infecções.
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